O SR. ALVARO DIAS (Bloco/PSDB - PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu encaminho à Mesa mais um requerimento, o Senador Aloysio já o fez, de apresentação de voto de pesar pelo falecimento de Ronaldo Cunha Lima.

            Lembro-me de uma sábia frase pronunciada por ele: “A fé é uma fonte que se alimenta do eterno. Nela, os homens se dessedentam e se revigoram, para as travessias das solidões e dos desertos da vida”.

            Em outra monumental passagem de Ronaldo Cunha Lima, que chegou à Academia de Letras da Paraíba como poeta, no chamado Habeas Pinho, ele peticiona um habeas corpus, em forma de poesia. Em determinado trecho, ele escreve:

“Mande soltá-lo pelo Amor da noite,

Que se sente vazia em suas horas,

Para que volte a sentir o terno açoite

De suas cordas leves e sonoras”.

            Eu peço a V. Exª, Sr. Presidente, que autorize a inserção, nos Anais da Casa do inteiro teor desse requerimento.

            Concluo, repetindo frase do filho de Ronaldo, o Cássio Cunha Lima, que, ontem, me dizia: “O poeta não morre.”

            Muito obrigado, Sr. Presidente.