Discurso durante a 140ª Sessão Especial, no Senado Federal

Comemoração do Ano da França no Brasil e a ação das Alianças Francesas como agentes de difusão cultural em nosso país.

Autor
Flexa Ribeiro (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Fernando de Souza Flexa Ribeiro
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração do Ano da França no Brasil e a ação das Alianças Francesas como agentes de difusão cultural em nosso país.
Publicação
Publicação no DSF de 26/08/2009 - Página 38434
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANO, BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, FRANÇA, SAUDAÇÃO, ATUAÇÃO, ESTABELECIMENTO DE ENSINO, LINGUA ESTRANGEIRA, IMPORTANCIA, DIVULGAÇÃO, CULTURA, AMIZADE.
  • ELOGIO, INFLUENCIA, PAIS ESTRANGEIRO, FRANÇA, DIVULGAÇÃO, IDEOLOGIA, LIBERDADE, IGUALDADE, SOLIDARIEDADE, INCENTIVO, INDEPENDENCIA, PAIS, AMERICA, BRASIL.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB - PA. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, ao requerer a realização desta Sessão Especial do Senado Federal, destinada a comemorar o Ano da França no Brasil e a ação das Alianças Francesas como agentes de difusão cultural em nosso País, o Senador Adelmir Santana foi extremamente feliz.

            De um lado, celebra-se um programa - o França.Br 2009 - que vem se desenvolvendo, desde 21 de abril, com raro brilhantismo, e que tem tudo para trazer às relações entre nossos dois Países resultados tão positivos como aqueles proporcionados, quatro anos atrás, pelo Ano do Brasil na França.

            De outra parte, presta-se justa homenagem a uma instituição - a Aliança Francesa no Brasil - que aqui se faz presente há 124 anos, e que ao longo de todo esse período tem atuado não apenas no sentido de difundir o idioma, a cultura e os valores daquele País, mas também - e eu diria que acima de tudo - no sentido de estreitar o afeto e a amizade entre o povo francês e o povo brasileiro.

            Sobre as especialíssimas ligações entre a França e o Brasil, Senhor Presidente, e principalmente sobre a decisiva influência das idéias e dos costumes provenientes daquele pedaço da Europa em nossa formação como Nação soberana e democrática, penso que não há muito a acrescentar.

            Afinal, se existe um fato sempre destacado nos eventos em que confraternizamos com nossos irmãos franceses, é o de que nós, brasileiros, como tantos outros povos do mundo, também fomos tocados pelo pensamento iluminista que floresceu na França - também em outros países, mas em especial na França - no início do século XVIII.

            Um pensamento que viria a inspirar o brado de “liberdade, igualdade e fraternidade” que fez desabar os muros da Bastilha.

            Um pensamento que viria a inspirar movimentos de independência em dezenas de países da América, entre os quais o nosso Brasil.

            Um pensamento, Srªs. e Srs. Senadores, que já no século XIX viria a inspirar, no meu Estado do Pará, o glorioso movimento cabano, epopéia forjada pela indignação contra a centralização do poder e das decisões e em que prevaleceu, mais que tudo, a ânsia libertária.

            Mais recentemente, na década de 60, fomos outra vez agitados pelos ventos soprados de lá, com nossos jovens incorporando o espírito questionador que vinha das barricadas de Paris.

            E não é somente nos campos filosófico, político e comportamental, Sr. Presidente, que se faz sentir a influência da França em nosso País. Todos sabemos que, na literatura, nas artes plásticas, na ciência, na culinária e em muitas outras áreas do conhecimento humano, a contribuição francesa para nossa cultura foi e continua sendo essencial.

            Por outro lado, é inegável que essa transferência de costumes e valores se transforma cada vez mais em um processo de mão dupla, na medida em que o Brasil, nas últimas décadas, tem começado a fazer valer suas potencialidades e se colocado em condições de também oferecer, às outras nações, uma boa quota de experiências bem sucedidas.

            Hoje, Srªs. e Srs. Senadores, temos bem mais a exibir, no cenário das trocas culturais, do que naqueles tempos longínquos em que Montaigne identificou, nos primitivos trazidos da América - na verdade, do Brasil -, um admirável toque de humanidade.

            Hoje, para citar apenas um exemplo, nossa contribuição no campo das artes - especialmente da música - já pode ser considerada digna de registro.

            É dar continuidade a tudo isso, Sr. Presidente, a esse intercâmbio profundamente enriquecedor de conhecimento e informações entre dois povos irmãos, que se pretende com o Ano da França no Brasil.

            Estou plenamente convencido de que, quando 2009 tiver terminado, chegaremos à conclusão de que os resultados desse esforço foram consideráveis e ainda renderão bons frutos. Até porque eles continuarão a ser repercutidos de forma permanente, nos anos seguintes, pelas 39 associações e 8 centros correspondentes que formam a Aliança Francesa no Brasil.

            Aos dois, portanto - ao Ano da França no Brasil e à Aliança Francesa -, o meu reconhecimento e as minhas homenagens.

            Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/08/2009 - Página 38434