O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu pedi a palavra pela ordem - até falei com V. Exª por telefone -, porque eu tinha que fazer o registro dessa comunicação que recebi dos metroviários de Porto Alegre.

            Sr. Presidente, os metroviários gaúchos estão paralisados desde o dia 2 de junho. Essa greve não se limita apenas a uma questão de aumento salarial. Na verdade, é uma grande luta em defesa de todos os direitos dos trabalhadores, ameaçados lá no Trensurb.

            Eles estão solicitando um índice de reajuste, Sr. Presidente, de 12,15% - a greve já completou uma semana -, que nada mais é do que o direito de repor as perdas salariais.

            Segundo os cálculos do Sindicato dos Metroviários (Sindimetrô/RS), o índice de 12,15% por um ano é o mais indicado para repor dois anos de perdas.

            Além das questões que envolvem a reposição das perdas salariais, também há o fato de a administração da Trensurb promover a divisão da categoria em antigos e novos funcionários, criando aí uma discriminação.

            Aqui termino, Sr. Presidente: por meio da chamada Resolução nº 9, antigos funcionários recebem benefícios superiores aos que recebem os novos. Exemplo disso é o adicional noturno: os funcionários que entraram na empresa antes do ano de 1997 recebem as horas trabalhadas à noite com uma majoração de 50%, enquanto os que entraram recentemente ganham apenas 20%.

            Termino, Sr. Presidente, fazendo um apelo à direção da Trensurb, para que aceite a negociação e atenda às reivindicações dos metroviários. É mais que justo. Há uma semana, os trens, o metrô, enfim, a Trensurb está totalmente parada, Sr. Presidente. Toda a linha Porto Alegre-Sapucaia está sem atender milhões de trabalhadores que dependem da Trensurb.

            Então, faço esse apelo, com a tolerância de V. Exª e do Senador Suplicy. Vou remeter o meu pronunciamento à direção da Trensurb de Porto Alegre, para que cheguem a um entendimento e acertem com os trabalhadores, atendendo a essa reivindicação básica de 12,55% e ao pedido de não haver nenhum tipo de discriminação entre os mais antigos e os mais novos, já que o horário noturno é para todos.

            Obrigado, Sr. Presidente.