O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB - CE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, primeiro, reafirmo o nosso compromisso, em nome do Partido Comunista do Brasil, o PCdoB, com os defensores públicos.

            Vamos trabalhar aqui para reverter essa situação do veto, derrubando esse veto e priorizando o trabalho dos defensores, que é muito importante para as pessoas pobres do Brasil. É o acesso dos pobres à Justiça brasileira.

            Mas não poderia, Sr. Presidente, porque está ligado a essa questão, de deixar aqui a minha posição e a posição do meu Partido em relação ao episódio dramático que vivemos ontem na Europa. Os tais civilizados, que, quando chegaram aqui, ao nosso território, mataram, assassinaram, cometeram homicídios brutais, ontem, impediram o pouso do avião do Presidente da República da Bolívia, primeiro em Lisboa - e havia uma determinação prévia de pouso, escala em Lisboa. Portugal agiu de forma subserviente, vexatória e criminosa, porque o Presidente poderia ter passado por uma situação em que o avião fosse obrigado a pousar de qualquer maneira em qualquer lugar, por não ter mais combustível. A escala era para abastecimento, e foi negado o pouso em Portugal, na Espanha, na França e na Itália. Vergonha! Vergonha desses países!

            Toda a América do Sul se pronunciou, mas falta ainda o pronunciamento do Chile, da Colômbia e do Brasil a respeito desse episódio, que merece o repúdio do Congresso Nacional brasileiro.

            Esta é a hora adequada para reunião do Congresso Nacional: o nosso repúdio à subserviência de Portugal, da Espanha, da França e também da Itália à política norte-americana, que examinaram, queriam examinar se o avião do Presidente Evo estava...

(Interrupção do som.)

            O SR. PRESIDENTE (Weliton Prado. PT - MG) - Nós estamos aqui com um problema de tempo, Senador...

            O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB - CE) - Claro.

            O SR. PRESIDENTE (Weliton Prado. PT - MG) - Porque nós temos que encerrar a sessão para abrir a sessão da Câmara.

            O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB - CE) - Claro, vamos encerrar.

            Mas trata-se de uma questão grave, e o Congresso Nacional precisa registrar e comunicar a essas Embaixadas esse episódio criminoso. Isso é que é terrorismo internacional!

            Eu quero deixar esse registro aqui para o Congresso Nacional brasileiro.

            O SR. PRESIDENTE (Weliton Prado. PT - MG) - Queria agradecer o Senador Inácio Arruda e declaro o encerramento da sessão do Congresso Nacional.

            (Levanta-se a sessão às 14 horas e 6 minutos.)