Discurso durante a 77ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Necessidade da adoção de medidas a fim de evitar prejuízos irreparáveis ocasionados pela seca que castiga a Região Nordeste.

Autor
Garibaldi Alves (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RN)
Nome completo: Garibaldi Alves
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
CALAMIDADE PUBLICA.:
  • Necessidade da adoção de medidas a fim de evitar prejuízos irreparáveis ocasionados pela seca que castiga a Região Nordeste.
Publicação
Publicação no DSF de 11/05/2012 - Página 17469
Assunto
Outros > CALAMIDADE PUBLICA.
Indexação
  • COMENTARIO, APREENSÃO, SECA, REGIÃO NORDESTE, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (RN), ESTADO DA BAHIA (BA), MOTIVO, AUMENTO, PREJUIZO, ECONOMIA, NECESSIDADE, AUXILIO, GOVERNO ESTADUAL, GOVERNO FEDERAL, REFERENCIA, CRIAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO, PROVIDENCIA, OBJETIVO, REDUÇÃO, DANOS, RELAÇÃO, AGRICULTURA, POPULAÇÃO, REGIÃO.

            O SR. GARIBALDI ALVES (Bloco/PMDB - RN. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o assunto que trago em meu pronunciamento nesta tarde é algo que me preocupa muito. Não posso deixar de partilhar com esta Casa a minha inquietação em relação à seca que castiga o Estado do Rio Grande do Norte e os demais Estados nordestinos. A sina do povo nordestino, Sr. Presidente, é ter de lutar sempre para sobreviver à seca?

            Caso não haja providências urgentes por parte dos governos estadual e federal, essa situação de seca trará prejuízos irreparáveis para a economia e para o povo em toda a sua extensão. Tenho conhecimento de que o governo estadual já tem plano de emergência. É imprescindível, porém, o apoio decisivo do Governo Federal.

            Não podemos permitir nem ficar aguardando que o pior aconteça. Temos que agir, pois não choveu nos quatro primeiros meses do ano e, segundo informações, não há perspectiva de que chova nos próximos meses.

            A seca maltrata o meu Estado, o Rio Grande do Norte, que é o segundo Estado mais atingido. Já são 139 Municípios que estão em situação de emergência, número abaixo somente do Estado da Bahia.

            A região do semiárido não sofre apenas com a falta d'água, sofre também com a escassez de alimentos, principalmente onde já não chove há alguns meses, pois houve perda da produção agrícola e a pecuária também está muito prejudicada com os rebanhos morrendo de fome e sede.

            A situação no semiárido do Rio Grande do Norte é alarmante e é necessário que o Governo Federal participe efetivamente de um esforço conjunto com a sociedade, a fim de aliviar o sofrimento do pequeno produtor rural que é, certamente, o mais prejudicado nessa situação.

            Algumas medidas mais urgentes de cunho político também necessitam ser implementadas. Nesse sentido, eu gostaria de apontar algumas medidas que considero indispensáveis.

            Em primeiro lugar, é necessária a liberação de recursos orçamentários dos seguintes Ministérios: Agricultura, Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, como também o da Integração Nacional, com o intuito de dar mais agilidade nas ações destinadas ao combate aos efeitos da seca nas regiões afetadas.

            Em segundo lugar, dar celeridade à liberação imediata de todas as emendas parlamentares destinadas ao setor rural potiguar.

            Em terceiro lugar, é necessário focar na solução da questão das dívidas rurais, prorrogando os prazos de seus vencimentos neste ano de crise, criando novas linhas de crédito, com a finalidade de não massacrar os mais necessitados neste momento.

            Em quarto lugar, o fortalecimento dos estoques de grãos e rações animais através da Conab.

            E, por último, o apoio em forma de recursos para pesquisas e combate às pragas que atingem o semiárido potiguar.

            Sr. Presidente, espero que tenha conseguido transmitir minha preocupação, que realmente afirmo. E espero que, juntos, consigamos eliminar essa tragédia que, por tantos anos, tem assolado o povo nordestino.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/05/2012 - Página 17469