Discurso durante a 122ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Atividades desenvolvidas por políticos do PMDB no território nacional, salientando a organização e o trabalho da agremiação partidária. Realização, no próximo dia 18 de agosto, de Sessão Especial do Senado destinada a comemorar os 100 anos do falecimento de Euclides da Cunha.

Autor
Geraldo Mesquita Júnior (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AC)
Nome completo: Geraldo Gurgel de Mesquita Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA PARTIDARIA. HOMENAGEM.:
  • Atividades desenvolvidas por políticos do PMDB no território nacional, salientando a organização e o trabalho da agremiação partidária. Realização, no próximo dia 18 de agosto, de Sessão Especial do Senado destinada a comemorar os 100 anos do falecimento de Euclides da Cunha.
Publicação
Publicação no DSF de 04/08/2009 - Página 34280
Assunto
Outros > POLITICA PARTIDARIA. HOMENAGEM.
Indexação
  • ELOGIO, REORGANIZAÇÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), ESTADO DO ACRE (AC), TRABALHO, PREFEITO, CANDIDATO ELEITO, DETALHAMENTO, VISITA, MUNICIPIOS, PARTICIPAÇÃO, INAUGURAÇÃO, ESCOLA PUBLICA, ZONA RURAL.
  • SAUDAÇÃO, OCORRENCIA, MUNICIPIO, PORTO ACRE (AC), ESTADO DO ACRE (AC), ENCONTRO, FILIAÇÃO PARTIDARIA, PRESENÇA, PRESIDENTE, DIRETORIO REGIONAL, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), ANUNCIO, MOBILIZAÇÃO, BUSCA, CANDIDATURA, GOVERNO ESTADUAL, APRESENTAÇÃO, SOLIDARIEDADE, ORADOR, PROCESSO, REVEZAMENTO, PODER.
  • ANUNCIO, SESSÃO ESPECIAL, SENADO, COMEMORAÇÃO, CENTENARIO, MORTE, EUCLIDES DA CUNHA (BA), ESCRITOR, HISTORIADOR, CHEFE, MISSÃO, EXPEDIÇÃO, ESTADO DO ACRE (AC), RIO PURUS, DEMARCAÇÃO, TERRITORIO NACIONAL, FRONTEIRA, PAIS ESTRANGEIRO, PERU, PREPARAÇÃO, TRATADO.
  • ELOGIO, JORNAL, O ESTADO DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DIVULGAÇÃO, TEXTO, EUCLIDES DA CUNHA (BA), FOTOGRAFIA, DOCUMENTAÇÃO, ITINERARIO, VIAGEM, ESTADO DO ACRE (AC), ANUNCIO, LANÇAMENTO, FILME DOCUMENTARIO.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB - AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Caro amigo Senador José Sarney, Presidente desta Casa, Srªs e Srs. Senadores, como não poderia deixar de fazê-lo, Senador Renan, inicio minha fala trazendo notícias aqui desses breves dias em que estivemos no nosso Estado, visitando amigos, correligionários, participando de reuniões.

            Quero trazer à Casa notícia de que o nosso Partido, o PMDB, no nosso Estado, está cada dia mais forte, mais estruturado e não satisfeito, procurando melhores condições ainda. Os nossos Prefeitos eleitos nas últimas eleições, Prefeitos do PMDB, têm até agora seis meses de mandado e vêm, rigorosamente,

cumprindo a missão a eles delegada de trabalharem pelas suas populações.

            Eu participei, nestes últimos dias, Senador Renan, em Bujari, um pequeno Município próximo da nossa capital, presidido por um companheiro nosso, o Prefeito Padeiro - trabalhador, acorda de madrugada, vai para o meio da rua bater mato com seus auxiliares. Ele inaugurou uma grande e bela escola, Senador Sarney, e desta feita na zona rural do Município. Nesses últimos anos, eu tenho alimentado a preocupação de que precisamos olhar com outros olhos, com muito carinho a situação daqueles que estão nas zonas rurais do nosso País. A rigor - e aqui é apenas uma observação -, a gente costuma priorizar investimentos nas cidades em detrimento, muitas vezes, da situação de comunidades rurais, Senador Mão Santa. E no Acre não é diferente. Isso não é uma característica só do Acre ou no Acre. É quase um preconceito, na minha concepção, Senador Collor. Fazem-se as coisas de forma conveniente nas cidades e, no campo, as coisas são, normalmente, malfeitas, matadas, mais ou menos, como se as populações rurais não merecessem serviços de excelente qualidade, obras de grande nível.

            Eu estou dizendo isso porque fiquei muito satisfeito, Senador Renan, com o que pude presenciar, participando da inauguração de uma bela escola na zona rural, escola de alvenaria, bem construída, bonita, bem acabada, para que crianças e jovens, filhos daqueles que, de manhã, tarde e noite, estão com a enxada na mão trabalhando para produzir, possam ter uma educação, uma escola de qualidade.

            E o PMDB no meu Estado, Senador Sarney, vem se organizando, pelo menos, de forma mais intensa desses últimos três anos para cá. Os resultados apareceram na última eleição: elegemos quatro Prefeitos, quando não tínhamos nenhum - o último havia se desfiliado do PMDB. E o partido se organiza, como eu disse, se reorganiza, se reestrutura.

            Nesse último sábado tivemos, no Município de Porto Acre, a felicidade de realizar um grande encontro no qual se deu a filiação de pessoas de prestígio político naquele Município, com a presença do Presidente Regional do Partido, o Presidente da Municipal em Porto Acre.

            Quero aqui, nesta pisada, já anunciar que, dia 7 próximo, o PMDB, uma grande comitiva, uma grande caravana do PMDB estará em Feijó, no coração do Acre, lá no “meião”, na beira do rio Envira, realizando quase que um congresso do Partido, em que vamos discutir propostas, teses para essa caminhada que poderá nos levar à conquista do próprio Governo do Estado em 2010, Senador Collor. Temos lá o Vereador Rodrigo Pinto, um jovem Vereador da capital do nosso Estado que se entusiasmou com a possibilidade de nos representar na forma de candidato ao Governo do Estado. E o Partido tem se organizado e se havido com esse propósito, com alegria, com entusiasmo, com seriedade, com o pé no chão, com dedicação. Após Feijó, vamos visitar e nos reunir com correligionários dos demais Municípios.

            Enfim, o que colhi e que trago aqui é o sentimento de novos dias, novos tempos, nova concepção de trabalho, de luta, que poderá resultar na colheita de grandes resultados, de grandes coisas, inclusive a conquista do Governo do Estado.

            Tenho me colocado à disposição do nosso Partido na condição de candidato à reeleição. Se o Partido considerar isso apropriado, estou à disposição; se enxergar em outros quadros do Partido alguém que possa representar de forma melhor o partido aqui no Senado Federal, eu me envolverei nesta campanha, tanto na minha candidatura à reeleição, quanto na candidatura à eleição de qualquer companheiro do PMDB que esteja, afinal, ungido pelo partido para cumprir essa tarefa.

            Com essas breves notícias do meu querido Estado, por meio do trabalho que a gente executa dentro do nosso partido, quero dar ciência à Casa de que podemos ter algo que, na vida política, na vida pública, é muito interessante, instigante e até emocionante: a alternância de poder. Temos em nosso horizonte a possibilidade de promover a alternância de poder em nosso Estado. O PT, a Frente Popular, que governa o Estado já pelo décimo primeiro ano, com realizações, com falhas também, claro, que se prepare para este momento. Poderemos ter, de fato, uma alternância de poder. É o que ouço nas ruas, é o sentimento que colho da população do meu Estado, e é com esse propósito que estamos nos colocando, por meio do PMDB, a serviço da população acreana, para, em sintonia com as suas aspirações, primeiro, promovermos essa alternância de poder e, segundo, para nos comportarmos e dirigirmos o nosso Estado, observando outros aspectos que podem ter passado despercebido, podem ter sido alvo de negligência, e é nessa caminhada que nós estamos.

            Portanto, do Acre eu venho com o coração cheio de alegria, com o sentimento grande de que estamos cada vez mais com o ouvido apurado para escutar o que a população nos diz, para colher dela a orientação que ela nos dá, normalmente, para que possamos marchar juntos nesta próxima empreitada eleitoral.

            Mas eu queria aproveitar estes últimos minutos, Senador José Sarney, para me referir a uma sessão que vai ocorrer aqui no dia 18, uma sessão especial, que vai fazer o registro dos cem anos de falecimento de Euclides da Cunha, autor de Os Sertões, e aquele que se embrenhou Acre adentro - poucos brasileiros sabem disso -, subiu o rio Purus até às suas cabeceiras, para cumprir a determinação governamental brasileira de demarcar os limites do nosso País com o Peru.

            Ele chefiou uma missão, por designação do Barão do Rio Branco, no início do século passado, fez essa viagem quase que com o sacrifício da própria vida. Apresentou um relatório, cujas observações foram aproveitadas quase in totum pelo Barão do Rio Branco, pelo Governo brasileiro, do que resultou a assinatura do tratado de limites com o Peru.

            No Acre, Senador Sarney e no restante do País, o tratado mais conhecido, após revolução acreana, é o Tratado de Petrópolis, firmado pelo Governo brasileiro, sob a batuta do Ministro Barão do Rio Branco, que envolveu Brasil e Bolívia.

            Agora, o tratado de limites com o Peru, Senador Renan, foi um tratado de igual importância. Ele resultou exatamente disso, dessa empreitada, dessa viagem de Euclides da Cunha, Estado adentro, subindo o rio Purus até às suas cabeceiras, marcando e delimitando os limites que temos com aquele grande país, o Peru.

            A sessão não me vai permitir abordar e falar sobre muitos aspectos que envolvem a passagem dele pelo nosso Estado. E, portanto, eu tomo aqui a liberdade de mencionar e saudar, inclusive, iniciativas, como a do jornal O Estado de S. Paulo, que, desde abril, publica textos de Euclides da Cunha, não só relativos à verdadeira epopeia que viveu e cobriu, que resultou na obra prima, que é Os Sertões, como a sua passagem pela Amazônia. Temos, inclusive, na Folha de S.Paulo, também, deste domingo, dia 2 de agosto, um caderno excepcional, o Caderno Mais, que, por sinal, é praticamente todo voltado ao registro desses fatos, de um grandíssimo escritor que se coloca no nível de um Machado de Assis em nosso País, pela obra deixada.

            Como eu disse, o jornal O Estado de S. Paulo, com rara felicidade, comprometeu-se e vem executando um projeto multimídia. Todo final de semana, publica textos escritos por Euclides da Cunha, textos comentados por aquela que é especialista em Euclides da Cunha, Valnice Nogueira Galvão. Ela apresenta o texto e abaixo seus comentários, numa breve análise de cada texto.

            O Estadão, Senador Sarney, mandou recentemente lá para o Acre o repórter Daniel Piza e o fotógrafo Tiago Queiroz. Fizeram a mesma viagem que fez Euclides da Cunha, o mesmo trajeto.

            E eu imagino a riqueza de informações, de imagens que eles recolheram e vão oferecer à população brasileira, de várias formas.

            Tomamos conhecimento da realização de um filme do Diretor Noilton Nunes, que levou 29 anos para realizar, com a ajuda de amigos, um filme que também se dedica a explorar a vida de Euclides da Cunha, a sua obra literária fantástica.

            Enfim, eu queria chamar a atenção deste Plenário para essa sessão que vamos realizar no dia 18 de agosto. O centenário de falecimento de Euclides da Cunha ocorre no dia 15 de agosto, mas, por uma questão de acomodação na agenda da Mesa, realizaremos a sessão no dia 18, Senador Mário Couto. Espero contar com a presença de V. Exª, como dos demais Senadores e Senadoras, para que façamos aqui aquilo que é de direito, o registro, Senador, e as homenagens, merecidíssimas, a um grande brasileiro que tem uma obra literária que transcende o tempo e assim ocorrerá durante muito tempo, e que tem uma passagem de fundamental importância, a presença e passagem na Amazônia brasileira, notadamente no meu Estado do Acre, tem uma passagem dramática, a partir da qual o Brasil pôde reunir informações, dados que levaram o Governo brasileiro e o governo do Peru a assinarem o Tratado de Limites. Portanto, aqui fica, desde já, o convite e eu começo e toda a oportunidade que eu tiver até o dia 18, vou registrar alguns fatos e trazer à Casa o conhecimento de alguns dados que podem ter passado desapercebidos nesses últimos tempos acerca de Euclides da Cunha, esse grande historiador que merece todas as homenagens, todo registro que possamos fazer em razão da sua grandeza, em razão da importância que ele tem e sempre terá para a literatura e para a história do povo brasileiro.

            Senador Sarney era o que eu tinha a dizer nesta tarde e agradeço a V. Exª o tempo concedido.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/08/2009 - Página 34280