Discussão durante a 114ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Referente ao PLS n. 764/2011.

Autor
Inácio Arruda (PCdoB - Partido Comunista do Brasil/CE)
Nome completo: Inácio Francisco de Assis Nunes Arruda
Casa
Senado Federal
Tipo
Discussão
Resumo por assunto
Outros:
  • Referente ao PLS n. 764/2011.
Publicação
Publicação no DSF de 10/07/2013 - Página 45246

            O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB - CE. Para discutir. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, compreendendo perfeitamente as razões do nosso colega, o Senador Aloysio Nunes Ferreira, que arguiu e levantou várias questões, saindo do imperialismo para o colonialismo, eu considero que nós temos que utilizar todos os instrumentos possíveis para alavancar o nosso desenvolvimento.

            Essa possibilidade foi desenhada já há algum tempo. V. Exª estava aqui e sabe que, desde 2000, 1999, 1998, já tratávamos desta matéria no Congresso Nacional, na Câmara e no Senado; por muitas idas e vindas, muitos projetos foram discutidos aqui no Congresso Nacional -- tanto na Câmara como no Senado. Nós chegamos, digamos, ao mais adequado, que foi o material preparado a partir do relatório do Senador Jorge Viana.

            Quero dizer aqui aos nossos colegas que vamos experimentar, vamos ver o que vai acontecer com a economia brasileira, mesmo porque as mais fortes companhias industriais do País, tirando o petróleo e o setor siderúrgico, que já é associado ao capital externo, as grandes companhias, montadoras, grandes empresas que produzem peças, essas empresas todas são estrangeiras, mesmo sediadas em nosso solo. Elas repatriam bilhões e bilhões. Só o setor automotivo despachou, em 2012, R$27 bilhões para o exterior.

            Então, para a gente ter essa ideia, compreender também essa realidade nossa, do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste brasileiro, de experimentar. Se isso não funcionar, temos que ter o compromisso político de também alterar a legislação para não deixar o Brasil submetido a nenhum tipo de exploração que signifique depreciar a indústria brasileira.

            Sou dos que defendem que protejamos a nossa indústria e não vejo razão para que essas zonas de exportação não acolham também empresas brasileiras que possam trabalhar dentro dessas zonas de exportação para vender no mercado externo, especialmente porque temos condições. Até o dólar está favorecendo. O nosso câmbio melhorou uma coisinha e já há uma gritaria da turma que quer empurrar o nosso câmbio para baixo, desvalorizar a nossa moeda ante a moeda estrangeira.

            Então, Sr. Presidente, estamos acompanhando a votação com o nosso Relator e com o projeto que foi trabalhando a partir da nossa Senadora Lídice da Mata. O nosso voto é pela aprovação.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/07/2013 - Página 45246