Discurso durante a 157ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração dos quarenta e quatro anos de criação da profissão de Administrador.

Autor
Marconi Perillo (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/GO)
Nome completo: Marconi Ferreira Perillo Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração dos quarenta e quatro anos de criação da profissão de Administrador.
Publicação
Publicação no DSF de 16/09/2009 - Página 43501
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, AUTORIDADE, CONSELHO FEDERAL, ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS, HOMENAGEM, DIA NACIONAL, ADMINISTRADOR, ANALISE, PERIODO, CRISE, ECONOMIA INTERNACIONAL, IMPORTANCIA, CONTRIBUIÇÃO, RECUPERAÇÃO, CRESCIMENTO ECONOMICO, ATENÇÃO, RESPONSABILIDADE, NATUREZA SOCIAL.
  • ELOGIO, QUALIDADE, ENSINO SUPERIOR, ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS, FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS (FGV), FACULDADE, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP), INCENTIVO, DEBATE, PESQUISA, SETOR PUBLICO, SETOR PRIVADO, IMPORTANCIA, ATUAÇÃO, CONSELHO.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MARCONI PERILLO (PSDB - GO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Presidente Mão Santa; Presidente do Conselho Federal de Administração, Dr. Roberto Carvalho Cardoso; Presidentes dos Conselhos Regionais de Administração; Presidente do Conselho do Distrito Federal, Dr. Carlos Alberto; Presidente do Conselho de Administração de Mato Grosso, Sr. Alvaro Scolfaro; de Santa Catarina, Jaime José Mora; de Alagoas, o Vice-Presidente Marcos Lael; do Piauí, Dr. Edílson Farias; Conselheira Federal, Aldenize Assis; Conselheiro Federal, Sr. Hélio Tito; Conselheiro Federal, Sr. José Samuel; Conselheiro Federal, Sr. Marcos Eliano; Presidente do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo, Sr. Élson Aníbal de Luca; Presidente do Sindicato dos Administradores do Estado do Paraná, Sr. Aloísio Merlin; Vice-Presidente da Organização Latino Americana de Administração, Sr. José Ataíde; Diretor de Desenvolvimento Institucional do Conselho Federal de Administração, Sr. Alcides Sgrott; Diretor de Fiscalização do Conselho Regional de Administração do DF, Rui Ribeiro; alunos e docentes de inúmeras universidades e faculdades aqui presentes; senhoras e senhores, quando nos reunimos, em 2008, para a sessão solene em homenagem aos 43 anos de regulamentação da profissão de Administrador, ocorrida por meio da Lei nº 4.769, aprovada em 9 de setembro de 1965, tínhamos um quadro de abalo da economia mundial, pela crise do sub-prime americano, com efeitos avassaladores para o mercado.

            Hoje, conquanto haja otimismo por parte das autoridades brasileiras e de outras nações, a verdade é que ainda não sabemos como será o comportamento efetivo da economia nos próximos anos. Há especialistas convictos de que a reação do mercado será na forma de “U” e, portanto, o pior já teria passado e a economia mundial estaria num processo gradativo de recuperação. Isso, sem qualquer dúvida, é o desejo de todos nós, independentemente da filiação partidária ou convicção ideológica. Entretanto, não podemos olvidar que há observadores temerosos de que a reação do mercado será na forma de um “W”. Portanto, o mundo poderia encontrar pela frente - espero que não, mas, pelo menos, por essa teoria -, ainda, novos momentos de crise, sobretudo quando se considera, por exemplo, a bolha do cartão de crédito.

            Esse cenário de incerteza, sem qualquer sombra de dúvida, dá a justa dimensão da importância do Administrador no contexto da dinâmica e complexa economia da sociedade globalizada do século XXI. Traduzir a competitividade em parâmetros para as empresas se inserirem no mercado sem perder a qualidade dos produtos ou deixar de preservar as condições para a produtividade do trabalhador, parece-nos ser o desafio permanente e dinâmico para o Administrador, como globe trotter.

            Na acirrada disputa pelo mercado interno e externo, muitas vezes perde-se de vista o ser humano como centro das ações das sociedades em favor da geração de riquezas estimulada pelo consumo desenfreado e pela perda de parâmetros éticos na oferta de produtos. Talvez por essas marcantes características da sociedade da primeira década do século XXI, a percepção do Administrador desloca-se dos paradigmas gráficos e numéricos, balizados por fluxogramas, para os fatores materiais, humanos, focados especialmente na responsabilidade social das empresas.

            Um conjunto de variáveis, portanto, coloca-se diante do Administrador contemporâneo, que precisa se esforçar não para entrar em confronto com os concorrentes, mas para encontrar nichos de mercado e reafirmar as empresas pela qualidade do produto e pelo atendimento ao consumidor final. O Administrador é a peça-chave para qualquer empresa encontrar o “oceano azul”, nas palavras de W. Chan Kim, co-autor com Renée Mauborgne, de um best-seller, a Estratégia do Oceano Azul.

           Ao longo da história, a profissão dos Administradores, a quem, com muita honra, homenageamos nesta sessão solene, esteve sempre ligada a um processo de modernização do Estado e da iniciativa privada, com fulcro no desenvolvimento nacional.

           O surgimento dos primeiros cursos de Administração no País ocorre com o desdobramento do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em 1932, que defendiam a criação de novos cursos como forma de dinamizar a organização escolar do Brasil e estendê-la para além da formação de engenheiros, médicos e advogados. Fortalece essa percepção, resultante da diversificação econômica do Brasil nas primeiras décadas do século XX, a criação da Fundação Getúlio Vargas e da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo.

            Desde que foram criados, esses polos do saber se transformaram em fontes de estímulo permanente à pesquisa e à discussão de temas centrais para a organização do Estado e do setor privado. A FGV e a EASP, no esforço contínuo para a formação de administradores para o setor público e privado, contribuíram sobremaneira para que, em 1965, a profissão de Administrador fosse regulamentada, estabelecendo-se, assim, a data de 9 de setembro, como dia dessa indispensável categoria profissional, nossos queridos e queridas Administradores e Administradoras.

            Queremos, senhoras e senhores aqui presentes, convidados, com esta singela homenagem, lembrar também a importância do Conselho Federal de Administração e dos Conselhos Regionais, especificamente do Conselho Regional do meu Estado e da Associação Goiana de Administração, vigas mestras na organização e no constante aperfeiçoamento da categoria.

            Esta Casa de Rui Barbosa, patrono da República, patrono do Senado Federal, patrono da democracia no Brasil, os recebe com o justo júbilo, os homenageia e os parabeniza por esta data tão significativa para todos nós.

           O Senador Mão Santa foi muito sábio em suas palavras, colocando, aqui, de forma bastante sucinta, mas com o conteúdo que lhe é peculiar, a dualidade entre a profissão do médico com a exigência que ele tinha para assumir a administração, primeiro, da sua cidade natal, depois o Estado do Piauí, fato que ele fez com muita competência, mas, aqui, S. Exª colocou-nos a importância do Administrador público, da pessoa formada em Administração Pública para exercer as funções relevantes na gestão pública. É certo que nem todos os gestores são Administradores por formação. Mas é certo mais ainda que, para se fazer uma boa gestão, é preciso conhecer, pelo menos, minimamente, os conceitos e o conteúdo da Administração, especialmente na nossa área da Administração Pública.

            A todos os senhores e todas as senhoras os meus cumprimentos e os meus parabéns! (Palmas.)


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/09/2009 - Página 43501