O SR. ADELMIR SANTANA (DEM - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente Senadora Serys Slhessarenko, inicio agradecendo ao Senador Cristovam pela compreensão.

            Sr. Ministro de Estado do Turismo, meu amigo Luiz Eduardo Barretto, Sr. Vice-Presidente da Comissão de Turismo e Desporto na Câmara dos Deputados, Deputado Federal Marcelo Teixeira, também os nossos cumprimentos. Nossos cumprimentos a todas as pessoas envolvidas com o trade de turismo e aos convidados.

            Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Srs. Deputados, amigos do turismo, desde o dia 21, estamos promovendo a Semana Nacional do Turismo no Congresso Nacional. A ação, feita pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal, a Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados e a Frente Parlamentar do Turismo, em parceria com o Sistema Confederativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, CNC/Sesc/Senac, sob a Presidência de Antônio de Oliveira Santos, da qual tenho a honra de ser Vice-Presidente, e com o apoio do Ministério do Turismo e do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur), tem por objetivo celebrar o Dia Internacional do Turismo, a ser comemorado no próximo dia 27.

            Como Presidente do Sesc e do Senac no Distrito Federal, eu me orgulho muito em dizer que a CNC é pioneira em matéria do grande turismo no Brasil e sempre esteve preocupada com a atividade turística. Aqui no Brasil, há mais de três anos realizamos atividades diversas, mobilizando a sociedade e o Parlamento a favor de um turismo responsável e consequente para o nosso País, como comemorações importantes a cada data. E desde 2000, quando se realizou o III Cbratur em Blumenau, a CNC vem assumindo a realização desse evento.

            Desde 1970, o dia 27, escolhido pela Organização Mundial do Turismo - instituição vinculada às Nações Unidas -, marca a intenção de promover uma reflexão sobre os desafios do desenvolvimento da atividade turística no mundo.

            A cada ano, um lema é escolhido para nortear os debates e é eleito um país sede, onde são centralizadas as atividades da Organização Mundial do Turismo para aquelas comemorações.

            Neste ano de 2009, o país eleito foi Gana, na África, todos nós sabemos; e o tema escolhido pela Organização Mundial do Turismo não poderia ser mais propício: “Turismo celebrando a diversidade”. Não poderia existir melhor forma de definir o turismo do que a celebração da diversidade, ainda mais em um país como o Brasil, que traduz como nenhum a palavra diversidade.

            Um país dotado de ecossistemas dos mais diversos não poderia traduzir melhor o lema “Turismo celebrando a diversidade”. Aqui, temos o privilégio da Região Amazônica, da região do Pantanal, das praias do Nordeste, das serras de Minas Gerais e do Sul do País, do Centro-Oeste com suas nascentes maravilhosas e belas grutas, do Jalapão e das águas quentes do Estado de Goiás, além de um monumento muito especial para nós e para nosso País, que é esta Capital, Brasília, que, no próximo ano, comemora 50 anos.

         Exatamente para fortalecer esse perfil tão diversificado do nosso País, do solo brasileiro, o Sistema CNC/Sesc/Senac concebeu a exposição “Turismo celebrando a diversidade”, montada no Hall da Taquigrafia, no Anexo II da Câmara dos Deputados, onde se encontra para visitação pública. A mostra apresenta, com imagens cedidas pela Embratur e pelo Ministério do Turismo, um mosaico da vasta diversidade brasileira, que tanto encanta os turistas de todo o mundo. A exposição reúne sete temas: clima, natureza, relevo, etnias, arquitetura, gastronomia e manifestações culturais.

            Isso é o retrato de um Brasil plural, mas harmônico em suas diferenças, e essa harmônica pluralidade é uma inequívoca similaridade com a atividade econômica do turismo.

            O turismo é a oportunidade que temos de mostrar ao mundo e aos próprios brasileiros esses ecossistemas. Comemorar o Dia Internacional do Turismo é mais uma chance que temos para mostrar a grande capacidade que o País tem nesse setor. Se soubermos tirar proveito desses recursos naturais de que dispomos e se planejarmos um bom esquema de turismo regional, cultural e social, certamente seremos um País diferente dos demais.

            Senhoras e Senhores, o turismo é o mais promissor dos caminhos para o País fortalecer a sua economia. Prova disso é a própria criação do Ministério do Turismo, meu caro Barretto, que ocorreu no primeiro Governo do Presidente Lula, exatamente graças aos esforços das pessoas focadas no turismo.

         Após o IV Cbratur, em 2002, cujo tema era “Emprego, Renda e Desenvolvimento”, evento patrocinado pela CNC, em que se discutia com todos os candidatos à Presidência da República, à época, a possibilidade de criação de um ministério próprio para o turismo, recebemos a promessa de que, qualquer que fosse o candidato vitorioso - porque todos a fizeram -, nosso pleito seria concretizado. Essa era a certeza que tínhamos em 2002. E o Presidente Lula, ainda como candidato, garantiu, nesse encontro, na Câmara dos Deputados, que criaria o Ministério do Turismo e cumpriu a sua promessa.

            Esse Ministério muito ajuda na divulgação das atividades do setor, muito ajuda na luta para garantirmos o turismo como meio de desenvolvimento, de crescimento e de superação.

            Mas, apesar de tudo isso, das opções turísticas, do clima e do enorme território, o Brasil não figura sequer entre os 30 países mais visitados do mundo.

            Alguns fatores, como o medo da violência, a má estrutura dos serviços, as crises e o caos no nosso setor aéreo, afastam o turista internacional do Brasil. E depende de todos nós mudar isso. Aqui, no Senado, temos lutado em muitas frentes, como na aprovação da Lei Geral do Turismo, da qual fui Relator. Agora temos uma legislação que define as regras de financiamento para o setor e o caminho para o crescimento desse trade tão importante que temos à nossa disposição.

            O Sistema CNC/Sesc/Senac também tem lutado para mudar essa imagem, para tornar o Brasil o destino dos brasileiros e dos estrangeiros.

            Hoje, a CNC ocupa áreas importantes no setor do turismo, como o turismo receptivo, o turismo social e o turismo ambiental; enfim, tem uma participação efetiva.

            O turismo é uma atividade complexa, com mais de 52 atividades econômicas incidindo sobre a sua cadeia produtiva, como o transporte, o comércio, os serviços e a agricultura, comprovando que o setor é muito amplo e diverso.

            Nesse momento em que celebramos a diversidade do turismo, aproveito para celebrar a diversidade das atividades executadas pelo Sistema CNC-SESC-SENAC.

            Srª Presidente, sei que o meu tempo está se esgotando, mas eu gostaria de sua compreensão. Serei rápido.

            Em seus mais de 60 anos, a CNC sempre fortaleceu a imagem turística do Brasil por meio da formação profissional de trabalhadores e da oferta de atividades sociais, seja por meio do Senac ou do Sesc.

            Srª Presidente, são muitas as unidades. Não vou citá-las, já que é do conhecimento público a presença dessas instituições em mais de 2.800 Municípios brasileiros. Refiro-me ao Sesc e ao Senac, que têm participação ativa, reconhecida por todos nós.

            Para não ser repetitivo sobre tais colocações, quero dizer que a procura pelo turismo social oferecido por essas instituições, especificamente pelo Sesc, é intensa. Listas com nomes de interessados em fazer turismo são feitas com antecedência de até seis meses e, invariavelmente, são preenchidas diversas listas de espera, pois temos presença marcante, como disse, em muitos Municípios brasileiros, em todos os Estados brasileiros.

            Nossos jovens poderiam conhecer o Brasil, e estamos trabalhando nessa direção. Há a necessidade de se fazer um turismo voltado para a questão cívica. Se soubermos - e aqui estava o Presidente da empresa de turismo de Brasília - vender inclusive Brasília como a Capital do País, também é um fato importante.

            Estamos, como foi bem colocado pelos meus antecessores, às vésperas da Copa do Mundo. Faltam menos de cinco anos, e precisamos nos preparar - e vamos nos preparar para isso, tenho certeza.

            Hoje, comemoramos o turismo e sua diversidade. Mas, há 60 anos, a CNC exalta o comércio da atividade do turismo, investindo na qualidade profissional dos trabalhadores e oferecendo-lhes a oportunidade de exercer o direito da prática do turismo social.

            Nessa preparação para a Copa de 2014, o sistema CNC fará toda a diferença. Já estamos preparando, Srª Presidente, cursos para profissionais da área, preparando os hotéis do País para receberem os turistas internacionais, preparando o País para se tornar pólo turístico que tem a capacidade de ser.

            Na tentativa de garantir melhorias ao setor, o que realmente nos preocupa é a tentativa de dividir os recursos destinados para o atendimento social e profissionalizante para os trabalhadores.

            Tenho me posicionado - não sou contra o setor de turismo, nem contra a Confederação Nacional do Turismo - contra a questão da divisão dos recursos. Precisamos nos unir para não esfacelar o sistema, dividi-lo. Fomos contra a criação do Sistema “S” de turismo. Mas nunca contra o turismo, exatamente porque somos a favor da formação...

            (Interrupção do som.)

            O SR. ADELMIR SANTANA (DEM - DF) - ... do avanço do turismo, do crescimento e do desenvolvimento do setor.

            Criar novas instituições prejudicará exatamente aqueles que mais precisam do Sistema: os profissionais da área. Isso porque levamos mais de 60 anos - todos compreendem - para chegar ao nível da excelência e da expertise que temos hoje no Sesc e no Senac. Não precisamos, na minha visão, de mais Sistemas, precisamos, sim, intensificar o apoio e investimento no Sistema “S” para melhorar o atendimento e esse profissionais..

            A formação profissional e a oferta do turismo social vêm de longe, dos idos de 1955, Sr. Ministro, quando foi criado o Conselho de Turismo da CNC. O Presidente do Senado à época, Senador Gilberto Marinho, subiu à tribuna para pregar que o Conselho fosse o órgão oficial do turismo do Governo brasileiro, tal a envergadura do trabalho desenvolvido por aquele Conselho.

            A formação profissional e a oferta de turismo social são oferecidas pela CNC, e o Sistema CNC-Sesc-Senac sabe que a complexidade da atividade do turismo no Brasil merece atenção especial e uma vasta e eficaz celebração.

            Turismo foi o que nos trouxe até aqui hoje. Tenho a certeza de que, juntos - todos nós -, vamos conseguir fazer desse setor o grande sucesso que ele deve ser.

            Srª Presidente, peço-lhe mais um minuto, apenas para dizer...

(Interrupção do som.)

            O SR. ADELMIR SANTANA (DEM - DF) - ... que nos próximos 50 anos possamos transformar Brasília em uma cidade turística, do turismo nacional, para que as pessoas venham a Brasília, conheçam a Capital do País e vivenciem a comemoração dos 50 anos da Capital Federal, que é a Capital de todos nós.

            Agradeço a tolerância de V. Exª.

            Parabéns àqueles que estão envolvidos com o setor do turismo pela comemoração deste dia.

            Obrigado, Srª Presidente. (Palmas.)

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