O SR. VITAL DO RÊGO (Bloco/PMDB - PB. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero fazer dois registros, um com muita satisfação. O Senador Paulo Paim falou agora há pouco sobre a importância do livro e do livro infantil neste dia ou neste mês que celebramos o Dia do Livro.

            Hoje, faço referência ao mais antigo e tradicional ensino público da Paraíba, a escola pública Liceu Paraibano, que está completando 175 anos de existência. São 2.400 alunos, 66 professores e 75 funcionários, que fazem hoje, do Liceu, o maior e mais antigo educandário do Estado, fundado em 24 de março de 1836.

            É com muita alegria que nós falamos dessa escola que dispõe de uma rede de informática, laboratório, recentemente inseriu na sua grade curricular Filosofia, Sociologia.

            O Liceu, segundo o seu diretor, Professor Abraão Carvalho, tem alunos de diversas classes sociais. Porém, dos 2.400 alunos, a maioria é de filhos de pessoas de baixa renda familiar.

            A Escola Estadual de Ensino Médio Liceu Paraibano funciona desde 1937 em sede própria, construída pelo então governador Argemiro Figueiredo, ex-aluno, inclusive, do Liceu Paraibano, dos mais brilhantes homens públicos da Paraíba, Senador de Itararé, Senador da República. Durante 100 anos, no período de 1836 a 1936, a escola funcionou no prédio da atual Faculdade de Direito.

            Entre as muitas personalidades que passaram pelo Liceu, temos, por exemplo, o economista Celso Furtado, Elba Ramalho, Augusto dos Anjos, Tarcísio Burity, José Américo de Almeida, Ruy Carneiro, Antonio Mariz, João Pessoa, Lauro Xavier, Flávio Tavares, Ascendino Leite, Humberto Lucena, Biu Ramos, Argemiro de Figueiredo, Martinho Moreira Franco, entre tantos homens que hoje e ontem encantaram a vida social e política do meu Estado.

            Por isso, é com muita satisfação e com muita honra, Sr. Presidente, que, no período de comunicação inadiável, eu registro os 175 anos do Liceu Paraibano.

            Mas também faço outro registro, e terei de ser rápido, porém incisivo, no apoio e solidariedade aos médicos do meu Estado. Eles estão completando hoje 14 dias de paralisação. O movimento da greve dos médicos em João Pessoa vive o seu ponto mais delicado.

            Leio uma nota oficial, emitida no dia 15 de abril, pelo comando de greve, na pessoa do médico Tarcisio Campos, presidente do sindicado, dizendo que não houve avanço nas negociações e colocando uma série de reivindicações que ainda estão postergadas, não obstante o esforço que o Ministério Público vem fazendo junto ao Governo do Estado e à Secretaria Municipal de Saúde: o direito de receber as férias e a licença prêmio com remuneração integral, enfim, uma série de reivindicações que são próprias da categoria.

            Nós que somos médicos entendemos que são extremamente justas. Os médicos estão obedecendo a uma decisão da Drª Juíza Maria Guedes, colocando 50% do efetivo para atender urgências e emergências. Mas, efetivamente, estamos vivendo um caos no sistema de saúde pública e de seguridade social no Estado da Paraíba, com greves em todos os setores, em todos os Estados.

            Em nenhuma macrorregião do Estado, em nenhum pólo de saúde da Paraíba, não há absolutamente nenhum tipo de providência sendo tomada por parte do Governador do Estado.

            Fica o apelo e a solidariedade aos médicos da Paraíba que estão em paralisação.

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