O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem revisão do orador. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, apenas aproveito o ensejo da bela fala do Senador Flávio Arns para dizer que a sua preocupação, sempre comovente e permanente, induziu-me a participar, modestamente que seja, desta luta para eliminar diferenças, eliminar esse handicap que separa os ditos normais - eu não entendo assim - das pessoas portadores de necessidades especiais, de deficiência, enfim.

            No último fim de semana, realizou-se em Manaus um torneio de jiu-jitsu - o segundo - que, para honra minha, por decisão da federação local, leva o meu nome. Desta vez, foi tocante, porque estamos acostumados a ver os atletas provando a técnica daquilo que, na tradução do japonês para o português, é “arte suave”, mas a evidência de que é uma arte suave mesmo - aquela que permite ao mais fraco superar o mais forte, se estiver mais preparado que ele - foram dois confrontos de meninos portadores de deficiência. Um deles, com paralisia cerebral, venceu a luta e a outra luta terminou lá... Eu teria dificuldades em descrever os dois. Ou seja, nada mais cabal para se provar que, de fato, é arte suave, na medida em que permite uma pessoa com paralisia cerebral disputar um torneio, receber a sua medalha, enfim. Eu me senti muito feliz. Difícil alguém que não tenha se comovido.