Discurso durante a 179ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Apresentação de sugestões para o aperfeiçoamento do programa Bolsa-Família. Preocupação com a violência que assola o país. Preocupação com a situação dos idosos.

Autor
Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Apresentação de sugestões para o aperfeiçoamento do programa Bolsa-Família. Preocupação com a violência que assola o país. Preocupação com a situação dos idosos.
Publicação
Publicação no DSF de 10/10/2009 - Página 51166
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • SUGESTÃO, APERFEIÇOAMENTO, PROGRAMA, BOLSA FAMILIA.
  • CRITICA, ATUAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, AUSENCIA, MELHORIA, PRECARIEDADE, SITUAÇÃO, SAUDE, EDUCAÇÃO, AUMENTO, ANALFABETISMO, PARALISAÇÃO, CRESCIMENTO, CLASSE MEDIA, REDUÇÃO, RENDA, DESIGUALDADE SOCIAL, COLABORAÇÃO, BRASIL, INFERIORIDADE, POSIÇÃO, INDICE, DESENVOLVIMENTO SOCIAL, FALTA, ATENÇÃO, IDOSO, SEGURANÇA PUBLICA.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Cumprimento o Senador Geraldo Mesquita, que preside esta reunião de sexta-feira, Parlamentares presentes na Casa, brasileiras e brasileiros que nos assistem aqui, no plenário do Senado da República, e que nos acompanham através do sistema de comunicação do Senado, Senador Pedro Simon, o Governo do nosso Presidente Luiz Inácio insiste numa técnica muito antiga, empregada na Alemanha, por um partido também de comunistas, trabalhadores, e tinha como ponto forte uma mídia enganadora.

            Ficou na história o comunicador Goebbels. Chega até nós como um fato histórico. Tudo a que se assistiu no mundo não é para ser seguido; é para ser estudado e muitas vezes abandonado.

            Hitler era do Partido Nacional Socialista do Trabalhador Alemão - era partido do trabalhador lá também -, que se baseava nisto: uma mentira repetida se torna verdade. E esse partido trabalhista do povo alemão - o partido era trabalhista, partido do trabalhador alemão - tinha o que nós chamamos hoje de militantes políticos, esses cabos eleitorais, esses que tomam a frente da vanguarda de uma campanha, que nós conhecemos. Lá, eles eram chamados - isso está no livro Mein Kampf (Minha Luta), de Hitler - de galinhas cacarejadoras. Era o pessoal que ia na frente mentir, mentir e mentir que tinha obra, que tinha não sei o quê, que tinha PAC e tal, tal, tal. E ficaram conhecidos na história - eles mesmos diziam - como as galinhas cacarejadoras, que ficavam anunciando o que muitas vezes não acontecia.

            E é o que vemos no Brasil: quantos anúncios de quantas coisas para se esquecer o hoje, que é triste! Bilac, olhando as crianças, nossa riqueza, disse: “Não verás país nenhum como este!”. Eu não posso dizer isso. É o País da mentira, é o País do engodo. A mídia dos ricos, dos poderosos, paga, e um partido que iludiu a todos nós, inclusive a mim: eu votei em Luiz Inácio em 1994, Rosalba Ciarlini. Eu votei. Eu fui iludido. Ninguém está livre de ser enganado, ninguém, ninguém, ninguém. Eu fui e aqui eu digo.

            Afonso Arinos aqui disse: “Será mentira o órfão? Será mentira a viúva? Será mentira o mar de lamas?”. E Getúlio, lá, da terra de Pedro Simon e do Paim, um homem de vergonha, sério, resolveu sair da vida. E hoje está muito pior. Mas é muito pior! Muito pior! Eu vivi essa época de Getúlio.

            Eu daria só um exemplo. Getúlio deixou-se suceder por Dutra, e Dutra era um General do nosso Exército. Foram muitos, desde Deodoro, que assumiram o poder, desde o início. Dutra, quando saiu do governo, tinha mandado o genro dele arrumar uma casa. Pedro Simon, quando então ele saiu, depois de passar de volta para Getúlio, que tinha voltado ao Palácio, pelo voto do povo, ele parou em Botafogo, diante de uma casa, um sobrado, e disse para o genro, brigando: “Eu não posso pagar essa casa, o aluguel”. Marechal, General Marechal, ex-Presidente.

            Quantos aloprados estão aí, roubando este País? Não tinham nada, nós conhecíamos. Não tinham profissão, não trabalhavam, preguiçosos, e estão aí, premiados. Um DAS-6 deste Governo vale R$10.548,00. Assinatura do Presidente: 60 mil aloprados - R$10.548,00. Quanto ganha uma professora? Quanto ganha um médico? Quanto ganha um soldadinho? Quanto ganha o odontologista? Quanto ganha o trabalhador brasileiro, que tem coragem?

            Essa é a verdade. E se faz a propaganda e tal. Vamos ser justos! Há vitórias? Há. A melhor vitória deste Governo foi a valorização do trabalho. Foi o Paim aí. Ele deve tomar a benção ao Paim. Eram US$70, e nós aqui, todos nós, o Paim comandando a luta do melhor salário, nós o apoiamos. E, de US$70, hoje está mais de US$250, não é, Paim? Ô Paulo Paim, quanto está o salário, quantos dólares?

            O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Fora do microfone.) - Duzentos e cinquenta.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Essa foi a grande vitória, Luiz Inácio!

            Isto foi Rui que disse: a primazia do trabalho e do trabalhador, ele vem antes, ele é que faz a riqueza. Isso foi um fator positivo. Isso foi o grande mérito do Governo. Deve-se a nós; ao Presidente, que teve sensibilidade; ao trabalhador, que trabalhou; a Rui Barbosa, que nos inspira, e a Deus, que disse: “Comerás o pão com o suor do seu rosto”. O apóstolo Paulo ainda foi mais bravo quando disse: “Quem não trabalha não merece ganhar para comer”. O grande mérito foi a valorização do trabalho.

            O Bolsa Família é um programa de caridade. Ninguém é contra caridade, ninguém. Fé, esperança e caridade. Mas que ele tem que ser aperfeiçoado e aprimorado tem. E eu sei como fazê-lo, Luiz Inácio! Eu sou o pai da Pátria! Aqui só tem essa razão. Na hora em que nós nos sentirmos, Mozarildo... Fecha o Senado.

            Os Senadores são os pais da Pátria. Essa é a inveja, porque somos nós que seguramos a democracia do povo brasileiro. Se não fosse o Senado, se não fôssemos nós, isso aqui seria igual a Cuba, igual à Venezuela do Chávez, igual ao Equador do menino traquino, à Bolívia do menino, ao Paraguai do Padre reprodutor, à Nicarágua e a Honduras com sua confusão. Fomos nós, nós, nós, somente nós. Só o Senado da República é que garantiu a divisão do poder, não deixando o PT aí. Geraldo Mesquita, fomos nós. Aliás, fomos nós dois que mais lutamos, não deixamos o PT tomar conta do Senado, e garantimos ao povo do Brasil a alternância do poder. Essa é a mágoa.

            Nós estamos com a satisfação do cumprimento do dever. Nós levamos ao povo a verdade. Nós somos aquilo que um militar, outro ilustre sonhou, combatendo a primeira ditadura civil. E ele era generoso, o Vargas. O preço das liberdades democráticas é a eterna vigilância, dizia Eduardo Gomes. Nós é que fomos essa eterna vigilância, povo do Brasil. Todas as instituições se corromperam se entregaram, fraquejaram. Todas! Não vou citar mais para não ofender. Eles estão arrependidos e envergonhados. Nós estamos enaltecidos.

            A UNE? A UNE. E eu cantei: “Vem, vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer”. Em 67, estudante de cirurgia, cantava com a minha geração. Isso é que trouxe a liberdade democrática. Eu não vou citar nenhuma, mas todas se corromperam. Todas! Esta é a única instituição altiva.

            E estamos aqui numa sexta-feira. Mas eu queria dizer o que é verdade. Ô Pedro Simon, eu sei como melhorar o Bolsa Família, a caridade, que é boa. Eu sei como levá-la ao ritmo de Paulo. É muito simples, Luiz Inácio. Eu fui prefeitinho, e o Luiz Inácio não foi. Eu governei o Estado por duas vezes, e ele não governou. Deus me possibilitou, Paim, todos os cursos imagináveis da área médica e também em gestão pública pela Fundação Getúlio Vargas. Isso é simples, Luiz Inácio! E eu cumpro o meu dever. Luiz Inácio, você pega essas quase 13 milhões de bolsas - é muita gente; 9 milhões de habitantes tem Portugal, nosso pai e mãe - e divide por 5.564, já é um número menor. Divida, entregue aos Prefeitos, e os Prefeitos acionam mais dinheiro, mais x e os governadores mais y, quer dizer, eles receberão até mais dinheiro. E digo isso porque eu fui um bom, um extraordinário Prefeito. Paim, eu saí da minha cidade, da Prefeitura de Parnaíba, para me candidatar a Governador do Estado do Piauí. Eu tive 93,84% dos votos contra os três governos.

            E quero dizer que é simples. Você pega aquele número de bolsas e entrega para o prefeito. O prefeito é responsável, o prefeito é direito, o prefeito é altruísta. Eu conheço isso. De vez em quando tem um, como quando cai um avião. Não tem coisa melhor do que um avião. Avião é tão bom que, quando passa uma mulher bonita, o cabra diz :“Olha um avião.” Mas, quando cai, é aquela confusão. É a mesma coisa com o Prefeito. Quando um faz um deslize, todo mundo...Mas a maioria é honrada, é honesta, é decente. Está na Bíblia: “Muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.” Eles foram os escolhidos pelo pessoal que conhece.

            Então, Geraldo, entrega isso, divida. O prefeito, através do seu serviço social, que todos têm, pega ali: aquele é forte, aquele é homem musculoso, vai ser vigia dos grupos de paz; aquele veio do campo, sabe plantar, vai ser jardineiro das praças públicas, vai plantar horta nos colégios; a mulher é habilidosa na culinária, é trabalhadora, vai fazer merenda escolar. O homem é forte e corajoso, vai ser guarda municipal.

            Em pouco tempo, todos estavam amparados, ganhando mais, bem mais, porque o prefeito tinha que adicionar alguma coisa. E o Governador do Estado? E eles estavam com o trabalho. E o trabalho é que dignifica, o trabalho é que arrasta. Eu tenho muito medo não desses que estão ganhando, mas do exemplo.

            O exemplo para os filhos, para os netos. Então, é isso. Estamos aqui para aconselhar, Luís Inácio. Essa é a altivez que enfrento no Brasil.

            Mas, como eu quero dizer, está aqui. Não existe mais. O mentiroso, hoje, é o homem mais corajoso do mundo, porque Goebbels mentia, mentia, mentia, e ficava por isso. Ele tinha um rádio, e o Hitler falava. Hitler saia ali com 3 mil soldados, Goebbels dizia: “Lá vai Hitler com 20 mil soldados!” Tudo quanto era país temia. Hitler ia com 4 mil soldados, “lá vai Hitler com 40 mil”. E o mundo todo se apavorou.

            Mas hoje? Hoje não pega, Luiz Inácio, a mentira, com essa parafernália da Terceira Onda que Alvin Toffler, em 1900, dizia ser a desmassificação da comunicação. É um diabo de Internet, é portal, é blog; tem um negócio de twitter, Paim. As minhas filhas dizem: “Papai, faça um twitter.” Eu pensei que fosse um negócio de tocar música. Quer dizer, com uma comunicação dessas, se o sujeito mente é desmentido na hora, Luís Inácio.

            Então, as táticas do Hitler, do partido trabalhista da Alemanha comunista, com as galinhas cacarejadoras, não funcionam. Olha aqui como é rápido:

“Mensagem Original

Terça-feira, 06 de outubro.

Assunto: Lula/PT seguem destruindo a classe média para comprar votos.

        Manchete: Estudo mostra que classe média encolheu em 2008

            O salário-mínimo aumentou. Nós agradecemos, nós participamos, nós lutamos, nós lideramos, ao lado de Paulo Paim. E aplaudimos. Mas o resto...

            Quanto vocês dão de nota, brasileiros e brasileiras, para a violência? Isso não é uma sociedade, isso é uma barbárie. Eu tenho 66 anos. Só quero dizer que um quadro vale por dez mil palavras.

            Rosalba Ciarlini, você não tinha nem nascido. Eu fazia residência de Medicina no Rio de Janeiro. Sabe onde eu namorava? - quando eu passo eu conto para os meus netos - no Aterro do Flamengo, naquela grama, com as cariocas. Eu digo: olha, quem acredita? Pensam que é mentira. A gente namorava ali na grama, de noite, vendo os carros passarem. Na rua do Ouvidor.

            Luiz Inácio, pegue a sua encantadora esposa Marisa e vá de noite lá na rua do Ouvidor. Eu me lembro de que eu tomava um chocolate com as cariocas, às 6 horas ou 7 horas da noite. Vá! Vá ao Rio de Janeiro, cidade maravilhosa.

            O resto? Eu vi ontem o do Paraná chorar aí. Em Curitiba, que era tida como civilizada, chacina. Osmar Dias disse que está pior do que o Iraque o Paraná, Curitiba. Então, a violência está aí. Não esconde.

            Norberto Bobbio, o mais sábio dos Senadores vitalícios, político, disse que o mínimo que um governo tem que dar ao povo é segurança para a vida, a liberdade e a propriedade. Saúde! Isso está bom para quem tem dinheiro, para quem é rico. Quem é pobre está é lascado!

            Nós somos, ô Luiz Inácio, campeões mundiais. Não precisou chegarem os Jogos Olímpicos não! V. Exª já ganhou.

            Somos campeões mundiais de morte pela gripe do porco. É, não precisamos aguardar para 2016, não é? Não, Luiz Inácio, já estamos no pódio, já ganhamos a medalha olímpica, campeão mundial de morte! Já ganhamos, já ganhamos tudo, passamos da Argentina, somos heróis da saúde: a dengue, a malária, as filas, os pobres com os salários humilhantes. E, ontem, vi um trabalho aqui da Rosalba Ciarlini sobre os doentes mentais. Sabe quanto é que o Governo paga para um hospital de doentes mentais? Vinte e cinco reais a diária: quatro refeições, medicamento, doente, roupa, banho, papel. E estão aí os nossos doentes mentais.

            A educação, o analfabetismo aumentou, Paim, e a verdade está aqui. Manchete: “Estudo mostra que classe média encolheu em 2008. Só houve crescimento na faixa da população que ganha o salário-mínimo, né? Quem ganha... Quanto é o salário?

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - US$250, mais ou menos. Quatrocentos e sessenta e cinco reais.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Pois é, só quem ganha até 600. Melhorou e, nós confessamos, foi uma grande vitória. Os nossos aplausos. E os velhinhos aposentados, hein? Os velhinhos aposentados... Paim, não aguento mais. A pressão era no povo, agora, é na família da gente: os tios, as irmãs, os velhos. Está uma loucura. Eles estão na pior. Eles estão sofridos. Nunca houve...

            Olha aqui como é rápido. “Governo pune classe média.”

            Outro jornal:

A classe média parou de crescer e até encolheu em 2008, após três anos de expansão. A conclusão é de um estudo do economista Waldir Quadros, da Unicamp, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, [que é órgão do Governo.]

            Estou falando! Ser oposição é honroso. Rui Barbosa foi mais tempo Oposição do que Governo, e é ele que recebe nossas homenagens.

            São dados do IBGE:

        A alta classe média, com renda per capita a partir de R$3.177,00 e que reúne, entre outros, professores universitários, médicos, arquitetos, caiu de 5,7% para 5,1% entre os brasileiros ocupados com renda. A média classe média, com renda de R$1.588,00 a R$3.177,00 e formada por técnicos e professores do Ensino Médio, por exemplo, recuou de 9,6% para 9,2%. A baixa classe média, dos professores primários, balconistas e auxiliares de escritório, com renda entre R$635,00 e R$1.588,00 caiu de 30,6% para 29,8%. A exceção é a massa trabalhadora, que ganha até R$635,00 e avançou de 34,3% para 35%. “Temos uma economia de baixo conteúdo tecnológico (só um minuto para eu terminar), que cria empregos de baixa remuneração’, diz Quadros.”

            Os quadros estão aqui. E está também no jornal O Globo: “Brasil não tem força para subir em ranking da ONU

            Ranking é o campeonato de IDH. IDH é educação, saúde e riqueza.

            Brasil não tem força para subir em rankings, só na propaganda. Só na mentira. Está aqui.

            “Apesar da melhora na renda, o Brasil manteve a 75ª posição no ranking de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU”. É, vamos emprestar dinheiro para o Banco Mundial! Um índice desses... Na classificação, no campeonato de civilização nós pulamos do 74º para o 75º lugar. Nós perdemos um lugar. Isso aqui é o campeonato oficial. Não tem a Fifa? Aqui é a ONU, que mede o desenvolvimento. Essa é a verdade, Luiz Inácio.

            “De verdade em verdade vos digo...” Cristo. E eu repito, eu sou até do partido cristão agora, para poder falar como Cristo: “De verdade em verdade vos...” Então, saímos do 74 para o 75. Isso é a ONU.

E continua a ser o sétimo país mais desigual do mundo, com mortalidade infantil preocupante. Novos países pesquisados, como Andorra e Liechtenstein, estão à frente do Brasil. Rússia e China subiram no ranking.

            Olha, aqui nós perdemos para o Chile, para a Argentina, para o Uruguai. Nós só ganhamos mesmo do Paraguai, da Bolívia, Luiz Inácio! Essa é a verdade. Mais do que isso aqui. E apaga isso tudinho, Luiz Inácio. 

            E cantarei e agradecerei. Vamos nos recuperar. Tem que ter esperança. Ernest Hemingway, no livro O velho e o mar diz “a maior estupidez é perdermos a esperança”. Eu não quero que percam a esperança, mas ele diz que o homem não é para ser derrotado. Pode ser destruído. Olha, nós não vamos destruir os velhinhos aposentados não, Luiz Inácio. Eu convoco as brasileiras e os brasileiros para ajudar o nosso Presidente a derrubar a maior vergonha, a maior ignomínia, a maior imoralidade que só existe no Brasil: um fator redutor das aposentadorias.

            Paim - quis Deus - hoje vociferou, ele que é do Partido dos Trabalhadores: Barack Obama ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Que orgulho, mas ele disse que só é gente, que só não ficou fumador de maconha pela participação dos nossos avós, dos avós dele. Luiz Inácio, vamos dar o direito dos nossos idosos, dos nossos avós de terem a dignidade, a satisfação e a felicitação dos avós de Barack Obama, e os seus netos terem a grandeza de Barack Obama para fazer a grandeza deste País.


Modelo1 7/17/243:37



Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/10/2009 - Página 51166