Discurso durante a 40ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Registro da presença de S.Exa. em solenidade na Câmara Municipal de Salvador/BA, onde foi outorgada a Medalha Thomé de Souza ao economista e empresário Nelson Almeida Taboada. Considerações sobre o crescimento do PSC. Críticas ao Governador do Piauí, Wellington Dias.

Autor
Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
CONCESSÃO HONORIFICA. POLITICA PARTIDARIA. ESTADO DO PIAUI (PI), GOVERNO ESTADUAL.:
  • Registro da presença de S.Exa. em solenidade na Câmara Municipal de Salvador/BA, onde foi outorgada a Medalha Thomé de Souza ao economista e empresário Nelson Almeida Taboada. Considerações sobre o crescimento do PSC. Críticas ao Governador do Piauí, Wellington Dias.
Publicação
Publicação no DSF de 30/03/2010 - Página 10006
Assunto
Outros > CONCESSÃO HONORIFICA. POLITICA PARTIDARIA. ESTADO DO PIAUI (PI), GOVERNO ESTADUAL.
Indexação
  • COMENTARIO, PRESENÇA, ORADOR, SOLENIDADE, CAMARA MUNICIPAL, CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DA BAHIA (BA), CONCESSÃO HONORIFICA, EMPRESARIO, ECONOMISTA, ELOGIO, COMPETENCIA, EFICACIA, ATUAÇÃO, INCENTIVO, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, REGIÃO NORDESTE.
  • REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, MUNICIPIO, PICOS (PI), ESTADO DO PIAUI (PI), CONGRESSO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO SOCIAL CRISTÃO (PSC), ANALISE, IDEOLOGIA, REPRESENTAÇÃO PARTIDARIA, SAUDAÇÃO, CRESCIMENTO, NUMERO, DIRETORIO MUNICIPAL.
  • REPUDIO, SOLICITAÇÃO, GOVERNADOR, ESTADO DO PIAUI (PI), SEGURANÇA, CARRO OFICIAL, POSTERIORIDADE, MANDATO, ANALISE, IRREGULARIDADE, UTILIZAÇÃO, RECURSOS, SETOR PUBLICO, BENEFICIO PESSOAL, FUNDAMENTAÇÃO, DENUNCIA, ARTIGO DE IMPRENSA, INTERNET, LEITURA, TRECHO, CRITICA, GOVERNO ESTADUAL, DESCUMPRIMENTO, PROMESSA, CAMPANHA ELEITORAL, ESPECIFICAÇÃO, AMPLIAÇÃO, RODOVIA, CONSTRUÇÃO, USINA HIDROELETRICA, AEROPORTO INTERNACIONAL.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Presidente Acir Gurgacz, que preside esta reunião de segunda-feira, Parlamentares presentes, brasileiras e brasileiros aqui no plenário do Senado de República e que nos acompanham pelo sistema de comunicação do Senado.

            Senador Acir Gurgacz, na quinta-feira, eu abri a sessão, fiquei até um bom tempo e viajei para o Recife. Na sexta-feira, muita gente perguntou por que eu estava ausente.

            Este Senado nunca trabalhou na segunda e na sexta-feira. Foi um grupo que mudou, que melhorou. Nunca teve um Senado melhor do que nós aqui. Viu, Marco Maciel? Marco Maciel já tinha sido Senador quantas vezes? Quantas vezes o senhor já foi eleito? (Pausa.) Três. Pois este Senado - nem o Congresso - nunca trabalhou às segundas e às sextas. Um grupo... Nós achamos que seria conveniente, porque, nesses dias, as sessões são não deliberativas e o Parlamentar tem direito a um tempo maior para expor suas teses. A ideia foi do Efraim Morais, dele, de Antero Paes de Barros, do PSDB, que não é mais Senador, do Arthur Virgílio e minha. Regimentalmente, tem que ter quatro.

            E eu tenho um pouco mais de idade do que eles e passei a presidir porque é do Regimento, o mais velho. Mas segunda e sexta tem isso. Então ficou muito a minha cara, porque o Efraim foi ser Secretário, o Arthur é o Líder e o Antero Paes terminou o mandato dele. Mas o fato é que nunca deixou de existir segunda e sexta. E nós estamos aqui. Então, muita gente perguntava... Quinta-feira, eu fui ao Recife, à Câmara Municipal de Recife. Um grande homem, está aqui o pai dele, Nelson Taboada Souza... Ao Recife, não, à Bahia, estou influenciado aqui porque eu estava com o nosso Marco Maciel e tudo é Nordeste, mas fomos à Bahia, Salvador, à Câmara Municipal de Salvador, à Casa de Cultura Carolina Taboada. Então o Poder Legislativo Municipal de Salvador outorgou e fez uma grande festa. Esteve também presente o nosso Senador César Borges, que é baiano, numa sessão solene, às 19 horas, em que outorgaram a Medalha Thomé de Souza ao economista e empresário Nelson Almeida Taboada. Foi outorgada pelo Vereador Pedro Godinho.

            Eles são um dos fundadores do Bairro Rio Vermelho - há até o livro “Notáveis do Rio Vermelho” e uma casa de cultura, Carolina Taboada.

            Mas nossa presença lá é porque o homenageado, o empresário vitorioso Nelson Almeida Taboada, é quase um rei da soja. Ele planta soja na Bahia; e no meu governo tivemos esta visão: levamos, com ajuda do Presidente Fernando Henrique Cardoso, a eletrificação da última fronteira agrícola, o cerrado do Piauí. São 11 milhões de hectares. Não havia energia. Conseguimos, numa reunião da Sudene e interrompendo o discurso de Sua Excelência o Presidente da República, o que o Piauí, na visão de Juscelino precisava: energia e transporte. Foi concedida, então, esta energia: 230 quilowatts - daí a importância da Sudene, Marco Maciel. Foi lá que consegui interromper Fernando Henrique Cardoso em seu pronunciamento. Os pleitos que queríamos eram esses. Então, foi concedida uma energia: São João, Eliseu Martins e Canto do Buriti, a linha-tronco, 230 quilowatts. Depois ampliou-se.

            Assim, foi possível trazer centenas de milhares de pessoas do Sul, que tinham poucas terras no Sul e que tinham vocação para a agricultura. Eles adentraram o sul do Piauí. Só num dia, Marco Maciel, eu recebi trezentos gaúchos, trezentas famílias. A Cotrirosa. Então eles usam até um termo, hoje, piúcho: gaúcho com Piauí. Lá se cruzaram, é gaúcha bonita casando com piauiense, e o rolo está lá, e melhorando, e progredindo.

            E eles têm vocação do trabalho na agricultura herdada dos europeus que chegaram no Sul do nosso País. Então, levaram e o Piauí modificou a nossa visão. Um desses é o Nelson Taboada Souza. É soja.

            Eu tive a felicidade - está ouvindo, Senador AD? - de buscar, lá em Santa Catarina, a Serval, que foi comprada pela Bunge, a maior multinacional de alimentos, na cidade de Gaspar. Me hospedaram em Camboriú.

            Senador Eurípedes, foi uma transformação. A Bunge, no Piauí, além de, vamos dizer, industrializar os derivados de soja, funcionava como um banco que facilitava o crédito ao homem do campo no Piauí, que tinha dificuldade de ter crédito no banco. E eles têm dinheiro mesmo, são uma multinacional, então estouraram lá.

            É muita gente, muita gente rica. O cerrado do Piauí é uma planície. Você olha assim e parece um Maracanã, milhares de quilômetros. É uma planície, plantada de soja.

            Há outros que plantam algodão, há outros que plantam outras coisas, mas a riqueza maior, como foi no Mato Grosso, como foi no sul da Bahia, no Maranhão. O Piauí entrou nesse ciclo, e Nelson Taboada é um deles, um desses empreendedores, empresário vitorioso que nos convidou, e nós estivemos lá. E agradecemos, e agora ele mais motivado. Nós fomos acompanhados do Ex-Prefeito de Cristino Castro, que é uma cidade onde jorra água no solo piauiense. E João Falcão. E estivemos lá nessa beleza de festa. Estava presente o filho do João Durval, nosso Senador, que é o João Henrique, que é o Prefeito de Salvador, os vereadores. Então foi bonito.

            Mas o importante está aqui: Boletim da Academia: “Nelson Taboada receberá Medalha Thomé de Souza.

            Uma beleza. Está aqui o homem, um encanto de empresário e que enriquece o Nordeste todo. Ele não é mais um homem só da Bahia; é da Bahia e do Piauí. Daí justificar a nossa presença.

            E, com muita emoção, eu ouvi o plano de que agora ele vai plantar também algodão. E eu esclareci a ele que, quando governava aquele Estado, eu tinha levado também paulistas que, lá na Santa Filomena, produzem algodão. Então essa é a transformação do trabalho.

            Mas tínhamos um compromisso no dia seguinte, sábado, na cidade de Picos. Marco Maciel, V. Exª conhece Picos? Picos é a São Paulo do Piauí. É gente que trabalha, é uma mentalidade que trabalha. Lá não tem latifundiários, são minifúndios, todo mundo produz, indústrias, é a capital do trabalho no Piauí.

            Paranaíba é encantadora, tem praias, tem dunas, tem rios que nos abraçam, ventos que nos acariciam e sol, mas trabalhar mesmo é Picos. É o maior ICMS, eles têm vocação para o trabalho. Só, Marco Maciel, só Caruaru tem uma feira melhor do que a de Picos.

            Então, instalei lá um congresso do Partido Social Cristão. Ô partido bom, estou muito é satisfeito. Estou muito satisfeito, e foi Deus... Um partido que tem por símbolo um peixe. Peixe, estamos na semana santa, lembra Cristo alimentando seus companheiros famintos. A multiplicação dos peixes e pães.

            Tem um slogan, Marco Maciel, que é ética na democracia. Ética é uma palavra que todo mundo usa, mas maioria dos brasileiros não entende o que é ética. Ética quem definiu foi Heloisa Helena “é vergonha na cara”, e como os políticos do meu Brasil estão precisando de vergonha da cara, principalmente os do Governo. Esses é que estão precisando.

            Ô Marco Maciel, o programa é o homem em primeiro lugar. Eis que fui professor de biologia, fui professor de fisiologia, médico, aprendi que Sófocles, o pai, disse respeitar a natureza: “Muitas são as maravilhas da natureza. A mais maravilhosa é o ser humano”.

            Então, o programa vem daí. O homem em primeiro lugar. 
E a doutrina, Marco Maciel, eu entendo e entendo bem. Eu nunca cometi uma palhaçada: sou da esquerda, sou da direita. Isso é palhaçada, isso é idiotice, isso é ignorância. Não tem nada, não temos nada com a esquerda. Isso foi lá, foi lá na democracia monárquica da Inglaterra, na Casa de Lordes, que os conservadores ficavam sentados do lado direito, e os que queriam uma reforma... E o que nós temos a ver com isso? Esquerda e direita, me lembra quando fiz o exército, o CPOR, marcha soldado, esquerda, direita, volver. Não tem sentido, não tem, são uns idiotas. Eu nunca tive.

            Doutrina, se é de esquerda, se é de direita, isso é ridículo. Doutrina é a nossa, a cristã, a do nosso partido. Esta é que é a doutrina. O Marco Maciel já está até com vontade; estou para filiar ele. Pelo menos você pode ser Presidente de Honra do nosso partido, vou sugerir. Doutrina é a de Cristo. O que fez o Cristo? O que nós fizemos? Alimentar os famintos. Fiz foi um restaurante Sopa na Mão, foi o primeiro restaurante popular no Brasil, fomos nós. Dar de beber a quem tem sede, isso é que doutrina; vestir os nus, assistir os doentes, ser solidário com os infelizes com os presos, e obras. Cristo passou no mundo e fez obra. Os milagres, AD, isso é que é! Não foi só discurso e conversa. Ele discursava bem, os Pai-Nosso, os Bem Aventurados, mas fez obra.

            Por isso que nós o seguimos, olha as obras, os milagres: cego ver, aleijado andar, surdo ouvir, mudo falar; limpou o corpo dos leprosos, tirou o demônio, multiplicou o peixe, o pão, até vinho ele transformou dando um gesto de que iria se construir ali, através do amor, um casamento, uma família. E essa é a filosofia do nosso partido.

            Então, esse partido, que tinha 50 diretórios, hoje já tem 160. É o partido que mais cresce neste País porque precisa de uma esperança, de decência. E lá começamos às 10 horas e terminamos às 14 horas. E o prefeito Gil Paraibano, ele é do PMDB, aliás, um dos maiores valores do PMDB é o prefeito Gil Paraibano; o vice-Prefeito; de dez Vereadores de Picos, oito estavam presentes; da classe médica, dezenas de valores médicos, bastaria citar o Dr. Olário, Dr. José Luiz, Dr. Osvaldo, dezenas de médicos, lideranças de todas as regiões, vereadores de todos os partidos. Segundo o nosso secretário executivo, o partido tinha 50 diretórios, hoje já tem 160. O Piauí tem 224 municípios.

            Senador Sadi Cassol, eu criei, como instrumento de Deus, 78 novas cidades no Piauí. Talvez eu que tenha criado mais cidades nesse mundo, povoados transformados em cidade.

            Então vamos levar esse partido. Eu peguei o Governo do Estado do Piauí com 145 cidades e entreguei com 224; criamos 78 novas cidades. Então nós vamos levar esse partido até as eleições a todas as cidades do Piauí. É o que mais cresce... Presente lá também o Presidente do DEM, Deputado Federal Mainha, é uma das melhores revelações da nova geração política do Piauí, o Deputado Mainha. E o Deputado Nerinho, que representava o PTB do nosso Senador João Vicente. E firmou-se um novo encontro no sul do Estado, na cidade de Cristino Castro, do sul, onde jorra a água.

            Mas o que queria dizer era o seguinte - estão aqui dois do PT, Augusto Botelho e Paim, do PT. Eu votei no PT em 94. Você é o Presidente. Mas preste atenção, ô Paim, Euripedes... Olha aqui, Portal AZ, alta credibilidade:

            Na peça, o chefe do Executivo estadual, solicitava segurança e apoio pessoal, além de carro oficial durante os oito anos seguintes após o término do mandato. Entre as solicitações estavam seis servidores do Estado, de livre escolha do Governador, e do quadro da Polícia Militar. Ao que parece, o Governador quer dar uma repercussão negativa na imprensa.

            O Deputado Marden Menezes afirmou que Wellington Dias estava criando um projeto digno de marajás.

            A matéria não explica a extensão...

            Aqui tem 180 graus, outro portal de grande credibilidade:

            Projeto não foi retirado não! Marden diz que esvaziaram sessão para não falar da regalia do Governador do PT Wellington Dias. A Bancada do Governo teme alguma coisa, mas esse tipo de manobra não vai nos impedir...”

            Então, é uma imoralidade. Olhe a vergonha, Senador Augusto Botelho! Olhe a vergonha do Governador do PT de vocês. Por isso, afastei-me. O menino mente e é traquinas.

            “Apesar do anúncio do Governador Wellington Dias de que mandaria seu polêmico projeto que o transformará em um autêntico marajá depois que deixar o Governo, a mensagem (...).”

            Pede um apoiamento. É o Projeto de Lei Complementar nº 5, de 23 de março. Hoje são 29. Vejam o que ele pede. É uma vergonha nacional. A data da mensagem é a maior prova de que o Governador está atuando em causa própria.

            “Findo o mandato, o Sr. Governador terá direito de utilizar seis servidores estaduais para o seu apoio de segurança pessoal. Mais ainda, um veículo oficial de luxo. Para que o suor e o sofrimento dessa população custeassem a mordomia de um homem que diz vir da roça. O Governador está sendo oportunista, isso é oportunismo.

            O governador, sabendo que seu mandato encerrará no final do ano, tenta se aproveitar da ampla maioria que tem neste Poder para fazer a Assembleia engolir uma verdadeira imoralidade”.

            O tucano citou o jornalista Boris Casoy ao dizer: “Isto é uma vergonha.” Segundo Marden Menezes, isso não pode ser admitido (...)

         Antonio Félix (PPS) afirmou que o governador cometeu exagero. “Foi muito pesada a proposta. Trata-se de uma matéria que pode até se pensar em discutir a constitucionalidade. Mas ela passa para o lado da imoralidade. Isso é uma situação constrangedora. Todos os governadores que passaram por este Estado nunca pediram isso. Nunca se ouviu (...)

            Ele quer, quando sair, ter pensão, ter oito funcionários, polícia, do PT. Por isso que eu... Está vendo, Marco? Pediu agora o Governo do PT. Está vendo, Marco Maciel, por que eu sou contra? Sou preparado, Marco Maciel. Deus me preparou. Convivi, fui pinçado por Petrônio Portella. V. Exª conhece? Petrônio Portella, Ministro da Justiça, na minha cidade de Parnaíba. Atentai bem, Marco Maciel, como eu aprendi as coisas. Como homem de bem, como V. Exª. Fui buscá-lo no aeroporto, Senador AD, em um carro de luxo do meu amigo. Estava na moda. Galaxie, bonito. Pedi emprestado. “Vamos buscar o Ministro.” Ditador, eu. Atrás ia, Lauro Correa, Presidente da Federação das Indústrias, Petrônio e meu irmão que foi Deputado Federal e que hoje é Presidente, Antonio José. Aí saímos. O Marco Maciel sabe o que é isso. Autoridade. De repente, lá, em Parnaíba, no aeroporto, o Petrônio disse: “Para, para, para. 

            “Mão Santa, mande afastar aqueles batedores!” Marco Maciel, estava cheio de batedores, o que é normal, pois era um Ministro da Justiça. Mas ele disse: “Se eu não tiver condições de andar...” Autoridade é moral! Autoridade é moral! Eu, então, desci e disse que o Ministro estava pedindo, pedi que fossem embora. Ele quer andar no Estado... E eu, quero dar o testemunho, Marco Maciel, visitando Petrônio Portella, que me pinçou para política, andei com ele em Copacabana sem segurança alguma. Autoridade é moral. E o governador do Piauí pede uma segurança como se fosse Presidente e está na Assembléia. Isso é uma vergonha! Por isso eu me posiciono contra. Lamento. O Presidente não tem nada a ver com isso. Mas eu disse: esse menino mente demais e é traquinas. E num jogo desse, tem maioria na Assembléia e está lá o rolo.

            Mas eu queria dizer o seguinte: está aqui um desses portais que me ofereceu o seguinte... Eu nunca vi a mentira ganhar da verdade. Eu aprendi com o caboclo do campo. Ele dizia que é mais fácil tapar o sol com uma peneira do que esconder a verdade. Eu aprendi, Marco Maciel, que a mentira tem pernas curtas. Aliás, no Nordeste nos ensinam que quem mente rouba. Tião, gente boa!

            Então, o Portal 180graus escreve isso. Eu transcrevo e peço que se coloque bem grande aqui! Esse é o governo do PT no Piauí.

            Augusto Botelho, lá não tem terremoto; lá não tem maremoto; não tem tsunami. Nunca teve,

            Mas o PT dá um estrago, Marco Maciel, maior do que qualquer terremoto.

            Olha aqui a mentira: Dias de Mentira. O homem disse que ia fazer cinco hidroelétricas no Rio Parnaíba.

            Sadi Cassol, o Piauí tem uma banda de hidroelétrica, porque falta eclusa. O Sul era navegável: Santa Filomena, Floriano, Teresina. Então, se ele tivesse massa cerebral, ele teria pedido ao grande Presidente Luiz Inácio para terminar cinco. Depois, ele disse outras, para ganhar o Alberto Silva, que tinha um projeto que ia fazer uma do Rio Poti. O Piauí só tem uma banda de uma hidroelétrica, e quem inaugurou ela, sonhou Juscelino, foi o Presidente Castelo Branco, com César Carlos. V. Exª conhece?

            Asfaltamento das estradas do cerrado. Estão do jeito que eu deixei. O cerrado, eu levei energia que consegui na Sudene. Talvez, V. Exª se lembre. Eu interrompi o Presidente e pedi eletrificação e estrada. Refinaria de petróleo em Paulistana é só conversa; e as barragens.

            E aqui está um quadro, que vale por dez mil palavras. Lamentamos isso aqui. Coloca aí um minuto de verdade. Isso aqui não existe. Gruta Betânia, Alagoas, no Piauí. Ele fez um livro, folheto, publicado pela Halley, uma grande editora. Mentira! Não tem. Santuário de Santa Cruz dos Milagres. Mentira! Eu fui há dois meses e quase morro de insolação, porque saí da igreja, e esse pessoal tirando foto com telefone, não é? e no sol, eu não podia dizer nada. É um sol doido, quente. É mentira! Não tem nada! Pode botar: é mentira!

            Paes Landim, que é a cidade dele, diz que ia fazer essa praça. É mentira!

            Porto de Luís Correia é mentira! Está aqui até os navios. Ouviu, Marco Maciel? Mentira! Luís Correia, Marco Maciel, é irmão do meu avô. Ele, para não entrar na política, foi para o Ceará, fugindo de estar nesta luta que eu estou. Foi ser jurista. Olha que ele teve duas filhas que envolveram os homens, lá, e deu dois Governadores: Virgílio e Flávio Marcílio. Então, esse Luís Correia é irmão do meu avô. Esse porto não tem nada, não, ouviu? É tudo mentira! Aqui já estão até os navios.

            Piracuruca. Está aqui. Mentira! É acinte!

            Uruçuí. Só tem lá o que o Chico Filho, grande Prefeito, fez. Não tem nada desse balneário. É mentira!

            E o pior é isso aqui: nós só temos uma cidade serrana, que é Pedro II. Tinha um hotel do Estado, construído no Governo Freitas Neto, Jesualdo Cavalcanti, eu o mantive pequenininho. Aqui, tem de três andares. Olha aqui. Eu não sei, rapaz...

            Ô, Marco Maciel, não valia mentira, não. Isso aí... Eu não sei. Olha, é...Está aqui o PT...Está aqui, está televisado. O Luiz Inácio botou um menino lá mentiroso e traquino.

            Isso aqui... Essa que é de lascar! Já foste em Miami? Isso aqui parece.... Ô, Tião Viana, olha aqui: parece Miami. Agora, Tatu tem até helicóptero. Isso aqui, Marco Maciel, esse Porto de Tatus, eu fui o último Prefeito da Ilha Grande. Era um povoado de Parnaíba que se transformou em cidade.

            Então, eu fiz calçamento. Quando Governador do Estado, eu vendi um barco que encalhava lá, de Alberto Silva. E asfaltei Portinho.

            Olha aí, o homem botou numa revista e saiu aí. Parece Miami. Mentira! Eu que vi o que tem lá, um asfaltinho. Eu fui Prefeito desse povoado, que hoje é cidade. É na ilha onde nasceu Evandro Lins e Silva, o homem da verdade. Mentira! Parece Miami. Mentira!

            Esse Governo do PT é o tripé: mentira, corrupção e incompetência.

            Olhe aí, Tião, você é gente boa. É o PT de bem. Mas isso é mentira. Não tem. É na minha cidade. Eu fui Prefeito. Hoje é cidade, mas era um povoado quando eu fui Prefeito. Aí pega, e publica, e divulga em revista.

            E essa aqui: Tião Viana, você já foi à França, a Paris? Aeroporto Charles de Gaulle. Olhe aqui, Tião. Mais bonito do que o Charles de Gaulle. Mentira! Isso não tem nada, não! Isso é em São Raimundo Nonato. Eu fui lá no aeroporto. Tem um jumento na pista. Para fazer xixi, a gente se prende e espera o sol se esconder!...

            Olhe aí, Marco Maciel! E o pior agora. Espere. Ainda tem mais. Isto aqui, Cristino de Castro: jorra água. Mentira! Mas o pior é o seguinte: agora divulga lá na TV na minha cidade. Aeroporto internacional.

            Rapaz, sai de dez em dez minutos. O dinheiro é bom, o povo paga imposto. Pá, pá! Aeroporto Internacional de Parnaíba.

            Marco Maciel, tem um professor chamado Alcenor Candeira Filho. O apelido dele é Nôba. Ele foi meu chefe no INPS. Ele é Secretário da Prefeitura, que é dele, do Partido, da coligação que eles fizeram lá, da Base Aliada. Mas ele é poeta puro, verdadeiro. Eu errei, porque eu não trouxe para mostrar: ele fez um verso. Ele, que é do PTB, da Prefeitura, da coligação, fez um verso, dizendo que lá só pousam urubu, andorinha e bicho... Não tem nem teco-teco.

            O aeroporto de Parnaíba, Marco Maciel - V. Exª foi Governo... O Governo Federal fez uns caixões aí de aeroporto... Têm uns cem no Brasil, que a Revolução fez. Lá, em Parnaíba, eu fui à inauguração, Tião! Tião, tem de ter limite! Isso é sem-vergonhice. Tião, eram o Governador Dirceu Arcoverde e o Ministro João Paulo Reis Velloso. Foi nesse período revolucionário. É tudo igual. O aeroporto de Parnaíba é igual ao de Teresina: é a mesma planta, aquele tipo caixão, dois andares. Em Parnaíba, a pista tinha 2.100 metros. Velha!... Eu me lembro da inauguração. Dirceu Mendes Arcoverde, que morreu Senador, tombando nesta tribunal, foi quem inaugurou. Estava João Paulo Reis Velloso e eu estava lá, novinho. A pista tem 2.100 metros. Eu mantive, os outros Governadores... Tinha avião. Eu botei até aquelas luzes para balizamento. Meu amigo, aí, está lá na... como se estivesse feito... Fotografando um bicho que... Olha, aquilo deve ter sido em 1974... Por aí, não é, não? Na Revolução. Em 1975, em 1974.

         Aquilo foi em 1974, na Revolução, ou em 1975, por aí. Eu acho que a inauguração foi em 1974. Eu estava presente. Já tem 36 anos. É igual ao de Teresina, é a mesma planta, a planta era padronizada. Está aí o Marco Maciel, que sabe tudo. Tem uns cem que os militares fizeram aí. “É o novo aeroporto internacional...” Não tem nem teco-teco... A pista era de 2.100 metros. Está vendo, Tião? O Governo fez 400 e deu 2.500. Aí bota pra enganar a população e o mundo... Ué, assim é offside.

         Eu acho que é a hora que a verdade vai vencer a mentira e a honradez vai vencer a corrupção, e a inteligência, o estudo e a competência haverão de vencer a incompetência.

         Então, estas são as nossas palavras. O Luiz Inácio não tem nada contra isso. Está vendo, Tião? Justiça seja feita: sabe-se que ele deu muito dinheiro, mandou, mas ali... Não tem nada, ele não tem culpa. Ele não sabe dessas coisas. Mas isso aqui é do Portal 180°. É de um portal, ele apenas mandou... Então, estas são as palavras.

            O nosso Presidente da República que resgate. Ele tem, realmente, muita respeitabilidade no Piauí. Luiz Inácio venceu. Mesmo quando ele perdia no Brasil, ele vencia lá em Teresina. Ele não tem culpa e nós nos afastamos.

            Tião, V. Exª é uma figura agradável, simpática, honrada.

            Ali estão o Cassol, o Paim e o Augusto. Mas há aloprados também lá. Eu me afastei e voltei. Tenho todo o respeito, mas peço: Ó Deus, livre Luiz Inácio dos aloprados do PT que tem o Piauí!


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