Discurso durante a 148ª Sessão Especial, no Senado Federal

Homenagem ao Dia do Corretor de Imóveis.

Autor
Adelmir Santana (DEM - Democratas/DF)
Nome completo: Adelmir Santana
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem ao Dia do Corretor de Imóveis.
Publicação
Publicação no DSF de 04/09/2009 - Página 41463
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • CUMPRIMENTO, PRESENÇA, AUTORIDADE, SESSÃO SOLENE, SENADO, COMEMORAÇÃO, DIA, CORRETOR DE IMOVEIS, ELOGIO, CONTRIBUIÇÃO, CATEGORIA PROFISSIONAL, AUXILIO, POPULAÇÃO, AQUISIÇÃO, CASA PROPRIA, IMPORTANCIA, TRABALHO, CORRETOR, PROCESSO, CONSOLIDAÇÃO, BRASILIA (DF), DISTRITO FEDERAL (DF), SAUDAÇÃO, EMPENHO, PROFISSÃO, BUSCA, PREVENÇÃO, DANOS MATERIAIS, PROTEÇÃO, MEIO AMBIENTE.

            O SR. ADELMIR SANTANA (DEM - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente Senador Mão Santa, 3º Secretário desta Casa e quem mais presidiu sessões do Senado em toda a sua história; Sr. João Teodoro da Silva, Presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci); Sr. Luiz Carlos Attié, Presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 8ª Região e Prefeito de Cristalina; Sr. Getúlio Romão Campos, Vice-Presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Distrito Federal; Luiz Cláudio Nasser, Diretor-Secretário do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Distrito Federal; Sr. Presidente; Srªs e Srs. Senadores; convidados; meus amigos corretores de imóveis, é com muita emoção que participo mais uma vez, nesta Casa, da sessão pela passagem do Dia Nacional do Corretor de Imóveis, que se comemora em 27 de agosto e sempre lembrado por todos nós aqui no Senado.

            Esta homenagem, diga-se de passagem, deveu-se a iniciativa - assinada também por mim - do Senador Gim Argello, também corretor, que me deixou uma mensagem - ele me ligou ontem. O Gim pediu essa homenagem, mas está com um compromisso inadiável em São Paulo, tratando de assuntos familiares, e pediu-me que transmitisse a todos os corretores de imóveis presentes, especialmente ao Presidente Luiz Carlos Attié, um forte abraço pelo Dia do Corretor de Imóveis. Ele, Gim Argello, que é corretor de imóveis por profissão e ofício, sabe da importância desses profissionais para o progresso e o desenvolvimento do Distrito Federal e do País.

            No momento em que Brasília - eu vejo figuras importantes aqui, não vou nominar todos - se prepara para completar 50 anos, nada mais justo do que esta comemoração aos senhores, que têm importância fundamental e um papel de relevância para toda a população. O corretor de imóveis teve papel especial na consolidação da nossa cidade, que hoje já conta com mais de 2,6 milhões habitantes e se destaca na economia brasileira pela valorização imobiliária das suas 30 regiões administrativas.

            Já se disse que o corretor de imóveis tem o fantástico dom de transformar sonhos em realidade. A maioria de nós é testemunha disso, pois passou por esse processo muitas vezes na vida. Ele é uma espécie de guardião do nosso imóvel, da nossa residência e, em última instância, do nosso próprio lar. Quem vende imóveis, portanto, não vende apenas uma moradia ou um local de trabalho; vende sonhos que quase sempre se transformam em realidade. Esse é um vendedor diferenciado, portanto, porque, ao vender sonhos, tem de estar imbuído de muito amor por aquilo que faz, de muita fé e de muita crença para transferir isso às pessoas que fazem essas aquisições.

            Esses vendedores de sonhos, no Distrito Federal, são bem orientados, unidos e respeitados, sob a liderança do Conselho Regional da 8ª Região, Creci-DF, hoje ainda presidido pelo líder Luiz Carlos Attié - digo “ainda” porque estão em processo eleitoral -, que também é Prefeito de cidade vizinha, Cristalina. O Creci-DF se expande e se consolida, agora, inclusive, com unidade em Taguatinga para melhor atender a todos os profissionais e à própria sociedade.

            Eu recorro a recente artigo que foi publicado pelo Attié para reverenciar inesquecíveis corretores de imóveis que marcaram, e marcam, presença em Brasília, como Calil Daher, Aref Assreuy (que foi meu companheiro na Federação do Comércio), João Balduino (também companheiro na Federação do Comércio), Olavo Pinto David, Tião Valadares, Neguinho, GG Leite, Felisberto Prata, Zequinha, Antonio Bispo (o pai e o filho), o Conde Mixirica, o Otelides, o Pivete, o Geraldo Nascimento, o Chiquinho, o Nemésio, o Irani Mendes, o José Lírio, o Dermevaldino Vieira, o Joralindo da Cruz, o José Romão, pai do nosso companheiro Getúlio Romão, Sinésio Passos, o Vildemar, aqui presente, o Vladimir, o Gonçalo Martins, o Joaquim de Faria e tantos outros. Seria muito difícil enumerá-los aqui e, por isso, peço escusas aos que estão aqui por não citá-los; são muitos outros não menos importantes. (Palmas.)

            Lembro também um amigo e companheiro da Fecomércio, Tauler Machado, falecido na década de 90 em pleno auge profissional. Esses vendedores de sonhos merecem uma homenagem especial nesta sessão solene.

            Lembro ainda aqui - não podia deixar de fazer esta referência porque também é meu companheiro - Miguel Setembrino Emery de Carvalho, velho corretor de imóveis, avaliador também e companheiro, como eu disse, da Fecomércio.

         Comprar, vender, alugar, permutar e trocar imóveis não são transações simples. Como eu disse, envolvem forte componente de fé, de amor e de sonhos. A responsabilidade do corretor vai bem além de mostrar ao cliente a propriedade a ser comercializada. Passa, claro, pela relação humana, pelo contato, pela sensibilidade, que não é possível se perceber nas máquinas. Daí a figura do corretor de imóveis, que nunca deixará de existir. Por mais que tenhamos a evolução tecnológica, a Internet, enfim, todos esses equipamentos, essa figura é insubstituível, porque tem o componente, como eu disse, do amor, da simpatia, da percepção dos sonhos.

         Nos contatos, tem a sensibilidade de perceber o que vai no coração do cliente, na vontade da esposa, que, quase sempre, é quem decide a compra quando vai o casal. Às vezes, eu digo: “Não se entregue, porque, se você disser que gostou, nós estamos mortos. Deixe comigo. Não diga nunca que é bom, que gostou”. Daí a minha referência ao amor. Os senhores todos têm de ter esse componente do amor à profissão e do respeito ao cliente, sentimentos que todos os senhores conhecem.

            Segundo a Lei nº 6.530, que disciplina o exercício dessa profissão, “compete ao corretor exercer a intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis, podendo, ainda, opinar quanto à comercialização imobiliária”. A profissão tem uma história bastante antiga - ela foi bem retratada aqui pelos Senadores que me antecederam. No seu princípio, aqui no Brasil, os profissionais eram conhecidos como “agentes do comércio” - isso lá nos idos de 1942, quando o Ministério do Trabalho, em sua Carta Sindical, designou-os como “corretores de imóveis”. Em 1962, o Congresso Nacional regulamentou a profissão por intermédio da Lei nº 4.116, de 1962.

            Com o passar do tempo e os novos rumos do mercado, houve a necessidade de se criar um diploma legal. O Congresso Nacional revogou a lei anterior e promulgou a de número 6.530/78, consolidando a profissão e concedendo a seus integrantes o título de Técnico em Transações Imobiliárias. O profissional que deseja desempenhar de forma competente suas funções necessita de conhecimentos técnicos que envolvem Direito Imobiliário, Matemática Financeira, Engenharia, Arquitetura, Topografia, Informática, dentre outras disciplinas.

            A categoria passa ao mercado segurança nas suas transações não somente pela credibilidade adquirida ao longo de décadas, mas também pelo respeito ao Código de Ética Profissional. Nesse Código são estabelecidas regras de conduta seguidas fielmente pelos corretores, sob a fiscalização dos Conselhos instalados em todo o Brasil. Uma das regras estabelecidas define, por exemplo, o compromisso de apresentar ao cliente dados rigorosamente certos, nunca omitindo detalhes que o depreciem, informando o comprador dos riscos e demais circunstâncias que possam comprometer o negócio ou que possam não ser verdadeiras.

            E é o que os corretores fazem. Sempre confiei nos corretores de imóveis que atuam no DF, entre os quais incluo dezenas de amigos, valiosos cidadãos que ajudaram a construir e consolidar a Capital do País.

            Lembro que o próprio Presidente Juscelino Kubitschek, nos primeiros tempos de Brasília, agradecia e engrandecia sempre o trabalho desses profissionais em seus pronunciamentos. Ele dizia que, sem a colaboração dos corretores de imóveis, a missão de construir e habitar Brasília teria sido muito mais espinhosa.

            Vejam, senhoras e senhores corretores de imóveis, Sr. Presidente Mão Santa, Srªs e Srs. Senadores, meus companheiros do Senado: que outra categoria tem - ou pode ter - como patrono o nosso eterno e inesquecível Juscelino Kubitschek? (Palmas.)

            Já reconhecida mundo afora, essa profissão é extremamente respeitada principalmente nos países mais desenvolvidos, já que gera incalculáveis riquezas.

            Não menos relevante é sua participação no debate das questões relativas ao meio ambiente e à qualidade de vida nas grandes metrópoles. Além de corretores, os senhores são também consultores ambientais, tarefa vital para a preservação da qualidade de vida na Capital do País.

            Registro que hoje percebo, ainda, que os corretores estão muito ligados à modernidade associando-se às atividades das autoridades governamentais sempre em busca de prevenir danos materiais e também danos ao meio ambiente.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, senhores corretores, a categoria dos corretores de imóveis reúne quase 200 mil profissionais em todo o País. A cada um desses senhores, desses vendedores de sonhos que se tornam realidade, desejo apresentar meus calorosos cumprimentos pelo seu dia.

            O Senado Federal, mais uma vez reconhece o valor dessa nobre profissão, que respeita o cliente, que respeita os interesses da sociedade e dá, dia após dia, sua extraordinária contribuição ao progresso do Brasil.

            Louvo todos os Senadores que me antecederam e quero lhes dizer do compromisso que tenho com essa categoria, do apreço que tenho por essa categoria e das amizades que fiz com todos aqui no Distrito Federal.

         Meus parabéns!

            Era o que tinha a dizer.

            Peço escusas, mas estou atrasado para a assinatura de um convênio do Senac com as Escolas Técnicas na Candangolândia. O Governador me ligou: “Olha, dá sete minutos de helicóptero do ‘Buritinga’ à Candangolândia. Você vai chegar?” Eu disse: vou; mas vou chegar atrasado, porque vocês para mim são muito mais importantes do que a assinatura do convênio.

            Muito obrigado. (Palmas.)

 

            


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/09/2009 - Página 41463