Discurso durante a 173ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro da presença de S.Exa. na cerimônia do início do barramento da usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia; e outro assunto. (como Líder)

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ENERGETICA.:
  • Registro da presença de S.Exa. na cerimônia do início do barramento da usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia; e outro assunto. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 29/09/2011 - Página 39432
Assunto
Outros > POLITICA ENERGETICA.
Indexação
  • REGISTRO, PRESENÇA, ESTADO DE RONDONIA (RO), PRESIDENTE, CENTRAIS ELETRICAS BRASILEIRAS S/A (ELETROBRAS), MINISTRO, INTERINO, MINISTERIO DE MINAS E ENERGIA (MME), CERIMONIA, DESVIO, RIO, OBJETIVO, PRODUÇÃO, ENERGIA ELETRICA, REGIÃO.

            O SR. VALDIR RAUPP (Bloco/PMDB - RO. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Walter Pinheiro, Srªs e Srs. Senadores, vou falar pouco porque quero dividir o tempo com o Senador Eunício, que vai falar também, quase por uma questão de ordem. Vamos dividir o tempo da Liderança; não vou gastar nem 10 minutos.

            Queria apenas fazer o registro, Sr. Presidente, de que estive hoje - saímos daqui às 6h - em Rondônia, com o Presidente da Eletrobras, Dr. José da Costa; o Ministro interino das Minas e Energia, Dr. Márcio Zimmermann, representando o Ministro Edison Lobão, que está em missão no exterior, e o Presidente da Eletrosul, da Chesf. Enfim, quase todos os representantes do setor elétrico brasileiro estiveram hoje em Rondônia, em um evento semelhante ao que ocorreu há meses, quando a Presidente Dilma esteve em Rondônia, fazendo o desvio do rio da Usina de Santo Antônio. Hoje foi a vez da Usina de Jirau. Essas duas grandes obras que estão acontecendo em Rondônia vão gerar mais de sete mil megawatts porque Jirau está acrescentando ao projeto mais seis turbinas para gerar 4.050 megawatts de energia e a Santo Antônio está indo pelo mesmo caminho. Então, poderá chegar a oito mil megawatts, quase igual à Usina de Itaipu.

            Estivemos lá hoje fazendo o barramento, o desvio do rio para que, até o final do ano, possa ser iniciada a geração, tanto em Santo Antônio, quanto em Jirau. Foi um evento importante e quero aqui agradecer ao Governo Federal por estar investindo mais de R$30 bilhões no meu Estado, o Estado de Rondônia.

            O PIB do Estado de Rondônia tem crescido exponencialmente nos últimos anos, dados esses investimentos. Somos o 14º do Brasil, passando alguns Estados bem mais antigos que Rondônia, e também com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) aumentando a cada ano.

            Além da Usina de Santo Antônio e Jirau, Srªs e Srs. Senadores, estamos trabalhando agora nos estudos de mais duas usinas no Estado. Uma é a Usina de Tabajara, na Cachoeira 2 de Novembro, no rio Machado, próximo a Machadinho d’Oeste, entre Machadinho d’Oeste e Porto Velho, a nossa capital. É uma usina pequena, mas vai gerar 300 megawatts.

            A primeira usina que saiu em Rondônia foi Samuel, com 220 megawatts. A Usina de Tabajara, no rio Machado, vai gerar 300 megawatts, maior que a primeira usina que sustentou o crescimento de Rondônia durante mais de 20 anos. Então, é uma usina pequena em relação a Santo Antônio e Jirau, mas é uma usina de médio porte.

            Ainda haverá uma quarta usina, que é a Cachoeira Ribeirão, próximo de Guajará-Mirim, também no rio Madeira. Aí seria uma binacional, porque o rio Madeira ali faz a fronteira, a divisa do Brasil com a Bolívia. Essa usina também chegará a entre três mil e quatro mil megawatts de energia. É mais uma grande usina na região Norte, no Estado de Rondônia. Ainda haverá uma quarta usina, que seria a Usina de Cachoeira Esperança - essa, 100% boliviana, mas não acontecerá sem ajuda do Brasil -, que fica a apenas 20km da fronteira do Brasil com a Bolívia, próxima também da cidade de Guajará-Mirim e Nova Mamoré.

            Então, o potencial de energia hídrica no norte do Brasil ainda é grande. Que bom que nós temos a Amazônia, onde chove em abundância todos os anos. Os nossos rios são rios caudalosos, fortes, com cachoeiras importantes para construir essas usinas e sustentar, assim, o crescimento, a economia do nosso País.

            Eu fico muito feliz pelo meu Estado, o Estado de Rondônia, por poder estar contribuindo com o desenvolvimento do nosso País. E os investimentos, depois da construção dessas usinas, vão continuar acontecendo, porque estou trabalhando também para que os nossos eixos de integração, a nossa hidrovia Madeira-Amazonas seja dragada, seja sinalizada. Já existe dinheiro do PAC para essa obra e para a construção de um novo porto também em Porto Velho, com energia farta. Vamos precisar de um porto maior, as indústrias estão chegando em Porto Velho.

            Estou trabalhando para uma Zona de Processamento de Exportação, ZPE, ser instalada em Porto Velho, já aprovada aqui, no Senado, faltando apenas a decisão política do Governo Federal. Estou conversando com a Presidente Dilma, com o Ministro Pimentel, da Indústria e Comércio, está-se mudando o modelo das ZPEs para melhorar o modelo de exportação: em vez de 80% para exportação e 20% para o mercado interno, que possa passar pelo menos para 40% para o mercado interno e 60% para exportação, facilitando assim a instalação das Zonas de Processamento de Exportação, atraindo mais empresas, mais indústrias, mais empreendimentos para o nosso Estado.

            Da mesma forma, as nossas BRs, a BR-425, que está precisando de restauração. Quero cobrar o Ministério dos Transportes, o Dnit nacional, o Dnit de Rondônia, para que acelere essas obras da 425, que acelere a licitação da ponte binacional Guajará-Guayaramerín, que é mais um corredor de exportação, via La Paz, aos portos do Chile, de Arica e de Iquique. A Presidente Dilma já bateu o martelo e autorizou o Ministro dos Transportes e o Dnit a licitar essa obra. É um compromisso do Presidente Lula com o Presidente boliviano e que agora a Presidente Dilma quer cumprir, e determinou a construção da ponte binacional Guajará-Guayaramerín.

            A restauração da BR-364, que está em fase de licitação, precisa sair urgentemente para diminuir o número de acidentes naquela região, na BR-364, assim como a conclusão da BR-429, que foi um projeto da Deputada Marinha Raupp, por meio de emenda, iniciando com muita dificuldade o projeto e as obras, e agora em fase de conclusão para 2012, essa grande obra também.

            Encerro a minha fala dando espaço para o nosso Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Senador Eunício Oliveira, do Estado do Ceará, fazer o seu pronunciamento, agradecendo mais uma vez a presença, no meu Estado, do Ministro Márcio Zimmermann, Ministro interino de Minas e Energia, do Presidente da Eletrobras e de todos os presidentes e diretores das empresas estatais federais do setor elétrico. Um grande abraço!

            Muito obrigado a todos.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/09/2011 - Página 39432