Discurso durante a 98ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Registro da participação de S.Exa. em caminhada cristã pela fraternidade no último domingo, no Piauí.

Autor
Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ATUAÇÃO PARLAMENTAR. ELEIÇÕES.:
  • Registro da participação de S.Exa. em caminhada cristã pela fraternidade no último domingo, no Piauí.
Publicação
Publicação no DSF de 15/06/2010 - Página 28945
Assunto
Outros > ATUAÇÃO PARLAMENTAR. ELEIÇÕES.
Indexação
  • REGISTRO, PRESENÇA, SENADO, EMPRESARIO, PAIS ESTRANGEIRO, ESPANHA, INVESTIMENTO, HOTEL, TURISMO, ESTADO DO PIAUI (PI).
  • REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, CERIMONIA RELIGIOSA, INTERIOR, ENCONTRO, AMBITO REGIONAL, PARTIDO POLITICO, PARTIDO SOCIAL CRISTÃO (PSC), PRESENÇA, AUTORIDADE, OCORRENCIA, MUNICIPIO, MATIAS OLIMPIO (PI), ESTADO DO PIAUI (PI).
  • EXPECTATIVA, CONSCIENTIZAÇÃO, ELEITOR, ESCOLHA, CANDIDATO, PERIODO, ELEIÇÕES, IMPORTANCIA, SENADO, PRESERVAÇÃO, DEMOCRACIA.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Augusto Botelho, que está presidindo esta sessão de segunda-feira, parlamentares presentes na Casa, brasileiros e brasileiras aqui no Parlamento e que nos assistem pelo sistema de comunicação do Senado, é com grande satisfação que anuncio que está presente em nossa Tribuna de Honra - ô Mozarildo, olha a importância do Piauí! - o empresário Josep Ramon Llorens Requena, diretor-geral de vendas da Incapi European Group, um grupo europeu. Ele é o diretor-presidente e está no Brasil, no Nordeste, no Piauí, ouviu, Senador AD? Pelos encantos que o litoral do Piauí tem: sessenta e seis quilômetros, verdes mares bravios, brancas dunas, ventos que nos acariciam o ano inteiro, sol que nos tosta, rios que nos abraçam, cem lagoas e gente. A melhor gente do Brasil somos nós, piauienses. Ele está fazendo grandes investimentos.

            Os portugueses descobriram o Brasil e os espanhóis descobriram o Piauí. Lá nós temos o Grupo Codina, um curtume famoso, lá de Vic, dos irmãos Codina. E Manuel Arrey, empreendedor extraordinário, que trouxe outro curtume da Europa e o colocou também, durante o nosso governo. Colocamos uma empresa - Euro Castanha - que exporta castanha para o mundo. Ele é um gigante empresário no sistema hoteleiro, no sistema comercial e Vice-Cônsul da Espanha. A Espanha realmente descobriu o Piauí. Agora o nosso amigo chega, empresário, vitorioso, que está fazendo empreendimento no Barramares, em Luis Correia, na praia do Coqueiro.

            Mozarildo, eu conheço um bocado do mundo. Olha, o mar por aí, eu fui ao tal de Cancún, meti o dedo, saí correndo com medo de dar gangrena: frio. Aí, fui tomar aquela marguerita, aquela bebida deles, bebida com sal. No Piauí, não. É caliente, Senador AD, o mar é caliente, pode-se tomar banho à noite.

            Aí, o empresário vem lá da Espanha para fazer um alto investimento: Barramares. Ele tem como seu associado Marcelo Correa, que é um homem dedicado ao turismo. A eles, o meu voto de felicidade!

            Queremos aqui dizer que, no Piauí, é muito forte o sentimento cristão. Nós somos um povo cristão. E, domingo agora, eu estive, Mozarildo, numa caminhada cristã da fraternidade. Eduardo Suplicy, 70 mil cristãos, religiosos do Piauí, andam 10 quilômetros, desde a Igreja de São Benedito, passando pela Nossa Senhora de Fátima, e terminam no Bairro Universitário. É uma festa religiosa, como o Círio de Nazaré. Setenta mil pessoas! Agora, é moderna, é alegre, é da cultura piauiense.

            Um padre renovador, inovador, atuante, um dos melhores oradores, Padre Tony, imaginou isso. Olha, são 70 mil pessoas! E eles angariam fundos, donativos, vendem aquela camisa, o kit, e o pessoal vai, em gesto de solidariedade, no qual o Padre Tony e a Igreja auxiliam várias instituições beneficentes. É um movimento extraordinário. Todo mundo participa.

            Eu vi, por exemplo, o extraordinário prefeito Firmino Filho, um líder extraordinário - foi prefeito por duas vezes -, vendendo água para dar lucro ao movimento. Quer dizer, todo mundo participa. Estava lá Dom José Freire Falcão. Ele foi Bispo quando eu governava o Piauí, Arcebispo do Piauí e daqui de Brasília. Aposentou-se. Ele estava lá para viver aquilo que nasceu no Piauí. Assim como Dom Celso, o Arcebispo anterior, Dom Sérgio e a comunidade religiosa toda. É um espetáculo que traduz o sentimento cristão do povo do Piauí.

            Interessante a alegria, os cânticos, a música, porque religião é isso. Deus não nos botou aqui para nós sermos infelizes, não.

            Está ali o nosso companheiro espanhol. A Espanha é um dos países mais civilizados deste mundo. Mozarildo, você já foi à Espanha? Ô lugar bom danado! Eu, no ano de 1974, estava acompanhando Dirceu Arcoverde, que era Governador. Ele fez um discurso nesta tribuna, o primeiro, e morreu. Eu já fiz mais de mil e estou aqui, contando a história. Então, é o seguinte: eu estava em uma almoço, Mozarildo, com o Colasuonno, um líder, o primeiro diretor da Embratur, um paulista. Eu estava ao lado dele no almoço. O Dr. Dirceu era Governador, médico, cirurgião como nós, rotariano. Eu fazia companhia ao Governador e indaguei para o primeiro presidente da Embratur, que estava comendo ali, tomando umas: “Venha cá, Colasuonno, onde é que se come e bebe melhor?”. Aí, ele parou, pensou - olhe, foi o primeiro presidente da Embratur, paulista, e eu fiquei atento - e disse: “Na Espanha”. Desde aí, já ficou no psicológico. E é verdade!

            Nos Estados Unidos, é aquele negócio - não presta, não - de comer em pé, fast-food. Na Espanha, cada ceia é uma festa, é música, é não sei o quê. Lá, há o restaurante - o Renan já deve ter ido muitas vezes porque o homem é muito viajado - Botín, em Madri, é o mais antigo do mundo. Olhe, Mozarildo, é bom! Conversando, outro dia, com a Rosalba Ciarlini, foi ela que me indicou. Eu fui lá. Olhe, tem um negócio de um pão... É o restaurante mais antigo do mundo, que persiste. E, lá em Barcelona, tem o 7 Portes.

            O interessante é... O Eduardo Suplicy fala que é... Eu era Governador do Piauí e fui fazer... Porque tem muitos interesses espanhóis no Piauí, porque eu busquei. Esses grupos empresariais, eu transitei com eles e os levei para o Piauí: Grupo Codina, Grupo Manoel Arrey, grupo não sei o quê. E, agora, estamos levando o Josep Ramon Llorens Requena, Diretor-Presidente da Incapi. Então, esses espanhóis descobriram o Piauí. Qualquer dia, nós vamos fazer é tourada lá, está ouvindo, Josep Ramon? Porque há uma identidade muito grande entre o Piauí e a Espanha. E acho que até comigo. Ô Augusto Botelho, lá eles têm um dito muito importante: hay gobierno, yo soy contra. Lá, os espanhóis são assim.

            E todos nós gostamos do Cervantes, Dom Quixote de La Mancha. Dom Quixote de La Mancha, Augusto Botelho, é formidável. Tem muitos ensinamentos. Ele imaginou lutar contra as injustiças. No fim, quis premiar o seu companheiro, Sancho Pança. Disse-lhe: “Vou lhe dar uma ilha para governar, a ilha Baratária”. “Mas não posso ser governador, não tenho saber, não sei ler, não sei escrever.” Ele disse: “Não. Tenho observado que você é temente a Deus. Isso é uma sabedoria”. E ensinou Sancho Pança a governar: “Sancho Pança, não coma demais, não beba demais”. Disse a ele que arrumasse uma mulherzinha - uma Adalgizinha - direita, que fosse honesta. Disse-lhe: “Quero lembrar-lhe de que só não há jeito para a morte”. Foi dito por Cervantes.

            E há Ortega y Gasset, o intelectual, que disse: “O homem é o homem e as suas circunstâncias”.

            Então, há muita sabedoria na Espanha. Daí essa integração.

            Estamos aqui justamente para render uma homenagem à Igreja Católica do meu Piauí, eu que sou do Partido Social Cristão. Foi uma beleza de espetáculo! É diferente. V. Exª está acostumado ao Círio de Nazaré. Esse é mais moderno, só tem 15 anos. O Círio de Nazaré tem séculos. Então, esse é moderno. Há cânticos, forró, baião, música. Eu vi o Padre Tony, não sabia que ele tinha esse dom de cantar, de dançar. Ele é um dos mais brilhantes oradores, o Padre Tony. Quer dizer, traduz a grandeza do povo do Piauí. É um espetáculo que já está com 15 anos e que entrou para o calendário histórico.

            Nós temos uma cidade, que chamamos Santa Cruz. É uma cidade que tem uma força religiosa muito grande, para a qual se fazem excursões. E o Piauí viveu momentos tão cristãos, que fui também à cidade de Campo Maior, aquela cidade que o Brasil todo tem que homenagear, porque foi lá que se deu a Batalha do Jenipapo, em que nós, em condição adversa, expulsamos os portugueses do Brasil. Este Brasil ia ser dividido em dois. Foi lá! Lá, em 13 de março de 1823, batalha sangrenta. Nós perdemos, lógico - o exército português de Fidié, todo -, mas eles ficaram apavorados. Ele saiu da capital, que era Oeiras - o povo tomou o palácio dele -, e aí foi para o Maranhão, que era aliado de Portugal. Este Brasil ia ser dividido em dois. Seria: “Filho, fica com o Sul, que é rico, e com o Norte eu vou ficar”. O nome do país seria Maranhão.

            Então, este País, Suplicy, é grandão, não é por São Paulo, não! Foi o Piauí: botamos os portugueses para fora, e garantiu-se essa unidade. Então, cada vez que olharem, brasileiras e brasileiros, este Brasil grandão, curvem-se à grandeza e ao heroísmo do povo do Piauí na Batalha do Jenipapo. E essa é a coisa.

            Mas ai nós fomos lá - eles também têm um espírito cristão - para a festa de Santo Antônio. É impressionante! Olha, eu nunca vi! Há o negócio das crenças. Eles procuram a maior carnaúba e enfiam lá, para botar uma bandeira de Santo Antônio.

            Professor Doca - o Professor Doca Lustosa é da Universidade -, eu nunca... Eu fiquei olhando e perguntei: mas é uma só? Rapaz, nunca vi um negócio - era do tamanho de uma igreja - tão grande! Eles passam o ano... Porque uma das riquezas de Campo Maior e do Piauí é a carnaúba, que dá a cera da carnaúba. Olha, eu, lá, depois da procissão, fiquei olhando e não acreditava que era uma só carnaúba. Eles passam o ano - o ano! Está ouvindo, Augusto Botelho? -, procurando e pesquisando a maior carnaubeira. Aí, põem lá: dois metros de fundura e um mastro para ter a bandeira. E esse ritual tem... Mas é uma carnaúba extremamente grande, do tamanho da fé do povo. Aí, a festividade lá é de Santo Antônio.

            E quero parabenizar o povo religioso que cultua Santo Antônio. E eu, particularmente, porque acho que entendo de Santo Antônio. Entendo, e bem, Mozarildo, de religião. Veio Deus, mandou Jesus, e aquelas pessoas boas, que imitaram Jesus, chamam-se “santos”, porque não sou como Lutero... que foi necessário, foi o homem mais capaz, o homem de melhor coragem, porque a Igreja estava fazendo muitos erros. Não eram poucos, eram muitos erros. Ele catalogou 96 - está ouvindo, Augusto Botelho? - e pregou lá, na matriz. Então, ela despertou. Aí surgiram outros. Ele provocou a separação. E Calvino, estimulando o trabalho.

            Agora, eu estou em outra fase, Mozarildo, presidindo o Partido Social Cristão. Eu digo, nós não vamos buscar o que nos separa e o que nos divide, vamos - interpretações bíblicas - buscar o que nos une. O que nos une é que somos cristãos; o que nos une é: “Eu sou a verdade, o caminho e a vida”. E, com isso, nós estamos presidindo o Partido Social Cristão.

            Mas, coroando essa festa da cristandade, vou lá ao Santo Antônio porque ele é tido na crença popular... Além de ser um sucessor de São Francisco - meu nome é Francisco -, que andava com a bandeira “paz e bem”. Eu ando com a bandeira: “Piauí, Terra querida,/ Filha do Sol do Equador,/ Pertencem-te a nossa vida,/ Nosso sonho, nosso amor!”. Na luta, teu filho é o primeiro que chega...

            E o Prefeito, João Félix, com seu irmão Antonio Félix, que é Deputado do PPS, brindou a população, os cristão de Campo Maior, com um espetáculo de fogos de artifício. Quero dizer que já assisti em Copacabana ao show. Igualou-se. Quer dizer, o povo, aquele brilho, aquele presente do Prefeito, brilhando, foi o brilho maior da fé. Está ouvindo, Professor Doca Lustosa? E vou lá, ao Santo Antônio, embora seja devoto de São Francisco, que dizia: “Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz”. E eu, Francisco, da Parnaíba, do Piauí, com a mesma fé, dizia - está ouvindo, Mozarildo: “Senhor, fazei-me um instrumento do desenvolvimento do Piauí”. E Deus atendeu ao Francisco, o primeiro, o italiano, que levou a Igreja dos ricos para os pobres e que é um exemplo, e a mim. Eu fui o maior instrumento do desenvolvimento do Piauí.

            Criei, naquele Estado, 78 novas cidades. Criei naquele Estado 400 faculdades, para pobre ser doutor - 36. Criamos 200 indústrias e copiamos do grupo espanhol lá, que expandimos, as grandes fábricas, a Bunge, a de cimento, a de bicicleta. Só havia a cerveja Antarctica. Hoje, lá, bebem-se Skol, Brahma - que eu levei -, Guaraná Champagne em lata. E fábrica de castanha, 27. A maior é a do grupo europeu, presidida por Manoel Arrey, que ainda hoje resiste, e um grande empresário de Barcelona, Ricardo Bila.

            Então, nós temos isto: 40 mil casas populares para o pobre. Verticalizamos Teresina, com o Projeto Sanear. Surgiu a verticalização, tornando Teresina... Uma das casas... Como é conhecido o Piauí. Com o avanço médico, eu coloquei aquele Estado, com competentes médicos, na era dos transplantes. Lá, nós fazemos transplante cardíaco com êxito. E, de repente, um das arquiteturas mais bonitas é a de Teresina, mostrando que a inteligência nossa é completa. E o Brasil reconhece hoje entre os ilustres filhos do Piauí... Nesta Casa, sem dúvida nenhuma, um dos maiores Presidentes, com todo respeito ao Renan, que está ali, foi Petrônio Portella, do Piauí; e, da Câmara Federal, com todo respeito aos que estão aí, Flávio Marcílio, do Piauí. Flávio Marcílio, do Piauí, rapaz! E aqui está esse gigante que nasceu lá; o Maranhão o levou lá para atestar, mas o avô dele disse que é piauiense. Nós o mandamos para cá, e ele é o líder maior, Adelmir Santana, que representa com grandeza o Distrito Federal.

            Essa é a nossa gente. Agradecemos, porque Santo Antônio, no meu entender, protege o amor, que é o cimento que consolida a família, a instituição mais sagrada, feita pelo próprio Deus, que, quando mandou seu filho, não o desgarrou; botou-o numa família. Então, esse Santo Antônio tem o lado cultural. E vou com a Adalgisa, para, cada vez mais, solidificar - está ouvindo, Mozarildo Cavalcanti? - o amor e a nossa família, que é a maior riqueza que temos.

            Nós aprendemos com a fé. E é lógico que eles têm uma culinária própria. O lugar onde melhor se come a carne-de-sol do Piauí é Campo Maior. E aquele capote, aquela galinha d’angola, tô fraco. É bom, aquilo é bom! É uma culinária! E degustamos com vários amigos, influentes políticos, mas com homens do povo também: o Boêmio, um líder popular; a Mônica Veloso... Nós gostamos é do povo mesmo, nós nos sentimos bem é com o povo.

            Isso tudo culminou, no fim de semana, com a instalação, em Matias Olímpio, do 5º Encontro Regional do Partido Social Cristão, que presido. Esse Partido Social Cristão - ô Renan Calheiros - existe há 25 anos; a sua origem é brilhante. Pedro Aleixo, um dos mais bravos da história de Minas, foi Vice-Presidente de Costa e Silva, gozava de sua confiança e, abruptamente, o Presidente militar teve um derrame e os militares - havia três ministros militares - não o deixaram assumir porque ele fez um ato heróico, igualável a Tiradentes: se negara a assinar o ato institucional que punia, que bania, que infelicitou muitos brasileiros e perpetuou o regime militar.

            Então, esse homem recolheu-se e quando veio o pluripartidarismo fundou lá nas Minas, do libertas quae sera tamem, o Partido Social Cristão. Ele já existia também no Piauí. Considero uma fase que a chamo de heróica. O Pastor José Roberto, uma filha minha, Maria da Graça, um irmão, o Jonas, o presidiram. E agora, numa fase de expansão a que eu levo este Partido, já são 190 cidades no Piauí. É um dos maiores Partidos do Piauí. Vai participar desta eleição galhardamente - e lógico, nas coligações das oposições, que têm como seu candidato a Governador do PSDB o ex-Prefeito de Teresina, um Senador, Heráclito, do DEM, eu representante do PSC como Senador.

            Foi uma festa bonita da cidade, que contou com a presença de três prefeitos, o Fogoió, de uma tradicional família política; César Maia; o Dó Bacelar, um dos maiores líderes do PMDB da história, do PMDB desde o seu pai, que era igual; e do extraordinário Prefeito de Morro do Chapéu, cidade que criamos, Lucídio.

            Assim, foi instalado o 5º Encontro e estavam presentes sete presidentes regionais.

            Queremos agradecer a recepção que tivemos na cidade, modernizada hoje pela atuação competente. Foi escolhida Matias Olímpio porque Itamar Feitosa, grande líder regional do Partido Social Cristão, é filho da cidade, é o vice-presidente do diretório municipal e pertence ao nosso diretório estadual.

            Então, estejam certos de que é esse o Piauí que nós representamos - viu, Eduardo Suplicy; eu sou a cara do Piauí, o Piauí de vergonha, o Piauí em que cada eleitor tem de buscar a história de vida. Viu, Eduardo Suplicy! Nós temos que ensinar a purificação da democracia, como o Mozarildo bate aqui há muito tempo - ele foi o precursor de advertir para isso. Hoje o Papaléo, inspirado, disse: “Temos que ver a história de vida de cada um”.

            É o povo, é o eleitor que pode melhorar essa democracia. Nós já estamos vivendo isso, já começou, já estão os candidatos. Não dá tempo para esse negócio de processo, mas dá para o povo.

            O povo que é o soberano, o povo que é o poder, o povo que é sábio, dá a sua contribuição votando, não nas promessas - todos prometem - mas em quem tem história de vida como a minha história de vida pelo Piauí. A cara do Piauí de vergonha, de luta, de coragem e de competência que nós representamos.

            Então, estamos aqui, continuadores de outros grandes Senadores, e não iria citar todos, mas, simboliza em Petrônio Portella. É nisso que acreditamos. É chegado o momento. Isso, o Senado propiciou ao Brasil essa alternância de poder. Se não fosse o Senado da República, teríamos embarcado no terceiro mandato de Luiz Inácio. Quem quer o terceiro quer o quarto, quer o quinto, quer o sexto. Pergunte a Hugo Chávez, pergunte a Fidel Castro, que passou 50 anos, achou pouco e já deu para o irmão. O povo foi às ruas e gritou: “Liberdade, igualdade e fraternidade!” para acabar com o continuísmo dos reis; assim, teríamos ficado com o rei.

            Então, a democracia foi o povo que fez na rua; o povo dividindo o poder; o povo exigindo alternância do poder. Agora o povo vai purificar essa democracia do Brasil. A primeira advertência foi do Senador Mozarildo falando aqui. E hoje o Senador Papaléo teve uma capacidade sintética de simplificar, e eu o aprovo como cirurgião, que resolve as coisas, que simboliza o melhor da política como Juscelino Kubitscheck, cirurgião como eu, de Santa Casa, militar, prefeitinho e governador.

            Vejam, vejam, brasileiras e brasileiros, está nas suas mãos a história de vida de cada candidato. É só ver. Este é o julgamento.

            Então são essas as nossas palavras na crença do aperfeiçoamento da democracia, democracia que nós, com altivez, aqui defendemos. Só vai haver eleições pelo Senado da República. Nós somos a mais valorosa instituição deste País. Todas se curvaram. Nós, não. Nós fomos fiéis a Rui Barbosa que está ali e que disse: “Só tem um caminho e uma saída: é a lei e a Justiça”.

            Quando os aloprados, os aproveitadores, os malfeitores gritavam para o Presidente Luiz Inácio fazer a intervenção no Distrito Federal, foi o Senador do Piauí que disse que aquilo era uma incoerência, que disse que aquilo era falta de conhecimento e que ele tinha que se orientar aqui no Senado. Fomos nós o primeiro a não deixar essa truculência que estava fazendo a cabeça de Luiz Inácio para fazer a intervenção. Nós lembramos que nos períodos mais difíceis do País se obedeceu à Constituição. Na Segunda Guerra Mundial, quando Getúlio Vargas teve que sair porque era ditador, nós fomos à guerra pela democracia, ficou José Linhares, Presidente do Supremo Tribunal Federal, e fez eleições e elegeu Eurico Gaspar Dutra.

            E aí tivemos um período tumultuado em que Getúlio se suicidou e, logo em seguida, vieram as eleições de Juscelino; não queriam lhe dar posse, e foi o Senado, através de Nereu Ramos, que lhe deu a Presidência deste País por noventa dias. Toda vez que saímos da Constituição, como saímos em Pedro Aleixo, levamos mais de 20 anos de ditadura.

            Aliás, foi meu mesmo o primeiro pronunciamento, denunciando os aloprados, os ignorantes, os malfeitores, que estavam fazendo a cabeça do nosso Presidente para intervir. Nós dissemos que ele não poderia sair das cadeias do poder inscritas na Constituição, como Rui Barbosa.

            Essas são as nossas palavras de fé na melhoria da democracia, se cada um dos eleitores obedecer ao que foi dito aqui por Papaléo. Veja a história, a vida de cada candidato. A história de vida. Essa aí é a grande contribuição de aperfeiçoarmos a democracia e de fazermos da democracia do Brasil a mais aperfeiçoada e melhor da história do mundo.

            Era o que eu tinha a dizer.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/06/2010 - Página 28945