O SR. ROMEU TUMA (PTB - SP. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Agradeço o nobre e querido Senador José Agripino, um bom amigo que fiz nesta Casa, e será permanente, se Deus quiser.

            Sr. Presidente, serei rápido, já que tenho pouco tempo para fazer esta comunicação inadiável.

            Sr. Presidente, gostaria de lembrar que o Brasil foi o primeiro País a dar o grito da terra com a Eco-92, Rio Cúpula ou Cimeira da Terra, nomes conhecidos da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. Pena que o Senador Collor não se encontra, porque ele presidiu a reunião Rio-92, da qual tive a honra de participar, envolvido na segurança dos dignitários que lá compareceram. Realmente, foi a Carta da Terra. Tenho vários itens aqui, Agenda 21, e todos os temas que foram lá discutidos. Posteriormente veio o acordo de Kyoto, que alguns países deixaram de assinar, e, agora, termina com o plenário vazio, o que dá um fim melancólico, a COP15, que conclama por mais mobilização global.

            A Senadora Serys lá esteve, e vários outros Senadores. A imprensa - não podemos deixar de registrar - fez elogios ao Presidente Lula por sua participação ativa, objetiva. Lula fez o melhor discurso na presença dos demais membros que discutiram o problema do aquecimento global.

            Tenho aqui os dados - não teremos tempo para ler todos -, mas acredito que os Senadores - e quero, aqui, fazer um apelo, Presidente Marco Maciel - que lá estiveram em nome do Senado, no início da próxima Legislatura, compareçam à Comissão de Meio Ambiente para fazerem uma exposição de tudo aquilo que sentiram durante as discussões, porque três candidatos a Presidente da República lá apresentaram, em tese, os seus programas de governo para com o meio ambiente.

            Não sei se tenho razão ou não, Senadora Serys, mas eu gostaria muito de que todos pudessem trazer ao conhecimento desta Casa, da população brasileira, na visão dos Parlamentares, o que realmente foi discutido, quais são as aflições e como poderemos colaborar nesse sentido no próximo ano. Sei que V. Exª foi uma participante ativa, destacando-se bastante, como todos os demais Senadores que lá compareceram.

            Não sei se é necessário fazer um requerimento ou não, mas o fato é que vou prepará-lo na Comissão de Meio Ambiente, para que todos vocês possam dar seus depoimentos, porque assim teremos uma noção exata daquilo que realmente possa nos trazer mais tranquilidade e objetividade para trabalharmos no sentido de colaborar com o Governo para buscarmos o melhor.

            Eu queria também, Sr. Presidente, se me permitir, falar rapidamente para a população de São Paulo sobre o trabalho que a CPI da Pedofilia vem desenvolvendo. Trabalhamos sob a Presidência do Senador Demóstenes Torres: Eduardo Azeredo, Paulo Paim, Magno Malta, Almeida Lima e eu como Vice-Presidente, mais o José Nery, como suplente, Papaléo Paes e Sérgio Zambiasi. Tivemos 61 reuniões ordinárias, 103 depoimentos, diligências, mais de 18, realizadas em vários Estados, e vários projetos que foram apresentados a plenário, a maioria deles aprovados e outros estão em discussão, para a proteção daqueles que são abusados por canalhas, através da pedofilia. Isso nos entristece, nos revolta e nos traz uma intranquilidade muito grande.

            Depois da instalação da CPI, tivemos apoio e queixas das famílias, porque se sentiam em dificuldade de trazer ao conhecimento de autoridades o procedimento, para não passarem por vergonha. Hoje, realmente, há uma porta aberta, uma voz que pode ser ouvida, e o Ministério Público e a Polícia colaboram bastante, inclusive hoje os órgãos que exploram o sistema de computação.

            Eu gostaria, Senadora Serys Slhessarenko, V. Exª que também luta pelas crianças, de fazer um apelo enorme aos Promotores no sentido de não aceitarem aquele homem, de uma maldade indescritível, que colocou várias agulhas no corpo de uma criança de 2 anos. Foram retiradas pelos cirurgiões duas do coração e duas do pulmão, ainda restando várias no fígado e em outros órgãos do sistema gástrico. Ele disse que foi uma loucura. Não podemos aceitar que esse homem é um louco. Ele é um assassino com descompostura. Não merece nem o nosso respeito. Quem olhou para ele ontem, na Globo, vê que é a figura do demônio em pessoa. Nós não podemos aceitar que ele passe por louco, porque de louco ele não tem nada. Tem é de canalha, de bandido e cheio de maldade, pode passar por demônio.

            Muito obrigado, Presidente.

            Desejo a todos um feliz Natal e um próspero Ano Novo. E que a Amazônia, Senador Arthur Virgílio, permaneça como o desejo de V. Exª e o nosso, de coração.

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