O SR. VALDIR RAUPP (Bloco Maioria/PMDB - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Eduardo Suplicy, Srªs e Srs. Senadores, senhoras e senhores ouvintes da Rádio Senado, telespectadores da TV Senado, minhas senhoras e meus senhores, todos sabem que o Estado de Rondônia vive um momento difícil.

            Rondônia é um Estado, podemos até dizer, rico, promissor, um Estado que tem uma população emergente, sobretudo na maioria das cidades do interior, mas, nos últimos dias, Porto Velho, Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Rolim de Moura, Pimenta Bueno, Ji-Paraná, Rio Crespo, Santa Luzia, Chupinguaia, todos vivem momentos difíceis, devido às fortes chuvas e às enchentes que assolaram o Estado - enchente histórica, nunca registrada na história do Estado de Rondônia. Milhares de pessoas, em torno de 20 mil, ficaram desabrigadas. Isso forçou os Municípios e o Estado a pedirem, num primeiro momento, estado de emergência e, num segundo momento, estado de calamidade pública.

            Quero aqui agradecer ao Governo Federal, ao Ministério da Integração Nacional, à Defesa Civil, ao Ministério das Cidades, à Casa Civil, ao Ministério da Defesa, ao Ministério da Agricultura, ao Ministério da Saúde e a tantos outros que se envolveram, de corpo e alma, para ajudar, nesse momento difícil de Rondônia, na área do socorro e da assistência.

            Agora, as enchentes começaram a baixar, e vem, talvez, a parte mais pesada, vêm os investimentos mais pesados...

            O SR. PRESIDENTE (Eduardo Suplicy. Bloco Apoio Governo/PT - SP) - Permita-me, Senador Valdir Raupp. Eu quero assinalar a presença da Senadora Serys Slhessarenko, que veio ouvi-lo. Permita-me só essa interrupção, porque é uma boa nova.

            O SR. VALDIR RAUPP (Bloco Maioria/PMDB - RO) - Mas é com muita alegria, nobre Senador Presidente Eduardo Suplicy, que estamos recebendo nesta tarde a Senadora Serys Slhessarenko, do Estado do Mato Grosso, que presidiu, como Vice-Presidente do Senado Federal, dezenas ou centenas de sessões aqui no Senado e que nos dá a honra de sua visita no dia de hoje, às vésperas do Dia do Trabalhador. Serys é uma grande trabalhadora e, em nome dela, quero homenagear as trabalhadoras do Mato Grosso e de todo o Brasil, assim como homenageio também o bravo povo trabalhador do Estado de Rondônia e de todo o Brasil pela passagem do Dia do Trabalho, o dia de todos os trabalhadores, que comemoraremos amanhã.

            Eu falava, Sr. Presidente, dos momentos difíceis que Rondônia estava vivendo. Houve alguns investimentos na área de socorro e assistência, se bem que algumas cidades nem receberam ainda. A cidade de Nova Mamoré, me dão conta de que até a semana passada não havia recebido ainda um único centavo para fazer frente às despesas de combustíveis, de transporte, de alimentação, de uma série de coisas que o Município gastou para socorrer as vítimas das enchentes. E não diferentemente Guajará-Mirim - se recebeu, foi muito pouco até agora -, para fazer frente a todas as despesas que a prefeitura teve, e assim Porto Velho e demais cidades do Estado de Rondônia.

            O Governo está, neste momento, se preparando para receber do Governo do Estado, que decreta agora estado de calamidade pública, reconhecido pelo Governo Federal. O Governador Confúcio Moura decretou estado de calamidade pública no dia 4 de abril, através do Decreto nº 18.749. E foi publicada hoje, no Diário Oficial da União, a Portaria 124, pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, reconhecendo o estado de calamidade pública em todo o Estado de Rondônia.

            Da mesma forma, os Municípios de Porto Velho, Guajará-Mirim, Nova Mamoré e Rolim de Moura também decretaram estado de calamidade pública, aguardando o reconhecimento.

            Também decretaram estado de emergência os Municípios de Santa Luzia, Rio Crespo, Ji-Paraná, Cacoal e Pimenta Bueno. Eu não sei, pode até haver outros Municípios que também decretaram estado de emergência, mas eu não tenho, neste momento, essas informações. 

            Mas fato é, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, que agora o Governo Federal vai ter que aportar uma soma de recursos maior para tirar da situação em que se encontram essas cidades completamente arrasadas pelas chuvas e pelas cheias.

            Está aqui no plenário o Senador Anibal Diniz, do Estado do Acre, que também tem com frequência usado a tribuna do Senado, o Senador Jorge Viana também, o Senador Petecão, os Senadores de Rondônia Ivo Cassol e Acir Gurgacz, assim como os Deputados Federais, lá na Câmara, a Deputada Marinha Raupp e outros, que têm cobrado, com muita frequência, com muita insistência, os investimentos.

            Então, o Governo Federal precisa acolher todas essas reivindicações, todos esses projetos, esses levantamentos dos prejuízos que, segundo análises preliminares, poderão chegar a R$5 bilhões em todo o Estado de Rondônia. Então, o Governo do Estado precisa de suporte financeiro, de perdão de dívida, de rolagem de dívida, assim como os Municípios atingidos, para poder melhorar a vida dessas pessoas que estão hoje enfrentando todas essas dificuldades.

            Faço aqui este apelo ao Governo Federal, que não tem faltado. A Presidente Dilma nos recebeu. A Presidente Dilma esteve em Rondônia, esteve no Acre, visitou os nossos Estados, sobrevoou, viu as enchentes, viu cidades, pequenos distritos, bairros completamente embaixo d’água, e está sensível a todo esse problema. E espero que os recursos liberados, através de uma medida provisória, da forma mais rápida possível, para reconstruir essas cidades e o Estado sejam a contento, sejam recursos satisfatórios.

            Espero, Sr. Presidente, que, através deste apelo que estou fazendo aqui neste momento, através do estado de calamidade pública que o Governo do Estado decretou e já teve o reconhecimento pelo Governo Federal, as coisas comecem a fluir com mais celeridade, com mais velocidade para o Estado de Rondônia.

            Por último, eu queria, na linha do Senador Jorge Viana, dizer que, em que pesem essas dificuldades que aqui estamos falando, estamos citando, o Estado de Rondônia teve um desenvolvimento extraordinário nos últimos anos, no período do governo do Presidente Lula e, agora, da Presidente Dilma Rousseff.

            Nunca - sei que essa era uma frase muito proferida, muito falada, muito citada pelo Presidente Lula -, nunca, na história do Estado de Rondônia, houve tantos investimentos como estão ocorrendo agora. A Presidente Dilma tem uma avaliação de mais de 47% no Estado de Rondônia.

            Na última pesquisa também de intenção de voto, se fosse candidata hoje - como há pesquisa aí para todo lado, ninguém é candidato ainda, são apenas pré-candidatos -, ela teria também na faixa de 47% das intenções de votos no Estado de Rondônia, porque tem realmente dado uma atenção especial, tem dado um carinho especial para o Estado de Rondônia. Eu acredito também que não está sendo diferente nos demais Estados da Federação brasileira. A começar pela geração de emprego - o Jorge Viana falou aqui dos números, não os tenho aqui agora, mas são números extraordinários de geração de emprego. Nunca também na história vivemos um período tão promissor, tão importante, como este, agora, na geração de emprego. E olha que não estamos falando de um país pequeno, estamos falando de um País de dimensões continentais; não estamos falando de um país com população pequena, estamos falando de um país de mais de 200 milhões de brasileiros. E olha que gerar emprego para toda essa massa não é fácil. Claro que gostaríamos que o desemprego fosse zero, gostaríamos que os salários fossem os melhores do mundo, mas é uma coisa que nenhum país do mundo consegue fazer.

            De forma que parabenizo o Governo Federal e até também recrimino as críticas pesadas que têm ocorrido contra o Governo da Presidente Dilma. O meu partido, ao longo do tempo, tem também se dedicado no apoiamento, na governabilidade, com o Vice-Presidente da República Michel Temer, com o Presidente do Senado Federal, Presidente da Câmara dos Deputados, Bancadas grandes no Senado e na Câmara; tem correspondido, dando apoio à governabilidade para a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro. Mais de 40 milhões de brasileiros saíram da linha de pobreza para ascender à classe média.

            Claro que o ser humano está sempre querendo mais, e é justo. É justo que as reivindicações ocorram, que as manifestações aconteçam, que estejamos sempre cobrando mais para o povo brasileiro.

            Encerro aqui, Sr. Presidente, minha fala, agradecendo ao Senador Anibal Diniz pela permuta do tempo, porque tenho alguns compromissos agora, de imediato. Mas me despeço aqui desejando, mais uma vez, aos trabalhadores de todo o Brasil, em especial às trabalhadoras e aos trabalhadores de Rondônia, que possam continuar tendo emprego, que possam continuar lutando aqueles que têm emprego, por melhores salários e aqueles que não têm que lutem pelo seu emprego; e o nosso dever, a nossa obrigação aqui no Congresso Nacional é fazer com que o País avance, com que o País prospere, com que o País melhore, com que meu Estado de Rondônia também cresça, gere emprego, gere renda e melhore a qualidade de vida das pessoas.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.