A SRª MARTA SUPLICY (Bloco/PT - SP. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão da oradora.) - Venho a esta tribuna para comentar os resultados muito significativos da política econômica do Governo Dilma. Estamos conseguindo um ideal de equilíbrio na política econômica no momento em que não abrimos mão da geração de empregos, do crescimento econômico e também de combater o mal terrível que é a inflação.

            O resultado do PIB divulgado na sexta-feira passada mostra que a economia brasileira cresceu 1.3%, no primeiro trimestre, contra o último trimestre do ano passado. Isso não é nada pouco, é bastante. Significa que, neste início de ano, alcançamos um crescimento inicial de 2.6%, ou seja, para alcançarmos os 4.5% previstos para 2011, precisamos agora crescer somente 1.9% nos nove meses restantes. Quer dizer, 1.9% é óbvio que vamos conseguir, se já conseguimos no inicial 2.6%.

            Mas o que deve chamar mais a atenção no crescimento do PIB é como ele ocorreu. Crescemos com um ritmo maior de investimento e menor de consumo. O investimento acelerou no trimestre, com 1.2%, ao passo que o consumo só 0.6%. Ou seja, estamos com um ciclo virtuoso de crescimento em que nós ampliamos a capacidade produtiva, sem gerar pressão inflacionária. É essa combinação que possibilita nosso desenvolvimento inclusivo, com emprego e renda melhor distribuída.

            Mesmo os dados anunciados da produção industrial de abril, que recuaram 2,1% em março, não vão comprometer esse quadro, porque a produção de bens de consumo também caiu. Mas se trata de setores, como veículos automotores e eletrônicos, que foram muito consumidos na época, Essa foi a política usada para que nós continuássemos a crescer. Então, estava sendo o esperado.

            Como disse antes, uma eventual desaceleração de atividade não vai comprometer esse bom resultado e, principalmente, não vai trazer conseqüências negativas para a vida das pessoas.

            O mercado de trabalho - e isso é extremamente importante - ilustra isso. A taxa de desemprego recuou 6,4% da força de trabalho brasileiro em abril. É uma mínima recorde para esse mês na série histórica. Então, sabemos que já foram criados 800 mil empregos, só nos primeiros quatro meses do ano.

            Vamos, então, ao setor público. Quero registrar o excelente desempenho apresentado pela União ao final dos primeiros quatro meses de 2011. Foram economizados R$ 41,5 bilhões, superando em muito a meta do superávit primário, de R$ 22,9 bilhões, previsto para esse período. Com isso, o Governo consolida uma trajetória virtuosa também para as contas públicas.

            Esse excelente resultado fiscal vem do melhor aumento das receitas tributárias e previdenciárias em relação às despesas.

            No que se refere às despesas, elas cresceram 19,8 bilhões. E vale destacar que, desse incremento, 2,1 bilhões foram para o desembolso do PAC, e 7,9 bilhões ao aumento dos gastos da Previdência Social, resultante da maior inclusão de pessoas no sistema e de reajuste no valor dos benefícios.

            No curto prazo, entretanto, nossos olhos têm de se voltar para a inflação. E as notícias são muito animadoras. Os dados do IPCA e do IGP-DI de maio, divulgados esta semana, comprovam como o Governo estava certo no seu diagnóstico de inflação e nas medidas adotadas para controlá-la.

            O IPCA fechou maio em forte desaceleração. O recuo do preço do etanol em 11,3% e o fim da alta da gasolina, tudo isso marcou o controle que estamos tendo da inflação brasileira.

            O Governo não está inativo, está trabalhando. As medidas tomadas foram exitosas.

            Vou pedir para que seja transcrito o restante do meu discurso na área econômica para os anais.

            Muito obrigada, Sr. Presidente.

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SEGUE, NA ÍNTEGRA, PRONCUNCIAMENTO DA SRª SENADORA MARTA SUPLICY

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            A SRª MARTA SUPLICY (Bloco/PT - SP. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores,

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