Discurso durante a 64ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Destaque para a realização da Agroshow, evento de agronegócios no Piauí. Críticas ao Partido dos Trabalhadores e à gestão do ex-governador Wellington Dias, do Estado do Piauí.

Autor
Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA AGRICOLA. PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO. ESTADO DO PIAUI (PI), GOVERNO ESTADUAL.:
  • Destaque para a realização da Agroshow, evento de agronegócios no Piauí. Críticas ao Partido dos Trabalhadores e à gestão do ex-governador Wellington Dias, do Estado do Piauí.
Publicação
Publicação no DSF de 04/05/2010 - Página 17989
Assunto
Outros > POLITICA AGRICOLA. PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO. ESTADO DO PIAUI (PI), GOVERNO ESTADUAL.
Indexação
  • ELOGIO, HISTORIA, MIGRAÇÃO, PRODUTOR RURAL, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), ESTADO DO PIAUI (PI), PROMOÇÃO, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, CONVITE, SENADOR, PARTICIPAÇÃO, FEIRA AGROPECUARIA.
  • COMENTARIO, LEITURA, TRECHO, LIVRO, BIOGRAFIA, AUTORIA, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, FORMAÇÃO, SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL (SENAI), ENSINO PROFISSIONALIZANTE, VALORIZAÇÃO, TRABALHO, EXERCICIO, LIDERANÇA, SINDICALISTA, DEFINIÇÃO, IDEOLOGIA, IGUALDADE, JUSTIÇA SOCIAL, DEFESA, CONSCIENTIZAÇÃO, POVO, COMPROMISSO, TRABALHADOR.
  • CRITICA, EX GOVERNADOR, ESTADO DO PIAUI (PI), MANIPULAÇÃO, OPINIÃO PUBLICA, CORRUPÇÃO, INCOMPETENCIA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), EXPECTATIVA, ELEIÇÕES, REVEZAMENTO, PODER.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Cumprimento o Senador Pedro Simon, que preside esta sessão de segunda-feira, parlamentares da Casa, brasileiras e brasileiros aqui no plenário do Senado e os que nos assistem pelo sistema de comunicação do Senado.

            Senador Pedro Simon, deixei do seu lado, para explicar a V. Exª, marcar aí a data, um impresso da Agroshow. Não, é um impresso, aí são os discursos... Dizem os 50 melhores discursos, mas é porque o autor não viu o Pedro Simon aqui. Mas olhe aí, há um impresso do Agroshow do Piauí, com a data. É esse daí, esse verde. E trouxe para V. Exª, para ver quem é V. Exª.

            O Piauí... E V. Exª está fazendo até um trabalho dos gaúchos... E fui, recentemente, com essa expansão do Partido Social Cristão, na cidade de Bom Jesus e de Cristino Castro. Mas, Pedro Simon, num único dia, recebi 300 famílias gaúchas, quando governava o Piauí, para o sul do Piauí. Governamos o Piauí de 1995 a 2000. Cotrirosa era uma colônia de 300 famílias. É interessante, então, que mudou o Piauí. E lá tem um termo, “piúcho”, que é gaúcho com piauiense. Aí juntaram, com amor, enfim, é muita confusão. Pedro Simon, esse pessoal mudou o Piauí. E tive essa visão do futuro, eu acredito no estudo, mas de várias maneiras. Eu acredito no estudo que dá sabedoria. Então, eu vi que o Piauí tinha a última fronteira agrícola: 11 milhões de km² de cerrado - está ouvindo, Senador Pedro Simon? - com 3 milhões desse de km² desse mesmo cerrado banhado pelo rio Parnaíba.

            E esses gaúchos lá chegaram, descendentes dos europeus, que sabiam trabalhar na agricultura e na pecuária. As terras ficaram escassas no Rio Grande do Sul, e os seus netos, Pedro Simon, adentraram o Piauí quando eu o governava o Estado. Pedro Simon, você está longe de imaginar. Esse pessoal mudou. O sul, hoje, está rico.

            E sou muito ligado... Hoje, estou muito forte politicamente. Você entendeu? A minha maior força é justamente esses estrangeiros. Eu os chamo de estrangeiros porque não são do Piauí, são do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná.

            Mas, Pedro Simon, aí está o Agroshow. Ô Pedro, ô Marco Maciel! Pedro Simon, olhe aqui! Então, eles me incumbiram disso, por isso eu trouxe esse prospecto. V. Exª tem que ir lá! Está aí a data, eu já trouxe e dei para V. Exª. Vá para ver a transformação. Os gaúchos exigem. O senhor está longe de imaginar a sua força, a sua respeitabilidade. E eu estou forte! Vou ganhar as eleições só porque V. Exª tem sido aqui o meu ícone, o meu líder. Então, a gauchada virou lá e vota tudo em mim.

            O SR. PRESIDENTE (Pedro Simon. PMDB - RS) - Eu falei primeiro. Estou chegando hoje lá de Buritis. Eles devem estar até impressionados, porque eu não imaginava estar aqui neste momento com V. Exª. E vou telefonar para eles assistirem de noite. Olha, o convite que vocês me fizeram, eu fiz ao vivo.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - E eu estou fazendo a V. Exª.

            O SR. PRESIDENTE (Pedro Simon. PMDB - RS) - Vai a Buritis?

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Nós vamos fazer, aqui, o jogo: eu vou lá e você vai cá. Vamos permutar, porque eles me exigiram que eu o levasse. Está aí a data, já, do agroshow. Desenvolveram, mudou tudo. Então, o Piauí se modificou. Vai ser em Bom Jesus. Estão aí, já, as datas e tudo. São exposições de agropecuária e plantio de soja. Então, eu quero dizer isso.

            Mas nós estamos aqui... Aí, o nosso Arthur Virgílio falou do nosso Presidente Luiz Inácio. O Luiz Inácio - e definiu-o muito bem o nosso líder - pode não ter querido, vamos dizer, se debruçar sobre os livros, mas ele é um homem que aprendeu na universidade da vida. Ninguém pode negar. Isso tem na arte. Você vê muito musicista que diz que nunca foi a uma academia de música, que toca e encanta, e diz até que é de ouvido, que é um dom. Isso, até no futebol. Ninguém jogou melhor que o Garrincha, que era todo diferente, desengonçado, nunca ouvia o técnico, não ouvia ninguém, fazia da maneira dele. O Luiz Inácio, o nosso Presidente, é assim. Ele foi na prática. Ninguém foi maior líder sindical que ele.

            Eu estou, aqui, com o livrinho dele, está ouvindo, Pedro Simon? Ele escreveu esse livro pela Editora Vozes. Deram-me uma cópia. Está riscada. Então, a luta dele ele aprendeu como ele diz, mesmo, na prática.

            Olhem: “Vozes, Petrópolis, 1981”. Quer dizer, já se vão quase 30 anos. O livro, aqui, é de 1981. Foi quando começou a ideia de partido. Antes, ele foi líder sindical, e eu quero crer que ninguém o superou no Brasil, com toda a certeza, e poucos no mundo - nem o Lech Walesa na Polônia. Hoje, ele é comparado a isso.

            Mas ele diz muitas coisas interessantes: em 1963, ele tirou o diploma do Senai. Isso, também, de dizer que ele não tem nada... Não, calma. Eu conheço o Senai, mas muito, porque a minha família é empresarial e essas instituições chegaram ao Piauí pela minha família - meu avô, meu tio. O meu irmão é presidente da Federação das Indústrias. Então, o Senai é uma escola padrão. É uma escola padrão! Então, ele teve, também, esse privilégio. Não é assim, não. Não vão pensar que a ignorância... Ele teve a felicidade de cursar o Senai, que é uma escola de alta respeitabilidade técnica e profissional, e eu conheço profundamente. Conheço porque, lá na Parnaíba, Zeca Corrêa, meu tio e padrinho - está ouvindo, Pedro Simon -, tem uma escola do Senai e eu votava nela. Naquele negócio da fila, eu ficava olhando e observando.

            Então, ele teve esse privilégio, e o Senai lá do Piauí - o de São Paulo deve ser ainda mais poderoso - eu conheço profundamente.

            Mas ele diz muitas coisas interessantes desse tempo: “Sempre acreditei que a única arma que pode vencer qualquer coisa é o trabalho”. Está ouvindo? Ele tem a crença, iguala-se a Napoleão Bonaparte, o líder militar, o líder civil, porque Napoleão não foi só um guerreiro, não, foi uma inteligência. Olha a Paris que ele fez! O Código Civil é uma obra de intelectual. O Código Civil ainda hoje é respeitado. Napoleão Bonaparte expressou um pensamento - e, talvez, ele nunca tenha lido, mas eu li. Ele, preso na Ilha de Santa Helena, rememorando, disse: “Conheci os limites dos meus braços, conheci os limites das minhas pernas, conheci os limites da visão, mas não conheci os limites do trabalho” - o grande Napoleão, que a França venera.

            Ouça o que o Luiz Inácio diz aqui, no livrinho, em 1981: “Sempre acreditei que a única arma que pode vencer qualquer coisa é o trabalho”. Então, estamos juntos, porque antes do Napoleão e do Luiz Inácio, Deus: “Comerás o pão com o suor do teu rosto”. Eu entendo que é uma mensagem de Deus aos governantes para propiciarem trabalho. E, mais severo, o heroico soldado romano cristão, Paulo: “Quem não trabalha não merece ganhar para comer”. É para fazermos uma reflexão. E o Rui Barbosa vai no mesmo rumo. Está aí, acima do Pedro Simon. Igualam-se. Iguala-se a Rui Barbosa nos seus tempos de Senado. Rui Barbosa passou 32 anos aqui. O Pedro Simon vai completar, já tem mandato garantido. Se ele quiser, o povo gaúcho o elege mais uma vez e ele vence Rui Barbosa. Pedro Simon já adquiriu um mandato de 32 anos. “A primazia é do trabalho e do trabalhador. Ele vem antes, ele faz as riquezas”, diz Rui Barbosa.

            Lá no livro do Luiz Inácio, nosso Presidente - esse livro, eu não sei se a nossa Líder do PT já leu - diz: “Lancei-me ao trabalho, o negócio era trabalhar naquele setor que ninguém queria.” Esse negócio de ser líder de sindicato. Então, ele se lançou mesmo: “Não faltava uma garrafa de pinga na mesa, a gente bebia, conversava e discutia”. Este livro aqui, Professora Ideli, do Luiz Inácio. Que beleza! Quer dizer, na luta. E, aqui, o bonito é que ele conta com sinceridade: “Não faltava uma garrafa de pinga na mesa, a gente bebia, conversava e discutia”. Então, Sua Excelência o Presidente está sendo verdadeiro.

            “Aliás, nas duas vezes que fui presidente (1975 e 1978) não houve oposição”. “Por isso que eu falo que a prática é muito mais importante do que a teoria”. Ele tem a crença na prática. E funciona, ninguém vai dizer que não. Eu conheço brilhantes cirurgiões que não são muito teóricos, não: ficam só vendo os outros operarem e, numa imitação, tornam-se grandes cirurgiões.

            “Ninguém era contra ninguém ali”, no sindicato. “Se a categoria decidiu em assembleia, o cara vai ter que cumprir!” Então, são frases importantes.

“A gente pode não ter coragem de ler um livro, mas gibi a gente lia três ou quatro por dia. A história em quadrinhos motivava a gente, porque você lê um quadrinho, tem vontade de ler o seguinte... Isso aumentou muito a participação dos trabalhadores”.

             Ele investia muito, como líder sindical, e apelava. E é bom mesmo! Olha, como eu li aqueles Rocky Lane, o Tarzan, aquilo é bom mesmo! Até depois, histórias em quadrinhos. Ele se comunicava, diz com franqueza, dando aos trabalhadores aquelas histórias em quadrinhos, porque de livros não gostava.

            Mas o fato é que vocês poderão querer saber aonde quero chegar. Vocês vão ver.

            “Era greve por qualquer coisa, deu a louca no mundo”. Era greve, ele foi um artífice de pegar as categorias e, vamos dizer, reivindicar através da greve.

            “Nesse ano se não foram feitas umas duzentas e poucas greves, foi marmelada.” Quer dizer, ele foi o ícone desses movimentos grevistas.

“Era greve atrás de greve... Eu acho que a euforia tomou conta da gente. Nós passamos por um momento de euforia, e aí a peãozada partiu pro pau. Daí não respeitava mais ninguém, porque a peãozada estava realmente numa fase de muita gana de briga.”

            Foram as conquistas. Mas você sabe onde eu vou chegar, Pedro Simon; você vai já ver.

            Para a Veja: “Ora, porque a revista Veja é uma revista burguesa, eu não vou dar entrevista? Tenho que ter em mente que ela atinge 300 mil pessoas, e que pode ser lida por mais três caras, o que já significam 900 mil pessoas”.

            Vamos lendo aqui. Olha o que o Sr. Vogue disse do Lula: “Conheci Lula e posso ter confiança no líder não comprometido ideologicamente.” Ele não tem esse negócio de segredo não. Esse livro é interessante, todos os brasileiros tem de ler.

“Nós queríamos resolver dois problemas: primeiro o problema do descanso dos trabalhadores; segundo, o problema do próprio País, ou seja, ampliar o mercado de trabalho, pois o Brasil precisa criar 1,8 milhão empregos por ano [naquele tempo] (...) Porque o patrão tem todo o capital, tem a máquina, tem o prédio, o assoalho, a água, é tudo dele. Ele aplicou e tem. Tem um negócio que não é dele: o ser humano que está lá dentro. Esse não é dele, esse está vendendo sua força de trabalho. Quem é teórica e legalmente responsável por ele? É a organização de classe, é o sindicato”.

            São conceitos corretíssimos.

            “Não fomos presos inocentes. Nós tínhamos consciência porque a experiência de Olívio Dutra no Rio Grande do Sul estava muito marcante”.

            Olhe essa frase que ele pinça de Charles Chaplin: “A liberdade não morrerá enquanto alguém estiver morrendo por ela”. Marco Maciel, parece muito aquela de Eduardo Gomes: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”. Quer dizer, ele tem uns conceitos... “Eu sou muito importante enquanto estiver sendo honesto comigo mesmo. O dia em que eu mentir para mim mesmo estou...”, aí ele diz um nome feio que não vou repetir, mas mostra... Vão me levar para esse negócio do Romeu Tuma se eu falar o nome feio aqui. Mas ele mostra a sinceridade e é do linguajar do povo do Brasil.

            Mas o que eu queria dizer é o seguinte:

“Por quê? Porque a partir do momento que tivermos a Reforma Agrária, tivermos todo mundo trabalhando, produzindo, a gente vai ter uma alimentação melhor. Melhor alimentação significa melhor qualidade de vida.

(...) A partir do momento em que for conquistada a Reforma Agrária, a gente acabará com o êxodo rural.”

            São sabedorias verdadeiras que ninguém nega.

            Mas aqui está aonde quero chegar:

            “Então, quando a gente coloca no Programa do Partido uma sociedade justa e igualitária, para mim vale tanto quanto falar de socialismo.” Sociedade justa e igualitária. Atentai bem, Garibaldi. Isso tem sabedoria mesmo. É o Luiz Inácio trinta aos atrás.

         “Queremos saber o seguinte: em cima de nossa realidade, o que é que nós podemos fazer. (...)” Agora é que é: “Nós temos é que dar consciência para o povo, para ele decidir o que deve ser feito”.

            Está ouvindo, Pedro Simon? O povo deve ter consciência no votar. Essa discussão não vale nada se o nosso povo brasileiro não tiver consciência. A democracia é dele. Ele é que é responsável. Não somos nós, não. Nós somos filhos do voto. O povo é que tem que se conscientizar, valorizar, analisar. O princípio do voto é escolher os melhores. É só essa a salvação.

            Mas aonde quero chegar? “Demonstra que eu estou certo. Me sinto muito à vontade e por isso não abro mão dos meus princípios - não mentir para a classe trabalhadora”.

            O que acabou com o Partido dos Trabalhadores no Piauí foi a mentira. Olha, foram dias de mentira! Eu nunca vi mentir tanto. E o Piauí está me ouvindo. Então, os próprios se aproveitaram dessa liderança ímpar, que é forte, tem 66 milhões...

            Eu sou discípulo de Petrônio Portela, que me ensinou, Rosalba Ciarlini, a não agredir os fatos. Os votos são dele mesmo. Ele teve, ele ganhou. Quem vai dizer que não? Mas os discípulos deles... A ignorância nem isso sabe. Olhe o ele pregava aqui:

“Demonstra que eu estou certo. Me sinto muito à vontade e por isso não abro mão dos meus princípios - não mentir para a classe trabalhadora. No dia em que alguém mentir para a classe trabalhadora, ele vai mentir uma vez, duas vezes no máximo; na terceira vez, a classe trabalhadora engole ele. Eu não estou disposto a mentir”.

            O Governador que ele botou no Piauí... Nunca vi ninguém lá mentir tanto. Está aí o Estado. Eles não têm nem candidato a Governador. Passaram oito anos no Governo, apadrinhados por Luiz Inácio, com todos os recursos... Os aloprados instalaram um poder de mentira. Nunca vi se mentir tanto. Rosalba, corrupção nunca vi tanta; e incompetência. Como é que um sujeito passa apadrinhado por Luiz Inácio e não tem um candidato a governador, um candidato a vice-governador? É esse? Quer dizer, se aproveitaram da liderança, do sofrimento de Luiz Inácio com os sindicatos e o Partido. Mentira! Aí está.

            “O PT não pretende nunca se apoderar do trabalho, da Igreja, como também do movimento sindical”.

            Então, queria dizer que, infelizmente, o Partido dos Trabalhadores lá no Piauí instalou-se baseado nisso. Não deu resultado. Corrupção muita, incompetência maior. Está aqui o jornal. Temos de ter essa visão de futuro.

            Recebi, num dia só, trezentos gaúchos. Há milhares, são todos ricos. Eles exigem a sua presença. Se não for, estou lascado. Não faça isso não. Vou levá-lo lá. Você vai porque eles querem. São os gaúchos. Mas com essa visão que tive de buscar nos gaúchos, nos paranaenses, nos catarinenses...

            Não sei se Marco Maciel estava. Fernando Henrique Cardoso na Sudene, discursando. Interrompi o discurso dele. Disse-lhe: “Olha, esse negócio desse técnico não quero esse negócio não”. Era só açude. Era o deputado sapo de lagoa, só para malandragem. Tinha açude... cinquenta. Você não está falando em Juscelino? Energia e transporte. Você não se lembra? Quero a energia para o cerrado. Para esse, para o cerrado: São João, Canto do Buriti e Eliseu Martins. Aí ele se encabulou, ficou satisfeito. “Mão Santa, já que você perturbou, ele pensou que estava sendo invadido. O senhor estava lá, na Sudene, pela greve do pessoal, greve do negócio da companhia energética. Não estava? Petrobras, não é?” Aí esteve até apavorado... Mas quando viu que era eu, ele sorriu. “Olha, Mão Santa, já que você quebrou o protocolo...” Aí eu pedi energia, porque com energia iriam os gaúchos. É como diz o Padre Antonio Vieira: “ Um bem nunca vem só”. E veio a riqueza.

            E, agora, Pedro Simon, você tem que ir porque, agora, está em jogo a minha palavra. Eles exigem. “Claro que sou amigo, eu trago” - eu disse. Então, já está prometido. É lá, no sul, no meio da gauchada. Ó, Luiz Cruvial, prepare lá aquele churrasco gaúcho, quando eu vou lá tem arroz carreteiro. E vamos arrumar um vinho, aquele da Casa Valduga, porque Pedro Simon vai visitar o sul do Piauí com a presença dos gaúchos.

            Mas esse governo, eu não estou, não. Então, eles...

            Então, falta de visão - está aqui no jornal Correio Braziliense - “Fome Zero. A comida chegou, mas a pobreza continua”. Então, pegaram uma Guaribas... Está aqui uma reportagem, mas não vou cansá-los. O pessoal continua na miséria com esse programa. Faltou a visão. Foi um governo...

            E eu digo o seguinte para os brasileiros...

            Rosalba Ciarlini, o PT já entrou no Rio Grande de Norte?

            Olha, é pior que um terremoto. É muita mentira, muita corrupção e muita incompetência.

            Então, aí está. Mas nós dizemos hoje, com aquela esperança que se tem certeza de uma alternância de poder, porque, graças a Deus, eles não tiveram nem condição de ter um candidato a Governador, de ter um candidato a vice-Governador. Os outros todos que estão aí são muito bons. Todos os candidatos. Tem candidato do PTB. Aqui, o nosso empresário, João Vicente, que é Senador e foi meu Secretário. Tem o atual Governador, do PSB. Tem o do PMDB, Dr. Marcelo Castro. E tem o das Oposições, que é esse Prefeito de Teresina, que simboliza o modelo administrativo do PSDB na capital do Piauí, desde Wall Ferraz, desde Francisco Geraldo, Firmino Filho e agora Sílvio Mendes. Mas todos são bons. E, graças a Deus, o PT não tem candidato nem a Governador, nem a vice-Governador.

            Obrigado pelo tempo.


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