Discurso durante a 44ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro de discurso em homenagem ao Dia Internacional de Conscientização sobre o Autismo. Registro das matérias "Lula lança pacote da construção em ato político", "Fidelização do pobre" e "Lula define hoje pacote para construção".

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Registro de discurso em homenagem ao Dia Internacional de Conscientização sobre o Autismo. Registro das matérias "Lula lança pacote da construção em ato político", "Fidelização do pobre" e "Lula define hoje pacote para construção".
Publicação
Publicação no DSF de 03/04/2009 - Página 9011
Assunto
Outros > HOMENAGEM. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA INTERNACIONAL, CONSCIENTIZAÇÃO, OPINIÃO PUBLICA, REFERENCIA, PESSOA PORTADORA DE DEFICIENCIA, ELOGIO, INICIATIVA, CRIAÇÃO, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU), BUSCA, APOIO, GOVERNO, INSERÇÃO, SOCIEDADE.
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, ENTIDADE, ESTADO DO AMAZONAS (AM), AUXILIO, PORTADOR, DEFICIENCIA, DESENVOLVIMENTO, IMPORTANCIA, TRABALHO, REGIÃO, INFERIORIDADE, INSERÇÃO, SOCIEDADE, REGISTRO, DOAÇÃO, ORADOR, RECURSOS, MELHORIA, INSTITUIÇÃO BENEFICENTE.
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DEMONSTRAÇÃO, INICIO, CAMPANHA ELEITORAL, PRESIDENTE DA REPUBLICA, LANÇAMENTO, PROGRAMA, HABITAÇÃO POPULAR, SEMELHANÇA, ATUALIDADE, CRITICA, REPETIÇÃO, PROJETO, IMPOSSIBILIDADE, CUMPRIMENTO, PRAZO, DIFICULDADE, TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU), LEGISLATIVO, FISCALIZAÇÃO, OBRAS.
  • CRITICA, GOVERNO FEDERAL, AUSENCIA, REDUÇÃO, BUROCRACIA, DIFICULDADE, INVESTIMENTO, INEFICACIA, PROGRAMA, ACELERAÇÃO, CRESCIMENTO ECONOMICO.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, peço que a Mesa acolha, na íntegra, discurso que aqui resumo em homenagem ao Dia Internacional de Conscientização sobre o Autismo, data instituída e estabelecida pela ONU.

Faço esta homenagem, especificando a Associação de Amigos do Autista do Amazonas, a AMAM, a qual sou muito ligado - sou apaixonado simplesmente pela luta e pelos autistas, que são seres humanos fascinantes -, dirigida pelos meus amigos Edmando Luiz Saunier de Albuquerque e sua esposa, Telma Viga, que são pais de um adorável menino autista, pintor de excelente qualidade, de enorme vocação.

Peço que conste, na íntegra, esse discurso, Sr. Presidente, porque não considero os autistas... Eu os considero diferentes. Fascinantes, sim; em nada inferiores. Alguns são geniais. Muitos deles são capazes de... A impressão que me dá mesmo é a de que eles não interagem mais com as pessoas porque não conseguem interagir, têm dificuldade de se aproximar e de entabular uma conversação.

Muito bem, Srª Presidente.

Peço ainda que a Casa acolha nos Anais, junto com esse discurso - recordar sempre é viver -, algumas curiosas matérias do ano de 2006.

A primeira é de autoria das jornalistas Sheila D’Amorim e Luciana Constantino, da sucursal de Brasília do jornal Folha de S.Paulo, sob o título “Lula lança pacote da construção em ato político”, quando registravam outro projeto do Presidente Lula que não foi para frente. Ele ia para a África e lançou esse conjunto de medidas que visava a construir casas populares. Na época, ele foi mais modesto - 300 mil casas populares. Havia à disposição desse projeto, supostamente, R$18,7 bilhões.

         Muito bem, então, essa matéria eu gostaria que fizesse parte, até porque estou torcendo para esse outro projeto dar certo. Da outra vez, ficou na boa intenção.

Novamente, Sheila D’Amorim e Cláudia Dianni, da sucursal de Brasília da Folha de S.Paulo, sob o título: “Lula define hoje pacote para construção”. Essa é até anterior à primeira.

Ainda da Folha de S.Paulo, artigo do jornalista Fernando Rodrigues, sob o título: “Fidelização do pobre”. Eu digo só o início:

Lula lançou ontem mais uma parte do seu programa de fidelização do eleitor pobre. O pacote de incentivos à construção civil e habitação popular é um bálsamo para ajudar a consolidar o voto dos menos favorecidos na seara petista.

Isso foi em 2006. Não foi para frente o projeto.

E ainda matéria da jornalista Adriana Mattos que também versa sobre essa idéia do Governo Federal de lançar um projeto de construção de 300 mil casas. Isso acabou ficando na dispersão. Por coincidência, foi o ano de 2006. O pacote foi acusado de eleitoreiro por algumas pessoas rabujentas, enfim. Talvez eu próprio tenha sido uma delas, não é? E pessoas bem humoradas do Governo diziam que nós estávamos era agourando, enfim. O projeto não foi para frente.

Agora, com um ano apenas de prazo, o Presidente Lula diz... Não, um ano não. Ele disse, aliás, no começo, que era um ano, que ia fazer um milhão de casas em um ano. Depois, que não era apenas um ano, que teriam que continuar, depois do Governo dele, o trabalho de construção de um milhão de casas.

Ora, se levarmos para as colinas do longo prazo, um dia alguém vai construir oito milhões de casas, quem sabe em 50 anos, enfim. Mas o fato é que, quando alguém marca um prazo, é fácil para o Tribunal de Contas, para os agentes políticos de fiscalização, como nós outros Parlamentares, fiscalizarmos, inclusive não só o andamento das obras, como a regularidade delas. Quando alguém não marca prazo, fica muito difícil acompanhar. Dificulta o trabalho de quem tem o dever constitucional e o dever ético de fiscalizar.

Mas só registro porque ia sair o tal pacote. Se tivessem feito essas 300 mil, ou faria, no total, 1,3 milhão, ou faria apenas 700 mil agora. Não fez as outras 300 mil, então, eu sugeriria até que aumentasse o número para 1,3 milhão dessas casas, para compensar a falha passada. Porque ainda tem tempo. O Presidente tem tanto tempo pela frente de Governo, é questão de diminuir a burocracia, é questão de gerência, é questão de fazer melhor e mais do que tem feito em relação ao PAC, que não anda; e não anda, inclusive, porque se fala no Governo muito em investir, investir, investir, mas o que sobra para investimento público na economia brasileira, infelizmente, é a ínfima porcentagem de 1%; 0,9%, 1%, 1,1%, não mais do que isso. E com essa taxa medíocre, risível, de investimento, não dá para se fazer milagre mesmo. Mas não se deveria prometer milagres.

Portanto, faço o registro porque é nosso dever acompanhar, fiscalizar e torcer para que o Brasil ande para frente mesmo, não só na propaganda - porque já há propaganda das casas na televisão. Considero isso desnecessário e até abusivo. É tão necessário numa crise se poupar dinheiro, e se gasta dinheiro em propaganda, falando de uma casa que não se construiu? Devem ter feito propaganda das outras que não foram construídas também.

Aqui fica o registro, Sr. Presidente. É meu dever, como Líder de um partido de Oposição, proceder dessa maneira.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

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SEGUE, NA ÍNTEGRA, PRONUNCIAMENTO DO SR.SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO.

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e o § 2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

“Lula lança pacote da construção em ato político”; “Fidelização do pobre”; “Lula define hoje pacote para construção”; e artigo da jornalista Adriana Mattos.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/04/2009 - Página 9011