Pronunciamento de Humberto Costa em 23/08/2011
Discurso durante a 143ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Relato da cerimônia de adesão dos governos dos estados do Sudeste ao Programa Brasil Sem Miséria. (como Líder)
- Autor
- Humberto Costa (PT - Partido dos Trabalhadores/PE)
- Nome completo: Humberto Sérgio Costa Lima
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
POLITICA SOCIAL.:
- Relato da cerimônia de adesão dos governos dos estados do Sudeste ao Programa Brasil Sem Miséria. (como Líder)
- Publicação
- Publicação no DSF de 24/08/2011 - Página 34110
- Assunto
- Outros > POLITICA SOCIAL.
- Indexação
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- REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, GOVERNADOR, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), ESTADO DE SÃO PAULO (SP), SOLENIDADE, LANÇAMENTO, PROGRAMA DE GOVERNO, ERRADICAÇÃO, POBREZA, REGIÃO SUDESTE, ELOGIO, CONDUTA, OPOSIÇÃO, IMPORTANCIA, COMBATE, DESIGUALDADE SOCIAL.
O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco/PT - PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, na última quinta-feira, a Presidenta Dilma Rousseff e a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, ao lado dos Governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, de Minas Gerais, Antonio Anastasia, do Espírito Santo, Renato Casagrande, e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foram protagonistas do mais simbólico dos acordos que o Programa Brasil Sem Miséria vem promovendo com Estados e prefeituras desde que foi lançado, em junho passado. Dos quatro governadores presentes à cerimônia ocorrida no Palácio dos Bandeirantes, Geraldo Alckmin e Antonio Anastasia ocupam, hoje, o posto das principais lideranças nacionais do PSDB. Ambos governam dois dos Estados de maior Produto Interno Bruto.
Também é importante ressaltar que a sede do governo paulista não recepcionava um Presidente da República desde 2007, quando o então Presidente Lula foi convidado para participar da recepção oferecida ao Papa Bento XVI, que visitava o Brasil pela primeira vez. Desta vez, as diferenças políticas foram superadas, e ambos os Governadores do PSDB uniram-se ao processo que vai cumprir um dos mais importantes compromissos assumidos pela Presidente Dilma Rousseff durante sua campanha eleitoral: acabar com a pobreza extrema no Brasil.
A cerimônia foi a mais concorrida deste ano entre todas as que foram promovidas por São Paulo em sua sede de governo. A ela acorreram não só as lideranças políticas de todos os Estados do Sudeste, mas também o ex-Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, convidado pelo Governador Alckmin para também recepcionar a Presidenta da República naquilo que o próprio Governador definiu como marco da nova convivência, que pretende estabelecer com o Governo Federal. Esse novo marco foi fixado com clareza por Geraldo Alckmin, ao dizer: “Este é um momento em que a política cumpre o seu papel de abrir portas e zelar pelos cidadãos. É um marco para a cidadania da população brasileira”.
A correção de rota definida pelo Governador fundamenta-se na civilidade das relações políticas e pessoais que os governantes devem cultivar. Também se apoia na colaboração efetiva que o Governo Federal tem aportado em tecnologias para que o Estado mais próspero do País enfrente, de forma inédita, vários dos seus graves problemas sociais. Todos os programas sociais paulistas que foram lançados nos últimos anos, desde a última quinta-feira, passaram a integrar a nova estratégia de combate à miséria nas grandes cidades do Sudeste, definida pelo Governo Federal.
Os problemas a serem enfrentados na parceria inédita entre Governos e a União têm a mesma magnitude dos números que espelham a pujança da região mais rica do Brasil. Mais do que isso, diferem dos problemas sociais das demais regiões do País. Um exemplo é a alta concentração nas cidades da população que vive em extrema pobreza. Dos 2,7 milhões de cidadãos que vivem na região com renda mensal inferior a R$70, 79% concentram-se nas grandes cidades. Para esses brasileiros desassistidos, os governos estaduais e a União promoverão, em conjunto, ações de localização e cadastramento da população que ainda não recebe benefícios sociais, aquisição de alimentos produzidos pela agricultura familiar e complementação financeira do Bolsa Família. No caso de São Paulo, essa complementação foi garantida pelo acordo que prevê, até 2014, a inclusão de 300 mil novas famílias no principal programa de transferência de renda do Governo Federal. Essa união de esforços merece o apoio de todas as lideranças nacionais e, em particular, de todos os políticos do País.
O valor simbólico desta soma de esforços entre Governo ...
(Interrupção do som.)
O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco/PT - PE) - Vou concluir, Sr. Presidente.
O valor simbólico desta soma de esforços entre Governo e Oposição deve ser reverenciado pelo Senado como exemplo de convívio republicano e civilidade política, nos quais - acima das nossas filiações partidárias - deve predominar o valor dos propósitos.
É esse novo comportamento que devemos buscar aqui, nesta Casa, para pôr fim aos prejuízos sociais, morais e políticos produzidos pela prática do oposicionismo pelo oposicionismo; pela manutenção, a qualquer preço, da beligerância que aniquila toda boa intenção.
Muito obrigado, Sr. Presidente.