Pela Liderança durante a 125ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas ao Governo Federal.

Autor
Mário Couto (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Mário Couto Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Críticas ao Governo Federal.
Publicação
Publicação no DSF de 08/08/2013 - Página 51764
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • CRITICA, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, COMANDO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), MOTIVO, EXCESSO, CORRUPÇÃO, COMENTARIO, NECESSIDADE, CONGRESSO NACIONAL, FISCALIZAÇÃO, GASTOS PUBLICOS, PRESIDENTE DA REPUBLICA, REGISTRO, PRECARIEDADE, SITUAÇÃO, SAUDE PUBLICA, LOCAL, BRASIL.

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente.

            O SR. PRESIDENTE (Jorge Viana. Bloco Governo/PT - AC) - V. Exª tem a palavra, Senador Mário Couto.

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - Obrigado.

            Srªs e Srs. Senadores, quero, Senador Cristovam, prosseguir com o pronunciamento que V. Exª iniciou nesta tarde. Quero permissão de V. Exª para dissertar um pouco mais sobre aquilo que V. Exª dissertou na tarde de hoje, com muita propriedade, com muita inteligência, o que lhe é peculiar.

            Senador Cristovam, não foram só os jovens que lotaram as ruas deste País. Não foram só os jovens; os adultos também, os idosos também. O povo brasileiro em geral cansou do Governo do PT. Não podemos esconder isso, Senador. Nada está certo neste Governo do PT, Senador. Na história do País, está registrado, jamais se apaga, a extrema violência da corrupção praticada neste País; jamais vai se apagar da história desta Pátria chamada Brasil. E onde se pratica a corrupção em exagero, como neste País, não se pode trazer desenvolvimento, a nenhuma pátria.

            Senador, a Pátria não produz. Senador, este Congresso, este Senado está de mãos atadas. V. Exª, para apresentar um projeto de lei à sociedade vai sair daqui e não vai ter o seu projeto aprovado. Sabe por quê? Porque implantaram uma ditadura branca neste País. Senador Cristovam Buarque, quando se aprova, no Senado Federal, que a Presidenta da República pode gastar com os estádios de futebol para a Copa do Mundo e essas despesas com gastos chegam a bilhões de reais e não são licitadas...

            Olhem o absurdo a que chegamos! É proibido fiscalizar, Brasil. Nenhum Senador ou nenhum Deputado Federal pode fiscalizar os gastos da Copa do Mundo. É ou não é uma ditadura branca? Nenhum Senador pode fiscalizar os gastos do Governo com passagens e idas ao exterior. A Dilma pode gastar à vontade.

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - A Dilma pode ficar no hotel mais luxuoso do mundo; a Dilma pode comer caviar; a Dilma pode tomar uísque francês, alemão, inglês, e ninguém pode fiscalizar. Nós estamos proibidos de fiscalizar, Brasil.

            Será que o povo brasileiro quer um governo deste tipo? Será que a Dilma, Mozarildo, conseguiria entrar num hospital do interior de Roraima, Rondônia, Acre, Pará? Será que a Dilma sabe como é que funciona um hospital na Ilha do Marajó? Sabe não.

            A educação é o esteio principal de uma pátria, e nós não a temos neste País. Na saúde, os brasileiros morrem nas filas. Aí vem a grande resposta da Dilma à sociedade brasileira. Quando as vozes roucas vieram das ruas, pedindo saúde para o Brasil, eis que surge a inteligentíssima Dilma e diz o seguinte: Está resolvido. Eu vou contratar médicos em Cuba. Essa mulher é muito inteligente. Essa Presidenta foi encomendada; ela foi encomendada.

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - Presidenta, Vossa Excelência trocou as construções de estádios como o de Brasília, ponha a mão na cabeça, Dilma, tu gastaste mais de 2 bilhões para construir um estádio em Brasília, que só tem dois clubes de futebol, a saúde é dever teu, Dilma. Quantos hospitais construímos, Pátria amada, durante o Governo da Dilma neste Brasil, quantos hospitais? Digam-me. Dilma, o Brasil não tem hospital, Dilma, o Brasil não tem equipamento, Dilma. Olhe aqui, TV Senado, olhe aqui, médicos, no Amapá, operando com lanterna, isso é recente. Vou mandar para ti, Dilma, para o teu gabinete, espero que te entreguem, médicos no Amapá operando com lanterna. Uma médica saiu de Belém, fez um concurso no Amapá para ganhar R$20 mil. Chegou ao Amapá, entrou no hospital, quando viu as condições, pediu demissão no dia seguinte. Dilma, tu brincaste demais com a Pátria, tu abandonaste a Pátria.

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - O Brasil, Cristovam, implantou, definitivamente, a corrupção. Em todas as esferas, em todas as esferas deste País existe a corrupção, nunca se viu tanto na história deste País. A saúde, uma das piores de toda a história. A educação vai precisar de anos e anos e anos para se reconstituir. Os jovens brasileiros se drogam cada vez mais, Cristovam. A nossa sociedade, Cristovam, está cada vez mais abalada pela violência das ruas...

(Interrupção do som.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - ... Cristovam, porque os nossos filhos, os brasileiros, os jovens (Fora do microfone.) brasileiros não têm assistência do seu País.

            O Governo é um governo que massacra a juventude, massacra os idosos, apadrinha aqueles que devem ser apadrinhados, não põe na cadeia os seus afilhados. Quem? Quem nesta Pátria teria tanto direito de ser julgado quanto esses mensaleiros? Se fosse aquela mulher que tirou um pãozinho na padaria, que está presa até hoje, para dar à filha que estava com fome e que está lá sofrendo, se fosse ela um Dirceu, se fosse ela um dos mensaleiros...

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - ... teria condição de passar anos, anos, anos, anos e anos livre. E dizem que estão sendo julgados. E cadeia? Citem-me. Brasil, brasileiros, citem-me um caso apenas. Um, um caso apenas de um filiado ou apadrinhado do PT que tenha sido punido ou preso. Um caso só.

            É por isso, Cristovam. É por isso que eu vejo a sua angústia. É por isso, Cristovam, que eu vim aqui quando a Presidenta ainda tinha 80%, e com você sentado ali, eu avisei o que ia acontecer...

(Interrupção do som.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - ... neste País, Cristovam. Eu disse o que ia acontecer. Mas quem vai ouvir? Quem vai ouvir (Fora do microfone.) - já vou descer - se aqui mandam projetos para não fiscalizar o Governo, e este Senado aprova? E este Senado aprova dizendo à Presidenta: “Faça, Dilma, faça o que você quiser, que nós garantimos você aqui”. Este é o Senado brasileiro.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/08/2013 - Página 51764