Discurso durante a 230ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração dos setenta e cinco anos da criação do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. SENADO.:
  • Comemoração dos setenta e cinco anos da criação do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA.
Publicação
Publicação no DSF de 05/12/2008 - Página 49913
Assunto
Outros > HOMENAGEM. SENADO.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, CONSELHO FEDERAL, ENGENHARIA, ARQUITETURA, AGRONOMIA, ELOGIO, QUALIDADE, EXERCICIO PROFISSIONAL, CONTRIBUIÇÃO, BRASIL, SAUDAÇÃO, PODER, ESTUDO, TRABALHO.
  • DEFESA, REELEIÇÃO, GARIBALDI ALVES FILHO, PRESIDENTE, SENADO.

  SENADO FEDERAL SF -

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SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Garibaldi Alves, Presidente, engenheiro, arquiteto e agrônomo do nosso Senado, eu pediria permissão, no meio de tantas ilustres autoridades - são tantos nomes que eu poderia esquecer alguns, e mesmo involuntariamente seria imperdoável -, para saudar todos nas mulheres arquitetas do meu Estado do Piauí, a Ana Karine Batista e Sandra Selma Saraiva e estender a todas as mulheres na pessoa da Roberta Castro, de Tocantins, para não dizer que gosto só das mulheres do Piauí. (Palmas.)

Brasileiras e brasileiros, Garibaldi, esse negócio de reeleição, Garibaldi, dá um jeito aí. E todos nós desejamos. Vamos ver se, daqui, eles dão um caminho. Eles que constroem tudo, Garibaldi, vamos construir a sua reeleição. (Palmas.)

         Crivella, inspirado...

         A gente ouve falar em PIB. É PIB para cá, é PIB para lá, é PIB do Rio Grande do Norte, é PIB do Piauí, é confusão de PIB. Mas, no meu entender, o PIB mesmo de valor, o PIB não é aquele Produto Interno Bruto - o nome já está dizendo “bruto”. O PIB de valor e de grandeza do Brasil, o maior PIB está aqui e agora: é o “Poder da Inteligência Brasileira”. (Palmas.)

         Este que é o PIB: o Poder da Inteligência Brasileira, que está aqui.

         Garibaldi, eu tenho as minhas crenças. Deus... Está ali o filho d’Ele, Jesus; botaram ali. Garibaldi, Deus, aquela vaidade, somos a imagem de Deus. Se o formos, é porque Deus é engenheiro, Deus é arquiteto e Deus é agrônomo, fez essas criações. Aí nós nos assemelhamos a Deus.

         E até o meu colega Heráclito quis explicar os três em um só. Cadê o Heráclito? Heráclito, Piauí cristão.

         Este é aquele negócio de dogma: Pai, Filho e Espírito Santo. Então, os três estão unidos aí no mesmo espírito de amor, de amor ao universo e à humanidade. Daí eles estarem unidos aí.

Mas o que eu queria dizer é o seguinte: até os que deixam temporariamente a engenharia, como os oradores que me antecederam, querem justificar. Ninguém se perde no caminho de volta.

Este é aquele negócio de dogma: Pai, Filho e Espírito Santo. Então, os três estão unidos aí no mesmo espírito de amor, de amor ao universo e à humanidade. Daí eles estarem unidos aí.

Aí o Cristovam Buarque, com aquela sabedoria dele, disse: não, mas sou engenheiro, estou tirando os meninos da ignorância, levando-os à sabedoria. É uma ponte de onde estamos para onde queremos ir.

Mas o Duque falou aqui que não dava para a Matemática, e é chato mesmo. Vocês já encontraram aquele “x” que a gente procurava na Matemática? Ih, rapaz! Acho que também fui para a Medicina, porque aquele “x” era chato, casava com o “y”, né? É complicado. Aí, eu fui para a Medicina. (Palmas.)

Já o encontraram, não?

Mas até o Duque foi justificar e entrou na Ponte Rio-Niterói.

E o Crivella? Ele não ia ficar por baixo. Crivella é abençoado por Deus. Então, quero fazer a defesa, porque ele faz parte do “Poder da Inteligência Brasileira”, do PIB. Vejo aqui, a ponte dele é maior do que a do Cristovam. Ele quer construir e está construindo uma ponte que nos leva, pecadores desta Terra, a Deus, aos Céus. Essa aí é a engenharia que ele está fazendo hoje, aqui, no Senado.

O Garibaldi está rindo porque ele está com esperança de que vocês construam um mecanismo para a reeleição. (Palmas.)

Mas, atentai bem, estou muito à vontade, porque esta festa é das minhas crenças. Vocês representam o Deus, o Deus engenheiro, o Deus arquiteto. Os maçons: arquitetos de Deus. Não existem aqueles discursos da maçonaria? E agrônomo, porque tudo o que Ele plantou está aí.

Então, nós temos esta crença: no amor. Não é o cimento social do Crivella, que deu um rolo doido. Não é. Mas o amor é o cimento que constrói aquilo que é mais importante: a família. Esse é o cimento. Está ouvindo, ô, Crivella? É o amor que cimenta a família, e a família é importante. O Rui está ali porque ele disse: “A Pátria é a família amplificada”.

E Jesus está ali. Deus quando O mandou não O desgarrou, botou-O numa família, não é, Romeu? Então, este é que é o cimento, o amor, da sociedade.

Pode falar lá para o seu chefe que eu dou um bom pastor, que ele arrume uma igreja dessa. Viu, Crivella?

Mas digo isto: que estou muito à vontade. Existia um homem que disse: só há um grande bem - e vocês o abraçaram -: o saber; só há um grande mal: a ignorância. E saiu, ele que era tido como sábio, e disse: “Sei que nada sei”; pregou a humildade. E, aí, vieram as escolas. Ele nada escreveu, mas disse, e os seus discípulos fizeram as escolas. Um fez a academia, Platão; o outro, os liceus.

Mas esta festa é grandiosa, e o Senado está aqui para homenageá-los. Todos nós estudamos, e eu vim aqui me curvar. Porque eu creio em Deus, eu creio no amor, e creio no estudo. Porque eu acho que o estudo é a única ponte - já que estamos no meio de engenheiros -, é o único caminho que nos leva à sabedoria. E o Livro de Deus diz que a sabedoria vale mais do que ouro. Não é verdade, Ministro de Deus, Crivella? O entendimento vale mais. Eu creio no estudo. Eu creio, também, no trabalho que vocês representam. Vocês estudaram muito, nós sabemos. Quantos problemas de Física do L. T. Mayer; o Blackwood, o melhor livro de Física; a prática, os exercícios de Física, Química... Aquela confusão... Eu sei avaliar o estudo de vocês.

Então, nós queremos dizer o seguinte: que nossas crenças são as mesmas. E o trabalho? O trabalho... É preciso que entendamos, é preciso que o PIB verdadeiro, o “Poder da Inteligência Brasileira” saia aí, pregando. A inteligência não pode se curvar à ignorância. É questão de crença. E vocês que fazem parte deste PIB - Poder da Inteligência Brasileira - têm de levantar essa bandeira do estudo e do trabalho. Sei que vocês vivem o estudo e têm a mesma crença no trabalho.

Deus, o Arquiteto do Universo, disse: “Comerás o pão com o suor do teu rosto”. Esta é uma mensagem para todos os governantes, até para o nosso prezado e querido Luiz Inácio, nosso Presidente: “Comerás o pão com o suor do teu rosto”.

Um mais avançado do que o meu amigo Suplicy chegou, bradou e eu acredito - eu tenho o direito, a liberdade de escolher entre esse e V. Exª, Senador Suplicy. Apóstolo Paulo: “Quem não trabalha não merece ganhar para comer”. O Suplicy tem outros pensamentos - e nós não somos contra: caridade. Fé, esperança e caridade, ele disse. Mas e o trabalho?

Eu sou Senador da República pelo Piauí. Aquele ali disse, o Rui Barbosa: “A primazia tem que ser dada ao trabalho e ao trabalhador”. Ele veio antes. Ele é quem faz as riquezas. Vocês vieram antes. Nós sabemos que vocês trabalham. São trabalhadores. A primazia tem que ser dada a eles. Eles vieram antes da riqueza.

A primazia hoje se está dando à riqueza. Olhem aí o mundo todo doido para ajudar os banqueiros, os homens do dinheiro. Mas não se fala nos trabalhadores, nos pedreiros que construíram os bancos, nos bancários...

            Aqui está a nossa crença. Esta festa é a nossa crença. Tanto isso é verdade que até eu, médico, não estou frustrado, não. Eu vou também tirar uma onda - todo mundo, até o Duque disse que queria ser engenheiro e tudo. Eu sou. Vou dizer por que.

Eu tive um professor de cirurgia, Professor Mariano de Andrade, no Rio de Janeiro, no Hospital do Ipase. E ele, com uma visão grande, pegava aqueles médicos que queriam ser profissionais da cirurgia e os encaminhava. Aqueles cientistas, pesquisadores ele os mandava para um serviço dele na Santa Casa, e aqueles outros, ele os encaminhava para o Hospital dos Servidores do Estado, o Ipase, no Rio de Janeiro, em Sacadura. Esses não eram os mais inteligentes, não; não eram os que iam fazer universidade, ser pesquisadores, cientistas. Esses - e eu fui nesse meio, não era dos mais inteligentes, não - eram o que ele chamava de “mecânicos de doentes”. Era aquele servidor que todo dia operava, sabia tirar o apêndice, uma hérnia etc. E, desde então, eu sou um engenheiro da máquina humana. Não é da máquina que vocês usam. Então, também estou muito à vontade de render essa homenagem.

Mas, Crivella, eles vão dar um jeito. Esses homens fizeram tudo, eles têm que dar um jeito para fazer a engenharia da reeleição do nosso querido Garibaldi. Esses homens fizeram tantas coisas que a gente não acreditava e estão aí, e o mundo está aí.

Para terminar, Sr. Presidente, que é bom, eu queria dizer o seguinte. Abro para terminar com Deus, o Grande Arquiteto.

Então, está no Livro de Deus, em Tiago - não é, Crivella? Após meditar sobre Tiago, dá para a gente encerrar. Ele diz: “A fé sem obras já nasce morta”. E eu quero dizer que a fé dos senhores é com obra. Então, está viva e faz-nos acreditar na prosperidade e na grandeza do Brasil.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/12/2008 - Página 49913