Discurso durante a 101ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem pelo transcurso, hoje, do Dia Nacional do Químico.

Autor
Antonio Carlos Valadares (PSB - Partido Socialista Brasileiro/SE)
Nome completo: Antonio Carlos Valadares
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Homenagem pelo transcurso, hoje, do Dia Nacional do Químico.
Publicação
Publicação no DSF de 19/06/2009 - Página 24414
Assunto
Outros > HOMENAGEM. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA NACIONAL, QUIMICO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, CONSELHO FEDERAL, QUIMICA, COMENTARIO, IMPORTANCIA, CATEGORIA PROFISSIONAL, PROCESSO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, ESTADO DE SERGIPE (SE).
  • COMENTARIO, DADOS, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE), SUPERIORIDADE, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), RENDA PER CAPITA, CAPITAL DE ESTADO, ESTADOS, REGIÃO NORDESTE, REGISTRO, CONTRIBUIÇÃO, MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA, AREA, QUIMICA, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), COMPANHIA VALE DO RIO DOCE (CVRD), EMPRESA ESTATAL, EXPLORAÇÃO, GAS NATURAL, INCENTIVO, CRESCIMENTO, ECONOMIA, AUMENTO, NUMERO, EMPREGO, REGIÃO.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

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O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (PSB - SE. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs Senadores, transcorre no próximo 18 de junho o Dia Nacional do Químico, em nome do qual destino, hoje, breves e enaltecedoras palavras. Na condição de químico por formação, não poderia jamais furtar-me à conduta de associar-me aos demais profissionais da área para juntos celebrarmos tão distinta efeméride. Aproveito, portanto, a ocasião para exaltar não somente o exercício da profissão nos complexos industriais no mundo, mas sobretudo destacar os exaustivos serviços prestados pelos químicos de Sergipe no processo de desenvolvimento do meu Estado.

            Historicamente, convém registrar que o 18 de junho evoca a data de criação do Conselho Federal de Química, a partir da promulgação, em 1956, da Lei 2.800, também conhecida como "Lei Mater dos Químicos ". Legalmente habilitados, a nobre classe dos profissionais da Química inaugurou participação mais ativa no progresso tecnológico do nosso País, assegurando uma melhor qualificação do produto nacional. Nesse contexto, há pouco mais de meio século, os profissionais da Química praticamente não eram conhecidos no Brasil!

            No meu caso específico, a vontade de ser útil para sanear problemas do cotidiano dos brasileiros estimulou-me, desde cedo, a seguir duas profissões bem diversas. Retrospectivamente, a formação em Direito e em Química proporcionou-me a ampliação dos horizontes do futuro político, configurada numa atuação mais desenvolta na elaboração de projetos destinados à melhoria da saúde da população, redimensionando problemas que afetam nosso meio-ambiente, agricultura, pecuária, educação, finanças, assuntos sociais e segurança pública.

            Para nós, notadamente os químicos sergipanos, a memória dos tempos da Escola de Química Industrial de Sergipe traduz recordações de um ideal universitário comum, condensado na imagem de um Estado em busca de sua vocação industrial, vocação que convergiu posteriormente para na eclosão de uma verdadeira “era da petroquímica “ em nosso Estado.

            Não por acaso, foram os químicos formados por Sergipe que ocuparam as primeiras funções profissionais dentro das grandes empresas vinculadas ao setor químico-industrial em território sergipano. Excelentes profissionais formados no meu Estado supriram postos-chaves em corporações do porte da Petrobrás e da Vale do Rio Doce. Graças a professores de grande competência, os químicos de Sergipe souberam - e ainda sabem - responder às demandas por mão de obra especializada e de refinada qualificação.

            Sr. Presidente, nesse quadro, ninguém há de contestar que os químicos da Petrobras, da Vale e da Sergipe Gás (Sergás), para citar apenas algumas, têm contribuído efetivamente para o crescimento da economia do Estado. Trata-se de empreendedoras gigantes cujo sucesso produtivo se traduz em enorme impacto financeiro na contabilização das receitas para os cofres públicos sergipanos.

            A julgar pela extensão das ações já realizadas pelas empresas no Estado durante as últimas décadas, temos a impressão de que a perspectiva futura sugere uma escala multiplicadora de novos projetos voltados para o desenvolvimento de nossa economia.

            Sem dúvida, a Petrobrás tem exercido um papel fundamental na modernização da economia sergipana, reforçando sua vocação de geradora de empregos e negócios. Dados demonstram que a estatal do petróleo tem, nas últimas décadas, aumentado e consolidado a geração de empregos no Estado. No caso da Vale, a exploração de minerais - em especial, o manganês - tem caracterizado sua imperiosa intervenção na economia local, para cujo êxito a assistência profissional dos químicos tem sido excepcional. Na mesma linha, a Sergás, que é a detentora atual da exploração do gás natural em Sergipe, tem desempenhado papel crucial para o desenvolvimento da economia local, incentivando o surgimento de novos empregos e dividendos sociais.

            Sr. Presidente, não por acaso, os sergipanos possuem, hoje, três entre as cinco melhores empresas de Sergipe e Alagoas, segundo a publicação anual Desempenho Empresarial -- As 5.000 Maiores do Brasil, editada no final do ano passado pela Fundação Instituto Miguel Calmon de Estudos Sociais e Econômicos (IMIC). Menos ainda espantoso, é tomar conhecimento de que a indústria de minerais não metálicos Planel se sobressai no meio daquelas, garantindo ao povo sergipano e aos químicos orgulho ainda mais feérico.

            Diante disso, temos que registrar que, há mais de 20 anos, a economia de Sergipe apresenta desempenho superior às médias brasileira e nordestina, quando se observa a evolução do PIB, com exceção dos primeiros anos da década de 1990. Prova disso é que o PIB per capita ocupa, desde há muitos anos, a posição mais elevada do Nordeste, e Aracaju apresenta uma das mais altas rendas per capita dentre as capitais nordestinas.

            Por outro lado, pensando no longo prazo, Sergipe é um Estado diferenciado dos demais do Nordeste, pelo crescimento apresentado, pelas estruturas produtivas industrial e agrícola relativamente diversificadas e pela convivência de grandes empreendimentos como a Petrobrás e a Vale, antes mencionados. Sergipe combina a presença de importantes investimentos na extração de riquezas minerais nas áreas de petróleo e gás, além de potássio, uréia e calcário que fazem do Estado um nascente pólo de fertilizantes e um dos maiores produtores de cimento do Brasil.

            Se o PIB de Sergipe, nos últimos anos, segundo IBGE, já tem atingido aproximadamente a marca dos 15 bilhões de reais, isso, em larga medida, se explica pelo trabalho exaustivo da mão-de-obra especializada local, à qual se tem creditado o salto desenvolvimentista sergipano. Nesse feliz contexto, a contribuição dos profissionais da química industrial para a elevação da produção econômica dispensa maiores comprovações. A presença da indústria química responde por significativa margem dos tais 0,63% do PIB brasileiro, a que corresponde a produção sergipana.

            Para nossa satisfação, com o mercado de commodities em alta na economia mundial, os investimentos da Petrobrás e da Vale têm-se expandido significativamente na economia sergipana. Particularmente a Petrobrás, ela vem realizando um esforço considerável na formação de rede de fornecedores locais, com reflexos na criação de empresas qualificadas na prestação de serviços no segmento de petróleo e gás.

            Em especial, a entrada em operação da plataforma de Piranema, no litoral sul do Estado, que irá ampliar em 30% a produção de petróleo, contribui para impulsionar as atividades dessa cadeia produtiva.

            Para concluir, Sr. Presidente, gostaria de reiterar minhas congratulações a todos os colegas químicos do País, mas, de maneira bem especial, a todos os químicos formados pela Escola de Química Industrial de Sergipe. A eles, dedico esta singela saudação, convicto de que “nossa” contribuição para o desenho de um Sergipe mais tecnologicamente comprometido não é somente retórica ficcional, mas indiscutivelmente um relevante dado histórico à disposição de qualquer cidadão brasileiro.

            Era o que eu tinha a dizer.

            Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/06/2009 - Página 24414