Discurso durante a 200ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro da matéria intitulada "Comando paralelo", publicada na revista Época, edição de 15 de setembro último.

Autor
Papaléo Paes (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AP)
Nome completo: João Bosco Papaléo Paes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Registro da matéria intitulada "Comando paralelo", publicada na revista Época, edição de 15 de setembro último.
Publicação
Publicação no DSF de 29/10/2008 - Página 41999
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, PERIODICO, EPOCA, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), CRITICA, OPERAÇÃO, POLICIA FEDERAL, ARBITRARIEDADE, EXCESSO, DIVULGAÇÃO, MEIOS DE COMUNICAÇÃO, PRISÃO, REU, CORRUPÇÃO, IRREGULARIDADE, ESCUTA TELEFONICA, VINCULAÇÃO, OFICIAIS, SERVIÇO SECRETO, FORÇAS ARMADAS, QUESTIONAMENTO, DIVERGENCIA, COMANDO.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. PAPALÉO PAES (PSDB - AP. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho à tribuna neste momento para fazer o registro da matéria intitulada “Comando paralelo”, publicada pela revista Época, em sua edição de 15 de setembro do corrente.

A matéria destaca que, embora a expressão Satiagraha, em sânscrito, queira dizer resistência pacífica e silenciosa, a operação policial do delegado Protógenes Queiroz que levou esse nome não foi uma coisa nem outra. Envolveu ações truculentas e humilhantes, como a prisão do ex-Prefeito Celso Pitta, retirado de casa algemado, diante das câmeras de TV. Produziu a prisão do banqueiro Daniel Dantas, que por duas vezes saiu da cadeia graças a habeas corpus assinado pelo Supremo Tribunal Federal. Já se sabia que a operação mobilizaria oficiais da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), o serviço de informações que serve à Presidência da República e produziu escuta telefônica de lobistas, políticos, amigos do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de empresários, jornalistas e mesmo de Gilberto Carvalho, secretário particular do Presidente. Mas não foi só isso. A Operação Satiagraha teve também vínculos com oficiais da ativa dos Serviços Secretos das Forças Armadas. A linha hierárquica desses oficiais vai até, em última instância, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim. O comando paralelo da operação foi formado em fevereiro. Convencido de que fora abandonado pela direção da Polícia Federal, que não oferecia os recursos nem os homens que considerava indispensáveis para o serviço, Protógenes convocou diversos militares para uma conversa num café de Brasília. Um dos personagens mais importantes desse encontro foi o major da Aeronáutica Paulo Ribeiro Branco Junior.

Sr. Presidente, para que conste dos Anais do Senado, requeiro que a matéria acima citada seja considerada como parte integrante deste pronunciamento.

Era o que eu tinha a dizer.

Muito obrigado.

 

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR PAPALÉO PAES EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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            Matéria referida:

            “Comando paralelo”, Época.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/10/2008 - Página 41999