O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PRB - RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, hoje, gostaria de prestar uma homenagem a um herói anônimo, a esses brasileiros humildes que, nas comunidades carentes e bairros populares, são os amigos certos nas horas incertas, a porta aberta, a mão estendida. Refiro-me, Sr. Presidente, aos líderes comunitários. Desde 2006, por força da Lei nº 11.287, sancionada pelo Senhor Presidente Lula, o dia de hoje é tido como o Dia Nacional do Líder Comunitário.

         Senador Pedro Simon, essas pessoas, com idealismo e renúncia, sem remuneração, sem mandato popular - aliás, com legítimo mandato popular da sua associação, mas sem remuneração, é bom frisar -, fazem um trabalho extraordinário de representação democrática, levando às autoridades as questões prementes por que passam sua comunidade e as pessoas que o cercam. Eles são, sem dúvida, brasileiros anônimos. Talvez nunca consigam conquistar um mandato nas urnas - muito deles estão em pequeníssimas comunidades -, mas, com certeza, assim como Cristo disse que na ressurreição dos justos muitos últimos serão primeiros e os pequenos serão os maiores, eu acredito que aqueles que prestam esse valoroso serviço terão esse reconhecimento.

            Quero homenagear a todos, a todos que tive oportunidade de conhecer na minha modesta e despretensiosa participação na vida pública, e até antes disso, como pastor, na figura do líder da maior comunidade do Rio de Janeiro, que é a Comunidade da Rocinha - um dos líderes -, chamado William. Esse rapaz, que tem prestado relevantes serviços à nossa sociedade, ao Rio de Janeiro, e que já foi da Federação das Favelas, a Faferj, me inspira neste meu pronunciamento. E, em nome dele, quero homenagear a todos, homens e mulheres, que acordam de madrugada, que buscam uma ambulância, que atendem crianças acidentadas, que atuam como bombeiros na hora dos incêndios, que muitas vezes atuam como sacerdotes na hora de sepultarem um ente querido, na hora de uma perda; e, outras vezes, atuam também como polícia, protegendo pessoas desses tiroteios, dessas balas perdidas, que ocorrem tão comumente nas áreas conflagradas no Rio de Janeiro pelo narcotráfico e pela polícia. Esses rapazes, esses homens e essas mulheres merecem todo o nosso respeito e a minha sincera homenagem.

            Então, Sr. Presidente, eram essas as minhas pequenas palavras, mas que profiro aqui, em nome do meu partido, o PRB, de congratulação aos brasileiros que têm hoje o seu dia - os líderes comunitários.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.