Fala da Presidência durante a 219ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Solidariedade ao discurso do Senador Gilberto Goellner, em defesa da agricultura. Associa-se às homenagens ao Dia da Consciência Negra.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
POLITICA AGRICOLA. HOMENAGEM.:
  • Solidariedade ao discurso do Senador Gilberto Goellner, em defesa da agricultura. Associa-se às homenagens ao Dia da Consciência Negra.
Publicação
Publicação no DSF de 21/11/2008 - Página 46996
Assunto
Outros > POLITICA AGRICOLA. HOMENAGEM.
Indexação
  • SOLIDARIEDADE, DISCURSO, SENADOR, DEFESA, APOIO, AGROPECUARIA, PREVENÇÃO, CRISE.
  • HOMENAGEM, DIA NACIONAL, CONSCIENTIZAÇÃO, NEGRO, SAUDAÇÃO, FORMAÇÃO, POVO, BRASIL, LEITURA, HINO, ESTADO DO PIAUI (PI).

            O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) - Acabamos de ouvir as palavras do Senador Gilberto Goellner, mostrando suas preocupações com a agricultura, com a pecuária e com o agronegócio, não só do seu Estado, Mato Grosso, mas de todo o Brasil.

            Veio à minha mente Franklin Delano Roosevelt, que, quando na presidência, num período como esse, numa depressão, ele se voltou ao campo e disse que se botasse um bico de luz em cada fazenda, e uma galinha em cada panela da fazenda, estaria salva a agropecuária dos Estados Unidos. E ele foi mais adiante, e deixou uma mensagem, Franklin Delano Roosevelt, que venceu uma depressão depois da guerra, a última depressão - a primeira foi na Primeira Guerra Mundial -, de que sou testemunho, da segunda depressão econômica que o mundo passou -, e ele disse: “As cidades poderão ser destruídas; elas ressurgirão do campo. Mas se o campo não for apoiado e for destruído, as cidades perecerão”.

            Então, sintetizando isso, foi o que apontou aqui o extraordinário Senador Gilberto Goellner, que representa os interesses da nossa agricultura, da pecuária e do agronegócio, não só do seu Estado, mas de todo o Brasil.

         Comemora-se o Dia da Consciência Negra, e quis Deus eu estar nesta Presidência, oportunidade que aproveito para fazer uma homenagem, entendendo - e sendo moderno como Darcy Ribeiro, que diz que não há mais raça indígena, raça negra e raça branca - que nós, a nossa raça brasileira, o povo brasileiro, no seu livro O povo brasileiro, é a miscigenação, é a mistura dessas três grandes raças. Aos índios, devemos o amor à natureza e a nossa coragem; à raça negra, devemos essa alegria, a musicalidade e a fidelidade; e aos brancos, a inspiração cristã e a organização burocrática governamental. Aí somos todos brasileiros.

         Mas, como se comemora o Dia da Consciência Negra, eu queria fazer uma homenagem à raça negra do Brasil, na pessoa de Antonio Francisco Da Costa e Silva, o poeta maior do Piauí. A ele, devemos o nosso hino. Ele, nos seus versos, diz:

Salve! terra que aos céus arrebatas

Nossas almas nos dons que possuis:

A esperança nos verdes das matas,

A saudade nas serras azuis.

Piauí, terra querida,

Filha do sol do Equador,

Pertencem-te a nossa vida,

Nosso sonho, nosso amor!

(...)

Sob o céu de imortal claridade,

Nosso sangue vertemos por ti,

Vendo a Pátria pedir liberdade,

O primeiro que luta é o Piauí.

(...)

Possas tu, conservando a pureza

Do teu povo leal, progredir,

Envolvendo na mesma grandeza

O passado, o presente e o porvir!

            O poeta negro, maior do Piauí, canta:

Piauí, terra querida,

Filha do sol do Equador,

Pertencem-te a nossa vida,

Nosso sonho, nosso amor!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/11/2008 - Página 46996