Discurso durante a 204ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Preocupação com os prejuízos que o Estado do Piauí vem sofrendo em razão do insucesso no combate à febre aftosa.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESTADO DO PIAUI (PI), GOVERNO ESTADUAL. PECUARIA.:
  • Preocupação com os prejuízos que o Estado do Piauí vem sofrendo em razão do insucesso no combate à febre aftosa.
Aparteantes
Valdir Raupp.
Publicação
Publicação no DSF de 04/11/2008 - Página 43845
Assunto
Outros > ESTADO DO PIAUI (PI), GOVERNO ESTADUAL. PECUARIA.
Indexação
  • COMENTARIO, TELEJORNAL, EMISSORA, TELEVISÃO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), DENUNCIA, CONDUTA, GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DO PIAUI (PI), EXCESSO, GASTOS PUBLICOS, PERFURAÇÃO, POÇO, CISTERNA, POSTERIORIDADE, DESATIVAÇÃO, INEFICACIA, PROGRAMA, ELETRIFICAÇÃO RURAL, ADVERTENCIA, SITUAÇÃO, EMPRESA, RESPONSABILIDADE, OBRAS, ACUSAÇÃO, CORRUPÇÃO, INQUERITO, POLICIA FEDERAL, PREJUIZO, POPULAÇÃO CARENTE, DIFICULDADE, AQUISIÇÃO, AGUA, CONSUMO.
  • CRITICA, OMISSÃO, GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DO PIAUI (PI), COMBATE, FEBRE AFTOSA, FISCALIZAÇÃO, REBANHO, PROVOCAÇÃO, FALTA, CONFIANÇA, QUALIDADE, PRODUÇÃO, IMPEDIMENTO, EXPORTAÇÃO, PAIS ESTRANGEIRO, COMERCIALIZAÇÃO, MERCADO INTERNO, DESVALORIZAÇÃO, CARNE BOVINA, AMBITO ESTADUAL, COMPARAÇÃO, COTAÇÃO, PRODUTO, ESTADO DO TOCANTINS (TO), ESTADO DO PARA (PA), ESTADO DE GOIAS (GO), ADVERTENCIA, GRAVIDADE, DOENÇA, RISCOS, CONTAMINAÇÃO, CAPRINO, OVINO, SUINO, DEFESA, URGENCIA, NECESSIDADE, INTERVENÇÃO, GOVERNO FEDERAL, AGRAVAÇÃO, PROBLEMA.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Paulo Paim, que preside esta sessão de segunda-feira, 3 de novembro; Parlamentares presentes na Casa; brasileiras e brasileiros presentes e os que nos assistem pelo sistema de comunicação do Senado; na semana passada, o Brasil tomou conhecimento do desgoverno do Piauí. Reportagem do Jornal Nacional detectou 6.050 poços tubulares: alguns de 600 metros de profundidade, alguns que custam de R$300 mil a R$400 mil e alguns que têm capacidade para levar água a 4.000 piauienses.

Senador Paim e Senador Raupp, é triste saber que uma criança de 10 quilos tem 80% de água no corpo. Água é sua vida. V. Exª, se tiver 100 quilos - não tem, porque é elegante; falo isso apenas para a compreensão do cálculo - , deve ter 70% de água no corpo. Água é vida, é o interior da célula, é sangue, é linfa.

É uma lástima! Temos 6.500 poços gastos. O Presidente da República, foi até bem-intencionado. Primeiro, fomos a maior vítima desse negócio de Luz no Campo.

Encastelou-se no Piauí - os iguais sempre se atraem - a Gautama, aquela que foi denunciada por corrupção. Seu engenheiro-chefe foi preso pela Polícia Federal. Pena que a Polícia Federal não prendeu um bocado lá, porque são 6.500 poços. Primeiro, eles não funcionam, Raupp, porque não chegou energia. Não chegou energia porque a corrupção não deixou. Para levar luz, tinha que ter cabeça iluminada. Eles não têm também. O fato é que estão 6.500 poços desativados. Isso representaria água, Paulo Paim, para 30 mil sedentos, que andam, andam quilômetros e quilômetros, léguas e léguas - como lá eles usam -, para buscar, em um jumento, um barril com um pouco d’água.

         Além dessa desgraceira, além da mentira de que os governantes foram para a Itália e para o Oriente buscar turismo nessa época - atentai bem, Raupp! -, dizem que há dois aeroportos internacionais. Dois, Raupp! Perguntei ao Demóstenes e, em Goiânia, Goiás, não há nenhum. Lá, no Piauí, tem dois nas páginas dos jornais, na televisão, na mentira. Um é na minha cidade, Parnaíba, que não tem nem mais aquele avião pequeno, o teco-teco. E o outro é em São Raimundo Nonato, no sul, na Serra da Capivara, berço do homem americano. Pode ir lá, se houver algo é jumento na pista.

O PT vive da mentira. Shakespeare, relatando a Dinamarca de sua época, disse: “Há algo de podre da Dinamarca”. Digo: está é tudo podre!

De mentira em mentira, a estrada de ferro, que diziam que ia funcionar, não trocaram um dormente dela. Em relação ao porto, nós, acreditando ainda no Presidente da República e no seu Ministro-Chefe da Secretaria Especial de Portos, incluímos, sem dúvida nenhuma, todos os recursos, quase R$20 milhões para a construção do porto com que, há quase um século, o Piauí sonha, Raupp! Foi iniciado por Epitácio Pessoa.

Mas o mais grave de tudo é o seguinte: atentai bem, Raupp: boi gordo sobe na BM&F em meio à forte queda de grão. O preço da arroba aumenta 1,5% em outubro nessa crise - está ouvindo, Raupp? Soja recua, cai 20%.

Vejam a desgraceira para o Piauí! Além dos governantes, a roubalheira dos poços, que não levam água, a soja cai, pelos fenômenos internacionais; o boi ia subir, mas, no Piauí, não. Aí é que é!

Há o problema da aftosa. Eu queria chamar a atenção do Governo Federal, do Presidente Luiz Inácio e do extraordinário Ministro Reinhold Stephanes, que é do PMDB, do Paraná. O Ministro é um homem que conhece os problemas do País, que é devotado servidor público - já deu atestado disso quando foi Ministro da Previdência Social e quando foi Secretário da Agricultura do Paraná.

Falo do problema do Piauí. Senador Raupp, no Piauí, há um rebanho de 1,8 milhão de cabeças de gado, há uma longa tradição de pecuária. Na minha cidade, onde se deu o capítulo mais importante da manutenção da unidade do País, havia um português, Domingos Dias da Silva, que tinha cinco navios e uma indústria de charque, que matava mil bois por mês e que exportava para o sul do País ou para a Europa. Então, essa era nossa tradição, daí ter havido a Guerra do Jenipapo. Seu filho estudara na Europa. Para haver guerra, é preciso haver dinheiro. Foi ele que financiou a guerra em que expulsamos os portugueses do norte. Os portugueses queriam dividir o Brasil em dois: o sul ficaria com Pedro I, e o norte, País Maranhão, ficaria com Portugal, comandado por D. João VI.

Considerado pelo Ministério da Agricultura como área de risco desconhecido para o controle da aftosa, o Piauí, há mais de cinco anos, está sem poder exportar seus produtos pecuários para o resto do Brasil e muito menos para o mundo, nem para outros Estados!

Os produtores estão cumprindo seu papel, vacinando mais de 80% do rebanho. Para esse problema da aftosa, ô Paim, o Governo Federal e o Governo Estadual têm suas atribuições, e há as atribuições e os deveres do privado, do dono. Eles estão cumprindo seu papel, vacinando mais de 80% do rebanho. O Governo do Estado não tem cumprido sua parte no que diz respeito ao levantamento e mapeamento do rebanho, bem como à fiscalização adequada. E foram os dois para o exterior, Governador e Vice-Governador - um foi para o Oriente; o outro, para a Itália -, buscar turismo para o Piauí. Vamos esperar eles chegarem, nesses aviões, com italianos e chineses.

O Sr. Valdir Raupp (PMDB - RO) - V. Exª me concede um aparte?

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Dou-lhe já o aparte.

Isso levou à decadência do setor, que agora pede socorro ao Governo Federal e às autoridades piauienses.

Há uma comparação de valores dos animais no Piauí e em outros Estados. Aí é que é! Atentai bem para o momento por que passamos! Não tenho nada contra o Luiz Inácio - votei nele em 1994 -, mas sou contra os aloprados que estão no Piauí. Esses são os dados, e nossa missão é esta, é o que disse Teotônio Vilela: denunciar, resistir falando e falar resistindo. Há uma comparação de valores de animais no Piauí e em outros Estados, como Bahia, Tocantins e Goiás: o preço do bezerro de oito a doze meses - isso é um trabalho para técnicos -, no Piauí, é de R$180,00; na Bahia e em Tocantins, é de R$450,00. Como é que pode? Lá, só são R$180,00. Ele não pode ir para lugar nenhum, porque há irresponsabilidade na campanha de vacinação por parte do Governo do Estado. Então, o preço do bezerro nos outros Estados é mais de duas vezes superior: são R$450,00. Ah! se a gente pudesse atravessar os produtores e os trabalhadores para Tocantins, que é vizinho, para a Bahia ou para Goiás! A arroba do boi gordo no Piauí vale R$65,00. A arroba do boi gordo em Tocantins e na Bahia vale R$84,50 e, em São Paulo, vale R$92,06 - e eles esperam que valha R$100,00.

Então, consultando, a gente nem sabe o nome desses irresponsáveis. Eles nomeiam um cara sem estudo, sem preparo e sem competência. E lá há grandes empresários, como Hélio Paranaguá.

Quando governei o Estado do Piauí - isto é que me dói -, de repente, fui convidado para ir a Uberlândia: “O que é que tenho de ver em Uberlândia?” Valdir Raupp, V. Exª foi Governador. “É que Uberlândia vai premiar um grande engenheiro, que também tem interesse em pecuária: Lourival Parente.” Então, de repente, eu estava na Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Era uma beleza! O Piauí ganhava prêmio! Eu acompanhei. Heráclito Fortes deve estar nos ouvindo, porque ele está no hospital. Era premiado em Uberlândia. Agora, não pode mais sair. Se sair, vai preso o animal, vão preso o dono e o pecuarista. Ô desgraça muita!

Por isso, já sabe meu voto: como vou aceitar um PT, aqui dentro, podendo evitá-lo, ô Raupp?

Concedo um aparte ao meu Líder, o Raupp.

O Sr. Valdir Raupp (PMDB - RO) - Eu queria dar uma sugestão a V. Exª. V. Exª falou no Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que é do nosso Partido, o PMDB, um homem com muita experiência, que já foi Ministro da Previdência e Deputado por vários mandatos e que ajudou a criar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Há poucos dias, eu conversava, no Ministério da Agricultura, com o Ministro, que me falava do trabalho que fez na criação do Incra. Ele foi uma das pessoas que ajudaram a fundar o Incra. Então, é um homem que conhece profundamente as questões agrárias deste País, a agricultura e a pecuária, sobretudo. Tenho certeza de que ele vai recebê-lo com muita satisfação e orientá-lo sobre como ajudar seu querido Estado do Piauí. O Piauí é um Estado da Federação que devemos ajudar. Coloco-me também à disposição. Quando fui Governador do meu Estado, Rondônia, na mesma época em que V. Exª também o foi do seu Estado, implantei lá campanhas de vacinações periódicas e criei o Instituto de Defesa e Sanidade Animal (Idaron), que vem funcionando muito bem. Já temos quase doze milhões de cabeças de gado e estamos exportando. Recebemos, já há três anos, em Paris, na França, o certificado de área livre de aftosa, de forma que o Estado de Rondônia, apesar de ser um Estado do Norte, está muito adiantado nessa questão de sanidade animal. O preço da arroba de boi no meu Estado, apesar de ser um Estado muito distante dos grandes portos e dos grandes centros consumidores - mais que o Piauí -, era, na sexta-feira passada, de R$78,00. Esse era o preço da arroba de boi no Estado de Rondônia, pertinho do Estado do Acre.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - No Piauí, é de R$65,00.

O Sr. Valdir Raupp (PMDB - RO) - É uma diferença muito grande.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Segundo o Ministério da Agricultura, trata-se de área de risco desconhecido para o controle da aftosa. Quer dizer, o Piauí é inexistente, dele não se toma conhecimento, ninguém sabe informar nada. Então, o risco é desconhecido: a gente não sabe nem quais são as calamidades.

O Sr. Valdir Raupp (PMDB - RO) - V. Exª tem absoluta razão de estar, neste momento, reclamando do descaso quanto à sanidade animal no seu Estado, porque o prejuízo para os criadores, para os pecuaristas, é muito grande. Olhe a diferença! É de R$12,00 a diferença?

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Um bezerro com idade entre oito a doze meses, no Piauí, custa R$180,00; em Tocantins, Estado vizinho, custa R$450,00, assim como na Bahia e em Goiás. E eles não podem atravessar a fronteira, por essa irresponsabilidade que está havendo no Piauí.

O Sr. Valdir Raupp (PMDB - RO) - É uma diferença de R$13,00 na arroba do gado em relação ao Piauí e meu Estado, Rondônia. É, realmente, uma diferença muito grande. Nosso Estado sempre se tem aproximado do Estado de São Paulo, que é o Estado que possui o maior valor da arroba de boi. Então, parabenizo V. Exª pela preocupação e pelo pronunciamento que faz e me coloco à disposição para ajudar a marcar a audiência com o Ministro da Agricultura para V. Exª. Obrigado.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Eu queria que V. Exª, como Líder do PMDB, conseguisse essa audiência, e eu já daria os convidados, pessoas que têm cabeças iluminadas. Fui Governador do Estado, e essa não é minha praia, pois fui cirurgião. Mas há cabeças iluminadas, e uma dessas é a de Hélio Paranaguá, um pecuarista. Nessa região dele, criaram uma faculdade de agricultura, que especifiquei: de bovinocultura, pela expansão. E há também Lourival Parente, um engenheiro que foi premiado. Eu vi! Não sei se V. Exª conhece, ali em Minas Gerais, a ABCZ, em Uberlândia. É uma sociedade. Como Governador, acompanhava-nos o Heráclito. Ele, naquela suntuosidade, era criador reconhecido e, agora, cai de uma vez para essa aftosa.

O Sr. Valdir Raupp (PMDB - RO) - Vou pedir ainda hoje uma audiência para V. Exª com o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Se o Brasil está ajudando a Bolívia - tem ajudado, aprovamos aqui no Senado Federal creio que trezentas mil doses de vacina contra a febre aftosa para a Bolívia, nosso país vizinho, que tem dificuldades -, por que não ajudar um Estado brasileiro que está em dificuldades? O Ministério da Agricultura tem que ajudar. Se o Estado não está fazendo, o Ministério da Agricultura vai ter que tomar as providências necessárias. Obrigado.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Senador Raupp, agradecemos. V. Exª é Líder do nosso partido e o Ministro é este extraordinário homem competente, que todo o Brasil aplaude - não só o Brasil, o mundo -, Reinhold Stephanes. Tão logo V. Exª consiga, convocarei os participantes.

Havia na minha região também, mas ele morreu, um médico dedicado a melhorar o plantel de guzerá, Dr. Odival Resende. Mas eu convocarei um familiar dele para essas cabeças iluminadas continuarem.

Paim, o nosso orgulho era dizer que o piauiense era o gaúcho do Nordeste. Mas, deste jeito, rodeado de aftosa por todos os lados, vamos perder esse título honroso que muito nos orgulha. A febre aftosa, uma enfermidade que já conhecemos, é uma doença causada por vírus; é complicada porque são seis vírus: quando o animal é atacado por um vírus não dá imunidade contra os outros. De tal maneira que é uma doença extremamente infecciosa. Sem controle, o Estado do Piauí sofre enorme prejuízo com a arrecadação de impostos sobre a comercialização e a exportação.

Lamentamos que o Estado não faça a sua parte. Os empresários estão fazendo a deles. O setor empresarial, segundo o nosso Dr. Hélio Paranaguá, já está com outra campanha de vacinação.

Aquisição e aplicação de vacina contra Febre Aftosa, de acordo com as diretrizes definidas pelo serviço veterinário;

Demonstração de informações cadastrais atualizadas;

Cumprimento dos regulamentos estabelecidos, com destaque para as normas de movimentação de animais;

Comunicação ao serviço veterinário de suspeitas de ocorrência de qualquer doença vesicular;

Mobilização e oferta de recursos financeiros e de influências políticas para a sustentação do Programa.

         O setor privado, os empresários, esses são heróis que acreditam ainda na pecuária. O pavor é que não é apenas o gado que se contagia. Sabemos que o Piauí tem destaque na caprinocultura, na ovinocultura e também na suinocultura. Todos esse setores sofrem, portanto, as conseqüências dessa inibição.

         São essas as nossas palavras. Faço um apelo ao Presidente da República em nome do Piauí - que tanto aplaude e aplaudiu sua Excelência nas duas eleições recentemente disputadas - para que consigamos que o Estado volte a ser como no passado. No meu governo, recebemos prêmios pela melhoria do nosso plantel na pecuária. Foi por essa razão que o criador Lourival Parente foi homenageado pelos criadores de Minas, particularmente de Uberlândia. Ele, como o Dr. Hélio Paranaguá, são pessoas que têm uma vida dedicada a isso. O Dr. Hélio Paranaguá é agrônomo com curso no exterior, e notado.

Esses são dados reais. Agora, não adianta nada. Como diz a sabedoria popular, é mais fácil tapar o sol com a peneira do que esconder a verdade. Não adianta nada querer comprar a imprensa, os jornais, as televisões... A verdade jorra como jorrou no Jornal Nacional a vergonha dos poços. Vítimas de corrupção! Trinta mil piauienses não têm água para beber, vitimados pela corrupção implantada naquele Estado, que é dirigido pelo PT.

A pecuária, a caprinocultura, a ovinocultura sempre foram, em nossa história, fatores primordiais de riqueza. É sabido que a colonização do Piauí sofreu uma influência diferente dos outros Estados, do interior para o litoral, justamente porque os ricos baianos e os ricos pernambucanos, que se limitavam, compravam as fazendas dos piauienses. E o piauiense, humilde, se conformava em ser vaqueiro daqueles poderosos. Então, nasceu daí a grandeza do nosso Estado, o Piauí, que nunca dantes - como o Presidente diz: “nunca dantes...” - esteve em situação tão difícil como hoje.

Este é o nosso pronunciamento ao Presidente da República e ao Ministro, a quem vamos buscar para que consiga afastar este grande mal que é a aftosa no Piauí, que está colocando em risco toda a nossa riqueza de bovinos, caprinos e suínos.

Essas eram as nossas palavras.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/11/2008 - Página 43845