Discurso durante a 133ª Sessão Especial, no Senado Federal

Comemoração dos 100 anos dos bois-bumbás Caprichoso e Garantido.

Autor
Cristovam Buarque (PDT - Partido Democrático Trabalhista/DF)
Nome completo: Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração dos 100 anos dos bois-bumbás Caprichoso e Garantido.
Publicação
Publicação no DSF de 20/08/2013 - Página 54755
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • DISCURSO, HOMENAGEM, CENTENARIO, ELEMENTO, FOLCLORE, ESTADO DO AMAZONAS (AM), AGRADECIMENTO, RELAÇÃO, RESPONSAVEL, MANUTENÇÃO, FESTA, CULTURA, REGIÃO NORTE, PAIS.

            O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Apoio Governo/PDT - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senadora Vanessa, demais Senadores, Senadoras, todos aqui que representam essa grande festa, cito o Senador Nascimento, que representa o Estado, eu não tenho, no meu acúmulo de emoções, a vivência dos dias da festa de Parintins. Eu espero viver isto em algum momento no futuro. Mas, desde longe, como pernambucano, do frevo, e como brasiliense que aqui teve durante anos e anos o nosso Teodoro, que levou adiante e manteve viva a festa muito parecida, embora pequenininha, do boi-bumbá, quero falar a vocês sobretudo dos heróis Lindolfo, Roque e o Teodoro, o nosso Teodoro do Bumba meu boi, porque esses heróis, Senadora Vanessa, mantém viva a alma do povo.

            Um povo tem um corpo e uma alma como as pessoas. O corpo é a economia que vocês, inclusive, ajudam a dinamizar, e a alma é a cultura. A cultura de um povo é que dá alma ao povo, não é o Produto Interno Bruto, não é a produção material. Tudo isso é importante para fortalecer, viabilizar e permitir que a alma se realize. E a alma é a cultura. A alma de um povo é a sua cultura.

            Temos dois tipos de cultura, embora a gente possa dizer que seja uma só. Temos a cultura clássica, herdada do mundo inteiro, a cultura de sermos seres humanos. E temos a cultura local, a cultura popular, a cultura de sermos brasileiros, de sermos do Estado do Amazonas, do Estado do Pará, de cada Estado e até de cada cidade.

            Estou aqui para agradecer que tenhamos tido pessoas como esses heróis, que fazem com que a alma do povo brasileiro fique viva, pela manifestação cultural da arte popular.

            Falei desses três nomes, dois de lá e um daqui, o maranhense Teodoro, mas que ficou toda a sua vida, desde muito jovem, no Distrito Federal, porém, quero aqui cumprimentar e agradecer às milhares de pessoas que, ao longo dos cem anos, que vocês hoje comemoram, permitiram que a festa de Parintins continue viva.

            Eu imagino o esforço que foi feito, Senadora Vanessa, ao longo dessas dez décadas, para que a festa não morresse ou não minguasse, e, no lugar disso, crescesse, fazendo com que a alma, que é local, chegasse ao Brasil inteiro. Como disse a Senadora Ana Amélia, a festa de vocês é uma festa de todo o povo brasileiro. E povo brasileiro tem que agradecer a alguns heróis que mantiveram a chama acessa ao longo de dez décadas, o que é muito raro no Brasil, para qualquer coisa, ainda mais para uma atividade de cultura popular.

            Muito obrigado a V. Exª por existirem há cem anos e espero, daqui a cem anos - não estarei aqui, Senador, como o senhor vai estar - que o senhor me represente e, em meu nome, agradeça a todos aqueles que, daqui para frente, vão manter viva a chama da festa de Parintins.

            Muito obrigado. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/08/2013 - Página 54755