Discurso durante a 38ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem ao ex-Vice-Presidente da República, José Alencar.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem ao ex-Vice-Presidente da República, José Alencar.
Publicação
Publicação no DSF de 30/03/2011 - Página 8766
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, JOSE ALENCAR, EX VICE PRESIDENTE DA REPUBLICA, ELOGIO, VIDA PUBLICA, DIGNIDADE, LUTA, COMBATE, CANCER.
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, CHEFE DE GABINETE, JOSE ALENCAR, EX VICE PRESIDENTE DA REPUBLICA.

                          SENADO FEDERAL SF -

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            O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Wilson Santiago, na verdade, eu já usei da palavra na abertura da sessão de hoje à tarde, às 14 horas. Eu falei de Mário Covas e também do nosso querido Vice-Presidente José Alencar.

            Presidente Sarney, que está saindo neste momento, eu quero destacar que falei, da tribuna, sobre o livro A Pátria somos todos, cuja apresentação foi feita pelo meu querido amigo, agora falecido, Zé Alencar. Ele fez uma abertura de três páginas e comenta que o livro é uma homenagem a todos aqueles que construíram o Rio Grande e, consequentemente, este País. Quando faz uma homenagem a toda formação do povo gaúcho, ele comenta também, claro, o nosso trabalho aqui, no Congresso Nacional.

            Mas eu não quero falar do livro. Eu quero, neste momento, Sr. Presidente, dizer que tive a alegria de conviver, por inúmeros momentos, com o nosso querido Vice-Presidente da República, que faleceu no dia de hoje.

            Houve um episódio que eu vou registrar aqui e eu tenho certeza de que os dirigentes da Fiergs, no Rio Grande do Sul, haverão de buscar essa fita gravada quando José Alencar termina uma palestra para todo o PIB gaúcho. No último minuto, ele mete a mão no bolso, tira um papelzinho como este, todo amassado, e declama um dos clássicos do Cartola, falando do nosso povo, das favelas, do samba, da caminhada, da construção e do nosso compromisso com a história da construção de um mundo melhor para todos.

            Esse é o José Alencar que eu conheci e que aprendi, a cada dia, a respeitar. Vou aqui me dar o direito de não só citar os seus familiares que eu conheci, a Srª Mariza Gomes da Silva, o Josué Gomes da Silva, a Maria Graça Gomes da Silva, a Patrícia Gomes da Silva, mas vou aqui falar, numa homenagem muito singela, do seu maior escudeiro além da sua família. Quero falar de seu chefe de gabinete, Antonio Adriano da Silva.

            O Antonio acompanhou o nosso querido ex-Senador e ex-Vice-Presidente da República por décadas, eu diria. O Adriano, como era conhecido como chefe de gabinete, estava sempre à disposição dos Senadores, Deputados, daqueles que queriam dialogar com o nosso Vice-Presidente, que atendia a todos, mesmo quando estava no exercício da Presidência da República.

            Eu termino, Sr. Presidente, só lembrando que tenho muito orgulho e que vou guardar este livro com muito carinho, com as palavras, aqui, desse homem que, sem sombra de dúvida, é uma referência para todos nós, uma referência como político, uma referência como homem, uma referência como pai de família e a referência como um guerreiro, um lutador, que enfrentou tudo aquilo que alguém pode imaginar contra o câncer.

            Ele peleou, peleou. Ele sabia que um dia teria que fazer a viagem, e fez a viagem interna no dia de hoje, mas a peleia dele foi bonita, e o Brasil só tem que dizer: “Palmas, palmas a você, meu querido amigo, José Alencar”. (Palmas.)

            Obrigado, Sr. Presidente.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 30/03/2011 - Página 8766