Discurso durante a 188ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Breve síntese do extraordinário trabalho que, desde o ano de 1962, a Fundação Bradesco presta ao nosso País.

Autor
Papaléo Paes (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AP)
Nome completo: João Bosco Papaléo Paes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA SOCIAL.:
  • Breve síntese do extraordinário trabalho que, desde o ano de 1962, a Fundação Bradesco presta ao nosso País.
Publicação
Publicação no DSF de 24/11/2010 - Página 51762
Assunto
Outros > POLITICA SOCIAL.
Indexação
  • RECONHECIMENTO, IMPORTANCIA, ATUAÇÃO, ENTIDADE, AUSENCIA, LUCRO, PROMOÇÃO, DESENVOLVIMENTO SOCIAL, ESPECIFICAÇÃO, FUNDAÇÃO, VINCULAÇÃO, BANCO PARTICULAR, REGISTRO, HISTORIA, CRIAÇÃO, ESTABELECIMENTO DE ENSINO, OBJETIVO, EDUCAÇÃO BASICA, FORMAÇÃO PROFISSIONAL, APRESENTAÇÃO, DADOS, SUPERIORIDADE, ATENDIMENTO, ALUNO, FAVORECIMENTO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, SAUDAÇÃO, TRABALHO, REGIÃO NORTE, ESTADO DO AMAPA (AP), DETALHAMENTO, DIRETRIZ, SOLIDARIEDADE, RESPEITO, DIVERSIDADE, QUALIFICAÇÃO, PROFESSOR, INCENTIVO, CORRELAÇÃO, COMUNIDADE, COMENTARIO, PARCERIA, EMISSORA, TELEVISÃO, PREFEITURA, IMPLEMENTAÇÃO, PROJETO, SAUDE, MEIO AMBIENTE, CULTURA, INFORMATICA, CONSUMO.

                          SENADO FEDERAL SF -

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            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. PAPALÉO PAES (PSDB - AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente Mozarildo Cavalcanti, Srªs e Srs. Senadores, trago um assunto muito importante, logicamente, de repercussão nacional.

            Em um País como o nosso, marcado por tantas carências e por histórica desigualdade, a existência de instituições especializadas em oferecer à sociedade brasileira instrumentos indispensáveis ao desenvolvimento social sem fins lucrativos merece o integral reconhecimento de todos nós. É esse o caso da Fundação Bradesco, exemplo incontrastável de absoluto compromisso social de um dos mais importantes protagonistas do Sistema Financeiro Nacional.

            A Fundação Bradesco foi criada em difícil quadra da evolução política do Brasil, justamente aquela que corresponde ao início da década de 1960.

            Sua primeira escola foi inaugurada em junho de 1962, na Cidade de Deus, Osasco, Estado de São Paulo, onde se situa a sede da empresa. Menos de um ano antes, o País, atônito, tomava conhecimento da renúncia do Presidente Jânio Quadros e, passo seguinte, à concreta perspectiva de guerra civil em face da resistência levantada à atitude golpista dos ministros militares que se manifestaram contrários à posse do Vice-Presidente da República João Goulart.

            Aqueles eram tempos de imensa polarização ideológica. Sob o rigoroso impacto da Revolução Cubana, muitos acreditavam estar na via revolucionária, com toda a carga de dramaticidade e de violência que lhe é própria, a única saída para os gravíssimos problemas nacionais. É nesse contexto que o saudoso Amador Aguiar, fundador e verdadeira alma do Bradesco por tantas décadas, decidiu-se pela criação da primeira escola da Fundação que levaria o nome de seu banco, com o firme propósito de “proporcionar educação e profissionalização a crianças, jovens e adultos”.

            O gesto pioneiro de Amador Aguiar repetiu-se ao longo do tempo, não mais deixando de prosperar. Os primeiros sete professores e 300 alunos da escola da Cidade de Deus multiplicaram-se.

            Hoje, são nada mais nada menos que 40 estabelecimentos educacionais espalhados por todas as regiões brasileiras a receber o impressionante contingente de cerca de 110 mil alunos.

            Que ninguém duvide, Sr. Presidente: essas escolas são autênticas referências socioculturais nas regiões nas quais se fazem presentes. As comunidades que as recebem reconhecem na Fundação Bradesco a possibilidade ou as possibilidades de ampliar horizontes pessoais e profissionais. Não raro, encontram nela a única perspectiva de construir uma nova vida em bases verdadeiramente dignificantes!

            Na Região Norte, que me diz respeito diretamente, as escolas da Fundação Bradesco desenvolvem seu extraordinário trabalho em todos os Estados: de Formoso do Araguaia, no Tocantins, a Boa Vista, em Roraima; de Cacoal, em Rondônia, a Rio Branco, no Acre; de Manaus, no Amazonas, a duas cidades paraenses - Conceição do Araguaia e Paragominas. Por fim - e de modo muito especial para mim -, registro, com satisfação e orgulho, a escola da Fundação Bradesco existente na cidade amapaense de Santana, o nosso segundo maior Município.

            O trabalho pedagógico da Fundação Bradesco concentra-se na Educação Básica, o que já define e explicita a elogiável opção por atuar naquela que é a mais estratégica - e, infelizmente, repleta de deficiências - área educacional brasileira.

            Assim, suas escolas oferecem cursos de qualidade na educação infantil, no ensino fundamental e no ensino médio. Faço questão de enfatizar que, no primeiro ciclo do ensino fundamental, que corresponde aos cinco anos iniciais de um conjunto que se completa com nove anos de escolaridade, os alunos recebem material didático de altíssima qualidade, elaborados pela equipe do Departamento de Educação Básica.

            Demonstrando nítida identificação com o que há de mais avançado em propostas pedagógicas, as escolas da Fundação Bradesco optam, no segundo ciclo do ensino fundamental, por trabalhar com projetos. Isso significa dizer, Sr. Presidente, que os alunos são levados a desenvolver distintas atividades, a exemplo de feiras, mostras culturais e exposições. Além disso, eles são incentivados a participar de palestras e de estudos do meio. Nesse sentido, aprendem a intervir na realidade na qual estão inseridos, o que constitui maneira inteligente de forjar consciência social e competência técnica.

            Na etapa final da Educação Básica, que é o ensino médio, a Fundação atua nas duas modalidades possíveis, a regular e a de educação de jovens e adultos. Neste caso, ela se volta para aqueles que, pelas mais diversas razões, perderam a oportunidade de cursá-lo na idade apropriada.

            Lembro que o trabalho da Fundação Bradesco está assentado no respeito às diferenças e às atitudes solidárias. Esses princípios essenciais pautam as relações entre docentes, demais profissionais e alunos. É assim que se busca construir uma autêntica concepção de cidadania, que guiará as relações sociais dentro e fora da escola.

            Sintonizada com o tempo presente e preparada para assimilar as inovações surgidas no mundo da educação, a Fundação Bradesco busca criar um ambiente de trabalho arejado, inovador e comprometido com a qualidade. Para tanto, não se descuida de um aspecto fundamental, que é a formação continuada dos educadores. Atividades presenciais ou à distância possibilitam a permanente interlocução desses profissionais com sua ciência e com áreas afins do conhecimento.

            Mais, Sr. Presidente: a Fundação Bradesco também se notabiliza por assegurar espaços de diálogo na instituição. Valorizando a vivência de pais, educadores e professores, a escola é democrática e interage ativamente com todos os setores da comunidade, aos quais, aliás, busca prestar serviços.

            Em suma, trata-se de uma escola em que os alunos são incessantemente estimulados a participar, integral e ativamente, da vida social, como efetivos agentes da História.

            É o que eu chamo, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, de exercício crítico de liderança, de esforço consciente e sistemático para o pleno desenvolvimento das potencialidades de todos os que nela estudam.

            Por fim, há que se destacar que, partindo da concepção de educação como instrumento de transformação social, a Fundação Bradesco não restringe sua atuação aos cursos tradicionais de uma escola. Assim, em parceria com o Canal Futura, desenvolve o projeto Cuidando do Futuro, produzindo programas que abordam temas transversais, a exemplo de saúde, meio ambiente, pluralidade cultural, trabalho e consumo, a serem utilizados em sala de aula.

            Alinhado com o movimento Todos pela Educação, que envolve distintos setores da sociedade brasileira, o Bradesco e a Fundação Bradesco criaram o Programa Educa+Ação, com o objetivo de “integrar a iniciativa privada e as Prefeituras no esforço de elevar o padrão educacional dos alunos da rede pública de ensino”. Para que se tenha ideia da dimensão e do alcance da proposta, basta dizer que o programa já formou duzentos e vinte e nove professores e beneficiou mais de cinco mil alunos!

            Nessa mesma linha de compromisso social, a Fundação Bradesco desenvolve, desde 1991, o Projeto de Informática Educacional, por meio do qual os alunos são incentivados a ampliar seus conhecimentos e, sob a orientação dos professores, refletem sobre alternativas para problemas da comunidade em que vivem.

            De propósito, deixei para o final um exemplo de trabalho executado pela Fundação Bradesco que merece nossa especial atenção e o aplauso mais incondicional. Algumas unidades da Fundação Bradesco situam-se nas imediações de aldeias indígenas, razão pela qual atende a muitos alunos índios e outros que se reconhecem com raízes indígenas. São vários os projetos desenvolvidos nessas escolas, todos eles voltados para o estudo de aspectos da trajetória histórico-cultural dos índios no Brasil. Digna de todos os elogios é, por certo, mais essa singular iniciativa da Fundação Bradesco.

            Aí está, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, breve síntese do extraordinário trabalho que, desde o já longínquo ano de 1962, a Fundação Bradesco presta ao nosso País. Nada mais fiz que um rápido comentário sobre uma grande história. Que esse trabalho jamais sofra solução de continuidade. Antes, que possa prosperar e - como tem feito até agora - continue a oferecer às camadas mais necessitadas da infância e da juventude brasileira a alavanca que lhes permitirá crescer em dignidade pessoal e profissional.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/11/2010 - Página 51762