Pela ordem durante a 71ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defende a necessidade de aprovação, pela Câmara dos Deputados, da PEC referente à regulamentação da tramitação das medidas provisórias, e outro assunto.

Autor
Aécio Neves (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MG)
Nome completo: Aécio Neves da Cunha
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
MEDIDA PROVISORIA (MPV), POLITICA DE TRANSPORTES.:
  • Defende a necessidade de aprovação, pela Câmara dos Deputados, da PEC referente à regulamentação da tramitação das medidas provisórias, e outro assunto.
Publicação
Publicação no DSF de 15/05/2013 - Página 25838
Assunto
Outros > MEDIDA PROVISORIA (MPV), POLITICA DE TRANSPORTES.
Indexação
  • COMENTARIO, IMPORTANCIA, CAMARA DOS DEPUTADOS, APRECIAÇÃO, PROPOSTA, EMENDA CONSTITUCIONAL, AUTORIA, JOSE SARNEY, SENADOR, ESTADO DO MARANHÃO (MA), REFERENCIA, REGULAMENTAÇÃO, TRAMITAÇÃO, MEDIDA PROVISORIA (MPV), LOCAL, CONGRESSO NACIONAL, DEFESA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ENCAMINHAMENTO, PROJETO DE LEI, REGIME DE URGENCIA, ASSUNTO, ATIVIDADE PORTUARIA.

            O SR. AÉCIO NEVES (Bloco/PSDB - MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, é uma intervenção bastante breve, mas julgo oportuna.

            Vários Srs. Senadores aqui cobravam uma celeridade maior na aprovação, pela Câmara dos Deputados, de uma PEC de autoria do ex-Presidente desta Casa José Sarney que tive oportunidade de relatar e que estabelece um rito novo para tramitação das medidas provisórias.

            Cobrei incessantemente, Sr. Presidente, já que a matéria havia sido aprovada nesta Casa, por unanimidade - algo raro numa Casa tão plural como esta -, celeridade para que a Câmara dos Deputados pudesse opinar e, eventualmente, até aprimorar a matéria.

            Cada dia que passa, Sr. Presidente, ela se mostra mais urgente e necessária para ordenarmos os trabalhos desta Casa. A matéria se encontra ainda na Comissão de Constituição e Justiça, lá se vai um ano e seis meses, praticamente, da sua aprovação.

            E, para que nós revivamos, para que não venhamos a repetir episódios como, por exemplo, o que ocorre neste instante na Câmara dos Deputados - lamentável, triste para o Parlamento - e outros que já ocorreram aqui, acho que é absolutamente necessário que V. Exª tenha com o Presidente Henrique Eduardo Alves o entendimento para que essa matéria possa ser submetida ao Plenário da Câmara dos Deputados e retornar ao Senado.

            Não estamos falando em cercear atribuições do Poder Executivo; ao contrário, estamos falando em, de alguma forma, recuperar prerrogativas do Congresso Nacional.

            As medidas provisórias são instrumentos, hoje, importantes para o funcionamento da República, mas não pode ser o único instrumento a ser utilizado para que o Governo Federal faça aqui valer as suas vontades.

            Nesse episódio a que hoje estamos assistindo ocorrer no plenário da Câmara dos Deputados, o Líder do PSDB, Deputado Carlos Sampaio, propõe aquilo que, acredito, seja o caminho natural, isto é, que essa proposta de modernização dos portos, que desde o início conta com apoio do PSDB, já que foi exatamente o PSDB que iniciou essa reforma no ano de 1996, possa vir a esta Casa, se não aprovado o texto hoje, por projeto de lei, em regime de urgência. Esse é o caminho adequado para que uma matéria de tamanha importância não sofra os sobressaltos e as desconfianças que tem gerado na Câmara dos Deputados.

            Portanto, Sr. Presidente, apresentar uma proposta por meio de projeto de lei - e urgente como essa, em regime de urgência - parece-me o caminho natural para reequilibrarmos os Poderes e recuperarmos as prerrogativas do Congresso Nacional.

            Por dez anos, o partido que hoje ocupa a Presidência da República não considerou essa questão urgente; portanto, é natural, é razoável que ela possa retornar à Câmara dos Deputados, repito, por meio de projeto de lei em regime de urgência, para que, num prazo de 45 a 60 dias, naquela casa ela possa ser discutida e votada e, em seguida, pelo Senado da República.

            Seria uma boa oportunidade para que a Presidente da República demonstrasse com muita clareza que não considera o Poder Legislativo uma extensão do próprio Poder que hoje ocupa. Seria um gesto, a meu ver, sensato, racional e de respeito ao Congresso Nacional. E acho que ninguém melhor para mostrar isso àqueles que detêm hoje o Poder Executivo do que os Presidentes das duas Casas do Congresso Nacional - obviamente, entre elas, o Presidente da nossa Casa, Senador Renan Calheiros.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/05/2013 - Página 25838