Discurso durante a 150ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Expectativa com o pacote de medidas econômicas lançado ontem pelo Governo Federal.

Autor
Lúcia Vânia (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/GO)
Nome completo: Lúcia Vânia Abrão
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DE DESENVOLVIMENTO.:
  • Expectativa com o pacote de medidas econômicas lançado ontem pelo Governo Federal.
Publicação
Publicação no DSF de 17/08/2012 - Página 42353
Assunto
Outros > POLITICA DE DESENVOLVIMENTO.
Indexação
  • ELOGIO, LANÇAMENTO, PROGRAMA DE GOVERNO, AUTORIA, GOVERNO FEDERAL, OBJETIVO, AMPLIAÇÃO, INVESTIMENTO, INFRAESTRUTURA, DESENVOLVIMENTO, INDUSTRIA, FATO, NECESSIDADE, REDUÇÃO, CUSTO, PRODUÇÃO, PAIS.

            A SRª LÚCIA VÂNIA (Bloco/PSDB - GO. Sem apanhamento taquigráfico. ) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, o Governo acaba de lançar, nessa quarta-feira, um pacote de medidas, desta vez com consistência. Isto é, não é apenas mais um pacote paliativo, como vem ocorrendo com medidas pontuais recentes.

            Certamente a Presidente está percebendo que uma luz amarela está acendendo na economia brasileira nos últimos meses. Há um visível fraco desempenho económico, levando o Governo a tentar reverter o quadro que aí está.

            O que saudamos, todos os que queremos o desenvolvimento do país, é que, desta vez, os projetos indicam, auspiciosamente, mudanças sensíveis na gestão económica do país: o que foi anunciado busca baixar os custos Brasil e abrem caminhos para ampliar o papel da iniciativa privada na economia.

            Há evidências de que há um convencimento de que as estratégias adotadas até agora deixaram de produzir efeitos e urge que novas medidas sejam tomadas.

            Até a pouco ainda se apostava na alta do consumo interno, com expansão de crédito e aumento da renda de parcela da população. É evidente que tais medidas não oferecem mais sustentação a taxas de crescimento capazes de fazer face à crise desencadeada na Europa.

            A Comissão de Infraestrutura, que me honra presidir, sinalizou, em vários momentos de sua atuação, quanto à necessidade premente de serem aumentados os investimentos em infraestrutura, sob pena de a economia começar a sofrer as consequências, como, aliás, vem ocorrendo.

            Saudamos a nova posição do governo, de buscar formas de baratear os custos da produção no país, ampliando as suas estratégias, o que, certamente, permitirá uma retomada do desenvolvimento, pelo menos a médio e a longo prazos.

            Certamente preocupam o Governo, como a todos nós, as seguidas projeções de crescimento que têm sido feitas sobre o PIB do Brasil. O próprio Governo baixou sua expectativa de 4,5% para 3%. Analistas ouvidos pelo Banco Central projetam apenas 1,81%, segundo o Boletim Focus, divulgado nessa segunda-feira.

            Entre as medidas em discussão estão novas desonerações para a indústria, a redução das tarifas de energia, que deverão acompanhar essas medias com relação às rodovias e ferrovias.

            O que elogiamos no plano proposto é a inversão na política económica em curso no Brasil, com seu modelo reestatizante. Chamamos a atenção, entretanto, que a equipe económica precisa dar sinais mais claros aos investidores sobre como pretende que os sonhados investimentos saiam do papel.

            Elogiável, também, é a transformação da Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade S.A. na Empresa de Planejamento e Logística, que cuidará de estudar a logística brasileira, outro ponto sobre o qual vem batendo a Comissão de Infraestrutura desta Casa.

            A empresa deverá construir e estruturar projetos, além de ampliar a base de possibilidades para que o governo atue na atração da iniciativa privada.

            Tocada com competência gerencial essa empresa poderá realmente fazer a diferença.

            Aguardaremos os próximos passos, mas o que foi anunciado se constitui numa expectativa de que a economia do país retome o seu fôlego de crescimento, como uma potência emergente que somos no atual concerto das nações.

            Era o que tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/08/2012 - Página 42353