Discurso durante a 116ª Sessão Especial, no Senado Federal

Esclarece sua posição com relação à CPI da Petrobras.

Autor
Cristovam Buarque (PDT - Partido Democrático Trabalhista/DF)
Nome completo: Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS).:
  • Esclarece sua posição com relação à CPI da Petrobras.
Publicação
Publicação no DSF de 10/07/2009 - Página 31329
Assunto
Outros > COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS).
Indexação
  • COMENTARIO, ANTERIORIDADE, RETIRADA, ASSINATURA, ORADOR, REQUERIMENTO, CRIAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), MOTIVO, DESCUMPRIMENTO, ACORDO, RECEBIMENTO, AUDIENCIA, PRESIDENTE, EMPRESA ESTATAL, REGISTRO, POSIÇÃO, ATUALIDADE, APOIO, URGENCIA, INSTALAÇÃO, ALEGAÇÕES, INEFICACIA, ESCLARECIMENTOS, DENUNCIA, NECESSIDADE, INVESTIGAÇÃO.

            O SR. CRISTOVAM BUARQUE (PDT - DF. Pela ordem. Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Senador Papaléo, quero fazer um comentário sobre o assunto da CPI.

            Assinei a convocação da CPI. Eu retirei a minha assinatura da convocação da CPI.

            Aliás, o Senador Papaléo, hoje, em seu discurso, falou que a Petrobras é um patrimônio que a gente não pode deixar ficar na lama. Então, precisa saber o que acontece ali. Eu assinei a CPI. Depois, houve a possibilidade de o presidente da Petrobras vir aqui fazer o seu depoimento diante do Senado, nós o perguntaríamos e, se ele não nos satisfizesse, levaríamos adiante a CPI. Fechamos esse acordo. As assinaturas ficaram guardadas, e traríamos aqui o Presidente da Petrobras.

            Aí, mudou tudo e decidiu-se convocar a CPI imediatamente. Fui contra, então, e retirei a minha assinatura.

            Quero dizer que se tivéssemos trazido o presidente da Petrobras, hoje ou já teríamos tudo explicado, ou, como as suspeitas aí estão, já teríamos tido todos os argumentos para convocar a CPI imediatamente.

            Mas quero dizer, Senador Alvaro, que agora sou um defensor ferrenho de que esta CPI comece o mais depressa possível. E mais que isso: que ela vá fundo, porque, se ela não for fundo, vai parecer que houve algum acordo relacionando a crise que o Senado vive à CPI: que o Governo teria cedido em troca de blindar o Presidente Sarney.

            Eu, hoje, sou um defensor da CPI e acho um absurdo, Senador Alvaro, que a gente não esteja fazendo a CPI imediatamente. Espero até que, se for o caso, não se entre em recesso para que essa CPI entre, sim, em atividade, porque o povo brasileiro está querendo saber o que de fato acontece naquela empresa.

            Esta é uma posição que eu queria deixar clara aqui: assinei, retirei e continuo fazendo a mesma posição: defendendo a existência de um sistema para apurar o que acontece na Petrobras. E hoje não há outro caminho - já não dá mais para ser aquilo que eu queria, que era ouvir o Presidente da Petrobras - , não há outro caminho a não ser a CPI.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/07/2009 - Página 31329