O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB - AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Presidente José Sarney, eu queria aproveitar este momento, antes do início da Ordem do Dia, para me associar ao povo acreano, aos meus conterrâneos, na data de hoje, uma data importante para todo acreano.

            Hoje, há 107 anos, dava-se início ao processo revolucionário, que resultou na anexação do que hoje é o Estado do Acre ao território brasileiro.

            O acreano é um cidadão enjoado. Ele, para ser brasileiro, promoveu uma verdadeira revolução - sangrenta, inclusive. Dia 6 de agosto é, inclusive, é a data nacional do povo boliviano, a quem rendo minhas homenagens também. Lastimavelmente, a Revolução Acreana deu-se através do confronto de seringueiros, brasileiros, milhares deles, chefiados por Plácido de Castro, um gaúcho, infelizmente contra o povo boliviano, contra o país Bolívia.

            Há um episódio, Senador Sarney - V. Exª, que é escritor - muito interessante. Na madrugada do dia 6 de agosto, Plácido de Castro, com membros da sua tropa, chegou onde estava um destacamento boliviano e acordou o pessoal. O comandante, meio atordoado ainda, meio dormindo, disse para ele que era cedo para a festa - a festa que comemoraria, mais tarde, o 6 de agosto, que é a data nacional da Bolívia. E Plácido de Castro virou para ele e disse: “Não se trata de festa, trata-se de revolução”. E ali se dava início à Revolução Acreana, há 107 anos, como eu disse, que resultou no processo de anexação do território do que hoje é o nosso querido Estado do Acre.

            Portanto, eu queria, em breves palavras, Senador Sarney, associar-me aos meus conterrâneos, ao povo acreano, nas comemorações de uma data importante para todos nós, para os acreanos e para os brasileiros também, e também, respeitosamente, cumprimentar e saudar o povo boliviano, porque essa também é a data nacional da Bolívia.

            Com essas palavras, agradeço a gentileza de V. Exª.

            Era o que eu tinha a dizer.

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