O SR. VALDIR RAUPP (Bloco/PMDB - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Paulo Paim, do nosso querido Rio Grande do Sul, que tem abrigado lá muitos parentes e milhares de amigos, Srªs e Srs. Senadores, ouvi alguns Senadores fazerem relatos, aqui da tribuna, sobre a reunião do Conselho Político com a Presidente Dilma, com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, a Ministra-Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, Ideli, da Coordenação Política, Miriam Belchior, do Planejamento, Gilberto Carvalho, da Articulação, e líderes de todos os partidos da base no Senado e na Câmara, presidentes de partidos, e lá eu estava como Presidente do PMDB nacional. E ficamos tranquilos, já pela segunda vez, em reuniões do Conselho, de que o Brasil vai resistir bravamente, firme, como resistiu na crise de 2008/2009, às turbulências internacionais.

            E mais uma vez o mundo vivencia uma crise. O mundo vai comprar menos, o mundo vai importar menos, mas o Brasil vai estar preparado com reservas da ordem de mais de US$350 bilhões, com previsões de aumento dessas reservas, de crescimento do PIB aí na faixa dos quatro pontos percentuais, geração de emprego quase plena. Enfim, o Brasil vai continuar crescendo, apesar da crise, de o cenário internacional não ser muito favorável. O Brasil vai continuar crescendo, vai continuar gerando emprego, distribuindo renda - crescimento com distribuição de renda, esse é o melhor caminho -, promovendo melhoria na educação, esperamos que não faltem recursos para melhorar a saúde, a segurança pública, temas tão debatidos na sociedade brasileira e que precisamos melhorar.

            Acho que esses pontos o PMDB tem discutindo com certa frequência algumas bandeiras de luta; lutas como as que tivemos no passado, como a redemocratização do País, as Diretas Já e tantas outras travadas pelo PMDB e por outros partidos, é claro, e que agora o PMDB novamente estará travando em todo o Brasil, discutindo em todo o País. Eu já visitei 20 Estados brasileiros, devo visitar todos até o final deste ano. Eu queria até o final de setembro, mas não sei se será possível. Mas até o final do ano, com certeza, eu estarei passando pelas 27 unidades da Federação brasileira, sempre defendendo essas bandeiras: saúde, segurança pública, educação e, é claro, a geração de emprego não pode ficar fora e a distribuição de renda também não.

            Então, parabenizo a Presidente Dilma e todos os seus Ministros, em especial os da área econômica, por estarem atentos, trabalhando diuturnamente para que o Brasil, mais uma vez, possa resistir a essa crise internacional e saia lá na frente com o crescimento da sua economia.

            Mas, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero falar aqui sobre um tema: juventude.

            Recebi, com bastante alegria, a notícia de que o Rio de Janeiro foi escolhido como a cidade que acolherá a próxima Jornada Mundial da Juventude, a se realizar daqui a dois anos, mais precisamente em 2013.

            O anúncio foi feito pelo próprio Papa Bento XVI, no domingo, 21 de agosto, na oportunidade em que Sua Santidade encerrava a 26ª Jornada, que aconteceu na capital espanhola, em Madri.

            Talvez escape aos não católicos, Sr. Presidente, a importância dessa escolha para nós católicos, e eu diria até para nós brasileiros, independentemente do credo professado por cada um.

             Em primeiro lugar, as jornadas mundiais da juventude estão entre os principais eventos promovidos pela Igreja católica no mundo. Elas foram idealizadas pelo querido Papa João Paulo II em 1985, e a primeira jornada já ocorreu no ano seguinte, em Roma.

            Cada jornada envolve a participação de milhões de fieis, e, como não poderia deixar de ser, a presença de jovens católicos é maciça, pois as atividades de cada jornada são voltadas, primordialmente, para o fortalecimento da fé católica entre os jovens e para a construção de pontes de amizade entre os povos e as culturas que participam do evento.

            O segundo ponto que eu gostaria de ressaltar é o fato de que a escolha do Brasil para sediar a próxima jornada é sinal inequívoco da confiança da Igreja em nossa capacidade de sediar um evento dessa magnitude.

            Não tenho a menor dúvida de que a escolha do Rio de Janeiro como sede da 27ª Jornada Mundial da Juventude foi influenciada positivamente por nossa condição de anfitriões da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

            Uma das manifestações mais evidentes do novo espaço ocupado pelo Brasil no cenário internacional é a realização de eventos dessa grandeza, que demandam uma capacidade infraestrutural capaz de corresponder às expectativas e atender às necessidades das centenas de milhares de pessoas que visitarão o País nessas ocasiões. É orgulho para nós brasileiros e principalmente para o Rio de Janeiro.

            Eu quero parabenizar o Governador do meu partido, Sergio Cabral, que já foi Presidente da Assembleia Legislativa, como Deputado estadual, já foi Senador da República, quando tive oportunidade de conviver com ele aqui no primeiro mandato, e depois foi eleito Governador do Rio de Janeiro. Eu falava para o Sergio Cabral, quando ele já estava eleito governador, mas ainda não havia assumido, no final do mandato aqui no Senado, que se ele resolvesse o problema de segurança pública no Rio de Janeiro ele estaria credenciado para disputar a Presidência da República e ser presidente do País. Isso está acontecendo. Com determinação, o Governador Sergio Cabral está conseguindo resolver o problema de segurança pública. Que ninguém tenha dúvida: se ele não tivesse melhorado este cenário da segurança pública no Rio de Janeiro, certamente o Brasil não estaria apto a sediar no Rio de Janeiro a Copa do Mundo em 2014, as Olimpíadas em 2016 e tantos eventos de massa que o Rio de Janeiro tem sediado, e agora esta jornada da juventude.

            O terceiro ponto que eu quero destacar é, justamente, a magnitude que deve alcançar a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro.

            A Jornada de Madri, por exemplo, reuniu mais de dois milhões de pessoas de 193 países. Se considerarmos que o Brasil é o maior País católico do mundo, com mais de 145 milhões de fiéis, e que será a primeira vez que uma Jornada Mundial da Juventude se realizará no Brasil, podemos antecipar com tranquilidade que a Jornada do Rio deve superar os números registrados em Madri.

            Por falar no Rio de Janeiro, no Governador Sérgio Cabral, eu queria também enaltecer e parabenizar o Prefeito do Rio de Janeiro, companheiro também do PMDB, Eduardo Paes, que vem fazendo um trabalho magnífico. Com essa parceria do Prefeito Eduardo Paes, do Rio de Janeiro, do Governador Sérgio Cabral, como Governador do Rio de Janeiro, com o Presidente Lula, no governo passado, e agora no Governo da Presidente Dilma, é que está sendo possível... Por isso, sempre advoguei a tese da parceria, do trabalho em parceria. Ninguém é bom sozinho. Ninguém faz nada sozinho. O trabalho tem que ser feito em parceria. Com essa parceria do Governo Federal, do Governo Estadual do Rio de Janeiro e do Governo Municipal da cidade do Rio de Janeiro, fica possível colher esses frutos na área da segurança pública, na área da humanização das favelas, da pacificação das favelas. Em todas as áreas, o Rio de Janeiro tem despontado como modelo para o restante do País e até para outras cidades mundo afora.

            Que bom seria se essas parcerias pudessem ocorrer em outros Estados brasileiros - e deve ocorrer, mas não em todos, infelizmente -, em outras cidades brasileiras! Seria muito melhor para todos os brasileiros!

            Vale destacar que a 27ª Jornada deve contar com a presença de Sua Santidade, o Papa Bento XVI, naquela que será sua segunda visita ao Brasil, o que, certamente, atrairá ainda mais pessoas a um evento que, desde já, será um dos principais a se realizar no País, em 2013.

            Em nome do PMDB, anuncio que a juventude do nosso Partido será devidamente representada na Jornada, com a presença de jovens peemedebistas de todo o País. Acreditamos, no PMDB, que a Jornada Mundial da Juventude oferecerá às futuras lideranças do País, católicas ou não católicas, uma oportunidade ímpar para o exercício da fraternidade, o intercâmbio com outras culturas e o fortalecimento dos melhores valores da humanidade. E essas são qualidades que valorizamos no nosso Partido e não nos podem faltar no futuro.

            Finalmente, registro que neste mês de agosto, depois de vinte anos, a juventude do PMDB voltou a integrar no quadro da executiva da União Nacional dos Estudantes, UNE. Inclusive, por diversas ocasiões, recebi jovens peemedebistas do país todo em meu gabinete para tratar do assunto que, felizmente, resultou nessa integração. Eu estou muito feliz, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, que os jovens do PMDB voltem, depois de vinte anos, a integrar a União Nacional dos Estudantes brasileiros, UNE, que está sempre contando com o nosso apoio, com o apoio da Executiva Nacional do PMDB.

            Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.