Discurso durante a 200ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Participação expressiva do PSDB nas eleições municipais no Estado do Amapá. Homenagem pelo transcurso do Dia do Funcionário Público, com destaque ao pleito de reajuste dos salários dos funcionários dos servidores dos ex-Territórios.

Autor
Papaléo Paes (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AP)
Nome completo: João Bosco Papaléo Paes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES. ADMINISTRAÇÃO PUBLICA. PREVIDENCIA SOCIAL.:
  • Participação expressiva do PSDB nas eleições municipais no Estado do Amapá. Homenagem pelo transcurso do Dia do Funcionário Público, com destaque ao pleito de reajuste dos salários dos funcionários dos servidores dos ex-Territórios.
Publicação
Publicação no DSF de 29/10/2008 - Página 41518
Assunto
Outros > ELEIÇÕES. ADMINISTRAÇÃO PUBLICA. PREVIDENCIA SOCIAL.
Indexação
  • BALANÇO, ELEIÇÃO MUNICIPAL, ESTADO DO AMAPA (AP), RESULTADO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), SAUDAÇÃO, CANDIDATO ELEITO, ELEITOR, COMENTARIO, PROBLEMA, JUSTIÇA ELEITORAL, MUNICIPIO, REGISTRO, POLITICA PARTIDARIA, ESPECIFICAÇÃO, COLIGAÇÃO PARTIDARIA, CAMPANHA, CAPITAL DE ESTADO.
  • HOMENAGEM, DIA NACIONAL, FUNCIONARIO PUBLICO, COBRANÇA, SOLUÇÃO, SITUAÇÃO, SERVIDOR, ESTADO DO AMAPA (AP), INJUSTIÇA, DIFERENÇA, REAJUSTE, COMPARAÇÃO, TERRITORIOS FEDERAIS.
  • REGISTRO, MOBILIZAÇÃO, SENADOR, ORADOR, LOBBY, APROVAÇÃO, MATERIA, INTERESSE, APOSENTADO.

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O SR. PAPALÉO PAES (PSDB - AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Geraldo Mesquita, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, quero iniciar meu pronunciamento fazendo uma referência às eleições do meu Estado, onde o PSDB teve uma participação bastante ativa. Foi um partido vitorioso.

Nós não tínhamos prefeitos nos Municípios do Estado do Amapá, e o PSDB fez dois prefeitos. Elegemos a Vice-Prefeita de Itaubal, a Vereadora Venina; o Prefeito de Vitória do Jari, Luiz Beirão; e o Prefeito do Município de Cutias, que é um colega nosso, médico, Dr. Paulo Albuquerque. Participamos, como coligados, da Prefeitura de Macapá, da de Mazagão, da do Amapá, da de Porto Grande e da de Pedra Grande, onde fomos vitoriosos também. Aumentamos o número de Vereadores no Estado todo em 50% - e aqui quero parabenizar o Vereador Rilton Amanajás e o Vereador Marcelo, eleitos no Município de Macapá. Mas, lá em Santana, o segundo maior Município, onde o PSDB se coligou com o PTB, infelizmente nossa campanha foi muito conturbada, porque tivemos problemas com a Justiça Eleitoral, mas não especificamente de uma maneira justa, porque o nosso candidato passou a ser legalizado como candidato oito dias antes da eleição. Mesmo assim, conseguimos uma votação expressiva, tendo como candidato o Deputado Rosemiro Rocha. Como há um só turno, o PT foi o vencedor no Município de Santana. Quero parabenizar a grande liderança do PSDB no Município de Santana, que é o Vereador Ratto, e também uma liderança que ajuda a comandar aquele partido, que realmente me impressionou bastante, Senador Mão Santa, pela determinação, que é o nosso querido Guru, um cidadão que não tem dia e não tem hora para trabalhar. É realmente dessas pessoas que nós precisamos para trabalhar.

Enfim, quero dizer que a Prefeitura de Macapá foi disputada por uma coligação, em que o candidato do PDT encabeçava e o candidato do Democratas era o vice. O PSDB participava dessa coligação, junto com o PPS.

O que aconteceu de novidade? De novidade, que nem o PSDB nem o Democratas fazem parte da base de apoio do Governo do Estado, do PDT. Eu não tenho participação nenhuma no Governo; os Democratas, também não. Mas o Governador Waldez Góes - a quem quero parabenizar -, Senador Geraldo Mesquita, ele e eu nos elegemos no mesmo palanque: ele, Governador; eu, Senador. Realmente, mantive minha conduta, qual seja, a de não forçar nenhum tipo de participação no Governo, porque o que é forçado não dá certo. Mas sempre mantivemos um relacionamento em alto nível de amizade, de bom comportamento parlamentar junto ao Governo; portanto, sempre de respeito.

A democracia que ele impôs no nosso Estado, diferente do que nós vivíamos lá, fez com que partidos da base do Governo, como o PT, lançasse candidato, contrariando o Governo. Como o PMDB, que lançou seu candidato, contrariando o Governo. Enfim, houve uma liberalização. Portanto, tivemos esse processo democrático transcorrido no primeiro turno.

No segundo turno, o PSB, com outros coligados, com o PSOL coligado, e o PDT, com PSDB, Democratas e PPS juntos. E faço questão de registrar aqui, Senador Mão Santa, que é exatamente essa democracia que vivemos no Estado do Amapá, em que a liberdade política é exercida sem qualquer temor, o que não tínhamos, e que, para mim, é novidade no Estado do Amapá. Como pode, Senador Mão Santa, o Governador, tendo, na sua base de apoio - vou citar dois partidos -, o PT e o PMDB, e esses dois partidos lançarem candidatos contra o candidato do Governador? Isso aí, só um Governo altamente democrático aceita. E foi aceito.

No segundo turno, o PT veio ao nosso palanque - aqui, queremos agradecer à Deputada Dalva Figueiredo, candidata pelo PT. Já a candidata do PMDB não veio ao nosso palanque. Mas o Presidente Sarney, que, no primeiro turno, dizendo-se amigo de todos os candidatos - como o é -, ficou alheio ao processo, no segundo turno, ele veio nos emprestar a sua experiência política. E isso pesou muito, Senador Mão Santa. O PMDB, representado pela grande liderança do Senador e Presidente Sarney, fez com que fizéssemos uma grande aliança para o segundo turno e vencêssemos essas eleições. A vitória foi consagradora. Muitos não acreditavam nela, pelo fato de o candidato do PSB, no primeiro turno, haver terminado com 54%, e o nosso candidato, com 37%. O trabalho foi de rua mesmo! Quero dizer que foi de rua! Com os nossos companheiros, eu participei das caminhadas, dos palanques, dos comícios, enfim, de todo o processo que, sabemos, fez muito bem ao Estado do Amapá, dele participamos, e conseguimos virar esse percentual e passamos 4% à frente.

Está de parabéns a sociedade amapaense!

Quero parabenizar o Allan, presidente do PPS; parabenizo e reconheço a presença do Deputado Estadual Jorge Amanajás, Presidente do PSDB, que teve participação incansável nesse processo, exatamente por ele haver coordenado grande parte dessa campanha e por haver participado dela na linha de frente, pedindo votos para o nosso candidato e mostrando que seria melhor para o Município de Macapá.

Parabenizo o Deputado Davi Alcolumbre, Presidente do Democratas, partido com quem o PSDB, desde o início, se fortaleceu para uma futura coligação, e acabamos indo juntos para a coligação do PDT, que é o partido do Governador do Estado.

Enfim, para não ser injusto com as demais pessoas, quero aqui centralizar na figura do Sr. Governador os nossos agradecimentos pela participação da militância toda - fazemos política, no nosso Estado, com a militância nas ruas - e das lideranças políticas. Este é o reconhecimento de que o Amapá mostrou ao Brasil como se faz uma eleição democrática, em que o Governador participou como cabo eleitoral, como cidadão, e não, como fazem por aí, usando a máquina do Governo - tivemos muita dificuldade nesse sentido.

Parabéns ao povo macapaense! Saibam que o Sr. Prefeito, com certeza absoluta, irá honrar esse mandato para todos os amapaenses!

Parabenizo também o Deputado Camilo Capiberibe pela participação altiva nesse processo, porque, junto com Randolfe, uma outra liderança jovem do Estado do Amapá, uniram-se e conseguiram fazer esse processo democrático da eleição para Prefeito do Município de Macapá transcorrer de uma maneira muito bem disputada e brilhante.

Parabéns a todos!

Sr. Presidente, para encerrar o meu pronunciamento, ou o meu esclarecimento sobre as eleições do Estado do Amapá, quero dizer que, hoje, Dia do Funcionário Público - o Senador Mão Santa já falou sobre o assunto -, quero, aqui, reforçar a especificidade dos nossos ex-Territórios. Antigamente, tínhamos orgulho de dizer: “Sou funcionário público federal”, principalmente “federal”, porque os Estados têm, cada um, a sua peculiaridade, por isso não podemos traçar parâmetros, pois os Estados ricos pagam bem e pobres pagam mal.

Nós, servidores dos ex-Territórios, inclusive os do Amapá, tínhamos um salário digno para exercer nossas profissões nesses ex-Territórios; passamos a Estado; depois, com a política do Governo Federal em dar reajustes diferenciados, esqueceram-se dos ex-Territórios. Por isso, quero lembrar ao Senhor Presidente da República e a seus assessores que o fato de sermos ex-Territórios não significa que os funcionários, que são parte do quadro dos ex-Territórios, deixaram de ser funcionários públicos. Ali, temos profissionais de todas as categorias, e esse reajuste diferenciado dado pelo Governo Federal fez com que o salário dos servidores dos ex-Territórios realmente ficasse completamente defasado. Hoje, servidores que antes ganhavam quatro, cinco salários mínimos, recebem um único salário mínimo e, por conseguinte, mostrando essa defasagem e essa falta de reconhecimento a esses servidores. É um quadro em extinção, mas continuamos a ser servidores públicos federais e ajudando os Estados que eram ex-Territórios.

Acredito que a nossa participação como servidor público, junto aos ex-Territórios, atuais Estados, é uma participação importante e necessária. Por isso, o apelo que faço ao Presidente da República para que reconheça esses servidores e reconheça nesses servidores pessoas que realmente precisam de um reajuste digno.

Para encerrar, Sr. Presidente, a lembrança justa de todos nós é realmente aos aposentados. Os nossos aposentados são os grandes punidos deste País.

Os aposentados, como diz o Senador Mão Santa, não têm poder de se mobilizar para as greves e ficam ao deus-dará, mas aqui no Senado nós temos um movimento a favor do reajuste dos aposentados, encabeçado pelo Senador Mário Couto, pelo Senador Paulo Paim, pelo Senador Mão Santa e por outros Senadores, eu me incluo também, à disposição, junto com o Senador Geraldo Mesquita, que foi um dos precursores desse movimento e outros Senadores.

Nós nos colocamos sempre à disposição para, dê no que der, participarmos ativamente desse processo que é muito importante, porque se não formos nós, em busca do apoio aos aposentados, realmente é mais uma classe social deste País que fica completamente esquecida, no ostracismo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

Parabéns aos servidores públicos!


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/10/2008 - Página 41518