O SR. ATAÍDES OLIVEIRA (Bloco/PSDB - TO. Pronuncia o seguinte discurso. Com revisão do orador.) - Exmº Sr. Senador Wilson Santiago, primeiro signatário da presente sessão; Exmº Sr. Senador Paulo Paim; nosso Secretário de Educação Profissional e Tecnologia do Ministério da Educação, Sr. Eliezer Moreira Pacheco; Presidente da Federação Nacional das Profissões Liberais, Sr. Francisco Antonio Feijó; Presidente da Federação Nacional dos Técnicos Industriais, Sr. Wilson Wanderlei Vieira; Presidente da Organização Internacional de Técnicos, Sr. Ricardo Nerbas; Presidente da Rede de Cursinhos Populares Educafro, Frei Franciscano David Raimundo dos Santos; Diretor-Geral do Senai e Diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria, Sr. Raphael Lucchesi; demais autoridades; Presidente do Conselho Nacional das Associações de Técnicos Industriais, Sr. Ricardo Nascimento; Presidente do Sindicato dos Técnicos Industriais de Pernambuco, Sr. Jessé Barbosa Lira; Presidente da Associação de Técnicos das Empresas Energéticas do Estado de São Paulo, Sr. Rubens dos Santos; Presidente do Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio do Estado do Rio de Janeiro, Sr. Jorge Gomes; Diretor-Presidente do Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio do Estado do Rio Grande do Sul, Sr. Paulo Ricardo de Oliveira; Vice-Presidente do Sindicato dos Técnicos de Mato Grosso, Sr. Luzimar Pereira da Silva.

            Senhoras e senhores membros de conselhos técnicos profissionalizantes; senhoras e senhores professores do ensino técnico profissionalizante; alunos do ensino técnico profissionalizante do SENAI e outras entidades.

            Senhoras e senhores, estou aqui nesta tribuna, meu Presidente, apesar de não preparar um discurso, para, como empresário que também sou, registrar alguns comentários sobre o curso técnico profissionalizante no Brasil.

            Eu vejo no painel do Plenário que estamos hoje comemorando 102 anos dessa magnífica iniciativa, o curso técnico profissionalizante. Eu percebo que muito foi feito neste País. Não podemos negar, hora nenhuma, que muitos avanços fizemos.

            O Sistema S, por exemplo, formado pelo Senac, pelo Senai, Sebrae e tantos outros, tem sido de fundamental importância para a nossa economia, para a nossa formação, para a capacitação da nossa mão de obra.

            Devo registrar também a criação do Pronatec. Não tenho dúvidas de que esse programa, bem administrado, nos trará extraordinários resultados. Não tenho dúvidas disso.

            Mas também percebo, meu Presidente, que nós ainda estamos muito aquém do que deveríamos estar hoje em dia. De fato, existe uma cadeia imensa de procura por empregos. Por outro lado, há falta da mão de obra qualificada no nosso País, especialmente para o primeiro emprego.

            Então, nós temos muito a caminhar no sentido da melhor capacitação de nossa mão de obra. Muito, de fato. E os senhores aqui presentes, nós, parlamentares, Governo, evidentemente somos responsáveis.

            No nosso Estado do Tocantins, por exemplo. O mais novo Estado da Federação. Há jovens muito motivados para o seu primeiro emprego, mas infelizmente estão despreparados, desprovidos de capacidade, até mesmo para aquela mão de obra mais simples como por exemplo, servente de pedreiro. Isso é lamentável.

            Sr. Presidente, temos que investir. Os governos tem de investir. Todos nós, cidadãos brasileiros, principalmente os nossos dirigentes têm de se articular para investir na mão de obra, na força de trabalho do país.

            Volto ao Sistema “S”. O sistema tem uma arrecadação extraordinária. Faço questão de mencionar isso, meu Presidente. O Sistema “S”, que elogiei há poucos minutos dizendo que tem tido uma participação extraordinária. Por outro lado, pelo movimento financeiro, pela arrecadação financeira que esse Sistema “S” tem, ele poderia fazer muito mais do que tem feito. Não tenho dúvida disso, salvo melhor juízo dos nossos companheiros aqui presentes.

            Sobre o Estado do Tocantins, volto a repetir, é muito carente. Temos que olhar o nosso Tocantins com mais atenção, bem como para os estados do Norte do País, porque esses cursos profissionalizantes que são oferecidos nas regiões Sul e Sudeste, não são oferecidas no Norte do País.

            Acabei de ouvir aqui da nossa queridíssima Senadora Vanessa Grazziotin, colocações sobre o Estado dela, o Amazonas. Lá, tem-se uma vantagem imensa porque tem um polo industrial de grande porte, talvez criado pelos incentivos federais. Mas no Tocantins, infelizmente, não temos nem a abundância dos bons cursos profissionalizantes nem os incentivos para as grandes iniciativas que alavancam o progresso de um estado.

            Meus Senadores e Senadoras, meu Presidente, estive uma só vez na Europa. É interessante que a Europa valoriza muito mais o curso profissionalizante do que o curso superior. Por conta disto, o desemprego naqueles países é menor em relação ao nosso. Isso mostra que eles estão corretos. Precisamos profissionalizar principalmente o nosso adolescente. O nosso jovem precisa de oportunidade, e essa oportunidade só pode ocorrer se realmente oferecermos, nesse início, a capacitação a este jovem.

            Era só isso que eu queria colocar, meu Presidente.

            A todos vocês, muito obrigado! (Palmas.)

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