O SR. VALDIR RAUPP (Bloco/PMDB - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Cumprimento o Sr. Presidente Senador Cyro Miranda, que preside esta sessão e é autor do requerimento que deu origem a esta sessão de homenagem; o Exmº Sr. Senador Cristovam Buarque, professor que tem desempenhado grande papel na Educação em nosso País, como Ministro que foi, como educador e também aqui no Senado Federal; o Presidente do Conselho Regional de Administração do Estado de Goiás, Sr. João Divino de Brito, Presidente da Associação Goiana de Administração, Sr. Samuel Albernaz, Diretor Superintendente da Faculdade Alfa de Goiânia, Sr. Nelson de Carvalho Filho, cumprimento todas as senhoras administradoras, senhores administradores, senhoras e senhores diretores, professores e estudantes do curso de Administração de todo o Brasil, demais autoridades presentes, senhoras e senhores, Senadores e Senadoras, é com enorme satisfação que venho render minhas homenagens aos administradores do Brasil, pelo transcurso de sua data nacional. Embora deva confessar, Senhor Presidente, que esta manifestação se configura um pouco autorreferenciada e até um pouco interesseira, dada a minha condição de bacharel em administração de empresas e meu filho estar cursando também a Faculdade de Administração.

            O fato é que existem motivos para saudarmos, com grande entusiasmo, os integrantes desta categoria profissional. Afinal, o trabalho que vem desenvolvendo no nosso país é do mais alto valor. Se atentarmos para a história universal, senhoras e senhores, veremos que a profissão é bem antiga. No século XVII, a Companhia Inglesa de Navegação, ou melhor, as companhias, porque eram várias, já tinham em seus quadros administradores profissionais com perfil e forma de atuação semelhante, sob certos aspectos, aos dos administradores atuais.

            Bem mais a frente, já na transição do século XIX para o século XX, Fayol elabora na França a teoria clássica da administração. Enquanto isso, nos Estados Unidos, Taylor lança as bases da administração científica, e nós aprendemos muito sobre as teorias de Taylor e Fayol na faculdade.

            Aqui no Brasil um passo decisivo rumo à profissionalização da atividade foi dada em 1938. Criou-se o Dasp, Departamento Administrativo do Serviço Público. Mais tarde, em 1952, a matéria ganha novo impulso com a criação, pela Fundação Getúlio Vargas, da Escola Brasileira de Administração Pública.

            Seguem-se outros eventos - também importantíssimos -, como a fundação, em 1954, da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, até chegarmos, Senhoras e Senhores Senadores, àquele 9 de setembro de 1965, quando a Lei n° 4.769 vem dispor sobre o exercício da profissão de Técnico de Administração e, ao mesmo tempo, criar o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Técnicos de Administração.

            Desde então, Senhor Presidente, e especialmente nos últimos anos, a profissão vem ganhando uma relevância que se faz cada vez maior. Basta dizer que cerca de 15% das matrículas nas instituições de ensino superior, em nosso País, estão concentradas atualmente nos Cursos de Administração.

            Nos Conselhos Regionais de Administração, temos registradas cerca de 300 mil pessoas físicas e 35 mil pessoas jurídicas, sem contar, é claro, as centenas de milhares de bacharéis em Administração que, embora não cadastrados no sistema CFA/CRAs, atuam no mercado de trabalho.

            Há também que destacar, Senhoras e Senhores Senadores, que a profissão é cada vez mais valorizada pelos jovens, ou seja, por aquela parcela da sociedade que representa, efetivamente, o futuro do País.

            Algum tempo atrás, por exemplo, pesquisa realizada pelo CFA mostrou que a maioria dos administradores brasileiros, aqueles que administram as nossas empresas, pequenas, médias e grandes empresas, está na faixa etária de até 30 anos e é composta por recém-formados - aí demonstra a valorização que os nossos empresários estão dando aos administradores de empresas. Não é de surpreender, já que as características que se exigem do Administrador são condizentes com o figurino de nossa juventude, cada vez mais atuante, cada vez mais interessada no desenvolvimento de suas potencialidades.

            O profissional da área - todos sabemos - deve aliar o pleno domínio de habilidades técnicas, ou seja, o conhecimento dos princípios, das teorias, dos métodos, instrumentos e ferramentas da Administração, a um domínio igualmente amplo de habilidades relacionais, como a capacidade de lidar com pessoas, comunicar-se com desembaraço, negociar com sabedoria e solucionar conflitos.

            E são esses, exatamente, os atributos que vêm sendo explorados nos cursos de Administração em todo o País, que têm procurado, também, adaptar-se à complexidade do mundo atual, desdobrando-se em especializações que buscam atender a todas as nuances, a todas as exigências e a todos os desafios do mercado.

            Em 1991, isto é, vinte anos atrás, tínhamos, no Brasil, 351 cursos de Administração, dos quais 333 de Administração propriamente dita, 13 de 
Administração Rural e 5 de Administração de Cooperativas.

            Hoje, temos cerca de dois mil cursos, distribuídos em dezenas de áreas. Cursos que cuidam de aspectos tão distintos da Administração como aqueles referentes aos agronegócios, aos serviços de saúde e aos sistemas de informações, já referido aqui pelos Senadores Cristovam Buarque e Cyro Miranda, que tratam de Administração bancária, hotelaria, industrial e mercadológica, que formam especialistas em Administração de eventos e de recursos humanos, que colocam, enfim, a disposição do mercado, uma variada gama de profissionais.

            Por tudo isso, Senhor Presidente, Srªs e Srs. Senadores, senhoras e senhores presentes, senhoras e senhores ouvintes da Rádio Senado, telespectadores da TV Senador, é fácil prever que os profissionais da Administração serão cada vez mais reconhecidos em nossa sociedade; serão cada vez mais bem-vindos em qualquer empresa, seja pública, seja privada, e irão desempenhar um papel cada vez mais decisivo no desenvolvimento de nosso Pais. A eles, portanto, o meu reconhecimento e as minhas congratulações.

            Parabéns a todas as administradoras e a todos os administradores do Brasil.

            Muito obrigado.