Discurso durante a 198ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Defesa do voto distrital como solução para mitigação das práticas de corrupção no processo eleitoral. Considerações sobre o piso salarial dos professores, dos policiais e dos médicos.

Autor
Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES. POLITICA SALARIAL. PREVIDENCIA SOCIAL.:
  • Defesa do voto distrital como solução para mitigação das práticas de corrupção no processo eleitoral. Considerações sobre o piso salarial dos professores, dos policiais e dos médicos.
Publicação
Publicação no DSF de 04/12/2010 - Página 55870
Assunto
Outros > ELEIÇÕES. POLITICA SALARIAL. PREVIDENCIA SOCIAL.
Indexação
  • REPUDIO, IMPUNIDADE, CORRUPÇÃO, BRASIL, IMPORTANCIA, VOTO DISTRITAL, CONTRIBUIÇÃO, REDUÇÃO, IRREGULARIDADE, PROCESSO ELEITORAL.
  • APOIO, APROVAÇÃO, PROPOSTA, EMENDA CONSTITUCIONAL, PISO SALARIAL, POLICIAL, DIGNIDADE, CATEGORIA PROFISSIONAL, CRITICA, QUALIDADE, PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, SISTEMA UNICO DE SAUDE (SUS), COBRANÇA, AMPLIAÇÃO, RECURSOS, MELHORIA, REMUNERAÇÃO, MEDICO, QUESTIONAMENTO, INSUFICIENCIA, OCUPAÇÃO, FAVELA, MUNICIPIO, RIO DE JANEIRO (RJ), ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), EFICACIA, COMBATE, VIOLENCIA.
  • COMENTARIO, EMPENHO, SENADO, APOIO, IDOSO, REIVINDICAÇÃO, APROVAÇÃO, PROPOSTA, EXTINÇÃO, FATOR, NATUREZA PREVIDENCIARIA.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


           O SR. MÃO SANTA (PSC - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Mozarildo Cavalcanti, que preside esta reunião de sexta-feira, 3 de dezembro, Parlamentares da Casa, brasileiras e brasileiros aqui no Parlamento e que nos acompanham pelo sistema de comunicação do Senado; Mozarildo, V. Exª é um líder. Eu estava com o propósito de não vir hoje, mas V. Exª determinou e aqui estamos para dar o quórum.

           Depois do pronunciamento, sempre vibrante, contundente e necessário do Pedro Simon, eu quero lembrar a V. Exª a responsabilidade, que sei que V. Exª vai cumprir.

           V. Exª representa o Senado que acaba, as nossas homenagens, e o que continua. Mas a gente deixa o Senado com determinada frustração, porque coisas poderiam e deveriam ser resolvidas num regime democrata, em que o Governo é o tripé. Não é mais L’État c'est moi.

           Mitterrand, que foi um homem que lutou muito para chegar à Presidência, como o nosso Luiz Inácio, por várias vezes, conseguiu. Finalmente, depois de uns quatro embates, ele chega ao segundo turno em segundo lugar contra Giscard d'Estaing, grande Presidente da área de Charles de Gaulle. Um grande Presidente da grandiosa França, mãe da democracia, Giscard d'Estaing ganhou no primeiro turno. Aí, muitos partidos... No segundo turno, Mitterrand, esperto, percebeu que o problema era o desemprego. Então, ele foi para os debates e fez uma matemática. Funcionário, como no Brasil, trabalhava oito horas, e ele disse que só iria trabalhar cinco. “Então, vou convocar para preencherem as oito horas tantos mil”. E ganhou!

           E Giscard d'Estaing, com a grandeza e não usando a máquina vergonhosamente, deu este ensinamento: o que é a democracia.

           Perdeu, e ganhou a respeitabilidade da França e do mundo. E estou aqui a citá-lo. Às vezes a gente ganha, mas perde a dignidade, a moral, a vergonha. Esse negócio é relativo. Há alguns que ganham sem moral, sem dignidade. Ganham porque locupletaram-se, ganham porque roubaram, ganham porque foram indecentes. Isso nem sempre.

           A imprensa foi a Giscard d’Estaing e perguntou o que ele ia fazer depois de passar a faixa a Mitterrand . Ele disse: vou ser vereador da minha cidade. Olha a grandeza: vereador ou senador municipal, senador ou vereador. Olha o entendimento: ser vereador da minha pequena cidade. Ele, ex-presidente da França. Hoje ele é conselheiro do Sarkozy. Mas foi. Sabem como são essas coisas na política.

           Miterrand, duas vezes eleito, governou por quatorze anos. No fim de sua vida, moribundo, com câncer, escreveu em seu último livro uma mensagem aos governantes. E ele estava tão deficiente que pediu a colaboração de um intelectual, prêmio Nobel de literatura, seu amigo. O livro é uma parceria. Ele diz: Mensagem ao governante: eu aconselharia aos governantes a fortalecer os contrapoderes, se voltasse a governar. Olha só, Mozarildo, fortalecer os contrapoderes. Quer dizer, o Presidente da República tem que fortalecer o Legislativo e o Judiciário. Assim entendeu Mitterrand, que deixou essa mensagem. Não é o que vimos aqui no Brasil.

           É o Presidente usurpando todos os Poderes. Ele quis voltar ao L’Etat c’est moi. Essas reformas que o Simon reduziu aí são claras. Nós sonhamos, nós lutamos. A reforma política está indecente. Há tantos partidos e na hora eles se vendem mesmo, de aluguel. Você vai se candidatar a prefeito, vem um dono do partido pequeno e diz: “olha, está aqui, eu tenho 30 candidatos a vereador, dê R$5 mil para cada um, 30, R$ 150 mil.” Não, eu não tenho. “Pois dê R$ 4, dê R$3.” E assim é no Brasil afora. O voto é tão errado, é tão indigno que Deputado Federal está aí.

           Olha, no Piauí foi tanto dinheiro, tanto dinheiro, tanto dinheiro! Nunca se roubou tanto. E a maior vergonha, isso é indescritível. Todo mundo sabe. Por isso o Paulo Coelho é muito lido. Pedro Simon, você já leu Paulo Coelho? No livro Alquimia, ele diz assim: o dinheiro é mágico.

           Olha que tem político no Piauí... todo mundo sabe o que é política interiorana. É igual no Rio Grande do Sul, é igual no Piauí, é igual lá em Roraima. Há aqueles lados que não se juntam. Deus nunca conseguiu unir dois lados.

           Lá no Piauí tem uma cidade grande, Piripiri, e dois médicos, há 31 anos, ninguém uniu, nunca Deus uniu, o dinheiro uniu, votaram no mesmo. Tem cidade de quatro lados que se uniu e votou no mesmo: o dinheiro. Mas está até na Bíblia. Não sei se você leu na Bíblia, Mozarildo: a festa diverte, o vinho alegra e o dinheiro faz tudo. E aí eu vi que fez mesmo. Essa eleição foi a maior corrupção da história do Brasil e do mundo.

           O Getúlio assumiu a ditadura, porque ele disse que teve corrupção. Ele disse que Washington Luiz queria tomar o governo para o paulista Júlio Prestes.

           Ô Pedro Simon, você se lembra de que o Getúlio, cabrinha macho que saiu lá do Rio Grande do Sul, disse que houve corrupção, que o Washington Luiz tomou a eleição para Júlio Prestes. E eu quero dizer que nunca antes houve tanta como agora. Nunca antes! Nunca antes! E o Getúlio saiu de lá e tomou, porque achava que a eleição roubaram dele. Agora, roubaram de muita gente. Mas são coisas, e temos que ser otimistas.

           Sobre a reforma política, a coisa mais correta é o voto distrital.

           Ô Mozarildo, votar significa escolher o melhor, e você só escolhe o melhor conhecendo todos. Vou dar um exemplo: Piauí, duzentas. É o voto digital. Votar é escolher o melhor. É tudo aí. E a corrupção nunca antes foi tanta. Aquela do Getúlio, de 30, foi pinto. Isso aí é um descalabro. E não me venham com bom de voto não, porque vai chegar um Senador que se candidatou a Prefeito de Teresina e teve 4 mil votos, comprou todos os votos do Piauí agora. Ora, se ele fosse bom de voto, ele tinha tido, pelo menos, 10 mil votos em Teresina, a capital, que tem 500 mil votos.

           Então, é dinheiro mesmo. Está na Bíblia. Você leu a Bíblia? A Bíblia diz assim: as festas, as festividades, o vinho alegram e o dinheiro faz tudo. O dinheiro fez tudo mesmo. Foi muita corrupção, Presidente. A do Getúlio foi pinto.

           Na reforma, o voto distrital seria a coisa mais correta. Você vota errado, o Pedro Simon não conhece todos os Deputados Federais. Para votar certo, você tem que conhecer. Então, o voto distrital, o que é? Por que não muda? Porque é a Casa dos 300 picaretas, batizada por Luiz Inácio, não é por mim, não. Eles usam esse sistema mesmo de comprar.

           Lá no Piauí, tem candidato que tira dinheiro. Sabe qual é um malandro lá, o rei da malandragem? É um tal de carnaval fora de época. Esses baianos têm trio elétrico, e em toda cidade do Nordeste, todo dia, tem festa, carnaval. O pilantra arruma dinheiro aqui, consegue fácil. Dinheiro para picaretagem é a coisa mais fácil. Para coisa de vergonha, é difícil. Então, dá para o prefeito: 400 mil. Muito bem. O povo se alegra. Está na Bíblia: a festa diverte. Aí, arruma um empresário e vende os tais dos abadás. Ele nem é popular, mas ganha. Ganha o dinheiro. Arrumou o dinheiro público, fez o carnaval fora de época, deu para o prefeitinho - viu, Mozarildo? - e o prefeitinho é aliado e ele bota o empresário para vender aqueles abadás para dançar. Aí é o carnaval, Sodoma e Gomorra perdem para este Brasil da mentira.

           Então, com o voto distrital é que se conhece. Você vota no melhor, é claro. Mas por que os 300 picaretas que mandam aqui continuam? Porque eles usam esse sistema de comprar. Eles pegam, são eleitos Deputados Federais, enganam dez cidades, e não fazem nada; eles fazem é essa pilantragem dos carnavais fora de época.

           Na outra eleição, pega outras dez que não conhece, mais longe, distante. Existem Estados com 800 cidades, não é? Então, fica só nessa malandragem. O voto distrital acaba com isso, porque você conhece.

           Por exemplo, o Piauí tem três milhões de habitantes, dez distritos; para cada um, são 300 mil. Agora, vem um pilantra desses, rico, ladrão, corrupto, apadrinhado do Alexandre Padilha, com dinheiro, compra mesmo o Estado todo. Não tem isso.

           Daí o Luiz Inácio ter passado aqui. Foi brilhante a sua passagem como Deputado Federal. Ele olhou assim e disse: aqui tem 300 picaretas. Não foi o Luiz Inácio que disse? Foi lá, na Câmara Federal, ele, Deputado Federal. Eu acho que tem aumentado. Você entendeu o negócio?

           Mas vamos aqui à nossa frustração, à vergonha, Pedro Simon. E você está com a idade quase do Rui Barbosa. Você tem muito a ver. Você simboliza o Cícero, que dizia: “As vergonhas...” Você hoje vai se frustrar. Pode até passar mal. Eu não quero. Mas vou lhe dizer: a maior vergonha... E é o tripé. O Mitterrand - aprenda - disse: “...fortalecer os contrapoderes”.

           Piso salarial da professora, R$900,00. Olha, fazer uma lei - eu sou médico, fiz muito parto - é muito mais difícil do que fazer parto. Hein, Mozarildo, você fazia parto? A gente mete um fórceps e, quando não dá, faz a cesariana e acaba nascendo o menino.

           Fazer lei é complicado. Vai à comissão, puxa para cá. Não é Simon, você já fez alguma? Vai para aqui, volta acolá; passa aqui, não passa acolá. Mas passou uma. E cumprimento o Presidente Luiz Inácio: ele sancionou. Quer dizer, a lei pariu, com todo o vigor, com todas as contrações uterinas do povo. Novecentos e sessenta reais é o que uma professora pode ganhar, o mínimo.

           Pedro Simon, o Governo somos nós. Eu não sei qual é o pior, não. A justiça é ruim. A indústria que mais prospera, neste País, é o negócio de venda de liminar. Toda semana estão cassando um prefeito para entrar o vice. O vice gasta o dinheiro, aí volta o outro. É um negócio. Toda semana! É muito. A análise que você diz deveria ser no partido. E aí pega, bota o prefeito, tira, o vice entra e paga o advogado. E só quem está ganhando dinheiro é essa gente.

           O Brasil cresceu muito. Essa indústria da liminar é... E aí, veja, faça o inventário. Você é político. Você tem essa... Nunca se cassou, não tem nada. Eu fui prefeitinho. Eles são altruístas. Você foi prefeito? Não é assim, não. É malandragem. O que eles querem está tudo empenhado. Eu conheço. Aí, o pobre Presidente da Câmara já tem de pagar advogado. Só vive pagando. Um tira e outro bota, o outro dá mais, e está um festival. Nunca teve nada.

           Mas eu vou dizer só uma coisa: é ruim a justiça. Não é aquela... A justiça é divina, Pedro Simon - olha para cá. Deus não chamou o seu líder e entregou as tábuas da lei? O filho dele não bradou: bem aventurados os que têm fome e sede de Justiça?

           É, mas o filho de Deus disse: Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, que serão saciados. Bem-aventurados os perseguidos da justiça, que terão o reino do céu. Porque ele sabe, ele entende. E Ele sabia, não é?

           E a lei das professoras? É a única profissão que o mundo chama de mestre, igual a Cristo. Lei bem feita. Nós, Cristovam Buarque, o exemplo de João Calmon, de Pedro Calmon, de Darci Ribeiro... A lei: piso de R$960,00. O Luiz Inácio assinou. Grande feito, grande coragem, merece os aplausos. Ninguém entende mais de professora como eu. Eu durmo toda noite com uma, a Adalgisa é professorinha. São R$960,00. Assinada a lei. A lei nasceu, respirou, como um parto bem feito, andou. Cristovam Buarque, entusiasmado, chegou a dizer: Olha, deve-se trocar na bandeira o “Ordem e Progresso” por “Educação e Progresso”. Você se lembra, não é?

           Olha, a Justiça vendeu uma liminar a um... Os prefeitos não queriam pagar, governador... E tem professores no Brasil ganhando R$400,00, ganhando R$500,00. Isso é uma vergonha! O Boris Casoy não tem mais condições de dizer isso, mas eu tenho. Novecentos reais, para uma professora!? Tem professora ganhando R$ 400,00, R$500,00, R$300,00. E foi a Justiça... E aí, que educação nós podemos ter aqui? Tenha tento, professora ganhando isso!

           Pedro Simon, ontem eu vi em um jornal de São Paulo, elogiando o Senador Alfredo Cotait. Estimulando com prêmios, incentivei a educação. E a manchete era: Argentina 5x0 Brasil. A Argentina tem cinco Prêmios Nobel e nós não temos nenhum. Você sabe que o Chile tem Gabriela Mistral, Pablo Neruda. Você sabe que lá, bem ali na Colômbia, tem Gabriel Garcia Márquez: Cem anos de Solidão, Viver para Contar, Memória de Minhas Putas Tristes, e aí vai. Bem aí no Peru, Mário Vargas Llosa, todo mundo. E o Brasil perde de 5X0, a Argentina nos ganha.

           Então, ele criou o Prêmio César Lattes, para estimular, e o Prêmio Santos Dumont. Foi elogiado, o Alfredo Cotait. Essa é a realidade.

           Mas, como nós vamos ganhar prêmio em mérito pagando isso a uma professora, tirando o direito dela? Pedro Simon, eu fui à Alemanha, quando eu era prefeitinho, e observei que chamavam o homem mais rico, diretor da Merck Sharp&Dohme, em todo lugar, de Professor Basedow. Era “Professor Basedow”, “Professor Basedow”. E eu, prefeitinho, disse: vem cá, você não é o diretor da Merck? E ele: - É eu sou. Mas você só fala em professor! O trânsito estava fechado: “Professor Basedow”. O melhor restaurante: “Professor Basedow”. Teatro... Rapaz...

           É porque aqui o título mais honroso é de professor, não é o dinheiro que eu tenho - disse o diretor da Merck. Eu antes fui professor em Heidelberg. Para poder usar o título de professor, tenho que dar uma aula, por semana, de Química. Foram dez anos, e esse é o título.

           Ô, Pedro Simon, você está com vergonha dessa democracia, do tripé. A Justiça tirou a dignidade das professoras.

           Agora pergunto: Quanto ganha um homem desse da Justiça? Quanto ganha um Ministro do Supremo, quanto ganha um juiz? Deus não fez esses homens com cem, oitenta estômagos e a professorinha com uma banda de estômago. Não tem. Só tem apêndice a professorinha, porque não dá com isso. E você não vai a lugar nenhum.

           E vamos adiante.

           Pedro Simon, isso é ridículo. Pedro Simon, eu tombei aqui como Joaquim Nabuco, como Gilberto Freyre, como o Brossard: com vergonha e dignidade. Eu represento o país da vergonha. Eu conheço esses malandros todos. Se eu quisesse ser rico, eu teria me corrompido aqui.

           Olha, Pedro, atentai bem! Essa violência, isso é ridículo, não houve nada, estão enganando, estão mentindo para o povo. Eu sou Oficial da Reserva, Pedro Simon. Não sei se você é. Eu sei que o Luiz Inácio não é, eu sei que a Dilma é mulher, é gente boa e tal. Eu tenho noção. Aquilo ali não houve nada. O Morro do Alemão é o terraço da Aeronáutica, do Galeão. Eu sou garoto da Praça Mauá, Pedro Simon.

           Estudei lá, eu me formei lá, votei. O Rio nunca teve isso. O Getúlio saía a pé do Catete e ia ao cinema. Ele morreu em 1954. Getúlio, outro dia! Eu andava lá, namorava lá na Confeitaria Colombo, de noite, no Ouvidor, na Confeitaria Colombo, na Cinelândia. Sou novo. E isso é violência? É herança maldita que a Dilma ganha. Aquilo ali é ridículo. Eu sou Oficial da Reserva, Lula não foi. Ali é o terraço da Aeronáutica. O Galeão era o aeroporto deles. Aí o Santos Dummont ficou pequeno, nacional e internacional. Mas é o terraço. E eles já sabiam isso. Anos e anos que ali a gente passava. Ali, no Alemão. É da Marinha, ali, do lado do Santos Dumont. O Exército...

           Então, a Pátria brasileira com as forças auxiliares, Polícia Federal, com o charme do Governador, tomar um morro e bradar que resolveu a violência!? A violência está aqui, está na falta de vergonha do nosso Governo. O nosso Governo não é o Presidente Inácio. Somos nós, o Poder Judiciário, é o tripé. A PEC! Quando que se vai resolver violência neste País com um soldadinho do Pará - ouvi o Mário Couto dizer que ganha R$ 1.100,00! No Piauí, isso; nos outros isso. Ô Pedro Simon, isso não existe. E resolveu o morro! Quantos morros tem o Rio de Janeiro?

           Ó o tamanho deste País! A minha cidade, pacata, cristã, eu não a conheço mais. Quando eu chego lá: “Qual é a casa mesmo?”. Não é não, é um muro alto com fio elétrico e, se é pobre, é um muro alto com caco de vidro. Esse é o País de Luiz Inácio, não é o País em que eu cresci e ouvi Bilac dizer: “Criança, não verás nenhum país como este”, e hoje eu digo: “Criança, nunca se mentiu tanto neste País”. R$1.100,00.

           Nós aprendemos, eu presidi esta Casa. Numa noite - e V. Exª participou -, aproveitei a ausência do Presidente Sarney, e pedi à Cláudia, e vi esse negócio do soldado. Vi um projeto de lei do Renan, um homem inteligente, que aumentava esse salário para R$3.500,00. Eu o botei aqui, combinado, com a aquiescência de vocês - sou pequeno -, e todos queriam. Numa noite, fizemos cinco votações para a PEC do Renan. O Renan é do Governo, Líder do PMDB, então tinha tudo, R$3.500,00 pedia para o militar. E eu, na experiência, nós temos que ser como Rui Barbosa. Ele viveu em outra época, ele não era mais do que a gente, não. Você entendeu? Ele resolveu os problemas dele, eu saio aqui com grande dignidade. Pedro Simon, e aprovamos e mandamos para lá. Eu fui nesse Presidente, você foi, o Paim foi. Eu chegava para os soldadinhos - sou Oficial da Reserva -: “Olha, peguem essa do Renan que ele é do Governo. As coisas são assim mesmo. Olha que a página mais bonita foi o Rui Barbosa fazendo a Lei Áurea, mas, antes, teve a do Ventre Livre; antes, teve a do Sexagenário. Peguem esses R$3.500,00 que é muito bom para o Piauí, porque ele ganha R$1.100,00. É muito bom para o Pará, pegue a do Renan que o homem... Vamos, é a Lei Áurea, depois, sim, vamos dar o salto para a de Brasília, que é a ilha, não é, a ilha da riqueza, e, aí, prometeram as PECs. E aos soldadinhos, eu disse: “Pegue logo a do Renan, o homem é do Governo, o Presidente não vai vetar, o Renan é do PMDB. Não vamos dar 300 e tal”.

           Tudo mentira. Agora, falo, aliás, esse Michel Temer me deve muito, mas é muito, mas é muito, Pedro. Eu tenho coragem, conheço esses malandros todos, da Justiça também. Tem um da Justiça que devia ter vergonha, ele é molecote do PT, era chofer do Luiz Inácio, se candidatou, e, hoje, arvora justiça. É, andava... Era motorista, se candidatou várias vezes e perdeu... Doente, sou médico, a psicologia, tu não larga o Flamengo, tu vai largar o partido. É, isso não tem negócio, não. E está aí. E ele disse que ia botar para votar.

           Então, aconselho ele, porque ele ia correr da corrida da Presidência, o Jobim ia ganhar dele. Fui a São Paulo - eu não resisto -, fui ao Rio, estava lá, por isso que o nosso Paulo Duque gosta de mim, ele até passou mal numa dessas disputas, não é, o grande Paulo Duque estava lá. Fui a Minas, ao Piauí, e quem acabou correndo foi o Jobim, ele ficou e ganhou e está aí, é um homem bom. Eu quero lembrara a ele que o Brasil tem uma tradição que não pode se acabar: de grandes Vice-Presidentes.

           Está aí o Floriano Peixoto, era maior do que o Deodoro, seu Presidente. Está aí o Aureliano Chaves, está aí o Marco Maciel, está aí Itamar. É, tem uma história - você acabou de sentar. Está aí esse herói, José Alencar; Marco Maciel. Então, Michel, dê um presente de Natal à Dilma, ela não teve culpa dessa bandalheira não. Ela... no jogo, mais que corrupto, foi. Ela não teve culpa. Ela tem a dignidade da mulher, da mulher de Pilatos, de Verônica, das três Marias. Mulher é melhor do que homem.

           Mas Renan, bote para votar isso... A violência só acaba com isso. Ou a do Renan ou coisa... Mas V. Exª dê esse presente de Natal para à Presidenta da República, porque ela não vai acabar a violência com aquele charme do Cabral.

           Pedro Simon, você assistiu o filme Elite 2? O senhor assistiu o Elite 2, o filme? Pois é, aquela que é a verdade. Tu sabes por que é a verdade, Pedro? Eu fui na Feira do Paraguai comprar uns CDs, aí chegaram: “Você não quer não, 6 por R$5,00?” Aí ele: “Tem aqui, Luiz Inácio, a vida dele. Eu lhe vendo 10 por R$5,00”. Eu disse: “Eu não quero não”. Rapaz, o filme Elite 2 é fila, é todo mundo, porque é a verdade, você busca a verdade. “De verdade em verdade eu vos digo”, falava Cristo. “Eu sou a verdade, o caminho e a vida”. Ninguém quer, o de Lula está lá, encalhado. Estão oferecendo a dúzia por R$2,00. Está ouvindo? Ninguém quer, porque é a mentira. Olha o filme Elite 2, que é a verdade, mas está aí.

           Então, Michel Temer, olha aí, você prometeu, bote para votar. Dê um presente de Natal à Dilma. Então, esta, sim, vai pegar a herança maldita. Esta é a herança maldita: a violência. E não venham com conversa, não. Isso não era assim.

           Sou garoto da Praça Mauá, do Rio de Janeiro. Garoto da Praça. Você sabe onde é? Na Praça Mauá, ficavam os marinheiros, um inferninho. O meu hospital ficava a cinco quadras. De dia, de noite, não tinha nada disso. Sou garoto...

           Agora, essa propaganda de que o Brasil, as Forças Armadas de Duque de Caxias, de Eduardo Gomes, de Tamandaré tomam o morro, com a Polícia Federal, com a do Estado, com barricada... O morro! Quantos morros tem o Rio de Janeiro? Não resolveu nada. Isso está na mídia. A mídia é paga pelos banqueiros.

           O Luiz Inácio ajudou os pobres? Ajudou! Não vou dizer... Foi o pai dessas bolsas. Ninguém é contra a caridade. O Apóstolo Paulo dizia: “Fé, esperança e caridade é amor”. Ele foi o pai, mas ele foi a mãe dos banqueiros, Senador Pedro Simon. A mãe dos banqueiros, a mãe dos banqueiros!

           Você viu a Inglaterra, onde Rui Barbosa foi buscar o nosso modelo democrático, perseguido pelo Marechal de Ferro. Você se lembra? O Ministro que ajudou os bancos já caiu. O Barack Obama está tonto para ajudar. Eu vi na Espanha o Santander. Aqui os bancos se ajeitam e ficam ricos. A mãe! E é o banco que paga a mídia.

           Tomou o morro. É a violência neste Brasil afora. Maconha, crack, as mortes. Veja aí, Pedro.

           Então, ô Michel Temer, faça aprovar! Dê esse presente à Dilma. Ela não merece receber a herança maldita. O presente de Natal é essa violência e essa mentira. Não acabaram nada. Sou Oficial da Reserva. Ô, Pedro Simon, eu sou, eu sei. Eu fiz o CPOR. O Luiz Inácio não fez. A Dilma, mulher, talvez nem bandeirante tenha sido. Mas aquilo ali, antes não tomasse o morro. O Morro do Alemão é no terraço da Aeronáutica, o Brigadeiro Eduardo Gomes, todos olhando aquilo ali. Então, planejaram uma manobra perfeita. Se as Forças Armadas do nosso Brasil não tomasse um gol, resolveu a violência? O que você vê na televisão. Resolveu. O charminho. Vão assistir o filme Elite 2.

           Então, Pedro Simon, V. Exª que é do PMDB, e quis eu dar a primeira contribuição. O Mercadante me perguntou; o PMDB não tinha votado no Lula, mas eu tinha votado, em 1994. Então, ele vem me perguntar. Rapaz, bote um que simboliza tudo, um Ministro, Pedro Simon. Só um. Agora... Não leram Rui Barbosa, que disse: “Não troco a trouxa das minhas convicções pelo ministério”. É tudo aí, qualquer carguinho...

           Mas que aprove isso. Soldado não vai, não pode dar segurança. Cuba, Cuba, que ele visitou, tem o dinheiro dele. Adelmir Santana, que é viajado e sabe muito de dinheiro, ele entende de dinheiro, ele tem dinheiro, é empresário vitorioso. Lá tem o dinheiro dele, vou apelidar de cubano. Está certo que o governo lá paga água, luz, dá casa... Mas um médico ganha 500, 600; o policial ganha de 800 a 900; como o policial aqui vai ganhar 1.100? A professora, R$500,00, R$600,00. Imoralidade da Justiça do nosso Brasil, porque a lei foi feita, foram eles que meteram essas liminares.

           Então, Michel Temer, vamos dar à Presidente, a nossa primeira mulher que preside, um salário justo. Não vai acabar a violência, com aquela mídia ali, da demagogia... sorridente.... Eu conheço o Rio, sou garoto da Praça Mauá, e não havia isso. Violência é coisa de Luiz Inácio. Não era assim o Rio, não é assim em Buenos Aires, não é assim em Montevidéu, nem vou falar no primeiro mundo aqui, Suécia, Suíça. Não é. Você sabe que se vive assim.

           Outro, os pisos profissionais de saúde. Há uma lei que passou aqui, de que fui Relator. Ora bolas, como pode? O médico estuda mais. E falo isso com autoridade, porque sou, há 44 anos, médico, tenho uma filha que está na Rio Grande do Sul, que já terminou Medicina, que já passou pelo Rio, que já está para o terceiro, lá na Santa Casa. Rapaz, esse pessoal estuda mais de dez anos. Rapaz, os empregos de médico são ridículos, não é, Mozarildo? São ridículos. Chamamos bico, como o Brasil está chamando os Senadores e Deputados, que fazem de bico o Parlasul: tiram umas diárias, vão lá, vão ao cassino, não fazem nada, não evoluem nada, não olham para frente. Isso em Medicina chamamos “tirar de bico”. Estou contra, não. São R$2 mil aqui, ali, é gasolina. Eu me lembro de que tinha um na cidade vizinha; era para o prefeito me dar um salário mínimo - salário mínimo! -, e o governador, outro salário mínimo. O governador ainda pagava, mas o prefeito para pagar era difícil. Adalgisa gastava em fusca de lá mais do que eu ganhava para cobrar. Mas esta é a vida do médico: bico.

           Então um salário de R$7.500,00 já passou aqui. Por que o juiz ganha mais? Não, o médico tem outro ganho. Os juízes estão tendo a mão cheia e estão vendendo liminar a três por quarto. Estão servindo a partidos, não estão servindo à Justiça.

           Então, esse piso profissional médico que está aí, Pedro Simon, é justo, é um salário justo. Um médico ganha igual a um juiz. Por que, Pedro Simon, cai aqui? Ninguém ama mais o... Vou citar, porque um quadro vale por dez mil palavras. É injusto, indigno, imoral este País em que vivemos e pelo qual somos responsáveis. Vou dar um quadro, porque ele vale mais do que dez mil palavras.

           A saúde só é boa para quem tem dinheiro e para quem tem plano de saúde. Pedro Simon, eu vou citar, está no céu o meu maior amigo, eu o adoro como você, mas é para a verdade: você sabe quanto foi a hospitalização - só o hospital - do nosso companheiro santo Romeu Tuma? Só o hospital, mais de R$2 milhões. E ainda falta. Há hospitais, no meu Piauí, no meu Brasil, que ganham R$40 mil por mês, R$50 mil. E o médico? Estou dizendo - Deus, eu quero... é o melhor homem que passou aqui, é santo, apenas com mais para dar -; é o que tenho dito aqui, e sou médico. Aliás, muito respeitado na classe.

           Fui amigo de Christiaan Barnard, de Zerbini, de Jatene, do Mozarildo, de Mariano de Andrade e tenho uma filha. A saúde do Brasil só é boa para quem tem dinheiro e para quem tem plano de saúde. Uma internação hospitalar, em hospitais de cidades, não é menos de R$40 mil. Uma consulta do SUS, R$3,00. Quando eles dão no consultório, pagam luz, enfermeiro, fica R$1,50. O meu engraxate é R$5,00, e dou R$10,00 em gratidão, para poder dizer isso. O SUS é como o Sol: era para ser igual para todos. O SUS não é o problema, é a solução. Mas há problemas nessa solução. E um deles são essas taxas baixas do médico. É boa, Pedro Simon, é boa para quem tem dinheiro e para quem tem plano de saúde.

           Então, eu disse que um salário médico como esse, de bico... Pedro Simon, e a Emenda à Constituição nº 29? V. Exª me conheceu aqui como Senador. Adelmir Santana, vim a este plenário e discursei - foi naquela tribuna - como Governador do Estado do Piauí. Já faz um bocado de tempo. São oito Senadores, não é, não sei que ano era. Estava começando essa emenda constitucional, e o Senado, então, convidou alguns Governadores, para opinarem. Foi bem ali.

           Os Estados pagariam 12%; o Município, 15%. Esta foi a coisa mais correta que legisladores fizeram com a educação: os 25%. Ai do prefeitinho que não gastar 25%. Vai para a cadeia, vai cassado, vai não sei o quê. O prefeitinho. Se é para a educação, a saúde também deveria vir, não é? Há uma lei. Ela queria 12%. Eu fui ali e disse: olha, é ótimo, é significado, apenas que isso seja gradativo. Eu, na época, gastava 7%, como Governador, e a maioria. Não vamos botar pá... Está-se dando, aumenta-se; deu um prazo aí, chegar-se-á lá. Olha, fui duas vezes defender o Piauí. Já fui aqui Senador por oito anos. Cadê a Emenda nº 29, que dá dinheiro para a saúde? Essa malandragem é demagogia. Fazer saúde... Aí fica-se discutindo se é do Rio, se é amigo do Governador. Qualquer um que entra se lasca, porque essa é a verdade. Só está bom e só vai ficar bom para quem tem dinheiro. Tecnicamente, os profissionais são bons. Eu sou um bom profissional médico. Mas os pobres, eu os conheço, as filas, as dores. Não se faz mais uma... Os grandes cirurgiões, Pedro Simon, estão largando a cirurgia de resolutividade, porque pagam tão mal. Aí eles estão entrando nesse negócio de médico de família, mais um bico. Em um Estado, em outro, estão ali, e se soma.

           Então, a tabela do SUS é ridícula. É o problema da solução que seria o SUS, não é, Mozarildo? Estou falando do presente. E essa Emenda Constitucional, a PEC nº 29? Porque perde a maioria dos partidos, dos Prefeitos, não passa. E confesso: eu não pagava 12%, não. Mas pode-se ver nos Anais que fui um dos convidados, talvez por ser Governador e médico, e usei aquela tribuna. E disse: gradativo. Mas faz muito tempo, e está do mesmo jeito.

           Pedro Simon, V. Exª lutou muito. Eu vi V. Exª vir aqui, entrar à noite com os velhinhos aposentados. Nós fizemos também. E quase nasceu a lei, quase nasceu, mas faltou oxigênio, e houve o aborto no final, no nascer, uma contração uterina. Passou aqui, passou na Câmara; votaram. Os velhinhos choravam e gritavam. Pedro Simon um dia trouxe a esposa dele e ficou namorando à noite toda ali. E lá, discursava aqui, em vigília. Os velhinhos. Uma vez, eu estava presidindo, fui arrumar comida. Eu dizia: “Senador Paim, os velhinhos estão morrendo; bota aí, menino, bota a lanchonete para os velhinhos.” E os velhinhos? Enganamos os velhinhos. Essa é uma imoralidade, uma indignidade que não tem lugar. E o Paim nos liderou.

           Fator previdenciário não existe no mundo. Ele tira 40% da aposentadoria de um velhinho. Pedro Simon, isso é malandragem. Isso é uma vergonha. Esse é o Governo do Brasil que se esconde. Pedro Simon, é contrato, planejou-se, por isso a sociedade está assim. Pedro Simon, planejou-se, trabalhou-se, pagou-se, fez-se um contrato. Trabalhou-se. Olha que a gente começa a trabalhar no Brasil, por lei, com 16 anos. Aposentadoria é aos 70 anos. Dá 54 anos, às vezes, de trabalho. Cinquenta, quarenta, trinta anos e se aposenta. Você sonhou, tirou o seu dinheiro. Quem paga a aposentadoria não é o Luiz Inácio, não é o Presidente, não é o Mão Santa, não é o Pedro Simon; cada um paga a sua. São mentirosos. Eles mentem, eles enganam, eles são descarados. O Presidente Luiz Inácio não paga, o Ministro não paga, eu não pago. Quando você trabalha, você é descontado e aquilo é calculado, não é? Assim se paga a sua aposentadoria. E feito esse contrato, tiram 40%. Está velhinho, morrendo... Olha como está! E pior: enganaram os velhos, Pedro Simon. Quando falavam naquele empréstimo consignado, eu dizia: isso não vai dar certo. Abraham Lincoln disse: “Não baseie sua prosperidade em dinheiro emprestado”. Enganaram os velhos, Pedro Simon.

           Pedro Simon, ou o velho tem catarata, ou é míope, ou está cego mesmo... E fizeram um contrato com as letrinhas bem pequenininhas. E os velhos todos tirando dinheiro... Os bancos não perdiam porque tiram na boca do caixa. É o melhor negócio para os bancos, viu, Adelmir? Tira na boca, antes de ele receber. É por isso que os bancos estão ricos. E aí botaram em letras bem miudinhas. Eu fui ler. Ninguém lê. Ela é tão miúda, e o velho ou tem catarata, ou está cego, ou está míope, ou doente mesmo, e tudo tirando. E tiram mais 40% dos velhinhos.

           Então está aí: um País que não respeita os seus velhos está fadado a isso.

           Barack Obama nos ensinou. Barack Obama diz: eu não sou maconheiro pelos meus avós. Foi educado pelos avós, não é? Então, o velho é o avô, o velho é o telhado da família, e a família se desgraçou no Brasil pelo desrespeito, porque o velho se comprometeu a pagar a faculdade do neto, a facilitar um livro, uma casa, a melhorar... Aí o neto chega: vovô mentiroso, vovô... E não sabe que o avô dele, digno, honrado, trabalhador, foi roubado pelo Governo que está aí com o fator previdenciário. Esta é a verdade. Então é isso...

           Pedro Simon, estas são as nossas lembranças e entrego aqui ao Mozarildo Cavalcanti... Pedro, Pedro, atentai bem, Pedro! Rapaz, o Mozarildo e o Pedro... Eu vou deixar na sua mão para V. Exª se lembrar e para que este Senado continue na grandeza, simbolizado pela grandeza de Rui Barbosa, que ensinou que quem não luta pelos seus direitos não merece tê-los.

           Então, o povo do Brasil merece os direitos e merece o Senado da República zelando por essa democracia com justiça.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/12/2010 - Página 55870