Discurso durante a 117ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro da realização, ontem, de mobilização de trabalhadores capixabas em defesa de um novo modelo de desenvolvimento para o Estado do Espírito Santo. (como Líder)

Autor
Ana Rita (PT - Partido dos Trabalhadores/ES)
Nome completo: Ana Rita Esgario
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
MANIFESTAÇÃO COLETIVA.:
  • Registro da realização, ontem, de mobilização de trabalhadores capixabas em defesa de um novo modelo de desenvolvimento para o Estado do Espírito Santo. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 08/07/2011 - Página 28154
Assunto
Outros > MANIFESTAÇÃO COLETIVA.
Indexação
  • REGISTRO, MANIFESTAÇÃO COLETIVA, TRABALHADOR, DEFESA, MODELO, DESENVOLVIMENTO NACIONAL, COMENTARIO, REIVINDICAÇÃO, CENTRAL UNICA DOS TRABALHADORES (CUT), ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), ESPECIFICAÇÃO, MELHORIA, PISO SALARIAL, AMBITO ESTADUAL, PRESERVAÇÃO, MEIO AMBIENTE, CONSOLIDAÇÃO, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), EXTINÇÃO, FATOR, NATUREZA PREVIDENCIARIA, AUMENTO, PERCENTAGEM, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), DESTINAÇÃO, EDUCAÇÃO.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            A SRª ANA RITA (Bloco/PT - ES. Pela Liderança do PT. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, participantes aqui do plenário, primeiramente, quero agradecer ao Senador Humberto Costa, que me concedeu este tempo para que eu pudesse também manifestar-me na tarde de hoje, e, ao mesmo tempo, parabenizá-lo, porque hoje é o seu aniversário. Quero desejar muita saúde e força a ele, que é o nosso Líder. Precisamos dele muito bem. Então, quero desejar muita saúde, muita força e muita paz a ele e toda a sua família.

            Na verdade, quero aqui, nesta tarde de hoje, saudar as trabalhadoras e os trabalhadores de todo o País, em especial as trabalhadoras e os trabalhadores capixabas, que ontem, 6 de julho, encontravam-se mobilizados em todo o Brasil e também no meu Estado, para defender um novo modelo de desenvolvimento em que todos conquistem ganhos reais com o crescimento brasileiro. A luta da classe trabalhadora é justa e, com certeza, tem o meu apoio.

            Somam-se à luta da Central Única dos Trabalhadores parceiros combativos, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o Movimento dos Pequenos Agricultores, a Marcha Mundial de Mulheres e a Central de Movimentos Populares.

            Quero dizer que esse é mais um momento histórico que fortalece a unidade de ação e a luta por direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores de nosso País.

            Aproveito também a ocasião para destacar que a CUT do Espírito Santo lançou ontem, pela manhã, dentro do Dia de Mobilizações em meu Estado, a campanha pelo Piso Salarial Estadual superior ao valor do salário mínimo nacional.

            No Espírito Santo, a Central caminha com quatro eixos de luta: o Piso Salarial Estadual, a defesa do meio ambiente, o fortalecimento do Pronaf estadual e a busca de alternativas para a mobilidade urbana.

            A CUT estadual entende que o Espírito Santo tem condições de ter um piso salarial estadual diferenciado. A CUT já apresentou a proposta ao Governo do Estado, que prometeu encaminhar estudos sobre o assunto.

            Entre as principais reivindicações da classe trabalhadora brasileira, também estão: aumentos reais de salário neste segundo semestre; menos impostos para quem vive apenas do salário ou da aposentadoria; garantia de todos os direitos trabalhistas para quem é terceirizado; fim do fator previdenciário, que corroi as aposentadorias e pensões da Previdência Social; melhores aumentos para todas as aposentadorias; trabalho decente para todos e todas; financiamento público de campanha; reforma agrária e apoio aos pequenos produtores agrícolas; redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário; fim da violência na área rural e nas florestas; fim do imposto sindical e liberdade para os trabalhadores decidirem como e quando financiar seu sindicato.

            E, por fim, que seja garantida a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto em educação pública.

            A CUT e os movimentos sociais querem que o Governo Federal mude o projeto do novo Plano Nacional de Educação, o PNE. O projeto tramita, atualmente, na Câmara Federal e prevê investimento de 7% do PIB a partir de agora. Os 10%, como querem os trabalhadores e as trabalhadoras, só seriam investidos depois de 2020.

            Como integrante da Comissão de Educação e Cultura do Senado, adianto que vou esforçar-me - e já estou me esforçando ao máximo - para que consigamos atingir um percentual mais elevado do que o previsto na proposta em tramitação no Congresso.

            As trabalhadoras e os trabalhadores lutam para que o percentual de aplicação do PIB na educação pública seja aumentado para 10%, para que ocorra melhoria nas escolas, investimento maior na formação de professores, melhores salários e melhoria, é claro, na qualidade do ensino público em nosso País.

            Aproveito para informar que, na tarde do dia de ontem, representantes de várias entidades ligadas à educação e à CUT conversaram com os Parlamentares federais do Partido dos Trabalhadores sobre essa pauta.

            Lembro que a luta por uma educação pública de qualidade não é apenas dos trabalhadores e das trabalhadoras, mas também de mães, de pais e de uma grande parcela da população brasileira que entende que a ampliação do investimento é a única forma de elevarmos a qualidade do ensino oferecido...

(Interrupção do som.)

            A SRª ANA RITA (Bloco/PT - ES. Fora do microfone.) - Mais um minuto, Sr. Presidente! Já estou quase concluindo: é a única forma de elevarmos a qualidade do ensino oferecido para as nossas crianças, jovens e adultos.

            Quero aqui, então, parabenizar a CUT Nacional e a CUT do Espírito Santo pelas mobilizações de ontem e por organizar a classe trabalhadora. Parabéns à CUT pela luta em defesa da educação pública de qualidade!

            Desejo sucesso nas mobilizações e reforço o meu integral apoio à classe trabalhadora.

            Era o que eu tinha para dizer no momento, Sr. Presidente.

            Muito obrigada.

            Um abraço a todos!


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/07/2011 - Página 28154