O SR. ADELMIR SANTANA (DEM - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é sabido que se comemora no Brasil, neste ano, o Ano da França no Brasil.

            Queria aproveitar esta manhã, este final de manhã e início de tarde, para fazer referência à abertura que fizemos de uma exposição, uma belíssima exposição denominada “Obras-Primas dos Museus da França”. Essa exposição “Obras-Primas dos Museus da França” é exatamente para registrar a passagem deste ano em que se comemora Ano da França no Brasil.

            Foram quase dois anos, Sr. Presidente, de negociações para a vinda desse acervo cultural, constituído de obras-primas pertencentes aos principais museus da França. Um trabalho intenso, que envolveu pesquisa, tradução, cenografia, iluminação e a participação de vários técnicos e profissionais do Distrito Federal, com um investimento superior a R$1 milhão, para tornar esse sonho realidade.

            É importante ressaltar que essa é uma iniciativa do Sesc, o Sesc do Distrito Federal, que adquiriu com exclusividade o direito de “itinerar” essa exposição para que milhões de brasileiros de outras regiões do País, de outras cidades brasileiras tenham a possibilidade de desfrutar desse inestimável presente nas suas 131 reproduções fotográficas.

            Acreditamos que, com mais essa ação sociocultural e educativa, fica evidenciada a responsabilidade social do empresariado do setor de comércio, de bens e serviços e turismo, que, por suas contribuições sociais, tornam-se indutores do desenvolvimento e da transformação dos indivíduos e da sociedade, através de ações como essa do Sesc.

            Não poderia deixar de agradecer também ao Sesc nacional - essa é uma iniciativa do Sesc regional do Distrito Federal, mas o Sesc nacional nos apoiou nesta realização -, bem como à Embaixada da França, à Associação Cultural Latina, a ARS Latina, ao Governo do Distrito Federal, ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e em especial à curadora da exposição, na pessoa da Srª Elisabeth Balandá, que se fez presente na abertura deste evento.

            Venho falar hoje dessa importante ação social que o Sesc garantiu para o Distrito Federal e para o Brasil com essa exposição. E faço um lembrete de que essa instituição, Sesc, criada em 1946, tem-se mantido fiel ao compromisso de promover a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores do comércio, de bens, serviços e turismo, por meio de atuação de excelência nas áreas de educação, ação social, lazer, esporte, alimentação, cultura e turismo social.

            Desde então, desde 1946 - V. Exª conhece a história -, o Sesc tem oferecido programação de alto nível, aliado ao compromisso de democratizar o acesso de todas as camadas de população a essas questões, a essas suas ações.

            Muitas pessoas encontram no Sesc um lugar de convivência agradável, bem cuidado, com excelente infraestrutura, um lugar de sociabilidade, onde todos os públicos circulam, todos pertencem e todos se incluem. Somamos quase cinco milhões de associados. De norte a sul do Brasil, o Sesc é reconhecido como um exemplo bem sucedido do exercício da responsabilidade social corporativa.

            Em nossos 231 centros sociais ou centros de atividades, são oferecidos, diariamente, atendimento médico-odontológico, ensino fundamental, médio e infantil, alimentação, apresentação de música, festivais de teatro, dança, reforçando a percepção da sociedade de que o Sesc é uma instituição viva, pulsante e presente no dia a dia da população.

            Não posso também, Sr. Presidente, deixar de mencionar um programa importante do Sesc, o Mesa Brasil Sesc, que hoje se constitui, sem dúvida alguma, na maior e mais efetiva ação de combate à fome e ao desperdício de alimentos. Desde a sua implantação, em meados de 2003, o Programa já arrecadou e distribuiu 126 mil toneladas de alimentos e complementou cerca de um bilhão de refeições. No ano de 2008, contabilizamos mais de 770 milhões de atendimentos em atividades nas áreas de educação, ação social, lazer, esporte, alimentação, cultura e turismo social. Por isso, nós podemos afirmar que o Sesc é do tamanho do Brasil.

            Aqui, no Distrito Federal, o Sesc possui hoje dez unidades operacionais. São poucas unidades para o tamanho da cidade, que cresceu de forma vertiginosa nos últimos anos. São dez unidades operacionais, nas quais cerca de 200 mil pessoas se beneficiam das atividades e serviços da Instituição.

            Ao participar das programações do Sesc, o nosso público se diverte, se encanta, imprime qualidade à sua vida. Mas não falo apenas de entretenimento. Em cada uma das ações do Sesc há um forte sentido educativo. As manifestações artístico-culturais são consideradas pelo Sesc como o meio mais expressivo para a transformação do indivíduo e da sociedade. Por isso está inserido entre nossas prioridades.

            No Brasil, onde lamentavelmente ainda se faz presente a exclusão cultural, tenho orgulho de afirmar que o Sesc no Distrito Federal é hoje referência pela qualidade de seus projetos e pelo apoio, incentivo e envolvimento com a classe artística. Anualmente, nós realizamos prêmios culturais com o objetivo de revelar novos talentos. Certamente, uma oportunidade única para muitos. Mais de três mil artistas, entre músicos, pintores, escritores, poetas e fotógrafos, já participaram com seus trabalhos nos Prêmios Sesc de Música, de Pintura em Tela, de Fotografia, Poesia e de Literatura. Mais de 500 espetáculos nacionais e internacionais, entre shows musicais, danças, teatro, além de exposições e mostras de filmes são realizados em nossos espaços.

            Ousadia e inovação estão presentes na gestão cultural do Sesc no Distrito Federal. Como exemplo, permito-me citar a realização da ópera Carmem, pela primeira vez ao ar livre no Brasil, cujo sucesso ensejou a apresentação de músicas eruditas em parceria com o saudoso maestro Sílvio Barbato, falecido recentemente naquele acidente aéreo via Paris - a quem tivemos a oportunidade de homenagear aqui em uma sessão especial. Grandes espetáculos musicais encantaram a muitos e, sem dúvida, marcaram o cenário cultural de nossa cidade.

            O trabalho que o Sesc desenvolve no Distrito Federal a cada dia avança fronteiras, levando o nosso atendimento aos segmentos de baixa renda e ainda àqueles em situação de vulnerabilidade social.

            Foi inaugurado, há quase dois anos, um dos maiores mais completos Centros de Atividades do Brasil, na Região Administrativa de Ceilândia, com mais de 20 mil metros construídos. No primeiro trimestre de 2010, a população do Gama também vai ganhar uma nova e moderna unidade. Eu tenho orgulho disso por ser o Presidente do Sesc aqui no Distrito Federal.

            Apesar das constantes ameaças e investidas, na tentativa de enfraquecer e esfacelar o Sistema CNC, Sesc e Senac e da falta de incentivo de órgãos do Governo, o Sesc se mantém firme no propósito de continuar prestando serviços, de forma a contribuir para o bem do Brasil. Essa contribuição visa também, naturalmente, a melhorar a qualidade de vida dos comerciários, com a finalidade última de transformar a inclusão social numa realidade. E o Senac continua, naturalmente, na sua missão de formação profissional que, também, vem há mais de 60 anos.

            Com ações propositivas, contínuas e inclusivas no mundo cultural, o Sesc se firma como instituição plural e dinâmica, na certeza de estar cumprindo a sua missão mais importante: servir a milhões de brasileiros; do mesmo modo, o Senac com as suas ações na formação profissional.

            Sr. Presidente, não poderia deixar, portanto, de fazer o registro desses acontecimentos que engrandecem essas instituições, mas, sobretudo, aumentam a possibilidade de pessoas que nunca tiveram acesso a movimentos culturais como esses a se beneficiarem dessa amostra e dessa exposição que está aqui na Esplanada dos Ministérios. Nosso planejamento é trazer jovens, estudantes das escolas públicas. Vamos ficar na Esplanada por mais de 20 dias, e todos os horários já estão tomados com o agendamento das escolas públicas do Distrito Federal para visitação dessas obras dos museus da França.

            Então, faço esse registro na certeza de que o Sesc, de que o Sistema CNC/Sesc/Senac, Federação do Comércio/Sesc/Senac, prestam relevantes serviços na área cultural à população do Distrito Federal.

            Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.