Discurso durante a 139ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Preocupação com a falta de debate sobre temas relevantes ao País pelos candidatos à Presidência da República.

Autor
Cristovam Buarque (PDT - Partido Democrático Trabalhista/DF)
Nome completo: Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES.:
  • Preocupação com a falta de debate sobre temas relevantes ao País pelos candidatos à Presidência da República.
Publicação
Publicação no DSF de 07/10/2014 - Página 197
Assunto
Outros > ELEIÇÕES.
Indexação
  • APREENSÃO, DEBATE, CANDIDATO, ELEIÇÕES, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MOTIVO, AUSENCIA, DISCUSSÃO, REFERENCIA, ALTERAÇÃO, FORMAÇÃO, SOCIEDADE, BRASIL, POLITICAS PUBLICAS, INVESTIMENTO, EDUCAÇÃO, SOLUÇÃO, ABASTECIMENTO, AGUA, PAIS, CONTROLE, INFLAÇÃO.

            O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Apoio Governo/PDT - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Paim, como eu disse há pouco, ao convidá-lo para presidir, eu tinha vindo com a predisposição, Senador Fleury, de hoje ficar aqui quieto, ouvindo e tentando refletir diante do que nós vamos passar nas próximas três semanas até o segundo turno da eleição presidencial e, obviamente, das eleições para governo também, como nós teremos aqui, no Distrito Federal. Mas o Senador Paim falou sobre um tema que tem a ver com algo que eu já tinha preparado para falar algumas semanas atrás, Senador Paim, em função da sensação de frustração que eu tinha diante de temas ausentes na campanha. E um desses temas, Senador, que vai chegar aqui na hora que eu for me lembrando, é o envelhecimento da população.

            É incrível como os candidatos a Presidente no Brasil não debateram o problema gravíssimo da mudança do perfil demográfico na sociedade brasileira e na sociedade mundial. A sociedade, daqui a 20, 30, 50 anos, será completamente diferente no perfil demográfico do que é hoje. Há ainda mais jovens do que velhos; haverá mais velhos do que jovens. Isso vai exigir uma mudança radical na sociedade.

            Quem é que vai manter esses velhos sem trabalhar, se os jovens são poucos? Vamos sobrecarregar os jovens para manter a nós, os mais velhos? Como será o sistema de saúde? É diferente o sistema de saúde de uma sociedade em que a base da pirâmide etária é maior do que o seu topo. Isso é uma coisa. Outra coisa é quando a base começa a encurtar. É claro que, no final, fica zero lá em cima, quando todos morrem, mas aqui está crescendo mais do que embaixo, porque a taxa de natalidade caiu, o que faz com que a renovação da população se dê numa velocidade menor do que a taxa de morbidez, dos que morrem.

            Esse tema não apareceu, Senador, mas não foi apenas esse. O que eu tinha preparado, algum tempo atrás, é falar como outros temas também não apareceram.

            Vou falar de um tema que não foi levantado - só percebi no último debate - que é a educação. Como a educação não entrou no último debate da Rede Globo, esse ponto alto do processo eleitoral? Não entrou mesmo! E por quê? Porque havia uma caixinha com os temas, e esse tema não foi sorteado. Educação, defesa nacional, alguns temas como esses não tinham de ser sorteados, tinham de ser obrigatoriamente colocados no debate. Sortearam e não caiu esse tema! O primeiro erro grave foi colocar os temas fundamentais misturados com outros temas, pois, num sorteio, o tema fundamental pode não sair. O segundo mais grave é que nenhum dos candidatos que ali estavam, como não caía o tema educação, aproveitou os outros temas para falar de educação. E não é forçar nada. Quando se falou, por exemplo, num tema que foi muito debatido, a violência, era a hora de falar na educação, até porque uma coisa é você querer segurança para impedir a violência, outra coisa é você querer a paz social para que não haja violência. A diferença entre um e outro raciocínio, entre a segurança para impedir a violência e a paz para que não haja violência, está o tempo, o horizonte de tempo que você considera na sua reflexão e nas suas propostas. O candidato que só se preocupa com o hoje só pensa na segurança. O candidato que pensa no futuro, daqui a 30 anos, tem de pensar na paz, não só na segurança. Não é a ideia de quanto nós vamos ter a mais de policiais, mas a de quanto nós vamos ter a menos de policiais na sociedade, porque construiríamos uma sociedade pacífica.

            Aí entra a educação, porque é ela que constrói a paz, é ela que constrói a harmonia social, sobretudo quando distribuída igualmente para todos. Quando todos têm acesso à mesma educação, a sociedade caminha para uma harmonia, e a harmonia caminha para a paz, e a paz caminha para negar a violência, sem necessidade de segurança. Mas não se entrou no debate, porque o futuro não entrou no debate. A palavra “futuro” não entrou na preocupação dos candidatos a Presidente ao longo desses meses nem na cabeça dos jornalistas que provocavam o debate. Quando se fala em droga, tem de se falar em educação, não apenas em segurança, não apenas em hospitais de recuperação. Tinha de se falar em educação. Não se falou.

            Mas não foi só esse tema que faltou, não foi só velhice nem educação. Por exemplo, ali mesmo onde aconteceram os debates, a reserva de água chegou a 6%. Ou seja, só há 6% da reserva de água da Cantareira, e a água não foi tema. Não se debateu a água. Mas não falo da água das reservas apenas de São Paulo, porque se pode dizer que essa é uma questão do Governador, é uma questão do Prefeito. Falo da água no seu sentido geral, no sentido dos recursos hídricos de um país. A água se está esgotando no mundo inteiro. Caminhamos para um mundo sem água potável, sobretudo automaticamente, porque alguns países estão dando solução através da dessalinização da água.

            Senador Paim, eu vi fotos da Arábia Saudita, um país sobre o deserto, em que há água sobrando, porque eles se preocuparam com o tempo. Eles dessalinizam água e a transportam do oceano - não do oceano exatamente, mas do mar próximo, do Mar Vermelho, do Golfo Pérsico - para o país. Mas precisaram pensar o futuro.

            Nós não estamos pensando o futuro da água! Até quando a gente vai ter água neste País? Por mais cinco, dez, quinze, vinte, trinta anos? Um Presidente tem de pensar 50 anos na frente. Mas ninguém pensou dez anos na frente. Não se discutiu água, como não se discutiu meio ambiente na profundidade que deveria se discutir.

            Discutiu-se taxa de crescimento. Mas qual crescimento? O crescimento depredador da natureza ou o crescimento em sustentabilidade? A candidata Marina, em quem eu votei, fala muito em sustentabilidade, mas não deixou com clareza qual é o projeto do perfil do Produto Interno Bruto que ela, no seu governo, iria criar. Essa é a verdade. Talvez por isso, não tivemos o sucesso de chegar ao segundo turno, porque faltou clareza na proposta, faltou dizer como fazer. E, se dissesse como fazer, Senador Paim, era capaz de ter tido menos votos ainda, mas deixava a marca. Teria menos votos, porque, para termos uma economia equilibrada com a natureza, vai ser preciso diminuir o consumo de muitos produtos depredadores da natureza. Quem falar que vai diminuir o consumo de produtos, mesmo que eles sejam depredadores da natureza, perderá votos.

            Foi isso que aprisionou o candidato em curto prazo. Os marqueteiros dizem, com clareza: “Não fale em longo prazo, senão a gente perde voto.” E o modelo que está aí é inviável por muito tempo. É inviável consumir muita água, como é inviável haver carros demais nas ruas. É inviável! Então, você fica preso no curto prazo para não incomodar aqueles que estão querendo depredar pelo consumo.

            Não entrou no debate o meio ambiente com a profundidade que deveria. Quando o meio ambiente entrou no debate, Senador Fleury, foi como se fosse um debate de filósofos, não de estadistas. A diferença é que o filósofo apenas debate, e o estadista propõe como realizar. Não houve esse debate.

            Não houve um debate na profundidade que deveria sobre o problema do endividamento da sociedade brasileira. Eu vi candidatos se orgulhando de dizer que o Brasil não é mais endividado com o Fundo Monetário Internacional. Não! Hoje, nós somos endividados com o nosso cartão de crédito. Hoje, somos endividados com o que temos de pagar de prestação do que a gente comprou. Esse endividamento não entrou no debate. Não se debateu, porque teria de passar pelo futuro: para diminuir o endividamento, tem de diminuir o consumo. Não há como ser diferente. Só se aumenta consumo endividando, porque só com o dinheiro que a gente tem no banco a gente não consegue comprar tudo o que a gente quer comprar. Tem de se endividar. Temos de optar: queremos continuar nos endividando ou queremos continuar numa sociedade onde o consumo está dentro dos limites das pessoas? Isso não quer dizer sem dívida, mas com dívida restrita.

            Falou-se na autonomia do Banco Central, e não se debateu se isso realmente é bom ou ruim. Quem defendeu não disse o porquê da autonomia do Banco Central. E quem ficou contra colocou um filmezinho na televisão dizendo que o Banco Central autônomo roubaria a comida dos pobres. Não disse o porquê, não se analisou, não se debateu!

            Não se debateu o futuro da estabilidade monetária. Até se discutiu a inflação, mas a inflação hoje... Eu quero saber que medidas tomamos hoje para que não haja inflação daqui a 20 anos!

            E a corrupção? Houve muitas acusações sobre corrupções que estão acontecendo. E é verdade! Tem de denunciar essa vergonha que aconteceu na Petrobras, mas em outras estatais também. Só que não basta dizer que corrupção é ruim, nem mesmo dizer apenas que corrupção tem de provocar cadeia para o bandido corrupto. Tem de se discutir como é que pode haver uma sociedade em que o sujeito, mesmo que seja ladrão, não consiga roubar em cargo público. Não se discutiu esse futuro.

            Discutiu-se muito se a Bolsa Família continua ou não. É claro que tem de se discutir isso, mas essa é uma coisa do presente. Eu queria ver discutir como será feito para que no Brasil não seja necessária a Bolsa Família. Isso não se fez, até porque se tem medo de perder voto. E as manipulações marqueteiras? Se dissessem que vão lutar para que no Brasil não seja necessário o Bolsa Família para nenhuma família, porque todas vão ter um bom emprego, se dissessem isso, os marqueteiros diriam: “Eles estão contra o Bolsa Família.” Além disso, levaremos anos para fazermos com que nenhuma família precise do Bolsa Família. Não é uma coisa imediata.

            Eu, sinceramente, digo aqui - e coloquei no Twitter, não estou dizendo agora - que, quando vi a ideia de se pagar uma décima terceira Bolsa Família, que minha candidata propôs, eu fiquei preocupado. Para que a Bolsa Família deixe de ser necessária, é preciso educação dos filhos. Para haver a educação dos filhos, é preciso vincular a Bolsa Família à frequência das crianças na escola, mas as crianças só vão à escola, no máximo, por 12 meses, não vão à escola por 13 meses. Ou seja, a décima terceira Bolsa Família não traria a exigência da contrapartida da frequência às aulas. É preciso que haja alguma coisa. Por exemplo, receberiam uma décima terceira Bolsa os pais que, durante o ano, comparecessem à escola do filho. Mudou! É outra coisa: é uma preocupação com o futuro. Nós não nos preocupamos em ser um País onde não seja necessário o Bolsa Família.

            Falou-se e “refalou-se” - desculpe esse neologismo - que, no Brasil, aumentou o número de alunos nas universidades. Isso é verdade e é uma coisa boa. Mas não se discutiu que a educação de base não está criando alunos de universidade com competência para fazerem bons cursos. Não se debateu que 30% dos que entram na universidade hoje não conseguem receber o diploma porque não conseguem acompanhar os cursos, porque a educação de base foi insuficiente. Não se discutiu isso. Não se discutiu que a universidade que está aí, com muitos alunos - o que não é ruim -, não serve para o futuro do Brasil, que é preciso outra universidade. É preciso que seja feita uma reforma universitária. Mais que isso, é preciso que haja a refundação da universidade. A universidade, depois da internet, não pode mais ser igual à universidade de cem anos atrás, como é a nossa. Não se discutiu isso. Não se discutiu que tipo de universidade a gente quer para o futuro.

            Discutiu-se, por exemplo, Senador Paim, que já há filhos de pedreiros entrando na universidade, mas não se diz que é um ou outro e que a imensa maioria dos filhos dos pedreiros tem escola de base ruim, e os filhos das classes mais altas têm escola de base boa. Não é uma questão de que quem pensar o futuro fique satisfeito apenas com o fato de alguns filhos de pedreiros irem à escola, mas, sim, com o fato de que os filhos de todos os pedreiros do Brasil vão poder disputar uma vaga na universidade e de que, se eles não conseguirem isso, é porque estudaram menos que os outros, não porque não tiveram a mesma chance. Não se discutiu o futuro.

            Não se debateu para o futuro qual é a taxa de crescimento que é possível ter a economia sem ferir o meio ambiente. Discutiu-se como fazer a taxa de crescimento aumentar. Não se discutiu qual o produto que a gente quer graças à taxa de crescimento. Passou-se a ideia de que a gente quer aumentar a taxa de crescimento produzindo as mesmas coisas que produzimos hoje, o que não é diferente do que o que houve há 500 anos: antes, eram o açúcar e a borracha, e, agora, é a soja, mas continua o ferro.

            Não se discutiu como haver uma economia em que nosso produto seja de alta tecnologia. Na farmoquímica, nós importamos todas as fórmulas. Os produtos eletrônicos nós os importamos de países que, alguns anos atrás, eram mais atrasados que nós. Não se discutiu isso.

            Não se discutiu que, durante o debate, a Índia conseguiu colocar uma nave em Marte - a Índia colocou uma nave em Marte, não na Lua, mas em Marte! - e que a gente nem consegue soltar uns foguetinhos, salvo em época de São João.

            Não se debateu o futuro. Isso fez com que, no final - tenho esta impressão -, o povo, achando que estava tudo muito igual, preferisse continuar igual. E nós chegamos a uma disputa eleitoral no segundo turno - com toda a sinceridade, é um bipartidarismo parecido - entre dois partidos que, há 20 anos, governam o Brasil e que prestaram um imenso serviço a este País. Felizmente, nós tivemos esses 20 anos de estabilidade monetária, de democracia, de transferência de renda, o que foi uma boa coisa, e até de certo crescimento econômico, que só parou nos últimos três anos, que se esgotou. Esse modelo, com base nesse bipartidarismo igual ou quase igual - tem, é claro, nuanças diferentes, prioridades diferentes, estilos diferentes, mas são parecidos, é a mesma família, é o mesmo modelo -, esgotou-se.

            Era a hora de uma proposta nova, não mais esse bipartidarismo entre PSDB e PT, mas outra coisa. Nós não fomos competentes para trazer a outra coisa, e o povo não corre risco. O povo disse: “Melhor isso que está aí do que um novo que ninguém me mostra como será.” Não se mostrou como seria esse novo. Aí o povo, que foi para a rua pedir mudança, disse, na urna, que não queria mudança. Essa é a verdade, essa é a verdade!

            Nós vamos escolher um ou outro candidato, mas não haverá mudança substancial. Obviamente, alguma mudança haverá. Poderá haver mudança, isso depende de quem for eleito. Poderá haver mudança. A simples cara pode representar uma mudança. A simples mudança dos quadros que dominam as Petrobras do Brasil já pode ser uma mudança, mas não haverá uma mudança de modelo, não haverá uma mudança de concepção, não haverá uma mudança de rumo, não haverá uma inflexão no caminho que o Brasil vem seguindo nas últimas duas décadas.

            O povo votou nesse bipartidarismo, porque o povo não viu qual era a diferença fundamental. E sabe por que não viu a diferença? Porque não se discutiu o futuro. E, no presente, nós somos todos parecidos. Claro que somos parecidos! Temos as mesmas preocupações: a taxa de inflação; a taxa de crescimento; melhorar a escola, e não revolucionar a escola; aumentar o número de alunos na universidade, e não fazer a refundação da universidade. Nós terminamos ficando parecidos. As alternativas são parecidas. E o modelo, que hoje tem 20 anos, vai fazer 24 anos, porque, qualquer que seja o eleito, a mudança vai ser sutil ou nenhuma. Pode ser a continuação exatamente do mesmo ou a substituição por algo parecido diferente.

            Eu espero que nas próximas três semanas, quem sabe, seja possível que esses temas e outros muitos em que trabalhei, pensando em falar semanas atrás - hoje, eu não queria falar -, quem sabe esses temas não apareçam? Quem sabe se entre dois candidatos mesmo do mesmo modelo, mesmo da mesma concepção, não surjam propostas novas que facilitem o trabalho do eleitor? E não escolher com base apenas entre o que parece ser tão parecido. Eu espero que isso surja, Senador Fleury.

            Como Senador, eu não tenho o direito de esperar até o último dia. Eu tenho que manifestar a minha escolha. Como Senador, lutei aqui, ao seu lado, contra o voto secreto. Ao seu lado. O senhor foi o grande líder da luta contra o voto secreto. Se eu lutei aqui contra o voto secreto, eu não tenho o direito de votar secretamente. Não tenho o direito de usar a lei, que diz: “O voto é secreto.” Secreto para os outros. Para mim, não é.

            Mas eu espero que cada brasileiro disponha de condições de fazer uma escolha entre arrumar o presente ou mudar o futuro. É isso o que eu gostaria de ver nos debates ao longo dessas três semanas. Espero que isso aconteça, se não, a gente continua a luta e, daqui a quatro anos, tenta outra vez mostrar que o modelo está se esgotando, que já não satisfaz, que o povo na rua quer mudança e que nós temos a obrigação de trazer mudança, o que nós não estamos trazendo. Essa eleição é órfã de mudança.

            Sr. Presidente, eu não estava querendo falar disso. Foi eu falar de velhice, e o senhor me provocou. Mas eu fico satisfeito. Ao ter-lhe provocado, eu pude desabafar um pouco como eu vejo esses últimos meses de eleição e como eu vejo as próximas semanas da eleição. Deus queira que tenhamos condições de debate e que o futuro do Brasil seja levado em conta. E não apenas denúncias de um lado para o outro; e não apenas, no máximo, quando há uma vaga no meio das denúncias, propostas apenas sobre o presente. Vamos trazer para o debate a palavra “futuro”. E quando a palavra “futuro” entrar, todos os outros temas fundamentais do Brasil entrarão também, inclusive o problema do envelhecimento que o senhor nos trouxe hoje.

            Era isso, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/10/2014 - Página 197