Discurso durante a 35ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração pelo transcurso dos 186 anos da Batalha do Jenipapo, em Campo Maior, Estado do Piauí. Reafirmação do compromisso de S.Exa. com o cooperativismo e o associativismo, como forma de estimular a economia e dinamizar as atividades empreendedoras no Brasil.

Autor
Marconi Perillo (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/GO)
Nome completo: Marconi Ferreira Perillo Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. COOPERATIVISMO.:
  • Comemoração pelo transcurso dos 186 anos da Batalha do Jenipapo, em Campo Maior, Estado do Piauí. Reafirmação do compromisso de S.Exa. com o cooperativismo e o associativismo, como forma de estimular a economia e dinamizar as atividades empreendedoras no Brasil.
Publicação
Publicação no DSF de 26/03/2009 - Página 6972
Assunto
Outros > HOMENAGEM. COOPERATIVISMO.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO, REVOLTA, MUNICIPIO, CAMPO MAIOR (PI), ESTADO DO PIAUI (PI), BUSCA, CONSOLIDAÇÃO, INDEPENDENCIA, BRASIL, COMENTARIO, HISTORIA, LUTA, RETIRADA, TROPA, PAIS ESTRANGEIRO, PORTUGAL, REGIÃO.
  • REGISTRO, IMPORTANCIA, COOPERATIVISMO, AUXILIO, COMBATE, CRISE, ECONOMIA NACIONAL, COMENTARIO, ATUAÇÃO, ORADOR, PERIODO, GESTÃO, GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DE GOIAS (GO), AMPLIAÇÃO, LEGISLAÇÃO, REGULAMENTAÇÃO, APOIO, COOPERATIVA, DETALHAMENTO, DADOS, ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS, DEMONSTRAÇÃO, QUANTIDADE, CADASTRO, REGIÃO, RELEVANCIA, CRIAÇÃO, EMPREGO.
  • COMENTARIO, ATUAÇÃO, GRUPO PARLAMENTAR, APOIO, COOPERATIVISMO, CONGRESSO NACIONAL, DEFESA, AMPLIAÇÃO, REFORÇO, COOPERATIVA, BRASIL.

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O SR. MARCONI PERILLO (PSDB - GO. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a história oficial consagrou diversos episódios da vida cotidiana brasileira como elementos demarcatórios dos acontecimentos que culminaram na Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822.

Todavia, ao se ressaltarem a vinda da família real para o Brasil, a abertura dos portos às nações amigas, a elevação à condição de Reino-Unido, a fundação do Banco do Brasil e o Dia do Fico, entre outros episódios, ficou ofuscada uma série de acontecimentos que se correlacionam como desdobramentos para a consolidação da independência do Brasil.

A Batalha do Jenipapo, que ocorreu às margens do riacho de mesmo nome, em Campo Maior, no Piauí, no dia 13 de março de 1823 e foi decisiva para a Independência do Brasil e consolidação do território nacional, é um desses episódios do qual temos o dever de recuperar a importância se o desejo for, por meio da etnografia e da etnologia, recompor a história com os acontecimentos determinantes nas comunidades locais e estaduais.

A Batalha de Jenipapo foi uma luta de piauienses, maranhenses e cearenses contra as tropas do Major João José da Cunha Fidié, que era o comandante das tropas portuguesas, encarregadas de manter o norte da ex-colônia fiel à Coroa Portuguesa.

Foi uma batalha que se lutou mais pela coragem dos bravos nos campos de guerra que pela capacidade das armas de fogo. Os guerreiros de Jenipapo não tinham armas, nem experiência, apenas instrumentos simples e a bravura em defesa do ideal da independência.

Lançaram-se ao combate com a certeza de que não teriam condições de vencer o inimigo, superior em todos os sentidos. Mas sabiam da necessidade de conter a marcha em direção a Oeiras, então capital do Piauí, fundamental para o intento de manter o norte do Brasil vinculado à Coroa portuguesa.

A Batalha de Jenipapo não consta da maioria dos compêndios de história, mas, sem dúvida, foi decisiva para a consolidação da Independência do Brasil. Por isso, esta Casa de Rui Barbosa, cumpre o dever cívico de recuperar os fatos e os episódios da história ao realizar a presente Sessão Solene.

Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, como segundo assunto, gostaria de dizer que, neste contexto de uma crise tão profunda do sistema financeiro e econômico mundial, é forçoso acolher os ensinamentos de Boaventura Sousa Santos, quando nos concita à busca de alternativas, perante os efeitos excludentes do capitalismo, a partir de teorias e experiências baseadas na associação econômica entre iguais e na propriedade solidária.

É sempre oportuno reafirmar - publicamente - nosso compromisso com o cooperativismo e o associativismo, como forma não só de estimular a economia e dinamizar as atividades empreendedoras no Brasil, mas também de criar as condições necessárias para que milhares de brasileiros se lancem ao mercado empreendedor.

Durante nosso Governo no Estado de Goiás, criamos o Conselho Estadual de Cooperativas e aprovamos a Lei 15.109/05, sancionada no dia 2 de fevereiro de 2005, com um conjunto de diretrizes e normas que regulamentam a implementação de ações capazes de estimular, conscientizar e apoiar as iniciativas ligadas ao cooperativismo e ao associativismo, incluindo a criação de novas cooperativas.

Segundo dados de 2008 do Sindicato e Organizações das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás - OCB-GO, estão registradas no sistema 197 cooperativas, que reúnem 72.158 cooperados e geram 8.511 empregos diretos nos mais diversos ramos, da agricultura ao turismo.

Portanto, podemos dizer que temos lutado em favor do cooperativismo em nosso Estado e nos colocamos a favor da Frente Parlamentar do Cooperativismo - FRENCOOP - decerto, uma entidade que poderá ajudar sobremaneira para firmamos no Brasil o conceito de cooperativismo.

Essa ação é de fundamental importância, sobretudo num momento de crise econômica quando precisamos unir esforços para dinamizar as atividades produtivas, cortando custos, sem colocar em risco a geração de emprego e renda.

Nós nos colocamos em favor da FRENCOOP para discutir, aperfeiçoar e apoiar as 90 propostas que tramitam no Congresso Nacional ou as reivindicações do setor.

O fortalecimento da cultura do cooperativismo no Brasil revela-se como uma mola propulsora do progresso, porque, cooperados, há milhares de brasileiros que poderiam encontrar condições propícias ao empreendedorismo, em setores tão diversos como o crédito, a produção de leite ou cachaça.

Se é verdade que o setor fechou 2008 com 7,8 milhões de associados e faturamento de R$ 84,9 bilhões - crescimento de 15% em relação ao ano anterior -, é verdade, também, que o cooperativismo não está imune á intempéries dos mercados.

Como parlamentares, temos o dever de preservar esse importante mecanismo de desenvolvimento, sobretudo por meio de propostas capazes de gerar incentivos financeiros à criação de cooperativas, com aperfeiçoamento técnico de mão-de-obra, assistência do Estado por meio da formulação de políticas públicas para o setor, e promoção de intercâmbio entre as diversas entidades existentes no Brasil.

Muito obrigado!


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/03/2009 - Página 6972