Discurso durante a 97ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Justificação pela apresentação de requerimento de voto de pesar pelo falecimento da escritora Tatiana Belinky; e outro assunto.

Autor
Eduardo Suplicy (PT - Partido dos Trabalhadores/SP)
Nome completo: Eduardo Matarazzo Suplicy
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. MANIFESTAÇÃO COLETIVA, POLITICA DE TRANSPORTES.:
  • Justificação pela apresentação de requerimento de voto de pesar pelo falecimento da escritora Tatiana Belinky; e outro assunto.
Aparteantes
Paulo Paim.
Publicação
Publicação no DSF de 18/06/2013 - Página 37660
Assunto
Outros > HOMENAGEM. MANIFESTAÇÃO COLETIVA, POLITICA DE TRANSPORTES.
Indexação
  • JUSTIFICAÇÃO, RELAÇÃO, REQUERIMENTO, AUTORIA, ORADOR, ASSUNTO, VOTO DE PESAR, MOTIVO, MORTE, ESCRITOR, ESTRANGEIRO, RUSSIA.
  • COMENTARIO, OCORRENCIA, MANIFESTAÇÃO COLETIVA, COMBATE, AUMENTO, PREÇO, PASSAGEM, TRANSPORTE COLETIVO URBANO, LOCAL, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), REGISTRO, ATUAÇÃO, PREFEITO, MUNICIPIO, SÃO PAULO (SP), OBJETIVO, REDUÇÃO, VIOLENCIA.

            O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Ataídes, eu encaminhei um requerimento à Mesa, de pesar, pelo falecimento da escritora Tatiana Belinky, que faleceu aos 94 anos, bem como a apresentação de condolências a seu filho Ricardo Gouveia.

            Eu meu sinto hoje na responsabilidade de falar sobre a manifestação que ocorre hoje em São Paulo, mas primeiro gostaria de apresentar a justificativa de meu requerimento.

            A literatura está mais triste, perdeu uma das principais escritoras, Tatiana Belinky, autora de mais de 200 livros infanto-juvenis, entre eles Coral dos Bichos e o Rabanete.

            Nascida em São Petersburgo, na Rússia, ela veio com a família para o Brasil quando tinha dez anos, instalando-se em São Paulo. Na época, ela já falava três línguas: russo, alemão e letão. Trabalhou como secretária bilíngue durante alguns anos, até se casar com Júlio Gouveia, com quem teve dois filhos, cinco netos e bisnetos.

            Em 1948, começou a escrever peças teatrais para crianças para a Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Paulo, adaptando e traduzindo textos teatrais que Júlio produzia e encenava.

            Com o advento da televisão, o grupo teatral de Tatiana foi convidado a apresentar suas peças na antiga TV Tupi, onde realizou espetáculos de teleteatro ao vivo com textos sempre baseados em livros, entre 1951 e 1964.

            Tatiana e seu marido adaptaram para a TV Tupi, em 1952, a primeira versão de o Sítio do Pica-Pau Amarelo, de Monteiro Lobato, com cerca de 350 capítulos, além de diversas minisséries criadas a partir de romances famosos. O programa ficou no ar ao longo de 11 anos.

            Tatiana Belinky também escreveu críticas literárias para diversos jornais durante a vida, tais como O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo e Jornal da Tarde. Ela também colaborou com a TV Cultura.

            A autora foi uma tradutora de renome. Publicou traduções dos principais autores russos, como Anton Tchekhov, Leon Tolstoi e Nikolai Gogol.

             Segundo o crítico de teatro infantil, Dib Carneiro Neto, a obra de Tatiana Belinky para teatro, literatura e televisão:

Tem algo para amar, algo para detestar, algo para torcer, algo para desprezar. Tem algo que encanta e algo que espanta, algo que incomoda e faz pensar - e algo que cativa e faz brincar. Ela nunca teve pressa de terminar uma história e mantinha o ritmo de uma narrativa sem se importar com a agilidade da Internet das crianças de hoje.

Para ela, nunca se deve subestimar a inteligência da criança. Fazem perguntas que precisamos estar prontos para responder ou ser honestos para dizer “não sei”.

            São as reflexões de Tatiana Belinky, citadas por Dib Carneiro Neto.

            Em nota de pesar, a Ministra da Cultura, Marta Suplicy, lamentou a perda: “Conhecer a obra de Tatiana fez diferença para mim e sei que para a alma de incontáveis meninas e meninos. Nossa literatura perde uma grande escritora”.

            Daqui envio os meus sentimentos de pêsames a Ricardo Gouveia, seu filho. Espero também aqui dar o meu abraço a todos os admiradores de Tatiana Belinky, uma extraordinária escritora, que tanto dedicou a sua vida às crianças.

            Mas, Sr. Presidente, há um fenômeno muito importante ocorrendo em nosso País. Mais e mais estamos nos dando conta dessa capacidade extraordinária que, através da Internet, do Facebook, do Twitter, do e-mail, se consegue por vezes fazer com que um número tão impressionante de pessoas se mobilize em favor de uma causa.

            É interessante que, nos últimos dez dias, sobretudo na cidade de São Paulo, mas também em muitas outras cidades do Brasil, especialmente os jovens, como os que participam do movimento Passe Livre, conseguiram, utilizando essa rede social, unir pessoas, que estiveram nas ruas protestando e solicitando que o preço da passagem, em São Paulo, seja apenas de R$3,00, e não seja modificado para R$3,20.

            Há que salientar que o Prefeito Fernando Haddad, logo que iniciou seu mandato, preocupado com o fato de que seria importante não se fazer o reajuste de preço conforme a inflação passada, e já por algum tempo não se fazia reajuste da passagem de ônibus em São Paulo, tendo em conta uma medida de isenção do PIS/Cofins tomada pela Presidenta Dilma Rousseff, adiou o ajuste de passagens, o que caracterizou o procedimento de muitas prefeituras na Grande São Paulo e no Brasil durante o primeiro semestre. Mas ele adiou o ajuste - que, se fosse levar em consideração a inflação passada, iria para R$3,50 - e definiu o aumento para R$3,20, menor do que a inflação ocorrida no período.

            Ora, o movimento Passe Livre sugeriu a pessoas em geral, mas, sobretudo àquelas que se servem do ônibus e do metrô, que participassem da manifestação, pedindo que não fosse feito aquele aumento, e um número muito significativo de pessoas participaram de manifestações que se deram na terça-feira, ainda maiores na última quinta-feira.

            Acontece que, como as manifestações resultaram em um número muito grande de pessoas, e algumas das quais cometeram alguns abusos e depredações de ônibus e de instalações do metrô, vitrines, banca de jornais, houve a determinação, por parte da Secretaria de Segurança Pública do Governo do Estado de São Paulo, para conter aqueles jovens, sobretudo aquela população que protestava, ainda que os responsáveis pelo Movimento Passe Livre, desde o começo, sempre orientaram as pessoas em geral para que não realizassem quaisquer manifestações de violência.

            Conversei com algumas dessas pessoas. Quando vi o nome delas na imprensa, procurei-as, como a Srª Lina e a Srª Maiara, e dialoguei com elas prontificando-me a colaborar num eventual diálogo que iriam ter com o Prefeito Fernando Haddad e também com o Governador e com o Secretário de Segurança Pública, respectivamente Geraldo Alckmin e Fernando Grella Vieira.

            Ainda na semana passada, aqui da tribuna do Senado, conclamei aqueles jovens que procurassem caracterizar seu movimento por tarifas mais baixas por meios que não utilizassem da violência, por meios da não violência, sobretudo seguindo as diretrizes de pessoas como Martin Luther King Júnior, Mahatma Gandhi, que se notabilizaram na história na luta por direitos civis, pela independência da Índia, sobretudo porque conseguiram fazer por meios pacíficos.

            Ora, o que percebi é que as lideranças do Movimento Passe Livre, de forma bastante responsável, avaliaram que seria importante caminhar nessa direção. Haviam marcado para a tarde de hoje, exatamente a partir das 17 horas, saindo do Largo da Batata mais uma grande manifestação.

            O Prefeito Fernando Haddad avaliou como próprio convidar os representantes do Movimento Passe Livre e as outras organizações sociais para que participassem, na manhã de amanhã, a partir de 9 horas, na sede da Prefeitura Municipal de São Paulo, na Praça Patriarca, da reunião do Conselho Municipal que vai tratar do assunto transporte público. Será uma oportunidade para que o Prefeito, o seu Secretário de Transporte, Jilmar Tatto, e outros técnicos responsáveis exponham ali, para todos os que realizam essas manifestações, quais as limitações orçamentárias da Prefeitura, quais as diversas destinações de recursos, como para a educação, para a saúde, para o transporte público e para tudo aquilo que se faz necessário à melhoria da qualidade do meio ambiente, das praças, das manifestações de cultura, como a Virada Cultural, há pouco realizada, e assim por diante. Para que os participantes do Movimento Passe Livre e todos os que se solidarizaram com o mesmo fiquem cientes das opções e limitações orçamentárias da Prefeitura. Achei que é um passo muito positivo e importante.

            Por outro lado, os responsáveis pela Segurança Pública, o Governador Geraldo Alckmin e o Secretário da Segurança, Fernando Grella Vieira, resolveram tomar a iniciativa de realizar uma reunião na manhã de hoje, justamente ali na Secretaria da Segurança do Estado de São Paulo. Acho muito significativa essa iniciativa do Secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, pois convidou os representantes do Movimento que realiza os protestos contra o aumento das tarifas de transporte público em São Paulo para que pudessem informar à Polícia Militar, antes do início da manifestação, marcada para hoje, a partir das 17 horas. Essa reunião se deu das dez e meia às onze e cinquenta, na sede da Secretaria, no Centro de São Paulo, e ali os representantes do movimento disseram ter recebido a promessa de que não serão utilizadas balas de borracha durante a manifestação.

            Isto foi dito pelo Secretário da Segurança, Fernando Grella Vieira: “Nós gostaríamos que esse trajeto nos fosse passado para que nós pudéssemos divulgá-lo e a população se precavesse e fizesse caminhos alternativos.”

            O Sr. Paulo Paim (Bloco/PT - RS) - Senador Suplicy, V. Exª me permite um aparte?

            O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP) - Permita-me só concluir esta frase do Secretário da Segurança: “Mas ficou acordado que os organizadores vão definir o trajeto e informá-lo no momento do movimento para a Polícia Militar.” E ficou acordado que teríamos oficiais da PM, com os líderes do movimento, monitorando e dando a definição dos trajetos para a Polícia fazer o acompanhamento.

            Participaram da reunião, Senador Paulo Paim, o próprio Secretário Fernando Grella Vieira, o Comandante-Geral da Polícia Militar, Coronel Benedito Roberto Meira, o Delegado-Geral Maurício Blazeck, o Padre Júlio Lancellotti, que todos conhecem tão bem, por ser tão solidário aos movimentos sociais e aos movimentos de moradores de rua, e ainda o Promotor de Habitação e Urbanismo, Maurício Ribeiro Lopes, o Promotor de Direitos Humanos, Eduardo Valério, e integrantes da ONG Educafro, amigos do Senador Paulo Paim e representantes do movimento que organiza os protestos.

            Uma das líderes do movimento, só um minutinho, Mayara Viviam, disse que o Governo de São Paulo se comprometeu a não repetir o cenário de guerra da última quinta-feira 13. A Secretaria Estadual prometeu que a Polícia Militar não vai repetir o cenário de guerra, como a gente teve, e garantiu que não haverá prisões preventivas, que era uma coisa típica da ditadura, como a gente teve nos outros atos, disse a estudante Mayara Vivian, que, além de estudar - acho que na Universidade de São Paulo -, trabalha como garçonete num restaurante da Vila Madalena. Então, são pessoas como essa, que acho que deve ter vinte e poucos anos, que estão na liderança desse movimento.

            Acabo de receber a informação de pessoas que estão ali, na caminhada, de que há cerca de 10 mil pessoas, saindo do Largo da Batata e caminhando em direção à Avenida Faria Lima. E parece que pessoas estão chegando ainda em maior número.

            Senador Paulo Paim.

            O Sr. Paulo Paim (Bloco/PT - RS) - Senador Suplicy, vou pedir um aparte a V. Exª.

            O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP) - Pois não. Com muita honra.

            O Sr. Paulo Paim (Bloco/PT - RS) - Eu escrevi, há um tempo, um livro O Rufar dos Tambores, no qual eu dizia que estava com saudade do rufar dos tambores.

            O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP) - Saudade do...?

            O Sr. Paulo Paim (Bloco/PT - RS) - Do rufar dos tambores nas ruas: a nossa gente se mobilizando, mostrando o que pensa, o que quer. E eu estava indo embora e voltei para fazer um aparte a V. Exª. Aqui em frente ao Senado, Senador Suplicy, neste momento, tudo escuro, deve haver quase 20 mil pessoas, ao natural, de forma disciplinada, sem nenhum ato daquilo que dizem de agressão ou de violência. A informação que eu recebi, aqui, agora, é de que, no Rio de Janeiro, de acordo com a imprensa, a não ser nas Diretas Já, nunca se viu manifestação tão grande. Em São Paulo, V. Exª já comenta; e em outras capitais está marcado, em outras cidades, para amanhã, inclusive no interior do meu Estado, o Rio Grande do Sul. Eu, mais uma vez, a exemplo do que falei aqui, na quarta, na quinta e hoje, durante o dia, entendo que seja legítimo e democrático que as pessoas se apresentem e digam o que estão pensando do quadro, e não só sobre a passagem de ônibus. Eu dizia antes, Senador - e, se for preciso, eu repito agora: diminuíram a cesta básica, e a cesta básica aumentou. Diminuíram os tributos sobre a cesta básica. A Presidenta Dilma também diminuiu os impostos sobre transporte urbano, e a passagem aumentou; desoneramos as folhas de pagamento dos empresários em grande parte, e a rotatividade continuou, não diminuiu nada, fazendo com que o salário do trabalhador baixasse. É natural. Ia chegar o momento em que haveria essa grande mobilização, que é nacional, com repercussão internacional. As principais manchetes do mundo já estão falando nesse grande movimento aqui no Brasil, e V. Exª fala nesse momento sobre o tema. O importante para mim é que, ao contrário do que alguns dizem, que o movimento é contra sicrano ou beltrano, tentando personalizar o movimento - está errado -, o movimento não é contra ninguém, e a favor de grandes causas. A favor da causa da educação, a favor da causa da saúde, a favor de um transporte descente, a favor da mobilidade, a favor da educação. Enfim, esse é o movimento que a gente vê espontaneamente. E o momento é de diálogo, é de conversa, é de entendimento, é de acordo, é de procedimento, de nós acertarmos as linhas que vão levar o País para uma situação ainda melhor. Por isso cumprimento V. Exª, que está falando sobre o tema. Eu falei por duas vezes. Embora, agora, eu vá receber uma delegação de estudantes de diversos países, para falar um pouco sobre a realidade brasileira, aqui no cafezinho - depois convido, inclusive, V. Exª -, grande parte deles, inclusive, vem dos Estados Unidos; outros, da Europa e da África. Eles estão impressionados com esse movimento que está acontecendo aqui no Brasil. Isso é pressão popular, é mobilização. Nós viemos desse berço em um passado, e, no presente, temos de compreender isso. Eu escrevi um artigo em que digo: ainda sonho ver a rebeldia dos caras-pintadas caminhando com a geração dos homens de cara enrugada e cabelos brancos, na construção de um mundo cada vez melhor para todos. Por isso, não faço aqui crítica alguma. Pelo contrário, a pressão popular é legítima. É símbolo do próprio processo democrático.

            O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP) - Agradeço muito a sua reflexão, Senador Paulo Paim, que compreende tão bem a importância dessa mobilização. V. Exª que teve a sua origem e cresceu como um trabalhador metalúrgico, que, desde o início, sempre interagiu com os movimentos sociais, com os sindicatos, tem sido aqui um exemplo notável de como devemos nós, Senadores, representantes do povo, abrir as portas para estarmos ouvindo as pessoas, como V. Exª brilhantemente tem feito na Comissão de Direitos Humanos, na Comissão de Assuntos Sociais. Seja como Presidente, seja como membro, V. Exª faz questão de abrir os canais para que as pessoas possam se manifestar.

            Mas quero dizer para V. Exª que fiquei impressionado com a página da manifestação prevista hoje para o Largo da Batata, em São Paulo. Contava, uma hora atrás, com mais de mais de 265 mil confirmações virtuais. Ainda que essas confirmações não sejam todas de pessoas que pretendam comparecer ao ato - muitas vezes estão indo para lá - elas mostram que a manifestação conta com a solidariedade e apoio de pessoas de outras cidades, Estados e até de outros países. As postagens na rede social - eu estava agora há pouco vendo, para ter uma ideia de como funcionam o Facebook, o Twiter e tudo - são as mais variadas.

(Soa a campainha.)

            O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP) - Partes delas são mensagens de apoio feitas à distância. Outras, significativas, são postagens de compartilhamento de conteúdos de analises feitas por blogs e portais eletrônicos. Esses conteúdos fazem relatos de atos anteriores; apresentam opiniões a respeito das questões do transporte público nas grandes cidades; levantam os problemas e outras pautas importantes, conforme as que V. Exª analisou da área da educação, da cultura, da saúde, pedindo a melhoria em todos os setores; analisam experiência e mobilização juvenil em outros países e têm oferecido dicas de como se manifestar de maneira pacifica, com total segurança, com questões como: que tipo de causado usar nas passeatas - é melhor o tênis, se precisar correr, ou como marcar um ponto de encontro seguro; e outra parte importante diz respeito aos aspectos lúdicos da mobilização, pois, através do Facebook, novas formas de expressão cultural têm tido espaço, já que encontramos grande quantidade de produção audiovisual feita com bom humor e críticas politizadas, inclusive através de charges que têm sido colocadas. As escassas incitações de violência têm sido rechaçadas pelos internautas que reivindicam uma manifestação pacífica.

            E justamente, Presidente Ataídes, eu quero enfatizar isso. E eu espero que essa manifestação, que começou entre quatro e meia, cinco horas, já tem um público cada vez maior, crescente, possa ser bem-sucedida, inclusive no aspecto da caracterização da disciplina e de não violência, tendo aqueles que organizaram a manifestação dado a palavra e recomendação, como aqui registro, a todos que ali compareçam. Também espero que o Governador Geraldo Alckmin e o Secretário Fernando Grella Vieira, no espírito, inclusive, do que recomendou o Prefeito Fernando Haddad, que hoje compareceu à reunião promovida pelo Secretário da Segurança, Fernando Grella Vieira, para, justamente, expor quão importante é que a manifestação se dê de maneira pacífica.

            Então, se até meados da noite de hoje soubermos que a manifestação se deu com toda tranquilidade, acho que é o povo paulistano vai dizer que ainda bem que nossos jovens e todas as pessoas que estiveram passando puderam ali se manifestar, observar, mas com toda segurança, sem risco.

            Quero aqui transmitir minha solidariedade à jornalista que teve o olho atingido por uma bala de borracha. Felizmente hoje a Secretaria da Segurança deu sua palavra de que não será usada bala de borracha. Espero que não seja preciso usar bala alguma que não sejam aquelas que são boas para a tosse.

            Muito obrigado pela tolerância, Presidente Ataídes.

            Muito obrigado, querido Senador Paul Paim.

            Vou atender à solicitação de V. Exª para presidir, para que V. Exª possa fazer seu pronunciamento.

            Obrigado, Senador Paulo Paim.

            Se quiser anunciar seus convidados, o Presidente Ataídes vai lhe permitir.

            O Sr. Paulo Paim (Bloco/PT - SP) - Senador Suplicy...

            O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. (Bloco/PSDB - TO) - Só um minuto.

            O Sr. Paulo Paim (Bloco/PT - SP) - Eu só quero dizer que vou recebê-los aqui e depois, quando V. Exª estiver na tribuna, eu os trago aqui e registro a presença de toda a delegação.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/06/2013 - Página 37660