Discurso durante a 17ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Discorda do Senador Aloizio Mercadante em sua proposta de criar um mandato para o cargo de Diretor-Geral do Senado.

Autor
Papaléo Paes (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AP)
Nome completo: João Bosco Papaléo Paes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO.:
  • Discorda do Senador Aloizio Mercadante em sua proposta de criar um mandato para o cargo de Diretor-Geral do Senado.
Publicação
Publicação no DSF de 04/03/2009 - Página 3483
Assunto
Outros > SENADO.
Indexação
  • QUESTIONAMENTO, PROPOSTA, ALOIZIO MERCADANTE, SENADOR, MANDATO, CARGO PUBLICO, DIRETOR GERAL, SENADO, OPINIÃO, OBSTACULO, GESTÃO, IMPORTANCIA, VALORIZAÇÃO, CARREIRA, SERVIÇO PUBLICO.
  • DEFESA, RESPEITO, DIRETOR GERAL, SENADO, INVESTIGAÇÃO, DENUNCIA, CRITICA, ANTECIPAÇÃO, JULGAMENTO, REPUDIO, AGRESSÃO, IMPRENSA.

            O SR. PAPALÉO PAES (PSDB - AP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, também quero me referir ao discurso do Senador Aloizio Mercadante exatamente porque ele foge de qualquer expectativa de alguém que já passou por algum cargo público executivo. Passa a ser uma proposta teórica de quem ainda não experimentou cargos executivos. Jamais poderemos vincular uma função gerencial a mandato. Se formos fazer essa função gerencial ser vinculada a mandato, estaríamos também, se a regra valesse para a questão partidária, na obrigação de o PT passar o mandato, em 2010, para o PSDB. Então, não se pode imaginar que venha alguém aqui ser solidário a promover uma competição entre esses funcionários. O símbolo da grandeza desta Casa são os servidores do Senado Federal. São eles que nos dão apoio, nos subsidiam, e eles todos merecem respeito.

            No caso que aconteceu agora com o nosso Diretor-Geral, V. Exª tomou a medida necessária. A imprensa fez uma denúncia, e V. Exª mandou fazer a apuração. Esse cidadão tem que ser respeitado como cidadão e pelo tempo que já serviu ao serviço público. Ele tem que ser respeitado, sim. Então, vai ser feita a apuração. E ele é funcionário da Casa.

            Não podemos jamais prejulgar, e sou totalmente avesso ao prejulgamento, à injustiça, a querer condenar uma pessoa. Só porque é um homem público pode ser taxado do que bem entender por qualquer um de nós?

            Eu lamento profundamente as agressões que o Dr. Agaciel sofreu, diretamente, através de entrevistas, de pessoas que não deveriam, que deveriam ser mais prudentes, até pela experiência que têm.

            Louvo V. Exª pelas providências que tomou em nome da Casa, e quero aqui dizer que o Dr. Agaciel tem de ser respeitado por todos nós como um ser humano que estava exercendo uma função que hoje entregou a V. Exª.

            Quero discordar frontalmente do Senador Aloizio Mercadante quanto a essa questão de querer vincular o ato gerencial ao ato político. Nossos cargos aqui são políticos. Nós passamos, e os gerentes que ficam na Casa são pessoas de carreira, profissionais que têm de ser, cada vez mais, valorizados, porque cada um aqui faz o seu muito e o seu pouco pelas nossas atuações.

            Nós passamos, mas eles ficam mantendo a honra desta Casa.

            Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

            Obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/03/2009 - Página 3483