Discurso durante a 212ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração do centenário de nascimento dos cantores e compositores Noel Rosa e Adoniran Barbosa.

Autor
Inácio Arruda (PC DO B - Partido Comunista do Brasil/CE)
Nome completo: Inácio Francisco de Assis Nunes Arruda
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração do centenário de nascimento dos cantores e compositores Noel Rosa e Adoniran Barbosa.
Publicação
Publicação no DSF de 17/12/2010 - Página 59073
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, CENTENARIO, NASCIMENTO, CANTOR, COMPOSITOR, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), ESTADO DE SÃO PAULO (SP), ANALISE, CONTRIBUIÇÃO, MUSICA POPULAR, FORMAÇÃO, IDENTIDADE, CULTURA, BRASIL, REGISTRO, BIOGRAFIA, ELOGIO, OBRA MUSICAL, LEITURA, TEXTO, INTELECTUAL, TRECHO, VALORIZAÇÃO, TRABALHO, POETA.

            O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB - CE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu pediria que o nosso belíssimo coral pudesse ficar naquela posição de descansar, sentasse e que o nosso serviço servisse uma aguinha sem ser gelada, água mesmo chamada natural, para que a gente possa ouvir dois oradores e, em seguida, ouvir essa boa música destes dois gigantes: Noel e Adoniran. Então, por favor, fiquem na posição de descansar, tranquilos, porque nenhum de nós irá falar diferente do outro. É preciso estar também relaxado para se falar de Noel Rosa e de Adoniran Barbosa.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, nossos amigos que aqui estão, Senador Suplicy, com quem tive a felicidade de compartilhar este momento que o Congresso Nacional, através do Senado da República, oferece aos Senadores e ao povo brasileiro de ouvir a boa música desses dois grandes homens do nosso povo, nosso colega, Deputado Federal do Ceará, reeleito e diplomado, Chico Lopes, que aqui está, do PCdoB do Estado do Ceará; nosso convidado muito especial, David Medeiros Rosa de Melo, sobrinho-neto do cantor e compositor Noel Rosa. Muito obrigado, David, pela sua presença, que ilustra muito o nosso gesto simples, que é de registrar este momento especialíssimo da vida desses dois homens do povo brasileiro.

            Também cumprimento o Sr. James Angok, 1º Secretário da Embaixada da República do Sudão.

            Srªs e Srs. Senadores, este ano de 2010 assiste ao centenário de nascimento de dois gênios da Música Popular Brasileira: Noel Rosa e Adoniran Barbosa. O Senado Federal, em atenção a requerimento de minha autoria e do Senador Eduardo Suplicy, houve por bem prestar esta justíssima homenagem a dois grandes ícones de nossa cultura.

            Nos dias que correm, o conceito de cultura mais aceito radica-se em preceitos de antropologia cultural, desdobrando-se em uma pluralidade de nuanças e matizes. Relembro uma fina observação do crítico literário e membro da Academia Brasileira de Letras, Alfredo Bosi:

Estamos acostumados a falar em cultura brasileira, assim, no singular, como se existisse uma unidade prévia que aglutinasse todas as manifestações materiais e espirituais do povo brasileiro. Mas é claro que uma tal unidade ou uniformidade parece não existir em sociedade moderna alguma e, menos ainda, em uma sociedade de classes.

            Uma bipartição possível, Srªs e Srs. Senadores, é aquela que diz respeito à cultura popular e à cultura erudita ou acadêmica. Superar artisticamente essa antinomia é, talvez, a grande característica comum dos talentos superiores das diversas manifestações artísticas. Assim, é esta a marca de um Villa-Lobos ou de um Guimarães Rosa, ao fundirem o local e o universal, o popular e o erudito, transitando de um a outro lado e conformando uma obra, ao cabo, mais densa e completa. Não há erudito sem popular. A erudição vem do popular. Não há como ser diferente, é do meio do povo.

            Aparentemente, Noel Rosa e Adoniran pouco têm em comum, afora a grandeza de suas obras e opção pelo gênero musical tipicamente brasileiro - é isso mesmo, tipicamente brasileiro -: o samba.

            Com efeito, Noel provinha de tradicional, embora empobrecida, família carioca. Teve educação esmerada: foi alfabetizado em sua própria casa pela mãe, professora, depois frequentou um dos mais respeitados colégios do Rio de Janeiro, o São Bento, na Zona Sul da cidade, chegando a cursar, no ensino superior, dois anos da faculdade de Medicina.

            Adoniran, pseudônimo de João Rubinato, era filho de modestos imigrantes italianos e simplesmente não teve educação formal.

            No colégio, Noel era o mais ativo, o mais ousado, o líder, o menos enquadrado na disciplina rígida, religiosa, do Ginásio São Bento. O que atormentava os professores, o que editava o próprio jornalzinho manuscrito para rebater as “verdades” de A Alvorada, a revistinha oficial do ginásio. Noel era o único que frequentava o Mangue muito à vontade, arrastando os outros e levando Dom Meinrado Mattman, reitor do São Bento- o bispo - a pedir-lhe suplicante e resignado: “Já que não pode deixar de pecar, Noel, por que não peca sozinho?”.

            Noel era o que se poderia chamar de um carioca da gema, legítimo representante da boemia de seu bairro natal, a Vila, a Vila Isabel; a Vila de Martinho da Vila e companhia, mas também das cercanias do centro da cidade, como a Lapa e o Estácio.

            Adoniran, apesar de nascido na cidade de Valinhos, na vizinhança de Campinas, é o paulistano de origem italiana, uma figura típica dos bairros de imigrantes como o Brás ou o Bixiga.

            Contudo, as aproximações a uni-los são mais poderosas. Musicistas do campo popular, conferiram às suas criações uma sofisticada arquitetura artística sob uma roupagem de aparente simplicidade. Desse produtivo veio popular, fizeram emergir uma sabedoria não livresca, embora refinada, e uma musicalidade que fala diretamente ao coração das massas.

            O professor emérito da Universidade de São Paulo Antonio Cândido, conhecido e amigo de muitos de nós, um dos mais importantes intelectuais vivos do Brasil, considerava Adoniran Barbosa a verdadeira voz de São Paulo:

Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como poucos(...) Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. Não concordo. Da mistura, que é o sal da nossa terra, Adoniran colheu a flor e produziu uma obra radicalmente brasileira, em que as melhores cadências do samba e da canção, alimentadas inclusive pelo terreno fértil das escolas, se alia com naturalidade às deformações normais do português brasileiro, onde Ernesto vira ‘Arnesto’, em cuja casa ‘nós fumo’ e não ‘encontremo’ ninguém, exatamente como por todo este País.

            Por sua vez o paulista João Antônio, ele mesmo um contista admirável, autor de obras que retrataram o cotidiano das pessoas mais pobres e em condição marginal da sociedade encantou-se pela obra de Noel Rosa, considerando o poeta de Vila Isabel um compositor “desconcertante”. Passo a citar:

Dentro de seu tempo e da própria cultura brasileira [dentro de um tempo, para que alguém muito sábio por aí não queira descontextualizar, tirar daquela época e trazer para o nosso tempo], ele é um fenômeno de pioneirismo, talento e capacidade de produção.

            Eis, ainda aqui, Srªs e Srs. Senadores, convidados, Senadoras, mais um ponto de contato entre os nossos homenageados. Noel Rosa viveu uma vida curta mas intensa, sob todos os aspectos. Nascido sob os ecos da Revolta da Chibata, movimento que, sob o comando do formidável João Cândido, agitou o Rio de Janeiro naquele ano de 1910, Noel Rosa produziu extensa obra, cerca de 228 peças musicais, algumas delas feitas para o nascente cinema nacional. Como os grandes artistas de sua época, esteve mais ligado ao rádio, onde trabalhou no famoso Programa Casé, apresentado na Rádio Phillips do Brasil, onde passaram figuras como Carmem Miranda, Orlando Silva, entre tantos outros. O programa ficou sob censura do odioso Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP.

            Sobre Adoniran Barbosa, mais de um crítico já escreveu tratar-se de um artista multimídia. Radialista, ator, cantor, humorista, compositor e locutor, emprestava seu talento a diversos campos da produção cultural. Não por acaso, sua primeira participação bem-sucedida no rádio, em concurso de calouros,foi cantando uma preciosidade de Noel Rosa, o samba “Filosofia”, em que se instituía o profundo hiato entre o “samba vagabundo” e a “aristocracia hipócrita” - essas que querem dar lição ao povo de sabedoria, de vez em quando.

            Coincidentemente, seu primeiro disco também foi objeto de censura, que excluiu dois sambas, neles identificando componentes subversivos e má utilização do vernáculo.

            De forma risível, os censores chegaram a sugerir que frequentasse as aulas do Mobral, o Movimento Brasileiro pela Alfabetização - o mesmo que fizeram agora com o Tiririca e companhia.

            Aqui, senhoras e senhores, cabe destacar a opinião do poeta Manoel Bandeira, que, inclusive, fez letra para as “Bachianas nº 5 de Villa-Lobos. Em sua “Evocação do Recife” faz um elogio à língua do povo, tão incômoda às elites. Eis as suas palavras:

A vida não me chegava nem pelos jornais, nem pelos livros;

vinha da boca do povo, na língua errada do povo;

língua certa do povo.

Porque ele é quem fala gostoso o português do Brasil.

            Em artigo publicado no Portal Vermelho, Humberto Martins afirmou:

O poeta da Vila Isabel conhecia como poucos o ser humano e o seu próprio tempo. Prezava a boemia, amava o samba e apostava na força, originalidade e beleza da cultura nacional e popular. No samba intitulado “Não tem tradução”, ele critica com bom humor e lucidez a influência bizarra das potências coloniais e neocoloniais nos hábitos cariocas, que se insinuava então através do cinema. Na música, Noel revela convicção na força do samba para combater tais tendências e defender a cultura genuinamente brasileira.

            A crença na superioridade do samba e da cultura nacional sobre os novos hábitos é traduzida em vários versos:

Lá no morro, se eu fizer uma falseta a Risoleta desiste logo do francês e do inglês. A gíria que o nosso povo criou, bem cedo a cidade aceitou e usou.” O samba de Noel “não tem tradução no idioma francês, pois “tudo aquilo que o malandro pronuncia com voz macia é brasileiro, já passou de português. Amor lá no morro, é amor pra chuchu.” Vai traduzir para o francês ou inglês? As rimas do samba não são I love you. E este negócio de alô, alô boy e alô Johnny, só pode ser conversa de telefone...

            Líricos, satíricos, criativos, cronistas de seu tempo e de suas respectivas cidades, Noel Rosa e Adoniran Barbosa alcançaram grande popularidade. Os tempos eram outros, e nenhum deles recebeu em pecúnia o merecido valor de suas composições, vivendo sob intensa dificuldade financeira.

            No começo de 1934, teve início a famosa polêmica musical, curta mas muito comentada, envolvendo os compositores Noel Rosa e Wilson Batista. Este último compôs “Lenço no Pescoço”; Noel Rosa respondeu com “Rapaz Folgado”. Em resposta, Wilson compôs “Mocinho da Vila”. Ainda no mesmo ano, no período da primavera, Noel compôs “Feitiço da Vila” - aliás, objeto de insinuações pouco afeitas por alguns da elite musical brasileira, que não conheciam o espírito de Noel, a sua presença no meio do povo, dos negros, do samba, do morro, da boemia -, uma homenagem para a rainha primaveril de Vila Isabel, Lela Casatle. Samba que colocou Noel em evidência, uma vez que o Brasil inteiro cantou a composição. A polêmica deu uma trégua e reacendeu no ano seguinte. O sucesso do “Filósofo do Samba” incomodou Wilson Batista, que gravou “Conversa Fiada”. Noel reagiu com “Palpite Infeliz”. Wilson respondeu com dois novos sambas: “Frankenstein da Vila” e “Terra de Cego”. Imaginem que alguns ainda hoje consideram que Noel é que tinha preconceito - imaginem! - e que o “Feitiço da Vila” seria uma espécie de preconceito aos negros, aos malandros. Mas quem fala isso é quem não leu a história, não estudou Noel, não sabe e se mete a falar. Na verdade, o preconceito se abateu contra o próprio Noel, que, com um pequeno defeito, fruto do seu parto e das dificuldades da época, teve o queixo deformado - aliás, defeito comum entre nós, brasileiros. E “Terra de Cego”, puxa vida!

            Noel, então, encerrou a polêmica. Não dava para entrar numa discussão em que o preconceito seria o centro do debate.

            Noel cantou o seu bairro natal na música “Feitiço da Vila”, que gerou a dita lendária polêmica com Wilson Batista. O rival ironizou “Palpite Infeliz” na música “Conversa Fiada” (“é conversa fiada dizerem que o samba na vila tem feitiço, eu fui ver pra crer e não vi nada disso”). Noel devolveu com a obra-prima “Palpite Infeliz”: “A Vila é uma cidade independente, que tira samba, mas não quer tirar patente, pra que ligar a quem não sabe aonde tem o seu nariz, quem é você que não sabe o que diz?”

            A genialidade de Noel Rosa pode ser conferida em “Conversa de Botequim”, uma de suas músicas mais conhecidas, impressiona pela descrição cinematográfica de uma cena corriqueira: o cliente folgado na mesa de bar.

Seu garçom faça o favor de me trazer depressa,

uma boa média que não seja requentada,

um pão bem quente com manteiga à beca,

um guardanapo e um copo d’água bem gelada...

Feche a porta da direita com muito cuidado

Que eu não estou disposto a ficar exposto ao sol

Vá perguntar ao seu freguês do lado

Qual foi o resultado do futebol.

            Puxa vida! Ainda tem gente que não entendeu!

            Em 2010, o compositor Martinho da Vila nos brindou com um samba-enredo “Noel, a presença do ‘Poeta da Vila’”, do Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Vila Isabel. O samba-enredo da escola dizia:

Veio ao planeta com os auspícios de um cometa

Naquele ano da Revolta da Chibata.

A sua vida foi de notas musicais.

Seus lindos sambas animavam carnavais.

Brincava em blocos com boêmios e mulatas,

Subia morros sem preconceitos sociais.

            Em entrevista recente, o repórter perguntou a Martinho da Vila: “Se o senhor tivesse a oportunidade de encontrar Noel Rosa em um bar, o que falaria para ele?” Martinho respondeu: “Eu falaria: Noel, rapaz, não sei como você pode ter sido tão grande.” E ele falaria: “Não, Martinho. Você também fez uma porção de músicas.” Não estou falando de música. Estou falando de sua postura. Ele foi muito importante na luta contra os preconceitos, sem falar nas suas músicas e sem fazer discurso. Só com sua postura. O samba era discriminado terrivelmente e ele cantava samba. Ele fez parceria com o pessoal do morro, como Ismael Silva e Cartola, que eram considerados vagabundos e eram negros. Noel lutou contra o preconceito social e racial ao mesmo tempo. Eu falaria: “Noel, como é que você pode? Não dava para você ter essa consciência toda ao mesmo tempo, você tão novinho! Hoje eu até faço isso, mas estou com 70 e tal...” Eu também perguntaria: “Noel, como é que você pode construir toda a sua obra em tão pouco tempo?!” Ele fez toda a sua obra em sete anos. Se ele vivesse mais uns dez, não sobrava samba para nenhum de nós.

            Doente e enfraquecido pela tuberculose, a má alimentação e os crônicos problemas ortodônticos, Noel Rosa faleceu em 1937, aos 26 anos e cinco meses de idade. De acordo com o cartunista Nássara - também centenário, neste ano de 2010 -, contemporâneo de Noel, o enterro atraiu pessoas de todos os cantos, em verdadeira comoção. A cidade parecia vestir luto não oficial, pois o grande Orestes Barbosa, autor do clássico “Chão de Estrelas”, tinha razão, ao dizer: “Morreu o maior poeta popular do Brasil”.

            Pouco depois da morte de Noel, Cartola fez para o amigo um tocante samba, que diz:

Era o rei da filosofia,

Fez da musa o que queria

Zombou da inspiração

            De fato, Noel foi o mais importante compositor do período compreendido entre a segunda metade dos anos 20 e a primeira metade dos anos 30. Sua originalidade nos temas e ritmos de suas canções representam um marco na história da música brasileira.

            Adoniram, por sua vez, retratou musicalmente o cotidiano do povo paulistano, expressando, em um ritmo próprio, cenas muitas vezes prosaicas, como a descrita na canção “Um Samba no Bixiga”.

            Adoniran veio a falecer em 1982, aos 72 anos. Calava-se ali “a voz de São Paulo”, o homem que testemunhou e cantou a emergência de uma cidade cosmopolita e moderna, mas injusta e desigual.

            O grande artista é aquele que compõe uma obra que atinge a permanência. As figuras humanas de Noel e Adoniran se foram, mas ninguém há de esquecer, a cada vez que uma voz entoa seus respectivos estribilhos de o “Último Desejo”, canção de Noel sobre um frustrado amor nascido numa festa de São João, ou o clássico de Adoniran “Trem das Onze”, aquele que parte rumo a Jaçanã.

            Ao homenagearmos Noel Rosa e Adoniran Barbosa, lembremos também de Francisco Alves, Vadico, Ismael Silva, Cartola, o Bando dos Tangarás, Aracy de Almeida, Marília Batista, Custódio Mesquita, Orestes Barbosa, Pixinguinha - extraordinário -, Ary Barroso, Lamartine Babo - será que há algum crítico para discutir “Nega do Cabelo Duro” por aí? Não há, não é verdade? Era a sua época e o seu tempo - Mário Reis, Carmem Miranda, Almirante, Nonô, Luis Barbosa, Di Cavalcanti, Heitor Villa-Lobos, Olegário Mariano, Zé Pretinho, Kid Poppe, Madame Satã, Germano Augusto, Vila Isabel, a Lapa, o Mangue, o Estácio, a Penha, Mangueira, o Bixiga, o Braz, Chico Buarque, Paulinho da Viola, Niemeyer, Martinho da Vila, Toquinho, Paulo Vanzolini, Leci Brandão, Mário Lago e tantos outros que cantam, cantaram e encantam o Brasil.

            Srªs e Srs. Senadores, vida longa aos poetas e aos artistas deste nosso Brasil, gente do povo, do meio do povo, da raça que Darcy Ribeiro chamou de “povo brasileiro”, que cantam a vida e falam a língua de nosso povo! Viva Noel! Viva Adoniran!

            Era o que eu tinha a dizer.

            Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/12/2010 - Página 59073