O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco Apoio Governo/PCdoB - CE) - Quero, uma vez mais, levar o meu abraço a nossa colega, Senadora Lídice da Mata, eu que tive a oportunidade de conhecer o Calucho ainda muito jovem, nas grandes agitações baianas do final dos anos 70, início dos anos 80. E o Calucho era um organizador partidário, era um militante ativo, um agitador cultural, publicitário dirigente, que nos ajudou aqui intensamente durante o período da Assembleia Nacional Constituinte organizando mesas de debate, reuniões, juntamente com a liderança do PCdoB, na Câmara dos Deputados, especialmente.

            Nossa colega Lídice sabe do carinho que temos por ela e da ligação eterna com o Calucho e com toda sua família - filho e netos que são fruto dessa trajetória também de luta que marca a vida do nosso povo.

            Então, receba nosso abraço.

            E, Senador Renan Calheiros, também queria aproveitar este momento para registrar o centenário de nascimento de um grande compositor e músico cearense, Lauro Maia. Este grande talento da música nasceu em 3 de novembro de 1913 e faleceu em 5 de janeiro de 1950. Seus 36 anos de vida foram suficientes para marcar, de forma indelével, a cultura musical cearense e brasileira.

            Músico completo, instrumentista, arranjador, compositor, letrista, pesquisador, inventor do ritmo balanceio e divulgador de inúmeros outros ritmos do folclore e da tradição popular, Lauro Maia deixou, segundo o pesquisador Nirez, 111 composições, de sua exclusiva autoria ou com parceiros como Humberto Teixeira, Djalma Viana, Penélope, entre outros.

            E pediria a V. Exª para que ficasse registrado na memória do Senado Federal o Dicionário Cravo Alvin de Música Popular Brasileira, onde temos uma pequena biografia de Lauro Maia. A crônica “Lauro Maia: o acendedor de lampiões", do músico e pesquisador Cale Alencar; o texto "Cartão de Visita", que abre o livro "O balanceio de Lauro Maia", de autoria de um dos maiores cultores e divulgadores da cultura cearense, Miguel Ângelo de Azevedo, o Nirez. Há também uma pequena seleção de diversas composições de Lauro Maia que revelam um pouco do olhar que esse sensível artista lançou sobre o mundo e sobre a vida, com sagacidade e com um humor tipicamente cearense.

            É com alegria que me associo a todo o povo do Estado, portanto, na celebração deste primeiro centenário de nascimento de um de seus filhos mais ilustres.

            Solicito a V. Exª que possa acolher todos esses textos. Vão fazer parte da memória do Senado Federal e, assim, da memória do povo brasileiro seus ilustres e importantes compositores e artistas populares do início do século passado.

            Agradeço a V. Exª.

DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SENADOR INÁCIO ARRUDA EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

Matérias referidas:

- Biografia de Lauro Maia estampada no Dicionário Cravo Alvin de Música Popular Brasileira;

- A crônica “Lauro Maia: O Acendedor de Lampiões”, de Calé Alencar;

- O texto “Cartão de Visita”, que abre o livro O Balanceio de Lauro Maia, de autoria de Miguel Ângelo de Azevedo;

- Seleção de versos e composições de Lauro Maia.