Comunicação inadiável durante a 237ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração pela entrega do Estádio Castelão, em Fortaleza, que será utilizado na Copa do Mundo de Futebol de 2014.

Autor
Inácio Arruda (PCdoB - Partido Comunista do Brasil/CE)
Nome completo: Inácio Francisco de Assis Nunes Arruda
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
ESPORTE. POLITICA SOCIAL.:
  • Comemoração pela entrega do Estádio Castelão, em Fortaleza, que será utilizado na Copa do Mundo de Futebol de 2014.
Publicação
Publicação no DSF de 19/12/2012 - Página 74022
Assunto
Outros > ESPORTE. POLITICA SOCIAL.
Indexação
  • REGISTRO, INAUGURAÇÃO, ESTADIO, FUTEBOL, MUNICIPIO, FORTALEZA (CE), ESTADO DO CEARA (CE), ELOGIO, PROGRAMA, REINTEGRAÇÃO SOCIAL, PARTICIPAÇÃO, DETENTO, CONSTRUÇÃO, OBRA PUBLICA.
  • COMENTARIO, PROGRAMA, GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DO CEARA (CE), INCENTIVO, PRATICA ESPORTIVA, INCLUSÃO, PESSOA DEFICIENTE.

            O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB - CE. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - É um grande prazer, Sr. Presidente, encontrarmo-nos no Senado da República.

            Sr. Presidente, acompanhei, de forma atenta, essa ação no Supremo, a nossa corte de apelação relativa ao veto, à decisão do Congresso Nacional, decisão soberana, legítima, de encontrar uma maneira de distribuir melhor a riqueza produzida por essa fonte extraordinária de petróleo e gás natural que nós temos no nosso País. É uma questão de justiça para o conjunto do Brasil. Vou citar apenas um número para demonstrar essa razão que o conjunto do País tem: quando descobrimos o pré-sal, o Governo Federal fez um aporte de recursos para a Petrobras da ordem de R$50 bilhões do Tesouro Nacional, do Brasil inteiro, de todo o nosso País. Não foi do Ceará, nem do Rio de Janeiro, nem do Espírito, nem de São Paulo, muito menos do Maranhão, mas do Brasil todo. Por isso, nós estamos tratando de uma matéria de justiça, e não cabe, numa matéria como essa nenhuma ingerência, nem sequer da corte máxima de apelação do nosso País.

            Dito isso, Sr. Presidente, vou tratar de uma matéria absolutamente correlata, que diz respeito ao assunto. Acompanhei, no domingo, com muita alegria, a Presidente Dilma Rousseff, o nosso Governador do Estado do Ceará, o nosso Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, os Governadores Eduardo Campos, de Pernambuco, Rosalba Ciarlini, do Rio Grande do Norte, e Agnelo Queiroz, de Brasília, o Secretário Especial da Copa, ao lado dos nossos colegas Senadores e da nossa Bancada Federal, presentes na sua grande maioria os Deputados Federais pelo Estado do Ceará, o Presidente da Assembleia, agora eleito Prefeito da cidade de Fortaleza, em visita ao nosso Estádio Castelão, uma obra muito especial para nós, cearenses. E digo que se trata de questão correlata à do petróleo e gás, porque ela é fruto de investimento, é fruto de determinação, é fruto de planejamento de quem decidiu trazer a Copa para o Brasil: o Presidente Lula, Luiz Inácio Lula da Silva, esse que a turma ainda pensa em derrubar. O cara já saiu da Presidência e ainda há uma campanha para tentar derrubar o ex-Presidente da República. Eu nunca vi isso! Só no Brasil.

            Sr. Presidente, foi a ação de Lula, a determinação da sua Ministra da Casa Civil no PAC, o trabalho que nós desenvolvemos no Ministério do Esporte que deram o fruto de realizarmos a Copa do Mundo no Brasil.

            E o Ceará, digamos assim, sai adiante, entregando o primeiro estádio para a realização da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e, ao mesmo tempo, da Copa das Confederações.

            É um estádio em que houve um trabalho muito especial. Ali, naquele estádio, além dos 150 mil m2 de área construída, há o campo, com as dimensões oficiais da Federação Internacional de Futebol; a arquibancada absolutamente inovadora, com capacidade para a presença de 65 mil torcedores sentados; os espaços para os deficientes físicos poderem acompanhar -- e qualquer deficiência será bem acolhida dentro do novo estádio do Castelão. Além da geração de energia eólica, da construção ao lado de uma vila olímpica, com piscina e quadra multiuso, o Castelão ainda abriga duas Secretarias, entre elas a do Esporte.

            É resultado de um trabalho de uma Parceira Público-Privada, que vai dirigir o Castelão nos próximos 8 anos, garantindo que ele esteja sempre nas condições mais perfeitas para receber o espetáculo do futebol e, também, as atividades culturais as mais diversas.

            É um fator de atração de novos empreendimentos. Ali, no entorno, ao lado do Castelão, naquele bairro que passou a receber o nome também de Castelão -- as antigas comunidades Parque Estrela, Boa Vista, Dias Macedo, Mata Galinha, que ficam ali em torno do Castelão --, há uma região hoje em expansão, uma região que permite acesso fácil.

            Você tem ali, no novo estádio, vagas para 2 mil automóveis, em estacionamento coberto. Você tem uma praça belíssima, de onde você examina a cidade inteira. É quase que um mirante para toda a cidade de Fortaleza.

            É importante ressaltar que quase 2.000 trabalhadores das mais diversas categorias, entre eles 1.200 operários, foram necessários para construir aquela obra monumental. Entre estes, muitos presos que cumpriam penas nos presídios de Fortaleza foram contratados, não com o salário partido, como é o que propõe a legislação; não. Ali eles receberam como qualquer outro operário que estava trabalhando naquela obra e ainda fizeram um curso profissionalizante para ter garantias de que, ao trabalhar, você recebia o seu salário e ainda saia dali formado, com uma profissão. Eu mesmo participei da entrega de títulos para muitos desses trabalhadores que conseguiram a sua profissionalização durante a obra de construção do novo estádio Castelão.

            É uma obra arquitetônica de rara beleza, um espaço muito bonito. E eu digo a todos vocês, do Brasil inteiro, que, nesse período de férias que vai se iniciar ou que já se iniciou em muitos recantos do Brasil para estudantes e trabalhadores, que visitem Fortaleza para ver a obra que nós ajudamos a construir ali no Estado do Ceará: a primeira obra da Copa do Mundo. Já é um legado, aquilo já é uma conquista.

            É claro que há os incautos; é claro que há problemas, que há aquelas pessoas que vão questionar: “Ah, mas para que uma obra com essas dimensões, com essa beleza, com esse espaço maravilhoso?” Isso é para demonstrar a nossa capacidade; é para demonstrar a nossa inteligência, a nossa disposição para o trabalho e para demonstrar que, quando se planeja, quando se organiza um Estado, ele dá grandes frutos. Eu acho que é isso que nós estamos fazendo; é esse caminho que nós estamos percorrendo em nosso País e que precisamos aprofundar.

            Para a nossa felicidade, nós vamos receber ali, durante a Copa do Mundo, cinco jogos, entre eles uma partida do Brasil, da seleção brasileira. E, já na Copa das Confederações, o Brasil também se apresentará no Estádio Castelão. Vai ser uma movimentação muito boa. E eu faço esse convite. Não percam! Compareçam ao nosso novo Estádio Castelão!

            Mas eu quero ressaltar, Sr. Presidente, o trabalho articulado que foi desenvolvido pelo governo do Estado, pelo Governador Cid Gomes, o seu Secretário Especial da Copa, Ferruccio Feitosa, e também ao nosso Secretário de Esporte, Gony Arruda, que articulou um trabalho que envolve desde os profissionais do futebol, desde as pessoas que lidam diretamente com essa arte maravilhosa, esse jogo coletivo, que é o futebol, mas também a demonstração desse esforço da nossa região, o Nordeste, de demonstrar que ali temos gente de grande qualidade, que temos grandes profissionais no futebol, nas outras modalidades do esporte, seja do vôlei, seja do basquete, seja da natação e entre aqueles que têm deficiência física.

            Temos atletas com deficiência física disputando medalhas no Brasil inteiro e no mundo, em várias modalidades. Cito, aqui, a nossa presença, entre os que têm deficiência física, intelectual, visual e auditiva, nas modalidades de atletismo, natação, futsal, basquete em cadeira de rodas, tênis de mesa, caratê, xadrez, taekwondo. São trabalhadores e, ao mesmo tempo, profissionais do esporte, num esforço extraordinário do povo para fazer superações e para ter superações.

            Também cito o esforço das comunidades nativas, as nossas tribos nativas, conhecidas como indígenas, que disputam atividades esportivas no arco e flecha, no arremesso de lança, no cabo de guerra, na corrida de tora, no futebol, queda de braço, canoagem e triatlo revezado.

            É, pois, um trabalho conjugado, na busca de, pelo esporte, podermos contribuir intensamente do ponto de vista econômico e também do ponto de vista social. Nós podemos fazer, sim, esse casamento, pois essa atividade é alavancadora do desenvolvimento brasileiro, uma vez que a Copa acontecerá em 12 cidades do nosso País, entre elas o Rio de Janeiro, com o seu novo Estádio do Maracanã, que, espero, brevemente seja inaugurado -- e que o Ceará seja convidado também para estar presente nessa inauguração -- bem como o Beira Rio, que daqui a pouco também será inaugurado. É outro estádio também que vai participar da Copa do Mundo.

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - A Arena do Grêmio também. Beira Rio e Arena.

            O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB - CE) - Já foi? Já foi. Embora não seja um estádio diretamente para a Copa do Mundo, mas é um estádio que vai estar à disposição da Copa do Mundo efetivamente.

            Então, quero fazer esse registro, Sr. Presidente, porque o Governador do Estado do Ceará fez um esforço grande para que pudéssemos, numa PPP, garantir não só que fôssemos o primeiro… E não estávamos numa corrida; não era uma corrida que estávamos fazendo. Mas a eficiência do trabalho articulado entre o Governo Federal, o Presidente Lula, a Presidente Dilma, o Governador do Estado do Ceará, a nossa bancada no Senado e na Câmara Federal, num trabalho extraordinário, fez com que entregássemos ao Brasil essa primeira grande obra da Copa do Mundo.

(Soa a campainha.)

            O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB - CE) - Eu considero, assim, Sr. Presidente, que já é um legado, já é uma conquista que nós vamos deixar para muitos e muitos anos.

            A inauguração daquele estádio é da década de 70 -- 1971, 1972. Nós fomos fazendo devagar. Nós demoramos quase 20 anos para concluir toda aquela obra, e agora, em dois anos, nós fizemos um novo Castelão, que está à disposição do Brasil inteiro, não só para a Copa do Mundo, para a Copa das Confederações, mas para qualquer grande atividade esportiva e cultural.

            Parabéns, Governador do Ceará, nosso Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e nossa Presidente, por entregarem esse primeiro grande estádio de futebol para a Copa de 2014.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/12/2012 - Página 74022